Revolução dos Sem Almas escrita por Lockey


Capítulo 2
Um encontro rápido.


Notas iniciais do capítulo

"Nenhum lugar é seguro,
Tudo está dominado pelos monstros,
Viagens já são totalmente perigosas,
O melhor é se esconder."



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Já era madrugada, o sol sairia pelas montanhas a qualquer momento. Frank acordou ainda sonolento e com uma leve dor de cabeça, verificou se Talles estava na cama, tudo estava normal. Frank retirou sua túnica, ficando completamente nu, exposto ao filho que estava adormecido. Observou pelo buraco redondo da caverna, era como se estivesse noite ainda, e a primeira luz do dia foi dada, na caverna de domesticação.

– Espero que essa Cidade fique bem durante alguns dias. - Dizia ainda nu, porém observando agora Talles, que respirava lentamente.

– Acorde seu preguiçoso, está na hora. Preciso ir. - Frank dizia procurando uma túnica mais nova.

– Poxa pai... ainda está de madrugada, você ... você está pelado? - Talles deu uma gargalhada, nunca tinha visto o pai daquele jeito, como havia chegado ao mundo.

– Ah, o que eu tenho você tem, não é? Sem timidez. - Frank vestia sua túnica mais limpa, com cor branca e beje dando uma sintonia mais luxosa. - Você não precisa ter vergonha de mim, acha mesmo que nunca te vi pelado? Ah, por favor meu filho. Agora vamos, vista algo melhor.

Talles ficou meio tímido, porém retirou toda sua roupa, ficou completamente nu frente ao pai.

– Aqui, tem essa túnica ótima contra o ferrão daqueles escorpiões ambulantes. - Dizia Frank entregando a roupa ao filho e logo depois olhando seu corpo.

– Você deu uma evoluída rapaz. - Frank terminava de organizar-se para a viagem.

– Ahh, você diz aquilo? Aquilo aqui embaixo? - Taller ficou surpreso, nunca pensava que chegaria à essa conversa com o pai.

– Ahan, qualquer feiticeira da sua idade ficaria louca. - Frank deu um sorriso e quando percebeu Talles já estava todo arrumado.

– Agora vamos, você precisa ajudar Thomas na vigília, quem sabe ele te coloca para deter alguns Sem Almas. - Frank já saia pela porta rochosa da caverna. O sol já estava exposto à cidade, estava tudo claro.

– Um aperto de mão? - Perguntava Talles ao pai, antes de partir.

Frank deu um forte abraço no filho.

– Isso me animará, agora, até... fique esperto, cuidado, não dê as costas pra esses monstros. Chame Thomas se precisar de algo. - Dizia Frank pegando um caminho diferente de Talles.

Talles apenas fez um sinal positivo com a cabeça, e então tomou seu caminho para fora da cidade, indo para as colinas onde ajudaria Thomas na vigília oeste. Frank tomou seu rumo para a ala de montarias domesticadas, onde um grifo estava à espera dele.

– Ancião, bom dia. - Dizia Aurora que alimentava o grifo branco e laranjado.

– Aurora, bom dia. E ele está bem? Digo... tudo ótimo para ma viagem? - Frank dizia colocando suas coisas numa pequena bolsa de couro que ficava ao lado do grifo.

– Ele está perfeitamente bem. Qual será seu destino? - Aurora perguntava curiosa, ou então por questões do animal.

– Cidade das Plumas, talvez. E depois Cidade das Espadas. - Dizia Frank.

– Ah sim, deixe ele descansar uma ou duas vezes até a Cidade das Plumas, e assim por diante até a Cidade das Espadas. - Aurora assentiu e corou. - Traga paz ao mundo, sei que você e todos eles são capaz Frank.

– Pode deixar Aurora. - Frank subiu no grifo esbelto. - Faremos tudo o que pensa. Você poderia dar uma olhada no Talles de vez em quando? - Perguntava Frank, preocupado.

– Claro, não esquenta. Terei o prazer de observá-lo. - Aurora terminava de dar a grama esverdeada e um pouco de água para o grifo.

Frank pegou voo no animal, sobrevoou as colinas e sumiu no céu azulado. A cada metro que andava Frank podia observar o vasto campo marrom perto da Cidade das Feras, era tudo muito diferente de estar no céu. Continuou a percorrer uma linha reta, passando por algumas vilas que estavam abandonadas, outras com pessoas, enfim, Frank sabia que estavam protegidos, até então.

Passou-se meia hora, ainda permanecia nas redondezas, abaixou o grifo um pouco perto da água para que pudesse descansar. Largou-se do animal e então sentou-se na borda de um rio que fluía ao horizonte.

– Ahh, isso aqui é ótimo. - Frank dizia lentamente, havia esquecido do perigo que o cercava. - Ah merda, os bichos. - Ergueu-se tão rapidamente que o fez tontear e cair no chão novamente. Apanhou dois martelos de aço que estavam no bolso de couro do animal.

– Ah, isso aqui costumava ficar cheio de esqueletos, aqueles demônios, onde estão? - Frank observava, nenhum bicho ao longo do campo desértico.

– Engraçado não é? - Uma voz feminina bradava perto do grifo.

– Quem-m é você? - Frank assustou e colocou o martelo, armou-o sobre a cabeça de uma jovem feiticeira.

– Calma, calma. Sou apenas uma caçadora em busca de comida, meu nome é Lilly, você tem algo por aí? Digo... comida. - A feiticeira deixou os martelos de Frak pro lado. Agachou-se e começou a devorar as frutas que Frank havia trago.

– Você, você é o Ancião da Cidade das Feras, certo? - Indagava à Frank.

– Sou, o próprio. E eu adoraria que deixasse alguma fruta para mim. - Frank deu sorriso, sabia que não havia monstros por perto, era apenas uma donzela.

– Ah, perdão. Você está indo para onde? - Lilly largava a comida e empunhava seu cajado.

– Cidade das Plumas, e você? - Frank subiu no Grifo, sabia que não poderia perder mais tempo.

– Sou uma caçadora, esqueceu? Vivo viajando, há dias que sai da Cidade do Dragão, lá está um caos. - Lilly assentiu e começou a correr em direção ao norte.

– O.k, até logo entãoo. - Gritou Frank enquanto a moça ainda corria.

Continuou a sobrevoar a área, a paisagem mudava a cada instantes, rios, lagos, era tudo muito bonito, nada que os selvagens haviam visto antes.


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Notas finais do capítulo

Ótimo, o segundo capítulo. Fiquem de olho nas personagens. :)



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