– Ela sabe! – a voz parecia ser Frank

– O que estava fazendo na casa dela? – Harry perguntou

– Que droga Harry! Temos que mata-la!

– O que ganham como isso? – a voz de Alex fez meu coração acelerar

– Não perdemos nada não é mesmo?

– E se eu disser que juro se não matar ela

Comecei a me mexer. Cai no chão. Devia estar presa a alguma cadeira. Tentei falar, mas minha boca estava tampada.

– Calma! – A voz de Harry ficou mais próxima

Levantou a cadeira da qual eu estava presa e tirou as vendas dos meus olhos.

Estava em uma sala escura, Alex estava sentado em uma cadeira no outro canto da sala, mas não estava amarrado. Frank e Harry estavam de pé.

– Oi – disse Alex com a maior tranquilidade – tudo bem?

– Não! Não está tudo bem! – disse nervosa – Onde eu estou?

– Longe - respondeu Alex – estamos discutindo umas coisas, se puder dormir de novo ajudaria.

Fiquei boquiaberta.

– Vocês me sedaram e me prenderam aqui! – disse me mexendo loucamente para soltar as cordas que me prendiam – agora estão discutindo o que fazer comigo e não posso ouvir?

Frank pegou uma agulha.

– Não – gritei – socorro! Me tirem daqui!

– Deixa comigo – disse Alex pegando a agulha da mão de Frank

– Alex! – gritei – não faça isso! Me tire daqui!

Ele injetou e comecei a ficar dormente

– Vou te tirar – ele sussurrou no meu ouvido – eu prometo

Então apaguei. De novo.

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Acertei e levantei muito rápido. Minha cabeça doeu.

– Calma pequena

Estava no meu quarto deitado na cama. Alex estava do meu lado.

– O que aconteceu? Você me chamou de que?

– Pequena. Se não gostou não chamo mais

– Não, eu gostei.

– Melhor descansar mais um pouco

Balancei a cabeça em sinal negativo.

– O que aconteceu? Depois que você me sedou.

– Tirei você de lá como prometi.

– Estou falando com você! Diz que você não jurou lealdade!

Ele levantou da cama e colocou a mão da cabeça.

– Eu vou embora – ele disse

Foi como se tivesse jogado uma bomba em mim

– Do que está falando?

– Quando chegar Cheshvan não tenho ideia o que ele vai me o obrigar a fazer.

– Não acredito que jurou lealdade para o Frank

– Pequena – ele disse e sentou do meu lado – eu jurei lealdade para o Harry.

– O que?

– Um Nefilim já jurou lealdade para Frank, mas nenhum para Harry. Eu não quero que esteja perto quando acontecer

Segurei sua mão.

– Por que fez isso? Por que não deixou ele me matar? Sou só uma humana posso morrer a qualquer hora.

– Por que eu te amo. Desde que conheci você quando tinha sete anos. Eu sempre fui apaixonado por você

Aproximei-me segurando atrás da sua cabeça. Estava tão perto. Meus lábios estavam tão perto dos deles que senti o gosto de chocolate em sua boca. Ele virou o rosto e saiu do quarto. Suspirei. Onde estava com a cabeça? Não posso me meter com esse tipo de cara.

Fui até a janela. Vi ele indo embora. Estava no meio do caminho, mas parou. Ele ficou lá parado. Meu coração acelerou.

Ele virou para trás e me viu na janela. Ficamos apenas nos olhando. Meu corração batia muito rápido.

“ele não é humano” – pensei

Não aguentei. Sai correndo. Abri a porta de casa. Ele ainda estava lá. Sai correndo e pulei no deu colo. Ele segurou minha cintura e nos beijamos. Segurei seu cabelo. Ele beijou meu pescoço e senti meu corpo arrepiar. Perdi o equilíbrio da perna e cai, mas ele me segurou.

– Cuidado pequena.

Comecei a chorar e beijei ele de novo

– Não vai! – implorei

Ele sorriu e beijou a minha testa.

– Eu volto por você. Eu prometo!

E ele foi, dessa vez sem olhar para trás.

Cai no chão e fiquei lá.

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– Como assim você não vai? – perguntou Andressa

Já havia duas semanas que Alex foi embora. Eu entrei em depressão desde então, quase nunca falava e só saia de casa para ir para a escola. Minhas amigas pareceram perceber, mas pensaram que era porque minha mãe estava viajando. Ele nunca viajou por tanto tempo antes. Mas não ligo de ficar sozinha em casa.

– Você comprou aquele vestido lindo e diz que não vai de uma hora para outra!

– Eu não quero ir e vocês não são ninguém para me obrigar!

– Calma! – Gina falou e me coração apertou ao lembrar de Alex

– Ninguém vai te obrigar a ir se não quiser – disse Sarah

Virei para ela e fiz uma coisa que nunca podia imaginar. Sorri.

– Obrigada

Abracei ela. Sei que posso contar sempre com ela.

– Vou para casa agora

– Até amanhã.

Cheguei em casa e fiquei deitada na cama como sempre.

Alguém bateu na porta.

– Alex – gritei e abracei ele

Ele mexeu no meu cabelo

– Senti tanto a sua falta! – disse beijando ele

Ele pegou minha mão e colocou no seu rosto.

– Isso é tão bom!

– Alex, você está bem?

Ele segurou minha cintura e me puxou para perto.

– Para! Você está me machucando! – disse empurrando ele

– Vem aqui! – ele disse entrando na minha casa e fechando a porta – quero sentir mais!

Corri para cozinha e peguei uma faca

– Você não é o Alex!

– Você é esperta, mas ainda não terminei. A gente pode fazer aqui no sofá ou na cama no seu quarto. Deixo você escolher.

– Não se aproxime! – disse erguendo a faca.

– Emily! – ouvi a voz de Sarah – eu troce sua lição de casa que você esqueceu na escola

Não, não, não. Não venha para cozinha!

– Emily?

– Estamos aqui – gritou Alex que na verdade era Harry no corpo de Alex

Teria enfiado a faca nele se não estivesse no corpo de Alex.

Sarah entrou na cozinha e soltou um grito.

– Vou ligar para a policia! – ela ameaçou Harry

– Liga, quem vai ficar na prisão depois não sou eu!

Sarah pegou o celular.

– Não! Sarah não liga!

– Mas..

Eu soltei a faca.

– Sai daqui – disse expulsando ela – estou bem, e não se atreva a chamar a policia!

Virei para Harry.

– Há quanto tempo está no corpo dele.

Ele batei o dedo três vezes na boca.

Suspirei. Beijei-o. Ele segurou meu cabelo, depois na minha cintura e foi descendo. Empurrei ele.

– Pronto! Agora fala!

– Quadro dias.

Senti aliviada por faltar só mais três dias, mas fiquei pensando o que ele fez nesse tempo.

– Não faça mais nada! Por favor!

– Estava pensando em aprender a atirar. Com esse corpo posso atirar em pessoas que o prejuízo não sai ser meu né?

Foi tudo muito rápido. Peguei a faca do chão e enfiei no braço dele. Ele gritou de dor.

– Desculpa Alex – sussurrei

Eu empurrei para a porta do porão e o joguei lá. Tranquei a porta.

– Te solto daqui dois dias! – gritei

Ele ficou falando um monte de palavrões.

Ouvi um barulho de sirene. Policia!

– Droga – sussurrei

– Acho que vou sair mais cedo – disse Harry rindo