Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig
O barulho da música entrou-me pelos ouvidos, como se acordasse de um pesadelo.
Entrar no bar, nunca tinha sido tão fácil, e David parecia orgulhoso disso. Aliás estava bastante contente, e eu se fosse ele certamente também estaria.
Matt soltou-me, caminhando apenas ao meu lado para que ninguém me atacasse. Quando olhava para as pessoas do bar, parecia-me uma autêntica selva. Dançavam como macacos em lianas, os olhares que as raparigas deitavam quando outra se atirava à sua presa eram como olhares de lince, e estes apoderavam-se delas como se fossem leões, e elas zebras, ou seja um bocado de carne para devorar com gozo e deitar os restos, aos abutres que as acolheriam quando chorarem-se nos seus ombros de rastos. Era difícil respirar ali.
O escuro permitiu que não fossemos reconhecidos, mas mesmo assim Matt não arriscou levantar suspeitas, mantendo-se ao meu lado durante toda a busca por Juliet, ou pelo menos Catarina.
Catarina foi mais fácil de descobrir. Quando dei por ela estava aos beijos com Tim. Olhei confusa, e reparei no olhar de Johnny a baixar-se ao observar aquilo. Fiquei ainda mais confusa.
- É melhor não te interromper. – Sussurrou-me Matt.
Concordei com ele e continuamos a procurar de Juliet.
A luz incidiu sobre um canto. Vi-a.
Dançava nos braços de Paul, e Raquel nos de Richard. A respiração de Zacky tinha se modificado e nota-se ao longe. Estava furioso, e eu quase que também.
Observei mais atentamente enquanto nos aproximávamos. Havia uma clara diferença entre Juliet e Raquel. Juliet estava nos braços de Paul, porque se ele a largasse, ela caia. Estava podre de bêbada, e ele aproveitava-se disso.
Mesmo percebendo o que se passava Zacky suspirava chateado e magoado.
Chegamos junto deles, e Raquel saudou-nos alegremente.
Zacky olhou com desprezo para Juliet, e ela endireitou-se rapidamente, largando Paul, perdendo quase todo o equilíbrio.
A mão de Zacky agarrou-a com fúria, e os olhos de Juliet pareciam quer matar-lo.
- Vamos para casa. – Pediu suavemente.
- Larga-me! Eu contigo não vou para lado nenhum! – Respondeu-lhe.
Zacky permaneceu calmo, e insistiu.
- Por favor mantém a calma, vamos embora.
- Tu não és a minha mãe! – Gritou. – Eu não quero ir embora.
Juliet estava mesmo mal. Um pequeno grupo de pessoas começavam a observa-nos.
- Juliet anda!
- Não!
- Tu estás bêbada!
- Cala-te, como se tu fosses muito melhor pessoa que eu!
- Não compares! Queria ver se o Syn te visse assim!
- Vocês os dois não tem razão nenhuma para falar! São bem piores que eu! Deixa-me, não te quero ver mais, Baker!
Uma multidão maior começava a reparar no que se passava. Agarrei-me a Matt, estava aterrorizada.
- Juliet, por amor de deus!
- Eu já não sou uma criança! Não preciso mais de ti!
- Juliet! Vamos embora…
- Não! Vai ter com a Gena, ela estava muito interessada no dia do concerto! Porque é que não ficaste com ela? O Syn não quis?
- O que é o que Syn tem a ver?
- Tudo, Zacky. Não consegues fazer nada sem ele!
- Isso é mentira! Ainda te dizes crescida, precisas mais que cuidem de ti do que eu!
- Cala-te! – Empurrou, com as poucas forças que tinha.
Não percebi o que se estava a passar ali. Apenas queria que acabasse antes que dissessem mais disparates.
Juliet caiu no chão. Tentei ir ao seu alcance, mas Matt agarrou-me. Ele próprio não sabia o que fazer.
Zacky agarrou-a, e ela mandou para atrás. Olhei e todo o bar tinha parado
- Juliet, chega!
- Tu… A sério Zacky, tinhas de vir atrás de mim não era? Não posso estar bem paz?
- Para ficares nesse belo estado, e te atiras a qualquer um!?
- Eu não sou qualquer um! – Paul entreviu.
- Claro, por isso é que te aproveitas dela bêbada!
- Mas és pai dela por acaso!?
No meio da multidão surgiu Thomas. Não sabia de onde ele tinha vindo, mas talvez não fosse boa ideia ele estar ali.
- Juliet! – Thomas correu para ela, segurando com os braços.
- O que importa? Eu não me meto com miúdas bêbadas como tu! – Continuou Zacky.
- Devem ter sido poucas! Só por seres famoso, tens a mania que és bom! – Agrediu Paul.
- Eu não te admito!
- Eu não admito aos dois! – Juliet estava furiosa, mas caiu nos braços de Thomas mal acabou a frase. Talvez fosse bom ele ter aparecido.
- Tu és mesmo idiota! – Provocou Paul.
- Não vou te bater, miúdo.
- Tens medo de perder é?
- Achas mesmo que sim!?
- Acho!
- Experimentas e vês o que te faço!
Paul atingiu a face de Zacky com um murro. Zacky defendeu-se com outro.
Os gritos, começaram assim como a briga dos dois. Matt agarrou-me, e Johnny entrou para o lado de Zacky assim como David. Era desfavorável, mas mesmo assim continuaram.
Thomas afastou Juliet, que voltara a vomitar ao ver Paul a sangrar do lábio. Para vingança, pegou num copo, partiu e cortou a cara de Zacky.
Os seguranças correrão para parar a briga. Até mesmo junto de Matt eram enormes.
- Desculpem, mas tem de sair já do bar!
Zacky limpou o sangue, olhando com nojo para Paul.
- Já! Ouviram?
Zacky pegou em Juliet com a ajuda de Thomas, mas ela soltou-os.
- Não quero ir! Estes senhores não me dizem o que faço!
- Ou a levam daqui para fora, ou chamo a polícia! Ela não tem idade para beber pelo que sei!
- O senhor lê as revistas cor-de-rosa é? Para saber a minha idade! – Gozou.
O segurança olhou-a de cima.
- Desculpe, vamos sair sem causar mais estragos. – Concordou Thomas.
Arrastaram Juliet, e seguimos por atrás dela. Catarina estava lá fora, igualmente bêbada.
Thomas e Matt pagaram os estragos, pedindo desculpa pelo sucedido. David estava confuso, e Tim ajudava Johnny a não deixar Catarina cair para o meio do Chão.
Sentia-me verdadeiramente cansada, e só queria deitar-me numa cama e dormir.
- Anne vou te levar a casa. – Matt agarrou-me para eu não adormecer. – Thomas, David e … Tim? – Tim assentiu, sem deixar cair Catarina. – Querem boleia?
Disseram todos que sim.
- Johnny e Zacky, levem nas para vossas casas, eu não acredito que os pais da Catarina a queiram ver assim. E muito menos a Jo. – Matt parecia tão calmo, e tão seguro.
- E dizemos o que aos pais dela? – Johnny estava confuso.
- A Anne liga e pede para Catarina ficar em casa dela. – Olhou para mim, e eu concordei com a cabeça. – Quanto a Juliet. O pior é o Syn, mas diz à Jo que ela fica contigo, está Zacky?
- Sim. – Assentiu.
Matt levou-nos para o carro, sentando-me no banco da frente, e os restantes atrás.
- Matt, como é que é agora? – Perguntou Thomas. – Se isto se souber?
- Não quero nem pensar nisso… Vai se saber. E o pior é que o Brian não vai reagir bem.
Não faço ideia o que mais disseram. Acordei já em casa, na minha cama quando Matt se despediu de mim, e desejou as boas noites aos meus pais. Voltei a adormecer depois disso.
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