Revolução dos Sem Almas escrita por Lockey


Capítulo 3
O acampamento.


Notas iniciais do capítulo

"Misturar-se com outros,
Isso é o melhor a se fazer,
Ajudar e protegê-los,
Dá-se por eles."



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A viagem estava definitivamente longa para Frank, ele sempre usava a magia do teletransporte para esse tipo de locomoção, mas sabia que dessa vez seria diferente, queria inovar antes que tudo virasse um caos. O grifo com o qual Frank viajava estava exausto, seu corpo ás vezes decai no céu, tornado uma situação de perigo para o ancião da Cidade das Feras.

– Isso nunca foi calmo, nunca foi. Acho que estamos entrando num estado de perigo eminente. - Dizia Frank para ele e o grifo, eram os únicos que poderiam ouvir.

A criatura aérea então, não aguentando mais o peso dos martelos e instrumentos, pousou num campo de areia, ainda desértico, ou seja, Frank ainda não havia saído da área dos selvagens.

– Calma rapaz, calma. Vamos, descanse enquanto eu vou procurar algo para te alimentar. - Frank descia das costas peludas do animal, o mesmo deitou-se de lado e pôs-se a fechar os olhos.

Frank empunhou seu par de martelos de aço, começou a caminhar em linha reta até que um Sem Alma apareceu, um esqueleto despedaçado que empunhava um arco e flecha, poderia ser letal para Frank, aliás, seu combate era apenas corpo-a-corpo.

– Finalmente. Mas apenas um. - Frank então encostou-se numa árvore curta, porém grossa, sentia o impulso das flechas abatendo-e contra o tronco da árvore.

– Morre seu filho da mãe. - Frank largou o tronco, armou seus martelos para o esqueleto e com um golpe rodopiante quebrou todos os ossos do bicho. - Não tem mais? - Dizia Frank com um sorriso no rosto.

Continuou sua caminhada até que encontrar um leito de rio, a água puramente limpa e potável. Bebericou grandes goles com o auxílio da mão. Frank então voltou ao grifo e trouxe-o para beber água, se fortalecer e continuar a viagem. Porém, Frank ouviu vozes e depois mais vozes, de todo tipo. Subiu um pequeno morro que ficava após o rio, deu de cara com uma pequena civilização selvagem. Barracas de couro estavam instalados no local, eram umas três e um outra, esta enorme. O ancião da Cidade das Feras correu para o local, onde foi barrado por uma feiticeira feroz.

– Nome? De onde veio? Qual sua intenção aqui? - Perguntou a vigia que ficava na entrada do acampamento.

– Frank, Cidade das Feras, estou em viagem. Sou seu ancião. - Frank diz e ao mesmo tempo viu o rosto surpreso da feiticeira.

– Desculpa, não sabia. Enfim, entre, seja bem vindo ao Acampamento das Feiticeiras. - Dizia a vigia.

– Só tem feiticeiras aqui? - Perguntou Frank entusiasmado.

– Sim, só feiticeiras. Afinal, meu nome é Plaza.

– Ah sim, e quem é a proprietária? A líder? - Perguntava Frank enquanto caminhava entre as barracas.

– É a Bell, ela não costuma conversar com visitantes, fica sempre quieta na barraca. - Dizia Plaza entregando um cajado a uma das feiticeiras que passava.

– Aqui parece ser um bom lugar, posso passar a noite por aqui? - Perguntou Frank entreolhando Plaza e em seguida observando as montarias que elas tinham.

– Não sei, isso quem decidi é a Bell, não quer conversar com ela? Pode ter sorte. - Plaza infiltrava seu olhar para dentro da barraca maior, que no caso era de Bell.

– Que a sorte esteja comigo então. - Frank deu um sorriso e ficou rente à barraca.

– Tenho um grifo, ele está descansado depois do rio corrente, atrás desse morro. Poderia pegá-lo para mim? - Pediu Frank á Plaza, a mesma fez um sinal positivo com a cabeça.

Frank adentrou a barraca maior, onde uma grande quantidade de bugigangas havia no local. Bell era idosa e tinha um cajado hipnotizante de cor negra com um rubi em cima, Frank ficou observando aquilo por minutos.

– Você é a Bell, certo? - Frank perguntava a feiticeira que acabara de se virar à ele.

– Sim, sou eu, o que quer aqui Ancião? - Dizia ela, com um tom de sabedoria inigualável.

– Quero passar a noite aqui, não quero correr nenhum perigo. - Frank assentiu e sentou-se num pedregulho confortável para ele. - Tenho um grifo lá fora, Plaza foi buscá-lo, queria comida para ele pois tenho uma longa viagem até a Cidade das Plumas.

– Fique. Esta noite, e saiba que estou fazendo isso por você ser superior à mim, se fosse um bárbaro qualquer eu deixaria por aí. Peça Plaza comida pro seu animal, e lembre-se... não pense que estamos seguro, perdemos três de nós em uma semana. - Bell falou e então virou-se de costas, manuseando algo.

Frank levantou-se e agradeceu, saiu da barraca e deu de cara com seu grifo voando ao céu alto. Plaza vinha correndo.

– Ele se assustou, não quer descer. - Plaza lançava uma magia calmante a cada minuto.

– Um segundo. - Frank assobiou tão alto que Bell se transtornou e saiu da barraca para ver o que ocorria. Naquele instante o grifo havia descido e já se alimentava da grama que havia na entrada do acampamento.

– O que foi isso? - Perguntou Bell tremendo.

– Não foi nada, apenas chamei meu grifo, estava impaciente. O que temos pra hoje à noite? - Perguntou Frank com seu olhar inquietante.


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Notas finais do capítulo

Terceira parte. ••••



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