Tão diferentes... Tão parecidas escrita por IsabelleBah


Capítulo 8
Um pouco mais sobre as nossas vidas


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei para postar nesse site... mas eu não tenho tempo de postar nele... eu estou postando direito só no Animespirit, porque é o que eu mais entre... Gomen, espero que aproveitem... um capitulo grande pra recompensar:



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CAPITULO 8: Um pouco mais sobre as nossas vidas

–-- Detetive on ---

#FinalmenteChegouMinhaVez

– Karoline... O que você acha disso?

*murmurros*

– Karoline, voce esta bem?

– não! Meu cérebro ta bugado.

–...

–...

– O meu também!

O.o

Após esse dialogo super útil a nossa investigação, ficamos mais um tempo em silêncio e depois saimos da sala. Pensei em fazer algumas perguntas às pessoas do acampamento que estiveram por ultimo com as três...

– então... Vou fazer algumas perguntas para as pessoas que estiveram por ultimo com as vítimas.

– Vítimas? Não acha que elas realmente se suicidaram?

– Pode até ser... Mas você estava comigo, viu como o modo que elas estavam mudou de uma hora pra outra. Não faz sentido...

– O que você sugere? Controle da mente?

– E o que VOCÊ sugere? Pareceu um simples suícidio pra você?

–...

– Foi o que eu pensei

Nesse momento ela fica fitando um ponto atrás de mim. Viro-me e vejo um único garoto encostado na parede, nunca o tinha visto. Ele começa a caminhar em nossa direção e sinto Karoline ficando tensa, mas não comento nada.

– Olá Karoline... O senhor é o detetive?_disse ele mais próximo

– Sim, sou eu!

– Senhor, os boatos são verdadeiros? Três garotas se suícidaram?

– E... Como você soube disso?

– Uma garota da minha turma disse ter visto um corpo no banheiro feminino senhor, e os garotos do meu dormitório falaram sobre mais duas garotas.

Droga! Tinha me esquecido da garota que encontrou o corpo no banheiro... Mas como esses garotos do dormitório souberam da Hanna e da Annabela?

Abaixei o olhar para Karoline, mas ela estava pálida e suando frio.

– Você está bem Karoline?

– Não é? Está tão pálida, não quer ir à enfermaria não? _ JESUS CRISTO, ESPANTA O SATANAS! ESSA GAROTA BROTOU DA TERRA? OREMOS PELO AMOR DE DEUS QUE ISSO JÁ É MACUMBA!

– FERNAANDAAAAA, DA ONDE VOCÊ VEIO? VÁ ASSUSTAR A SUA VÓ! _ Cruzes fazia tempo que eu não levava um susto assim (n/a eu te entendo detetive... o povo dessas fic tem uma mania de aparecer do nada sem mais nem menos).

– peloamosdedeus... Eu estava aqui o tempo todo, desde o momento que vocês sairam daquela sala --’ e sim... Eu persebi que estava sendo ignorada! Mas voltando ao foco aqui, Karoline... Quer ir a enfermaria?

Ela parecia ter acordado do transe, e já estava voltando a sua cor normal.

– Não obrigada, foi só uma tonteira, não como nada há algum tempo.

Mentira! Ela comeu agora a pouco... Pensei, mas não disse nada.

– Garoto, quem é você?_Perguntou Fernanda... Eu ia perguntar a mesma coisa, é óbvio que Karoline ficou assim por causa dele.

– Ah! Desculpe, meu nome é Leonardo... E o seu nome?

– Fernanda!

– Fernanda de que?

Digamos que essa pergunta foi um tanto estranha, acho que Karoline pensou o mesmo. Ela puxou Fernanda e cochichou algo em seu ouvido

– Fernanda Mello. Por quê?

–... Por... Nada! Apenas curiosidade!

– Hum...

Leandro tem uma aparencia bem comum! Estatura media, não tem um corpo definido, mas tem um peso ideal, nem gordo e nem muito magro. Cabelos castanhos e anelados que chega a fazer uma franja. Olhos igualmentes castanhos e pele branca, amarelada! Ele vestia uma bermuda jeans azul claro, chinelos brancos e blusa de moletom com as mangas dobradas até o cotovelo. Pra ser bem sincero, não fui nem um pouco com a cara dele.

Parece que o clima ficou um pouco tenso nessa hora... Ficamos em silêncio, o chão parecia bem interessante para todos.

– Bom, vou fazer algo de útil agora... Quer vir Karoline?

– Não obrigada! Não curto muito sair interrogando as pessoas!

– Tambem estou de saida. Fui!_ Disse o tal de Leandro

Ficaram só a Karoline e a Fernanda no local

–-- Detetive off ---

–-- Fernanda on ---

– Karoline... Queria te perguntar uma coisa, podemos nos sentar perto do refeitorio? Lá podemos conversar melhor...

– Tanto faz.

Caminhamos até o refeitorio, nos sentamos e ficamos quietas por um tempo, após alguns minutos quebrei o silêncio:

– Karoline, sobre a Hanna, Annabela e Luíza... Foi mesmo um suícidio ou foi assassinato?

Ela me encarou séria por um tempo. Talvez decidindo se valia a pena me contar.

– Eu faço parte dessa investigação também esqueceu? Eu tenho o direito de saber!

Ela pensou por mais um tempo e depois suspirou.

– Tem razão, de qualquer jeito você tem a obrigação de saber.

Ela me resumiu o que aconteceu nas ultimas horas, me contou sobre as gravações e até mesmo sobre o que ela e o Detetive pensam sobre isso.

– Sinistro...

– Sim... Mas... Garibalda, como você conseguiu com que te liberacem?

– Ah! Eu até que me recuperei rápido. Eles só conseguiriam as proteses pras minhas pernas quando chegassemos na cidade. Então, eu consegui convencer eles de que eu poderia ficar de muletas, só queria respirar ar puro, não aguentava mais ficar de repouso...

– Hum... Até mais!

– Ei! Aonde você vai?

– Andar por aí.

– Posso ir junto?

– Não! Quero pensar um pouco.

– Espera... Karoline, porque voce ficou tão mal na presença do Leandro?

Ela pareceu hesitar um pouco.

– Não é da sua conta

Aff isso vai ser mais difícil do que eu pensei.

–Olha, eu queria ser sua amiga... Porque você me odeia?

– Eu não te odeio... Só não vejo motivos para ter intimidades com você, nem te conheço.

– É isso que eu quero! Conhecer-te melhor... Não podemos ser amigas?

– Como? Não sei fazer amigos. (n/a não mesmo coitada... olha as criaturas com quem ela anda...).

– Que tal falarmos um pouco mais sobre nossas vidas?

– Pode ser... Pareceu-me até mesmo divertido.

– Porque você não começa?

– O que quer que eu fale?

– Ah... Faça um resumo do que você gosta e dos seus sonhos, com quem você convive...

– Ok... Lá vamos nós: Tenho um irmão mais velho chamado Matheus, ele foi embora de casa há algum tempo pra morar com a namorada em algum lugar da Inglaterra, ele ainda mantem conato, mas vai diminuindo com o tempo... Já me considero filha única. Moro com meus pais em uma casa simples... Meu pai é chef de uma empresa enorme, mas sempre preferil ser discreto e não gosta de coisas entravagantes, prefere a simplicidade. Minha mãe por incrível que pareça é secretaria do meu pai. Os dois me dão bastante atenção, porém sempre me criaram solta... Eu posso ir aonde eu quiser, quando eu quiser e por quanto tempo eu quiser e eles não vão me ligar ou mandar ir pra casa... Eu só não posso sumir por uma semana sem dar notícias... Isso é legal, tenho muita privacidade, eles não me perguntam nada e ficam esperando eu contar o que me preocupam sem interferir, eles não insistem nada e às vezes isso é ruim porque eu começo a me sentir como se eles não ligassem pra mim.

– Como? Karoline a bad girl mais popular da escola é carente de atenção?

Ela riu com o comentário

– Mas... Karoline, porque voce é amiga da Melissa e da Verônica?

– Eu não sou amiga delas. A única do grupo que era minha amiga era a Sandra.

– Mas se você nao é amiga delas porque você anda com elas então?

– Eu não tive escolha... Nunca fui boa pra fazer amigos, sofri bullyng dos nove aos 11 anos... Mudei de escola, mas nada adiantou. Quando entrei nessa escola achei que seria a mesma coisa... Mas aí a Melissa e a turminha dela apareceram e a proposta me pareceu boa. Elas me ensinaram a ser uma bad girl... Eu fiquei popular, e cheia de “amigos”.

– Acha mesmo que todas aquelas pessoas são seus amigos?

– Claro que não! Sei reconhecer gente falsa. A única que um dia eu cheguei a considerar minha amiga foi Sandra. Ela sempre foi muito parecida comigo, Também não tinha muitos amigos e entrou no grupo da Melissa pelo mesmo motivo... Sempre compartilhei meus segredos com ela. Ela sim era como uma irmã pra mim_ terminou essa ultima frase com lagrimas nos olhos e a voz embargada.

– Eu... Sinto muito... _ Droga! Nunca sei o que dizer nessas horas

Silêncio! Oh silêncio constrangedor...

– Então... Acho que chegou minha vez..._ disse quebrando o silêncio depois de ver que ela estava melhor_ La vai: Sou filha única! Não tenho pais, eles morreram quando eu tinha dois anos e não me contaram o porquê. Fui adotada pelo meu tio, é difícil ele me da atenção... Mas prefiro assim, pois quando ele resolve me notar, não é de uma forma muito boa. Eu até que tenho certa facilidade pra fazer amigos.

– Sério? Nunca te vi com ninguém na escola, você tem fama de nerd!

– Eu não disse que faço amigos na escola. E escola é lugar de estudar, não sei por que o povo implica comigo por eu ser inteligente.

– Voce tem em mente alguma profissão em especial?

– sempre desejei ser Arqueóloga, e você?

– Detetive. Mas não quero somente investigar... Quero ser um tipo de fusão de detetive com advogada.

– Por isso você quer ajudar nesse caso? Para ir treinando como detetive?

– Em parte sim... Mas principalmente quero pegar quem matou a Sandra!

– Hum... Mas e aí? O que voce gosta de fazer?

– Adoro andar de skate, escutar rock... Meus esportes favoritos são football, Vôlei, natação, baskete e Handball... Minha cor favorita é preto, e minhas bandas favoritas são Evanescence, AC/Dc e Linkin Park. Também amo Animes... Não vou falar os meus favoritos senão vou ficar horas aqui falando só sobre isso. Filmes? Terror, Mistério, Investigação, Suspense e Comédia! Detesto estudar! Acho uma perda de tempo... As únicas matérias que eu gosto são educação física e Xadrez... Livros? Só se for Sherlock Holmes. E adoro jogar!

– Nossa!

– E você?

– Não sou do tipo que gosta de esportes, meu passatempo favorito é ler! Meus livros favoritos são a culpa é das estrelas, Cidade de papel e Romeu e Julieta... Esse é um clássico nunca me canso de ler... Não gosto muito de assistir filmes, acho que eles estragam nossa imaginação, com os livros nós podemos formar imagens na nossa cabeça e entrar no personagem, ao contrario dos filmes! Se bem que eu até que gosto de novelas! Outro passatempo que eu adoro é estudar, minhas matérias favoritas são Português, Matemática, Geografia, Literatura, mas a matéria que eu mais gosto mesmo é ciências... Principalmente biologia. Como eu já disse, gosto de musica clássica, minhas favoritas são Rhapsody in blue, Pavane Adagio for Strings e Cavatina... Eu adoro Shakespeare! E você?

– Já ouvi falar, mas nunca vi! Gosta de Dante?

– O que é isso?

– Se diz inteligente, mas não conhece Dante? Sua obra, mas famosa é A Divina Comédia.

– Como é?

– Nela Dante vai ao inferno, passa pelo purgatório e chega ao paraíso, na época essa estória serviu para assustar os pecadores e torna-los católicos... Afinal, naquele tempo já haviam algumas idéias sobre o inferno e o julgamento, mas foi à ideia de Dante a mais assustadora. Mas o que assustou realmente não foi exatamente o inferno e sim o monte purgatório.

– Por quê? Como era esse monte?

Ela suspirou se preparando para me explicar... Acho que estava animada para me contar sobre isso.

– O monte Purgatório é uma árdua escalada de nove andares e é o unico caminho que conduz das pronfudezas do Inferno à glória do Paraíso. As almas arrependidas sobem por ele, todas pagam o preço adequado pelo pecado cometido. Os invejosos têm de subir com os olhos costurados para não cederem à cobiça; os orgulhosos devem carregar imensas pedras nas costas para se curvarem com humildade; os gulosos devem subir sem comida nem água, suportando assim uma fome terrivel; e os luxuriosos devem enfrentar um terrível furacão e assim por diante. Porém antes de subir o monte deve se falar com um anjo... Ele vai escrevendo com sua espada na testa das almas da fila antes de elas começarem a subir no monte.

– e o que ele escreve?

– Calma, eu já ia chegar nessa parte.

– Desculpe!

– A letra P.

Fiz uma cara de tipo: WTF? E ela soltou uns risinhos

– Isso mesmo. A letra P. P significa peccatum, pecado em latim. E o fato de a letra ser repetida sete vezes é um simbolo dos Septem Peccata Mortalia, também conhecido como Sete Pecados Capitais! Assim, apenas caminhando por cada um dos níveis do Purgatório é possivel se redimir dos pecados. A cada nível vencido, um anjo remove um dos pês de sua testa, até você chegar ao topo com a fronte limpa... E a alma livrada de todos os pecados. Não é a toa que esse lugar se chama Purgatório.

– Nossa! Chama-se como mesmo?

– A Divina Comédia!

– Aff, pois de engraçado isso não tem nada.

Ela pareceu ficar muito irritada com esse comentário

– CAR**** COMO VOCE É BURRA GAROTA!

– Por quê? Ó.Ò

– Você não entende?

– Você nem me explicou!_ tadinha de mim

Ela suspirou retornando a explicação um pouco mais calma

– Dante viveu entre os anos 1265 e 1321 Fernanda! Nessa época a idéia de comédia era outra: A Divina Comédia não tem nada de cômico. É chamada de comédia por um motivo bem diferente. No século XIV, a literatura italiana era...

Iterrompi ela

– Italiana?

– Sim, Dante nasceu em Florença na Itália... Posso continuar?

– Claro!

– Humpf... Lá a literatura era obrigatoriamente dividida em duas categorias. A primeira, a tragédia, representava a alta literatura e era escrita em italiano formal. A outra, a comédia, representava a baixa literatura, era escrita em vernáculo e destinada a ser lida pela população em geral...

– Aff isso ta muito chato! Vamos mudar de assunto.

– CHATO? COMO OUSA INSULTAR DANTE SUA...

– PELO AMOR DE DEUS, EU NÃO POSSO TER UMA OPINIÃO PROPRIA NÃO?

– DESDE QUE NÃO ESTEJE FAZENDO POUCO CASO DAS COISAS QUE EU GOSTO...

– EU NÃO ESTAVA FAZENDO POUCO CASO, VOCÊ QUE NÃO AGUENTA QUANDO AS PESSOAS DÃO UMA OPINIÃO QUE VOCÊ NÃO CONCORDE, DEPOIS FICA FALANDO QUE NÃO SABE POR QUE NÃO TEM AMIGOS.

–...

–...

*cri cri cri cri*

– errr, que tal se eu falar agora um pouquinho sobre Shakespeare?

– nem inventa criatura!

– Mas eu deixei voce ficar falando aí um tempão sobre Dante

– Dante é outro nível né querida u.u

– Mas Shakespeare também é demais, você tem que ouvir e...

– Quieta!

– mas...

– Ca-la-da!

– é interessante...

– Xiuti

– mas é...

– CALABOCA PORR*

– Mas, por favor, eu...

– TA A FIM DE LEVAR UNS PARANAUÊ NA CARA SÓ PODE!

–...

Ela se levantou e começou a caminhar

– Aonde voce vai Karol?

– Karol?

Enrubeci um pouco

– eu... Posso te chamar assim não é?

Por um segundo um brilho passou nos olhos dela, mas logo ficou séria de novo.

– Tanto faz

Fiquei Feliz

– E então... Aonde vai?

– Dar uma volta!

– Eu vou com você

– Hn.

Levei isso como um sim. Começamos a caminhar e a conversar. Ou melhor, eu conversava. Ela ficava ouvindo em silêncio e só respondia a algumas poucas perguntas minhas. Mas eu precisava urgentemente de um tradutor. Nunca sabia o que seu “hn” queria dizer, se era “conte mais” “cala essa boca” ou “não to nem aí” podia significar um zilhão de coisas, mas eu continuei falando na maior cara de pau.

Mas... Sinto que posso confiar nela... Sera que eu conto?

–--- Fernanda desligado ----

–--- Karoline on ---

Que ódio que eu estou! Será que essa garota é tão sem nossão que não persebe que eu não quero papo? Ela está me estressando. Não tem como sermos amigas. Somos completamente o oposto uma da outra. E sinceramente? Não acredito nisso de que os opostos se atraem.

– Karoline... Queria te contar uma coisa!

Virei-me em sua direção e aguardei

– é que... Tenho uma estranha sensação de que posso confiar em você. E gostaria de te contar uma coisa... Você não pode dizer pra ninguém, é a primeira pessoa pra quem eu conto! Acho que você vai poder me ajudar!

– vai confiar um segredo a mim? Uma pessoa que você mal conhece?

– Não tenho outra amiga... E esse segredo já está me sufocando... Preciso contar a alguém.

– Não tem amigos? Mas você disse que...

– Eu menti... Eu nem tenho como ir a outro lugar que não seja a escola, como vou ter amigos fora dela?

–...

– Lembra-se do que eu disse que morava sosinha com meu tio?

– Lembro sim!

– Ele me trata como uma empregada... E mais do que isso... Ele me trata como se eu fosse lixo.

– como assim?

Suspiro

– Eu tinha cerca de sete anos, meu tio já me fazia muito mal, ele era um monstro. Então um dia eu Fuji... Mas ele me achou:

“- Como se atreve garota? Voce devia me agradecer por eu te deixar ficar aqui. Eu poderia muito bem te mandar a um orfanato.

– Preferia ir parar em um orfanato

– isso é jeito de falar comigo mocinha? VAI APRENDER A SER OBEDIENTE!

Ele tirou o sinto da sua calsa, e começou a me bater com o lado da fivela inumeras vezes, ele não tinha dó... E muito menos olhava onde estava me batendo! Meu rosto quase não se mechia e eu era arremessada. Meus olhos abriam-se para se tornar a fechar com o impacto das bofetadas. O cinto zunia com uma força enorme sobre o meu corpo. Parecia que o cinto tinha milhares de dedos que me acertavam em qualquer parte do corpo. Eu fui caindo, me encolhendo no cantinho da parede. Após um tempo ele me pegou pelos cabelos e foi me arrastando até um porão úmido. Jogou-me lá dentro, me deu mais uma surra e me deixou trancada lá.”

– Aquela não foi à última vez. Quase todos os dias são as mesmas coisas. Eu não aguento mais!

Agora ela chorava conpulsivamente... E tenho que confessar quase a acompanhei no choro, meus olhos se encheram de água. Então fiz uma coisa que até eu me assustei: A abracei! Sim, fiquei abraçada a ela esperando com que seu choro passace. Quando ela aparentava estar melhor disse:

– Você não vai querer chamar a polícia né? Por favor, não! Ele disse que se a polícia fosse avisada faria bem pior! Por favor, voce não entende...

– Entendo sim!

– En? Entende?

– É claro... Não se preocupe, não vou chamar a polícia... Sei como se sente!

– Como pode saber?

– bem... Já que voce me contou seu segredo, não faz mal... Eu...

Droga! Ele ouviu. Não o tinha visto ali

– Karol... Ta tudo bem? Você ta palida de novo...

Ferro tudo!

– Sério... Voce ta suando frio, o que ta acontecendo?

Calma Karol, respira fundo, agora já foi. Apenas arque com as consequências

– O que você esta olhando?_ ela perguntou. Mas ele já havia sumido.

– Nada!

– Como nada? Você ainda ta palida, parece que viu um fantasma.

– Eu ainda não comi nada esqueceu? Deve ser isso

– É mesmo Karol, me desculpe eu devia ter levado você pra comer alguma coisa quando ficou pálida na primeira vez. E pior que o refeitório ta fechado agora!

– Tudo bem, vamos indo, tem uma lanchonete na direção dos banheiros.

– Vamos!

Ou não! Avistei uma pessoa ao longe.

– Aquele ali chorando é o Victor?_Perguntou a Garibalda que também o avistou.

– Parece que sim!

– O que será que aconteceu?

– Não sei, vou lá falar com ele.

Chegamos perto e vimos John, Rafael e Guilherme ao redor de Victor. Chamei o Rafael.

– Oi Karoline

– Oi... O que aconteceu com ele?

– As mortes de Hanna, Annabela e Luíza já foram espalhadas por todo o acampamento... No ínicio Victor não queria acreditar... Ele acabou de ver os corpos e confirmar os boatos.

– Pera! Voce esta dizendo que Victor conhecia as três?

– Eles eram muito íntimos. Victor está arrasado!

Ai meu Deus, como fui idiota!

– É a Melissa!

– Como?

– No começo eu achei que não... Mas só pode ter sido ela... Cade o Detetive?

– O vi conversando com Luke a agora a pouco.

– Me leve até ele!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Vem aí: Foi a Melissa... Quer dizer... Tem de ser ela, todas as provas apontam somente a ela... Como fui idiota fiquei defendendo uma assassina, Fernanda tinha razão desde o começo. Temos de prendê-la agora! Mas... Será que estamos no caminho certo?
No próximo capítulo: O Assassino foi descoberto... Ou não...
Se vocês não conheciam e se interessaram pela A Divina Comédia de Dante Alighieri porque não dar uma olhadinha na wiki? http://pt.wikipedia.org/wiki/Inferno_(Divina_Com%C3%A9dia) eu adoro Dante, conheci as histórias dele por meio de um livro chamado Inferno de Dan Brown o autor de O código da Vinci.



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