Revolução dos Sem Almas escrita por Lockey


Capítulo 4
A Anciã da Cidade das Plumas.


Notas iniciais do capítulo

"Atravessar horizontes,
Encontrar amigos e companhia,
Unir todas as forças,
Isso é o preocupante."



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Já havia amanhecido e por incrível que pareça Frank ainda dormia lentamente, sonolento como se a noite tivesse sido espetacular, e foi. As feiticeiras organizaram um belo banquete frente a uma boa fogueira, chás, frutas, bebidas e comidas. Frank teve uma conversa séria com Bell a respeito da defesa do acampamento, aliás, não havia nenhuma e era isso que o ancião queria, proteção. Sabia muito bem que aquelas feiticeiras seriam úteis para a Cidade das Feras, ele não queria perdê-las.

Os raios de luz atrapalhou o sono de Frank, acordara com um instinto de perigo, mas estava enganado, estava tudo perfeitamente bem, ainda era impossível acreditar naquilo. Ergueu-se e se organizou para terminar a viagem, queria chegar a Cidade das Plumas antes mesmo de escurecer.

– Então, já vou indo, como está o grifo? - Frank perguntou a Plaza que dava uma grama verde para o animal.

– Ele satisfará sua necessidade ancião, deixe-o repousar ao menos uma vez antes de chegar lá. - Dizia Plaza enxugando o suor na testa e dando um aperto de mão em Frank.

– Muito obrigado por tudo Plaza. - Frank agradeceu e subiu no grifo.

– Não foi nada, há bastante comida e água em sua bolsa, fique bem. - Plaza deu passos atrás para que o grifo pudesse abrir suas belas asas.

Frank deu um último sorriso e sobrevoou o acampamento, em poucos minutos já estava além dos montes.

Havia se passado horas e Frank já avistava, ao longe, uma grande árvore, praticamente gigantesca e com várias casinhas em suas folhas.

– Estamos chegando grifo, lá está a Cidade das Plumas, e nem estamos no crepúsculo ainda. - Frank dizia com um sorriso para o ar.

Depois de vários minutos ele havia pousado na folha mais alta da árvore, deu umas leves batidas na casa mais próxima e deu de cara com a anciã da Cidade das Plumas.

– Frank, é você mesmo? Que bom estar aqui. - Dizia Candy, a anciã da cidade dos alados.

– E como está aqui? Um caos? - Perguntou Frank entrando na casa e sentando-se num pequeno banco gramíneo.

– Em paz, por incrível que pareça. Aceita chá? Água? - Perguntou Candy que já ia preparando uma xícara pro selvagem.

– Chá. - Diz Frank com um olhar de preocupação.

Candy era bonita, muito diferente das feiticeiras que tinha na Cidade das Feras, era charmosa com seus cabelos esbranquiçados, usava um vestido branco com partes lilás e sua asa? A mais bonita que Frank tinha visto.

– Está tudo tão diferente né? Digo, eu vim com um grifo e pelo caminho notei pouquíssimos sem almas. - Dizia o bárbaro que tomava seu primeiro gole de chá verde.

– Aqui também... aparecem questão de cinco à dez por dia, muito pouco em vista de antes. Mas lembre-se Frank, não se aflija, não baixe a guarda para esses bichos. - Alertava Candy.

– Éh, espero que eu possa passar a noite em sua cidade. Amanhã preciso ir pra Cidade das Espadas, e estou pensando em largar mão de viagem, quero ir por meio de teletransporte, tudo bem? - Indagava Frank, estava cansado e exausto, já fazia quase dois dias que ele havia saída de sua cidade.

– Claro, não se preocupe, temos um lar pra você aqui. Se quiser ocupar a casa ao lado, tudo bem pra mim. - Dizia Candy com simpatia.

– Está ótimo. Estou preocupado com Talles, deixei-o sozinho. - Frank tomava o último gole de chá e então ajeitava-se no banco, não era dos mais confortável, ele preferia uma rocha dura.

– E o conselho? É isso que veio falar? - Candy perguntava olhando um mapa de Pan Gu na parede.

– Sim. - Assentiu Frank.

– Eu já imaginava, precisamos unir nossas forças. - Candy largou sua observação ao mapa e então olhou Frank, que parecia triste.

– Os guardiões, essa nova civilização. Estou preocupado, e você? Digo, os abissais já foram tamanha surpresa para nós, e agora esses outros? Quem são? De onde eles vieram? - Indagou Frank. - Será que devemos aceitar o ancião deles como conselheiro?

– Eu acho que por hora não. - Disse Candy com um jeito supersticioso. - Talvez devêssemos esperar um pouco mais. - Levantou-se e abriu suas asas completamente.

– Bom.. é... eu já vou pro meu lar. - Dizia Frank saindo da casa e dando uma boa noite para Candy. - Até amanhã?

– Até amanhã, durma bem.

Frank sorriu e então entrou na casa que Candy havia dito. Não era das piores, havia uma cama fofa, alguns bancos, uma pequena mesa e alguns quadros pendurados na parede.

Frank deitou-se na cama, e então ficou observando o lado de fora, onde seu grifo havia aproveitado frente a sua casa.

– Boa noite Talles. - Dizia Frank antes mesmo de dormir.


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Notas finais do capítulo

••• Comentem. :)



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