Revolução dos Sem Almas escrita por Lockey
Notas iniciais do capítulo
"Ficar sozinho,
Isso pode ser um perigo,
A companhia de alguém,
É o que é mais preciso."
O jovem Talles permanecia em sua casa, quieto, deitado na cama com sua túnica ainda vestida, era como se a solidão fosse a pior coisa depois de perder a mãe. Não conseguia dormir, por nada, apenas rolava em sua cama feita de rocha, sua juba já estava suja, ele tinha enfrentado cinco escorpiões naquele dia, e isso já era o suficiente.
– Pai? É você? - Indagou ao ouvir a porta se abrindo, claramente não era seu pai, a silhueta do corpo na sombra da caverna não era muito bem masculina.
– Não, sou eu, Aurora. Bom... seu pai disse para te vigiar, acha que estou exagerando? - A domesticadora sentou-se num banco e ficou a observar Talles, que logo sentou-se na rocha.
– Acho que não. Não preciso ser vigiado. - Disse Talles enfurecido. -Já não basta meu pai ter me deixado por esses dias, ele tinha mesmo que mandar alguém para me olhar? Tenho casa de bebê? - Talles levantou-se retirando sua túnica pesada do corpo, estava exausto.
– Você sabe que seu pai saiu para nos proteger. Ele precisa trazer a paz à Pan Gu, junto com o conselho. - Aurora sentiu uma leve dor de cabeça. - Sabe... posso dormir aqui, hoje, com você, para não sentir-se só.
– Tanto faz. - Talles ficou a olhar pelo buraco da caverna, a noite era um breu, exceto pela caverna do ancião que ficava com suas tochas flamejantes toda a noite.
– Então durma, fará bem para você. - Aurora sorriu e então jogou Talles na rocha.
– Tudo bem, não precisa ser a força, dessa maneira. - Emburrou e virou-se de lado.
– Você é um cara muito charmoso, sabe disso né? Sei que sou um pouco mais velha que você, mas... - Aurora foi interrompida com a boca de Talles.
– Tudo bem, eu compreendo. - Talles retirou sua última roupa do corpo, ficou totalmente exposto para Aurora.
– Nossa, arrasou. Estou queimando por dentro. - Dizia retirando sua roupa e ficando nua na frente de Talles.
– Venha, vamos... - Talles ia dizendo quando Aurora pulou em cima dele, ambos começaram a se beijar.
Ardiam como uma tocha, estavam puramente loucos de amor. Depois de alguns minutos entrelaçados, começaram a se encaixar, e nesse encaixe descobriam mais sobre o outro.
Amanheceu, Talles e Aurora estavam deitados, ainda nus, um ao lado do outro.
– Abra a porta Talles, anda. - Disse Thomas do lado de fora.
Talles levou um grande susto, vestiu sua roupa e então atendeu a porta.
– Você não disse que hoje eu só iria ajudar na parte da tarde? - Indagou Talles.
– Sim, mas isso exige preocupação, são os sem almas, estão vindo muitos deles. - Thomas parecia apavorado.
– Certo, chame Lynx, reúna uma grande quantidade de feiticeiras, acho que estou no comando agora. - Talles parecia se orgulhar, mesmo que ele não desse a mínima para a cidade, ele queria seguir o pai. - Quero que espalhem elas por todos os cantos, temos de ter uma vigília no lado leste.
– Aurora, acorde, Aurora. - Dizia Talles vestindo-se.
– Ahn? O que houve? - Aurora levantou-se tão rapidamente que quase caiu ao chão. - São eles? Vão nos atacar. Preciso da sua ajuda.
Talles saiu da caverna e pode observar a tumultuação na cidade, eram feiticeiras se escondendo, outras correndo para a entrada da cidade.
– Quero os bárbaros numa linha reta, mande-os irem atacar a cada cinco minutos. Feiticeiras, quero domesticação, eles serão inofensivos quanto à isso. E Aurora... - Talles estava bastante preocupado. - Quero suas criaturas sobrevoando aqueles bichos, temos quantas montarias?
– Oito voadoras, quatro terrestres, acho que só. - Aurora correu em direção à sua casa, e depois ao campo onde as montarias estavam.
– Thomas, Thomas. - Gritava alto. - Arsenal, pegue o que puder dele, vou acalmar a civilização.
Talles começou a caminhar o mais rápido que pode, ultrapassou pessoas, mandou todos para suas casas e logo depois subiu o morro onde Thomas estava.
– Tudo indo bem? - Perguntou Talles usando sua túnica contra ferrões de escorpiões.
– Isso parece estar bem Talles? Precisamos do seu pai aqui. - Thomas praguejou. - BÁRBAROS, AGORA! - E questão de cinco bárbaros iam lutar contra as criaturas.
– Deve ter pelo menos trinta deles. - Disse Thomas.
– Vamos conseguir, vamos conseguir. - Talles virou-se para o lado, um grupo de feiticeiras já vinham auxiliar.
Talles virou-se para Thomas, estava parado, imóvel, de repente caiu no chão com uma flecha acertada diretamente no peito, rumo do coração.
– Nãoooo, não Thomas, levante, me ajude, não vá. - Talles começou a chorar, já não tinha tanta esperança, Thomas estava morto.
– Seus filhos da mãeee. - O jovem bárbaro apanhou seus machados de aço e foi-se para a luta. Rodopiava e matava questão de dois a cada vez. Talles era forte como a mãe, talvez líder como o pai.
Aurora havia trago as montarias, bárbaros e feiticeiras foram à luta.
– Cuidado, temos arqueiros miseráveis, esses esqueletos filhos da mãe. - Gritava um dos bárbaros que machadava um arqueiro selvagem.
Talles via aquela cena, chorava por pensar que algo poderia ocorrer. Desistiu, o pânico subiu sua cabeça, virou-se e deu uma última vista da cidade, e então transformou-se em sua forma de um belo tigre branco, fugiu.
– Talles, Talles, onde você vai? Precisamos de você. - Gritava Aurora que estava prestes a ser pega por escorpiões.
Talles não deu uma última olhada para trás.
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Ficou tenso ein? '-'