Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 50
Capítulo 42. Remember The Things Did You Made?




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Acordei com uma dor de cabeça horrível. Olhei a volta, perguntado a mim mesma onde estava.

Senti o meu corpo, deitado sobre algo. Sorri quando percebi que era Zacky.

- Hum, já estás acordada? – Murmurou.

- Penso que sim. – Sorri.

Puxou-me pela camisa que me tinha vestido, e beijou-me calmamente. Supus que tivesse no quarto dele, e quando o soltei confirmei isso ao olhar em meu redor.

Observei para a sua cara. Tinha 4 traços marcados, em cicatriz. Recordei quando Paul lhe acertara com um copo. E a culpa tinha sido minha.

As lágrimas escorreram-me lentamente pela face ao recordar tudo o que tinha dito, e tê-lo sujeitado aquilo. Não me tinha controlado com a bebida, e talvez tivesse sido a sua falta que provocara tal.

- Estás a chorar?

- Desculpa-me. – Pedi, ao mesmo tempo que passa suavemente os dedos nas cicatrizes, que estavam agora cozidas. – A sério eu não queria ficar assim. Eu senti a tua falta.

- Mandaste-me embora inúmeras vezes e ao Thomas também.

Thomas? Não me lembrava dele.

- Desculpa. – Pedi novamente. – E, Zacky, não aconteceu nada para além de estar agarrada ao Paul. De qualquer forma, obrigada por teres aparecido, e me defendido. Não quero imaginar o que é que aquele porco teria feito se não fosses tu. – Resmunguei.

- Fico mais descansado ao saber isso, sabes? E não tens de agradecer. Não aguentei sem saber de ti, talvez não devesse ir atrás de ti, mas desta vez evitei algo que tu não ias gostar que acontecesse. – Sorriu. – Mas não o critiques, ele também não sabe que tu tens alguém.

- Ele nunca o faria, se eu não tivesse bêbada.

- Sendo assim, ainda bem que lhe dei bem.

Zacky sorriu, vitorioso do seu acto. Não sabia como é que ele podia ter ciúmes de alguém, que era uma criança ao lado dele.

- Anda cá!

Puxei para junto de mim, caindo sobre a cama e o seu corpo sobre o meu. Beijei-o preguiçosamente. Era realmente bom acordar ao seu lado, apesar da dor de cabeça.

- Mas isso já está cozido…

- Oh, fui ao hospital, quando paraste de vomitar. – Respondeu calmamente. – Isto é… há uma hora atrás.

- Estive assim tão mal?

- Muito. Tu e a Catarina.

- Ela está a onde? – Fiquei confusa por momentos. Não recordava nada da Catarina.

- Lá em baixo. Trouxe-a para cá, e o Johnny está com ela. Temos estado a tomar conta de vós a noite toda.

Não sabia o que me tinha passado pela cabeça. Como poderia ter bebido tanto? Senti-me com vómitos só de tentar compor a noite de ontem.

- Juliet… - Pegou no meu rosto, com as duas mãos, olhando-me atentamente. – Estava lá muitas pessoas. Todo o bar parou para ver o que se passava.

- Não… - As lágrimas correram-me novamente pelo rosto cansado. – Achas que…

- Sim Juliet, é muito provável que isto vá parar à internet, e quem sabe a MTV possa mesmo falar disto.

Apertei-me junto do seu corpo, espetando as unhas nos seus braços. Suportou a dor, sem gemer.

Era inevitável aquilo não parecer no jornal. Afinal de contas Paul era menor, podia apresentar queixa.

- Zack, e se o Paul apresenta queixa?

- Meu amor. – Limpou-me cuidadosamente as lágrimas que enchiam os meus olhos. – Ele tem dezasseis anos, e foi ele que começou. Há mais do que testemunhas para o provar!

- Tu sabes que os da banda não contam como Álibi… - Confirmei.

- Acredita que não era preciso muito para que uma fan me desse Álibi.

Olhei com desprezo, mas ele tinha razão. Uma noite de loucura para uma fan, e ela fazia o que ele quisesse.

- Já me fizeste pior que isso.

- Juliet, desculpa por isso. Nunca o deveria ter feito, não só por ti, mas pela tua mãe.

- Não quero falar disto. – Baixei os olhos até ao chão.

Afastei o meu corpo do dele e levantei-me da sua cama. Olhei para as minhas roupas, em cima do sofá que estava no canto, e perdi a vontade de as vestir. O vómito caíra sobre elas, e estavam mais que imunes.

Era um contraste na verdade com o resto do quarto. Era limpo e arrumado, com as paredes em tons de vermelho sangue, e móveis escuros. Agora afastadas do sofá, devido às minhas roupas, estavam algumas das suas guitarras, e noutro canto, outras.

Zacky levantou-se também, e pousou as mãos nos meus ombros. A sua respiração dava-me paz, batendo em contratempo com a minha, no meu pescoço.

- Não vais quer vestir essas roupas, ou vais? – Sussurrou-me, ao ver-me mexer nas roupas do dia anterior.

Atirei-as de novo para o sofá, e voltei de frente para ele.

- Tens algo melhor? – Fitei-o, rindo-me.

- Tenho.

O sorriso permaneceu, e os seus lábios juntaram-se aos meus, sem medos. A sensação de puder estar sem medo que alguém nos visse era óptima.

Pegou na minha mão, levando-me até ao armário.

Conhecia praticamente toda a sua roupa, e do fundo do armário tirou um saco, e uma t-shirt.

- Bem, já que tens uma do Thomas, podes ficar com esta que é minha. E toma, isto também.

Peguei nas coisas que me estendia sem perceber muito bem.

Sorri com a T-shirt. Era a sua t-shirt dos AC/DC, eu adorava-a.

Abri o saco, e dentro dele estavam umas sapatilhas, pretas, e junto ao calcanhar, padrão de tigre, em tons de rosa e preto. Eram maravilhosas.

Zacky sorriu perante os meus olhos brilhantes.

- Vê se servem. Eu escovei as tuas calças, e dão para vestir, agora a blusa e os sapatos estavam tão maus.

- Foste gastar dinheiro nos ténis. – Resmunguei, sorrindo a seguir. – Quando é que compraste isto Zacky?

- Havia uma loja perto do Hospital… A senhora estava lá dentro, e não se importou de atender ligeiramente mais cedo que a suposta abertura da loja.

- Baker! – Abracei-o com força.

Ele estava a ser impecável comigo, depois de tudo o que o tinha feito passar, e mesmo sabendo que muito mal poderia vir para os lados dele.

Afastei-o, pegando nas minhas coisas, e entrei na casa de banho do seu quarto. Liguei a água na máxima pressão, e entrei rapidamente na banheira.

A força com que a água batia no meu corpo ardia-me, e a minha respiração parecia suspensa. O meu pensamento parecia estar afogado naquela água, sem me deixar recordar a noite anterior, e como tinha ficado assim.

Lembro-me de ver Anne a ir embora com o David. Estremeci só de pensar no erro que ela poderia estar a cometer. Também recordava a forma com Tim e Catarina me tinha aproximado. Depois, fomos a um bar, pequeno e quente. Paul pediu shot’s para todos. Devo ter bebido uns quatro, e sentia-me bem, consciente. Aquilo não tinha efeito sobre mim.

Continuamos naquele bar, e Paul espalhava o seu hálito de álcool, junto a minha cara, beijando-me o pescoço. Eu afastava-o, mas ele permanecia ali. Não sabia que mais fazer, agora que depois de beber dois copos de vodka, começava a perder as forças e a ficar vulnerável.

Saímos daquele bar e a rua parecia-me muito mais perigosa de como a tinha deixado. Era agora gelada, e suja. As pessoas pareciam monstros, e a beleza natalícia tinha desaparecido de junto de nós. 

Os braços de Paul cobriam os meus, como se eu fosse um cão de bolso. Raquel e Richard continuavam ali, agarrados e Catarina estava cada vez mais próxima de Tim. Ainda peguei no meu telemóvel para perguntar a Anne, onde ela estava, mas ao ver as chamadas perdidas de Zacky, voltei a enfiá-lo no bolso.

Entramos noutro bar. Vi inúmeras pessoas a dançar, como se fossem macacos. Devia ser a visão de qualquer pessoa que ali entrasse, a visão de macacos aos pulos.

Catarina desapareceu com Tim. Lembro de me aproximar do balcão, com a ajuda de Paul.

“Juliet Haner?” “É a Juliet!”, gritaram duas raparigas. Deviam ser fans do meu pai.

Paul sorriu para elas, e eu puxei-o para o balcão. Queria beber mais.

As imagens de Zacky junto com o meu pai começaram a sugerir novamente, e imaginar a minha mãe com Jack, não era de todo bom. Tinha nojo de mim. Era tão burra que nunca tinha dado por nada, e estúpida por acreditar que ele me amava.

Pedi um martini, e Thomas apareceu no meu campo de visão. Devia estar com alucinações, só isso explicava ele estar ali. Abracei-o, apesar de não saber o que estava a abraçar.

Voltei a pedir um martini, e recordei todos os bons momentos que tinha passado com Zacky. Todas as conversas sobre música, sobre os meus amigos, sobre as suas namoradas, sobre as coisas que eu desconhecia e ele me ensinava. Todas as vezes que ele ficava comigo no meu quarto, ensinando-me a tocar e sorrindo para mim. Todos os concertos, que fiquei na lateral olhando para ele, esperando ele me viesse ter comigo, e quando me pegava ao colo, e levava-me para junto de Gena. Recordei principalmente, quando fiquei sozinha, ele veio e me beijou tão delicadamente. A primeira vez que me beijou.

O meu coração tremia, e Paul pediu uma tequila para mim, com o seu sorriso do qual queria fugir.

Tentei sorrir, mas apenas queria chorar, e pedir a Thomas que viesse ter comigo, e não tivesse ido embora da minha fantasia, na qual Zacky também aparecia. Queria os dois ali, as duas pessoas que eu mais amava naquele momento e para todo o sempre.

Engoli a tequila, um B-52, uma cocaína, e outras coisas sobre as quais foi perdendo a conta, e os sentidos assim como foi perdendo os sentidos.

Paul arrastou-me para o local onde os macacos dançavam, e eu tinha me agora tornando também numa deles, numa macaca preta e branca. Paul agarrava-me na cintura, impedindo-me de cair, e a sua respiração estava junto do meu ouvido. Queria vomitar.

Senti as suas mãos a deslizar pelo meu corpo, e só queria afastá-lo de mim. As minhas forças tinham desaparecido, e não me conseguia mover.

Tentei chegar ao meu telemóvel, que vibrava impaciente no meu bolso, porém foi em vão. Queria chamar Zacky para me proteger, queria gritar a Thomas que me viesse buscar.

Os lábios de Paul, apertavam-se com força contra o meu pescoço, e o meu rosto. Ele tentava alcançar a todo o custo os meus lábios. O meu rosto desvia-se dos seus ataques, para meu próprio bem.

“Oh Juliet, não tenhas medo. Eu não te faço mal.” Sussurrava-me maliciosamente, cada vez que as minhas pernas ganhavam forças para me afastar. As suas mãos suadas prendiam os meus pulsos magoados, e eu perdia novamente as minhas forças  

Depois Zacky apareceu olhando-me com o mesmo nojo que eu costumava sentir. Queria abraça-lo, mas naquele momento a bebida revoltava-me por ele me proteger. Fez-me dizer coisas que não sentia, nem nunca tinha sentido. Fi-lo envolver-se numa briga, que agora podia ser apresentada ao mundo, ele ficará machado perante a população, e tudo apenas para me defender.


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Notas finais do capítulo

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