Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 51
Capítulo 43. The Price Of Evil




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Sentia-me agoniada pelo que sai rapidamente da banheira, tentado não cair no chão molhado da casa de banho.

Isto sem sucesso. Passado um minuto, Zacky já se encontrava ao meu lado, agarrando-me entre as coisas que tinha caído no chão, e provocado o estrondo que tinha alarmado Zacky.

Envolvi os meus braços no seu pescoço, esperando que ele tentar-se mover-me, mas ele não fez. Agarrou o meu corpo, mas manteve-me junto ao solo.

- Juliet estás bem?

A sua respiração estava alterada, e o seu rosto tenso de preocupação desnecessária.

- Acho que só magoei o joelho. – Respondi, tentando levantar-me.

- Espera. – Parou-me. – Deixa-me ver.

- Au!

O seu dedo pressionava contra o hematoma que se estava a formar na superfície. A dor não era insuportável, quando sabia que eram os seus dedos a tocarem-me na pele.

- Só está negro. – Sorriu. – A Jo depois que te passe ai pomada. E agora vamos embora, se não o Syn ainda se passa.

Agarrei-me a ele, como se fosse uma bola, e os seus braços elevaram o meu corpo enrolado numa toalha. Levou-me até a sua cama, e sentou-me na ponta desta, tocando suavemente nos meus lábios, obrigando-me a puxá-lo para junto de mim, e a beijá-lo.

- Veste-te. – Largou-me calmamente, e deu-me as roupas.

Obedeci em hesitar, e vesti-me rapidamente. Tinha frio de estar de t-shirt, mas tentei não o demonstrar, afinal muito já ele tinha feito por mim.

- Vamos? – Pedi, sem o olhar.

A sua cabeça assentiu, e os seus braços enrolaram-se em mim.

Descemos, deixando Johnny a observar Catarina que ainda dormia profundamente. Eu coxeava, apoiada em Zacky.

Entramos no carro, e a musica dos Led Zeplin invadiu aquele espaço, sem dar liberdade para falar.

Não queria falar de qualquer forma. Tinha de me concentrar no que diria quando chegasse a casa, e pela expressão de Zacky, ele tinha se concentrado no mesmo.

O meu telemóvel vibrara duas vezes, pelo que olhei para ele, não fosse ser Syn.

Tive sorte, ou não. Era Anne, e Paul.

“Anne: Juliet como estás?”

“Paul: Juliet! Ontem aquilo não correu muito bem :S Bem, podemos sempre combinar alguma coisa para outro dia, sem o Zacky, claro!”

Queria vomitar ao ler aquilo. Como é que ele podia pensar que eu queria alguma coisa?

- É o Paul? – As mãos de Zacky contorceram-se a volta do volante.

- Como sabes?

Estava baralhada. Ele não podia ler assim tão bem ao longe.

- Pelo teu rosto, ficaste tensa e parece que queres vomitar. – Riu-se.

Não havia motivos para rir, pelo menos para mim. Não era cómico o rapaz que se queria aproveitar do meu estado alcoólico, que ele provocara, continuar a insistir para eu me envolver com ele. Não era bom alguém me quer usar e deitar fora, apenas para ter o prazer de ter comido a filhinha do Synyster Gates. Muito menos era lógico da parte da pessoa, ainda tentar alguma coisa, após ficar a sangrar do lábio através de um murro de alguém que me queria defender.

- Ele ainda quer alguma coisa comigo, mas é claro, quando tu não tiveres presente. – Disse, cheia de vómitos e medo.

- Oh, quer levar mais?

O sarcasmo era nítido na voz de Zacky, e o meu pânico era grande. Via as ruas a passar, e a minha casa aproximava-se. Não sabia o que dizer ao meu pai, e à minha mãe, e nem sabia se ia ser preciso explicar alguma coisa. Tudo podia estar a esta hora a circular à velocidade da luz pelo Youtube e sites musicais.

O silêncio voltou a reinar ali, mas desta vez a expressão de Baker era bastante feliz. Cantarolava por dentro, como se tivesse ganho uma vitória, que nunca perderia. Era irritante vê-lo assim, sabendo ele, o que nos esperava.

Tinha as mãos a tremer por cima das minhas pernas, e nem a paisagem do lado de fora me distraia. A neve começava a desaparecer e o frio deixava de ser constrangedor dentro do carro, com ar condicionado.

Quando dei por mim, o carro tinha deixado de fazer barulho e a mão de Zacky agarrava minha. Eu apertava este com força, cravando novamente as unhas nela. Subi o olhar, e a minha casa estava ali, sólida e clara. A janela estava aberta, e podia ver a minha mãe a andar por ali, e Syn sentado em frente a televisão, estático. Não era bom sinal.

Zacky estava parado, olhando-me calmamente. Respirei fundo várias vezes, sem conseguir soltar a voz em nenhuma delas.

 - Juliet. – Começou calmamente. – Calma. Estou aqui contigo, vamos lá enfrentar as feras.

As feras? Não tinha medo da minha mãe, não havia razão para plural.

- Também não tenho medo dela, Juliet. – Continuou, como se me lesse os pensamentos. – Mas Matt está ali também, desse eu tenho medo. Ele pediu que eu viesse até casa do Syn, disse que tínhamos de falar. Quando Matt começa assim não é bom.

- Oh…

Foi a única coisa que consegui expressar. Zacky, largou-me a mão, e voltou a agarrá-la quando sai do carro.

Com o braço por cima do meu ombro, subimos, e entramos na jaula das feras.

O meu coração batia rapidamente, e a minha respiração era completamente descontrolada. Queria fugir dali, agora.

Jo aproximou-se da porta, e a sua expressão não era das melhores.

- Zacky, larga-a. – Pediu-lhe. – Isto não está nada bom.

- O Matt contou-lhe?

- Não, a televisão tratou disso.

Engoli em seco, libertando-me de Zacky e entrado dentro daquela sala, apesar do pânico que me queria mover até a porta por onde tinha entrado.

- Ainda bem que chegam. Precisamos de falar. – A voz de Brian era rouca, e firme.

Tremi ao sentar-me no sofá, e Zacky ficou de pé, olhando com firmeza para Syn. O meu pai olhou-o simpaticamente, e percebi que o problema era mesmo comigo.

Tinha as veias a tremer a mesma velocidade que o meu coração batia, e isso não ajudava. Não tinha a certeza do que tinha medo. De ter ficado bêbada, da confusão que armei, ou de Zacky me ter defendido.

- Juliet. – Tremi perante a sua voz firme. – Tu sabes que o que aconteceu ontem foi muito grave.

Nunca tinha visto o meu pai assim. Era como se ele fosse uma pessoa diferente, adulta.

- Tu não és uma rapariga qualquer. – Continuou. – Eu e tua mãe somos conhecidos internacionalmente. Qualquer coisa que tu faças corres um grande risco. Ficares bêbada como ficaste é um risco enorme, e pode ter consequências como as que teve.

Juliet, sabes que vão nos apontar o dedo? Vão nos chamar de bêbados irresponsáveis, que não sabem cuidar de uma criança de quinze anos. Eu posso não ser o melhor pai do mundo, nem sequer sou um bom exemplo para ti, mas nunca te ensinei a beber. Pelo menos nunca pensei que fosses ficar naquele estado triste.

Depois para além de ficares bêbada e falares mal para um segurança, o que é grave mas nada que um adolescente de quinze anos não faça, tu meteste em risco a credibilidade da banda. Não atendeste o telemóvel, e eles ficaram preocupados, e com razão pelo que vejo. Tu obrigaste o Zacky e Johnny a envolverem-se numa briga. O Zacky agrediu um menor que o provocou, mas agrediu. Sabes que o Paul pode apresentar uma queixa, que é claro sem efeito, mas é uma queixa. Uma mancha no nosso nome, no nome de toda a banda. Porque tu és minha filha, e estamos todos na obrigação de te proteger, assim como eu estou na obrigação de proteger a Olívia, a Camille ou qualquer outro dos filhos da banda da tua mãe.

Tu foste extremamente irresponsável Juliet Haner, e espero bem que penses nos teus erros. Por isso, falei com os teus avós. Vais passar o resto das férias com eles, e pensar muito bem no que fazes. Não há saídas com a Anne, com a Catarina, nem com o Thomas. Também não podes estar com o Robert. E não há passagem de ano, a não ser uma festa com os amigos dos teus avós.

Podes começar a arrumar as tuas coisas, porque vou-te levar mal elas estejam prontas.

Os olhos de Synyster fitavam com uma expressão assustadora.

Acabou de falar. Matt olhou-me pensativo, e magoado. A banda tinha sofrido consequências, e eu tinha originado aquilo tudo, sem razão.

Saí dali, caminhando devagar, e de cabeça baixa. Ouvi Matt a falar com Zacky sobre se Paul apresentasse queixa, e como lidar com a notícia que tinha caído no mundo.

Todas bandas faziam disparates, mas agredir um menor não era propriamente o melhor que a banda podia fazer, além do mais Syn e Jo tinham o nome manchado como pais.

 Bati com a porta do quarto, descarregando toda a minha energia sobre ela. Sentia-me horrível, e não conseguia raciocinar, algo que ainda não tinha conseguido fazer durante todo o dia.

Tinha perdido toda a minha força, e as lágrimas caiam-me, magoada comigo própria. Horrível o que eles tinha obrigado a fazer, e o meu castigo era merecido. Porém, era igualmente difícil, e não o queria. Não queria passar a passagem de ano com os meus avós, mais que tudo não queria passar o resto da semana sem ver Zacky. Ele era como um vício para mim, e quanto mais o tinha, mais o desejava.

Atirei a roupa para cima da cama, encharcando-as com lágrimas. Enchi a mala, sem olhar para o que tinha para vestir dentro daquela mala, apenas tive o cuidado de por o meu caderno de desenho e o meu mp3. Estava pronta para morrer, mas não para morrer de tédio.

Suspirei longamente, quando estava tudo arrumado naquele quarto. Dei passos pesados até a casa de banho, sem olhar para a sala enquanto passava por ela. Arrumei a escola de dentes, a pasta e os shampoos dentro de um saco, e voltei para o meu quarto. Desta vez trocei um breve olhar com a minha mãe. Percebi também que Johnny já estava ali presente, assim como The Rev.

Tinha demorado mais do que pensara a arrumar as roupas, e a minha fúria tinha abafado o barulho da sua chegada.

Sentei no chão, sem me mover. Tinha dores, e a pior delas era a culpa. Apenas queria que Synyster me levasse rápido dali para fora.

O meu olhar levantou-se quando a porta se abriu, e voltou a cair quando percebi que era Zacky. Não era ele que me ia levar dai para fora, infelizmente.

O seu corpo aninhou-se, no chão, junto do meu. Descontrai sobre ele, deixando as lágrimas escorregarem para o seu colo.

- Isto era obvio que ia acontecer… - Respirou, sobre o meu cabelo. – Com sorte, Paul não apresenta queixa. Mas do que percebi, esse miúdo quer mais fama do que proveito.

Continuei a chorar, sem volume controlável, e as mãos de Zacky passavam pelas minhas costas e o meu rosto, tentando que eu parasse. Estava a fazê-lo sofrer, mas não tanto como eu estava a sofrer.

- Ele não te odeia Juliet. – Disse por fim. – E o Matt também não está chateado, está preocupado comigo, e também contigo. Eles também tinham medo que o Paul te fizesse mal.

- O que é que um miúdo de 16 anos podia fazer pior do que toda a credibilidade da banda que eu pus em jogo? – Choraminguei. – Tu e o Johnny agrediram um menor! Os meus pais estam mal vistos.

Riu-se.

- Achas mesmo que estamos preocupados com isso? Juliet, nós defendemos-te, e o Syn não está minimamente preocupado com o dizem dele. Mas ele é teu pai, e por muito estranho que seja, ele tem de agir como tal. Ele está a fazer o melhor que sabe, e o que qualquer pai de uma adolescente de 15 anos faria se ela ficasse bêbada e armasse um escândalo num bar.

Parei de chorar. Não tinha a certeza no que estava a pensar naquele momento, mas sentia-me mais aliviada por Syn não me odiar. Ou pelo menos não ter o nojo, que eu lhe tive.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que sou uma autora desnaturada e me esqueço de postar -.- deixem reviews, e eu prometo ser rápida :3



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