Wrong Turns escrita por Bade Lover


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oie! Desculpem a demora. Explicações nas notas finais. Bjinhos da Ari!



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Pov Beck

Quando entrei na sede da CIA, me arrependi de ter vindo sozinho. Sempre que venho aqui sinto arrepios. Faz mais ou menos um ano que entrei pra CIA, junto com os meus amigos. Alguns agentes veteranos foram fazer uma espécie de audição, onde eles selecionaram os melhores pra fazer parte de uma equipe. Como sou um bom ator e dublê, entrei facilmente.

Cheguei perto da porta da sala do Agente Bryan McGurry, chefão da sede da CIA aqui de LA. Parei ao ouvir meu nome e logo depois ouvi uma voz feminina alterada.

– Você só pode estar brincando! Ele não pode ser um agente! – espera... eu conheço essa voz! É a Jade!

– Ele é um agente sim, Jade. – a voz do agente McGurry era mais calma, porém era autoritária.

Bati na porta e ouvi um “entre” baixo. Adentrei o escritório e vi Jade me encarando com um olhar assassino. O homem a observava com um ar jocoso.

– Agente Oliver, mandei te chamar para lhe apresentar o novo caso da sua equipe. – ele começou, e eu passei a prestar atenção nele, sempre levo o meu trabalho a sério, deixaria pra resolver isso com a Jade depois – A equipe da agente West, irá te deixar à par de toda a operação do caso Thomas. – Agente West... a Jade virou agente. E eu vou trabalhar com ela. Ótimo! Até o papa nota a ironia nisso. - Tenho certeza que esse caso terá sucesso, pois minhas melhores equipes irão trabalhar nisso.

– Tudo bem, então. – Falei calmo e olhei pra Jade. Ela olhava fixamente pra uma pasta azul em sua mão, provavelmente os detalhes do caso.

– Ótimo. – Bryan sorriu e olhou para a Jade – E Jade, por favor, fale para o agente Collier que ele deve parar de atormentar a moça da enfermaria com esses machucados das brigas fora das missões.

– Vou avisar. – Jade disse, segurando o riso. Não entendo o motivo. – Até mais, tio Bryan.

– Até, Jade. – Espera, tio?!? Um dos maiorais da CIA é tio da Jade?

– Venha, agente Oliver. Temos muito que conversar. – Jade me chamou, saindo da sala. Ela não deixou transparecer nenhuma emoção durante todo esse tempo, enquanto eu estou completamente surpreso com tudo.

Segui Jade até um dos laboratórios da CIA (Como eles chamam aquelas salas de reunião estilo CSI), e vi toda a galera que estava na escola hoje.

– Ta me zoando que o Elvis aí trabalha pra CIA. – a loira que eu acho que chama Amy falou, rindo. Ela é bem atrevidinha.

– Isso mesmo. E mais, - Jade se dirigiu a ela, sentando ao seu lado na mesa de vidro – ele vai trabalhar com a gente.

O tal Max, que está escorado na parede, me analisou de cima a baixo e olhou pra Jade.

– Só ele ou tem mais alguém? – Qual o problema de perguntar pra mim?

– Ele tem uma equipe. Quem são eles, Beck? – Jade me olhou, ainda de maneira séria e compenetrada, do mesmo jeito que olhava pra pasta na sala do Bryan.

– Por favor, antes de eu dizer, eu queria que você prometesse que não vai tentar me matar. Porque não fui eu que coloquei eles. – Ela me olhou com uma expressão confusa.

– Fala logo, caralho! – Max reclamou.

– Eu e Tori somos agentes de campo. – Jade revirou os olhos, sendo acompanhada por Vince, que saiu do lado do nerd que mexia nos computadores e passou os braços em volta do pescoço dela. Senti um certo desconforto com isso. – André é forte e bom com armas, cuida da nossa segurança. Robbie, como é de se imaginar, é o nosso analista.

– Eu ainda não entendi por que a Jade iria querer te matar. – Amy falou, mais pra si mesma do que pra mim. Olhei pra Jade e vi que ela já notou. Ela viu quem do grupo faltou eu falar. Seus olhos transbordavam ódio.

– Cat é quem faz os disfarces, além de participar de algumas missões de campo também.

Jade respirou fundo algumas vezes, tentando se acalmar.

– Você deixou a Cat se tornar uma agente, Beck? – apesar de calmo, sua voz deixava transparecer a raiva que ela está sentindo – A Cat? Ela é como uma criança, Beck! Você deveria ter evitado!

Senti uma raiva súbita. Cat entrou nisso pra tentar preencher o vazio que Jade deixou na vida dela. Eu não pude fazer nada.

– Ah, claro, Como se tivesse sido eu que saí do lado dela mesmo sabendo o quanto isso faria mal a ela! – Minha voz estava carregada com sarcasmo.

– Não me culpe, Beck! Você sabe muito bem em quais condições eu fui embora, então não venha me dizer que eu deixei a Cat ficar assim! – ela gritou, com o rancor estampado em seu rosto. Aquilo foi como um soco no estômago, me fazendo voltar ao meu estado normal.

– Desculpa, Jade. Eu me exaltei. – Reconheci meu erro. Vi ela suspirar e adquirir a expressão neutra de novo.

– Vinnie, recupere os arquivos do caso Thomas. Ele foi reaberto. – Jade se dirigiu ao garoto de óculos que continuava em frente ao computador. Ele assentiu e começou a digitar algo.

– Reabriram o caso? Não é muito arriscado? – a morena que eu acho que se chama Jenna perguntou pra Jade.

– Acho que não. - Jade deu de ombros - O Thomas deve ter estranhado o meu sumiço. Vou precisar de uma história.

– Diz pra ele que você estava viajando pra Antártida. Ou sei lá, outro lugar sem civilização, tipo Nárnia. – Amy disse, fazendo todos rirem.

– Vocês podem me explicar do que se trata o caso? Porque eu to perdidinho. – Falei e notei que o Vince me alcançou a pasta azul.

– O Thomas é um chefe de quadrilha barra pesada. Tráfico de drogas e armas, com inúmeras suspeitas de assassinatos e desaparecimentos de agentes da CIA, FBI e Interpol. – Vince começou. Abri a pasta e vi a foto de um homem de aproximadamente 50 anos -Dono de uma rede de cassinos em Las Vegas e Monte Carlo.

Observei os avanços do caso e notei que ele tem uma linha direta com a Jade.

– O que ele tem com a Jade?

Amy riu.

– Ela fingiu ser uma garota chamada Jessie Furmann. – Amy falou, e deu um sorriso debochado - Garota rica e sexy, que conquistou o coração do velhote.

– Thomas matou um dos agentes que invadiu sua casa pra buscar informações. O pessoal da CIA achou muito arriscado continuar. – Max continuou a explicação – agora que a poeira abaixou, eles querem que a gente volte.

Definitivamente, esse caso vai dar trabalho.


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Notas finais do capítulo

Gente! Desculpa a demora! Juro que não teve como eu postar! Eu fui passar o natal na casa da minha avó e minha tia me chamou pra passar um tempo na casa dela. Ela mora em um sítio e lá não tem internet. Aí você pergunta como eu sobrevivi: um primo lindo e fofo que se dedicou a me ensinar a andar de cavalo. Valeu, Gui!!! Minha melhor amiga quer casar com ele. Mas isso não tem a ver. Voltei pra casa semana passada e minha madrasta teve neném. Isso aí, to de irmãozinho novo. Portanto, se eu demorar de novo, vocês sabem que é porque eu to ensinando o Henrique a sobreviver às loucuras da minha família.

Valeu a todos os que comentaram e favoritaram a fic. Love you, guys!

Bjinhos da Ari!