Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 47
Capítulo 39. How Can I Know What To Do ?




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Levantei-me e peguei nas letras que tinha escrito e guardava na secretária. Pensei no que as levara a escrever mas não tinha recordações desses momentos. Nem tinha grandes recordações dos momentos da minha vida.

Ri-me para o ar solto, e fui interrompida por um olhar interrogado de Zacky, que estava apoiado a ombreira da porta.

- Tu não és normal pois não? – Perguntou, a olhar para o tecto, e sorrindo-me de seguida.

Aproximei-me dele, puxando para o interior do meu quarto e fechei a porta. As suas mãos percorreram a minha face lentamente, e depois os meus cabelos. O seu hálito fresco estava cada vez mais próximo, e sentia-o ali.

Largou-me de súbito e olhou para baixo sem falar. Levantei-me da cama, e fui até a janela. Tentar compreendê-lo, era mais cruel do que perdoa-lo.

Lá fora, a neve tinha desaparecido e o sol era baixo. Não era de todo um dia alegre, apesar de se tratar de uma festividade tão importante. 

Senti os seus braços a envolver a minha cintura suavemente, e os seus lábios suaves a tocarem no meu pescoço. Era uma sensação demasiado agradável para para-lo. Continuei com os olhos postos na rua, e ele não me moveu. Deixou-se ficar junto ao meu corpo, em silêncio. Era a melhor forma de nos entendermos. Não havia problemas da minha idade, do Thomas e do Syn.

- A tua mãe falou comigo.

O silêncio tinha sido quebrado, pela sua voz doce e calma. Talvez não fosse uma má conversa.

- Ela também falou comigo. – Voltei para ele, olhando para os seus olhos – Ela diz para eu ter coitado contigo e ser feliz.

- A tua mãe é óptima. É ao mesmo tempo a tua mãe e a minha amiga.

O riso dele saiu naturalmente, contagiando-me. Era verdade o que ele tinha acabado de dizer.

Aproximei-me, e os meus lábios ansiosos tocaram nos dele. Era um beijo calmo.

Ouvi a porta da entrada a abrir-se, e soltei-o para ir ver quem era. Corri ao perceber que era Matt e Anne. Tinha tantas saudades de Anne, e também de Matt.

 Estavam os dois com um ar de felicidade, que estranhava naquela casa. Não se notava minimamente a diferença que existia entre os dois, e Matt estava cada vez mais jovem e também mais contente. As coisas, em New Jersey tinham mesmo corrido bem.

- Juliet, ai meu deus!

Senti os braços de Anne sufocarem os meus braços. Era realmente bom tê-la de volta.

- Bem, vamos para a sala Zacky, que estas duas devem de ter por a conversa em dia!

Rimos nos de Matt, e somos até ao quarto. Numa coisa ele tinha razão tínhamos muito para por em dia.

Anne sentou na minha cama, ainda feita, e eu fiquei encostada à secretaria. Sem duvida que a história dela era mais emocionante que a minha pelo que perguntei-lhe primeiro o que tinha acontecido. Explicou pormenorizadamente, e eu falei sobre algumas coisas de Zacky.

- Bem, tenho uma proposta para ti. – Conclui. – Do Robert.

- O que é?

Estava ansiosa, e feliz, como uma criança esperando por um doce.

- Bem, ele precisa de uma guitarrista para a banda. E convidou-me. E quer-te como vocalista, mas primeiro precisa de ouvir a tua voz com atenção, é claro.

O rosto de Anne parou pensativo por momentos, mas rapidamente se rasgou num sorriso aberto. Tinha adorado a ideia pela expressão.

- E quando é isso? – Saltava na cama, enquanto falava. – Por mim é quando quiserem!

- Bem, tenho de falar com ele… Talvez segunda.

- E tu, vais ser a guitarrista não é?

- Eu não sei.

A minha resposta desanimou-a por momentos, mas voltou a carga com a mesma rapidez que sorrira há pouco.

- Claro que vais. Só tens, é de aceitar! És óptima, e sabes que se não o fizeres, estás a desperdiçar um talento.

- Ainda não falei com o Brian… - Tentei movê-la para minha posição, mas sem resultado.

Riu-se, desprezando o que tinha acabado de dizer. Era obvio que o meu pai dizia que sim. Por isso, pegou na minha mão e levou-me até a sala de forma a obter a confirmação.

Zacky e Matt olharam-nos curiosos quando entramos, e ao mesmo tempo, satisfeitos por nos verem, e Syn sorriu abertamente, dando uma palma nos lugares vazios ao lado dele para nos sentarmos.

- Syn, olha a Juliet pode entrar na banda do Robert? – Questionou, mal se sentou confortável no sofá. E lançou-me um sorriso, orgulhosa do seu trabalho. Conseguira ser mais rápida, do que eu estava preparada, para minha infelicidade.

Syn olhou-a confuso, sem perceber o que ela realmente o que ela queria dizer.

- Querido, o Robert tem falta de uma guitarrista e perguntou à Juliet se ela queria entrar. – Esclareceu a minha mãe, sem tirar os olhos da televisão.

- É verdade Syn. Vê se tu metes juízo a tua filha. Ela não sabe se há-de ou não de aceitar. – Concluiu Zacky.

Estavam todos contra a minha opinião, apesar de eu continuar a mantê-la.

-Tu também sabias, Zachary? E não me diziam nada? – O meu pai não conseguia mostrar-se zangado, estava demasiado bem-disposto para isso. – Juliet, eu acho que deves aceitar. É um mundo difícil, sim é. Mas eu, a tua mãe, o Zacky, o Matt e os outros, estamos todos aqui para te ajudar. Além disso o Robert já formou a banda há uns dois anos. Está a começar a ganhar forma, e com a tua entrada pode ser um bom arranque para eles. Mas a decisão final, é tua.

Sorri para Brian ligeiramente, devido a sua última frase, mas continuava a preferir que ele não soubesse de nada.

Anne estava tão satisfeita com a ideia, como os outros três. Eu mantinha-me perdida.

- Oh Zacky, não queres ir fazer companhia ao Syn e a Juliet não? – Matt, olhou ansioso, e desperto para enterrar Anne nos seus braços fortes.

- Hum não me parece. – Respondeu-lhe com uma grande sorriso de gozo.

- Vá Zacky! – Puxei-o para junto de mim, deixando Anne se juntado a Matt.

Sentou-se amuado, e eu observei Anne e Matt. Era bonito de ver, eles tão bem. Pensei mesmo como era isso possível, mas também os pais de Anne não iam desconfiar, porque não estão em todo o lado em que eles estavam.

O tempo ia passando, e a conversa sobre novas bandas e a entrevista que estava a dar, foi mais do que assunto para falarem e falarem. Não me manifestei, e fiquei enroscada no peito de Baker, aguardando que Catarina chegasse para nos vestirmos e irmos embora.

Tentei não pensar sobre aceitar ou não a proposta de Robert, mas era inevitável, principalmente quando Zacky e Anne, mandam inúmeras bocas relativas a isso. Era uma decisão de alto risco. Podia entrar, e fazer isto apenas no secundário, mas os planos de Robert era algo maior, algo com abrir festivais. Ia ter de acabar a escola aos bocados, ia ficar viciada naquele estilo de vida, e não podia mais sair dele. Eu queria acabar a escola, queria ter um curso superior. Ao mesmo tempo queria tocar guitarra, subir para cima de um palco, observar milhões de cabeças que estão ali por mim, pela minha música, e sentir-me finalmente em casa. Aliás o que mais queria era chegar aquela casa, que eu tanto ansiava. Tinha agora a oportunidade de o fazer, e podia-me arrepender se não fizesse.

Olhei para o guitarrista que estava agora a ser entrevistado. Não li sequer o seu nome, e não conheci a cara. Apenas ouvi as suas palavras.

“(…)Não me interessa o que pensão de mim, eu quero apenas saber a minha opinião sobre mim próprio. Se não souber o que sou neste momento, como poderei saber o que serei amanhã? As pessoas pensão no futuro, e deixando o presente pendente, chorando o passado que erraram. Não estou a dizer que não penso no meu futuro, é claro que penso. Se não o fizesse era um pateta. Apenas penso nele quando tenho a certeza do que quero fazer neste mundo. Eu escolhi tocar guitarra, foi uma escolha própria. Sinto realmente bem comigo próprio por o fazer. Agradeço quando me dizem que uma música não presta, porque nesta altura já sei que faço um bom trabalho, e mais importante que estou a produzir música. Para um musico, importa saber que estilo musical está a tocar, é claro que importa. Ele tem de se orientar, e seguir as suas regras, mas pode fazer misturas. Eu sempre houve que estilo tocava, mas nunca me ralei se diziam que eu era metal, hardcore, ou rock. Agradeci cada vez que me puseram um estilo como rotulo, porque estavam-me a dizer que o que eu fazia era musica. (…)”

Sorri ao ouvir as suas palavras, e decidir reflectir antes de tocar uma decisão sobre tornar-me ou não guitarrista. Não o ia fazer agora, porque poucos segundos deveriam faltar para Catarina bater naquela porta, e nos arrastar para fora da minha casa. O que naquele momento, me ia fazer bem, apesar de não ser o que eu mais desejava.


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Notas finais do capítulo

Não gosto muito deste capitulo, porém é uma parte importante. Prometo muito mais acção e emoção nos proximos ;D (Além de que vem Anne e Matt, oh yeah!)



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