Revolução dos Sem Almas escrita por Lockey


Capítulo 8
A primeira reunião dos anciãos.


Notas iniciais do capítulo

"Conversas,
Entendimentos,
Tudo para resolver,
Esse problema."



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Candy ficou pensativa quanto à afirmação que Frank havia dito, os Guardiões poderiam mesmo ajudar em Pan Gu?

– Então você acha que esses estranhos são a salvação para tudo? Acha que vamos concordar nisso? Górgon está morto, ele provavelmente nem pensaria nos guardiões neste momento, você sabe como ele era. - Dizia claramente a anciã da Cidade das Plumas.

– Isso deve ser conversado, acho que já está de noite né? - Frank pensava ao olhar pela janela. - Onde será que Talles está? Numa caverna? Lutando? Já não tenho forças para pensar. E aliás, não precisava me acertar com aquela maldita flecha calmante, talvez seria melhor... - Frank foi interrompido.

– Se você dormisse, relaxasse, já fez muito estes últimos dias. Aqui tem um caldo feito diretamente da cidade, vai adorar. Tem água também, amanhã veremos o que possamos discutir na reunião. - Candy assustou-se pois bem na hora chegou Henry.

– Henry, querido, não queremos más notícias. - Candy disse preocupada, logo quando seu amigo Frank já estava calmo.

– Não, só vim ver como ele estava. - Henry olhou diretamente para o bárbaro.

– Ah, poderia me fazer um favor? - Insistiu Candy enquanto saia da pequena casa e chamava Henry para o lado de fora.

– Peça ao Edric que reúna um grupo de cinco de nós, arqueiros e sacerdotes, façam uma busca por Talles. Ele é semelhante ao pai. Tenho esperança que ele ainda esteja vivo. - Candy mostrou suas belas asas. - Eu preciso descansar.

– Vá e não se preocupe, Edric estará com seu grupo amanhã logo ao amanhecer. - Henry bateu asas e foi para sua casa, não tão distante.

Candy havia entrada em sua casa, onde Frank adormecia lentamente. Resolveu dormir na casa reservada de Frank, não queria por nada atrapalhar ele no sono.

A noite tinha sido tranquilo, nada de ataques, nada de Sem Almas. Logo no início da manhã Candy havia ido dar uma olhada em Frank.

– Cadê ele? Cadê ele? - Candy desceu pela árvore desesperada.

– Ele é menor que eu, sua juba é idêntica à minha, será fácil encontrar. - Alertava Frank a um grupo que já batiam asas para a busca por Talles. - Oh, olá Candy, descansada?

Candy deu arrepio, pensava que Frank ficaria na cama até o crepúsculo do dia.

– Que bom, está bem melhor. - Pousava no chão gramíneo.

– Edric trará meu filho de volta, eu creio nisso. Aliás, a reunião? Será hoje né? - Perguntou Frank observando a movimentação na cidade.

– Sim, será hoje. O que acha de um treinamento com meus guerreiros? - Candy oferecia à Frank. - Pode tentar manusear um arco e flecha se quiser.

– Adoraria, tem alguns bichos aqui perto? - Dizia Frank ansioso, havia tempo que não batia em um sem alma.

– Ahan, eles treinam sempre com alguns besouros ambulantes, eles são uma merda de fracos, mas está tudo bem. - Candy corou. - Se quiser ir... é daqui alguns minutos, se quiser pegar uma túnica com nosso alfaiate, o George ficaria contente em recebê-lo.

– Estou indo agora mesmo, mas tudo bem eu prefiro minha velha túnica. - Dizia Frank todo empolgado.

O treinamento foi constante, Frank não deixara suas habilidades brutais de lado, já não era como antes. A tarde passou num salto, o ancião bárbaro alimentou-se, treinou com seu grifo sobrevoando e passando pelos obstáculos da Cidade das Plumas, e por fim estava se preparando para a reunião.

– Candy, estão chegando? - Indagava Frank.

– Clérion virá sim. Bom... o filho de Górgon virá no lugar do pai, ele provavelmente será o próximo ancião daquela cidade. - Candy sentava-se num banco rente à uma grande mesa.

– Bom, aí está ele... - Frank apontava com o olhar para Tríton, o novo ancião da Cidade das Espadas.

– Boa quase noite, venho em nome do meu pai, farei parte do conselho de Pan Gu, meu nome é Tríton. - Apresentou-se formalmente e sentou-se delicadamente no banco, bebericou um chá verde que havia na mesa.

– Bom, sabe quem somos. - Frank advertiu.

– Boa noite colegas... - Górgon já vinha chegando, sua túnica espalhava-se pela grama, seus olhos como peixe dava medo.

Todos estavam sentados, preocupados no que seria discutido naquele momento.

– Então? Posso ser a primeira? - Pediu Candy ao conselho.

Todos assentiu e ficaram atentos às palavras da anciã.

– Sabemos sobre essa nova força que tramam, sugiro uma proteção em todas as Cidades, as principais. A Cidade do Dragão está ótima como defesa, e lá é cada um por si. - Candy parou e logo retomou. - Se queremos vencer esses desgraçados precisamos nos unir, afinal, é isso que eles estão fazendo.

Candy não parava de falar, era como se fosse movida à corda.

– Ótimo, sou o próximo, com toda gentileza. - Diz Tríton com um ar delicado.

– Vago tráfego entre nossas cidades, digo, nossas civilizações vão onde quiser, vamos nos misturar. Seria ótimo ter aladas na minha cidade, para ajudar na proteção. Candy necessitará de selvagens aqui. Górgon precisará do meu povo na Cidade das Tormentas. - Tríton parou e sentou-se.

– Os Guardiões, nós... - Frank foi interrompido.

– Não quero nem vê-los Frank, não vou aceitar eles perambulando pelo meu povo, se quiser por sua civilização em risco, vá em frente. - Terminou Górgon.

– Detesto admitir Frank, querido não conhecemos esses seres, ainda. - Disse Candy.

– Tenho de concordar, com todo respeito, não quero os guardiões na minha cidade. - Finalizou Tríton.

Frank assentiu e permaneceu quieto até o fim da noite. Naquele momento a reunião havia se encerrado, o ancião já não sabia o que fazer.

Logo ao ir para casa, Henry apareceu para dar uma ajuda.

– Frank, se precisar de algo, só falar. - Henry pairou no ar enquanto Frank ainda estava na porta do seu lar.

– Cuide do meu grifo, é só. - Frank adentrou à casa e então dormiu lentamente pensando em Talles, pensando naqueles bichos, pensando em tudo que poderia ocorrer, pensando se os Guardiões seriam boas ou más pessoas.

Minutos depois Frank adormeceu.

– Pai... pai! Preciso de você... pai! - A voz de Talles era bradada no sonho de Frank.

Talles estava acorrentado, Frank via toda a situação.

– Estou com medo, não quis fugir, não quis sair da Cidade, eu me detesto. - Talles começou a chorar.

Os sem almas que estavam ao lado de Talles o atiraram à um grande abismo, estava morto. Frank acordou rapidamente, sabia que era apenas um sonho.

– Frank? - Indagava Candy. - Edric... ele chegou.


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Notas finais do capítulo

Continuando bom? :)



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