Alex estava no chão. Sua perna estava sangrando, ele tinha sido esfaqueado.

– O que você está fazendo? – gritei e tentei correr até Alex, mas Harry me segurou tampando a minha boca.

– Você está louco de deixar ela vim aqui? –perguntou Frank

– Ele saiu correndo! – Respondeu Harry

– E o que fazemos agora? Temos que mata-la.

– NÃO! – Alex gritou e pulou em cima de Frank enquanto ele caminhava até mim.

Frank enfiou a faca na barriga de Alex e o jogou para o lado. Alex caiu no chão e soltou um grito.

Tentei me soltar, mas Harry me segurava muito forte.

– Não podemos mata-la – falou Harry

Frank socou a parede.

– Não diga que se apaixonou por ela!?

– Não!

– Então qual o problema?

– Não podemos sair matando todo mundo.

Frank ficou vermelho de raiva e se aproximou de mim. Colocou a faca no meu pescoço.

– Se contar para alguém, qualquer um, eu mato você! Ouviu? Te corto em pedaços!

Assenti sentindo as lagrimas descendo em meu rosto.

Harry tirou a mão da minha boca mão continuou segurando minha cintura.

– Vou te levar para casa – ele disse

– Alex – falei, mas saiu mais como um sussurro.

– Eu ainda quero bater um papinho com ele – falou Frank

Olhei para ele. Estava sentado apoiado na parede. Parece impossível, mas seu machucado parecia muito melhor.

– Não vou emborra sem ele!

– Sai daqui Emily – disse Alex – não preciso aqui! Não quero você aqui!

– Vamos – disse Harry me arrastando para o carro

Podia ter lutado. Mas simplesmente fui.

Entrei no carro e fiquei olhando para forra. Não me atrevi a olhar para Harry.

Quando chegamos ele me chamou:

– Ei, está bem?

Não respondi, só fiquei olhando para a janela.

– Emily, eu salvei sua vida!

Eu virei para ele. Varias lagrimas desciam em meu rosto. Ele o segurou e me beijou.

Empurrei e bati na sua cara.

– Por que fez isso? – ele perguntou segurando aonde tinha batido.

Sai do carro correndo batendo a porta com força.

Entrei em casa e apoiei na porta. Cai no chão lá fiquei chorando. Quem era aquele cara? O que ele queria com Alex. Alex! Nesse momento ele já deve estar morto. Acho q acabei dormindo no chão, porque acordei com o sol no meu rosto.

Escola. Esse pensamento me fez gemer. Não posso ir para a escola. Tranquei a porta, fechei todas as cortinas e tirei a tomada do telefone.

Fiquei lá deitada no chão, não sei quanto tempo passou. Minutos? Horas?

Então alguém bateu na porta.

Não atendi. Harry agora quer pedir desculpas?

A pessoa bateu de novo

– Sou eu Alex! Sei que você está ai!

Levem e abri a porta o mais rápido que pude.

Lá estava ele. Não estava com um arranhão.

Abracei ele. Não queria soltar nunca mais.

Ele segurou minha cintura e me puxou para casa fechando a porta ao entrar.

– Você está bem? – ele perguntou

– Eu? Você está bem?

Levantei um pouco a camisa aonde Frank tinha o esfaqueado. Só tinha uma marca roxa.

Olhei para ele

– Isso é impossível!

– Você não acreditaria se eu falasse

– Me fala – implorei

Ele soltou minha cintura e sentou no sofá.

Fui até ele e sentei ao seu lado.

– Você acredita em anjo?

– Depende, por quê?

– Quando um anjo faz algum mal ou fica muito atraído pela terra arrancam suas assas e ele vira um anjo caído

– Já ouvi uma história assim

– Quando esses anjos caídos se apaixonam por um humano e tem filhos esses filhos são chamados de Nefilins. São meio humano meio anjo. Os anjos caídos não podem morrer e eles não sentem nada. Os Nefilins podem sentir, mas não morrem. Tem uma semana chamada Cheshvan em que os anjos caídos podem possuir o corpo dos Nefilins, mas para isso os Nefilins tem que jurar lealdade para ele. Os anjos caídos torturam eles para jurarem. Mas nunca vou jura! Sabe como é horrível não poder controlar seu corpo?

– Como assim você não vai jurara

– Emily.. – disse se aproximando de mim

Me afastei

– O que é você?

– Eu sou um Nefilim. Ah, só pra avisar seu namoradinho é um anjo caído.

– O que?

– Harry é um anjo caído, ele e seu amigo que me atacaram a outra vez na rua.

– Harry não é meu namorado! Eu só estava fingindo.

– Você não pode contar sobre isso para ninguém! Se não eles te matam!

– Quem?

– Os arcanjos! Bom, acho que já vou.

– Mas... E se algum anjo caído te encontrar na rua?

– Eu sei me virar - ele disse e foi embora.

– Então ele te falou né coisinha linda?

Virei para trás. Frank!

Ele foi muito rápido. Enfiou uma agulha em mim e eu comecei a ficar com sono.

– Boa noite – Ele sussurrou no meu ouvido – durma com os anjos