The Other Winchester escrita por Flávia Winchester, Ana
Notas iniciais do capítulo
Boa noite gente!! Deixo para vocês mais um capítulo especial, espero que gostem e que não me matem por deixar esse suspense no ar... ;D.
Obrigada a todos que estão acompanhando a história, a Ana Cristina e a Vampire Maniac pelos comentários, fiquei bastante feliz em lê-los. E também obrigada a Lylunia e de novo a Vampire Maniac por favoritarem a fic, meus mais sinceros agradecimentos.
Título do Capítulo: "Sonho, Treino de Luta e Teste de Gravidez".
No Gif: Melissa aos 10 anos - Raffey Cassidy
Dez anos – 14 de outubro de 1989
Mel estava em cima de um banquinho, debruçada na pia da cozinha enquanto lavava os pratos do jantar. Na verdade era a vez de Dean lavar, já que ela já tinha lavado a louça do almoço e John a do café da manhã, mas como ele estava demorando e ela odiava ver a pia suja, resolveu fazer. Depois eles se acertariam.
Já o loiro, por sua vez, seguia o pai para fora do quarto.
– Porque o senhor já vai outra vez? Acabou de chegar.
– É pai, eu concordo com o Dean. – falou a menina enxugando alguns pratos.
– Eu sei que você concorda Mel, mas esse é o meu trabalho.
– Chama outro para fazer. – falou o menino.
– Não há ninguém num raio de quinhentos quilômetros. Eu tenho que fazer.
– Isso é um saco. – falou Mel.
– Olha o que você fala, mocinha.
– Desculpe pai.
– O senhor sabe quando volta? – continuou Dean o interrogatório.
– Em dois ou três dias, não se preocupem.
– É fácil falar. – resmungou ela apenas para si mesma.
– Está bem. – falou o homem e engatilhou uma espingarda de cano cortado. Colocou ao lado da porta, atrás de uma cômoda. – Sabe o que fazer, Dean. Se alguém ligar, não atenda. – Ele pegou uma bolsa folgada e colocou em cima da mesinha. – Se eu ligar, deixo tocar uma vez e ligo de novo. Entendeu?
– Só atendo se tocar uma vez primeiro. – respondeu o menino.
– Vamos, fique alerta. Isso é importante.
– Eu sei, já falamos disso umas mil vezes. Eu não sou estúpido.
– Eu sei, mas um erro pode estragar tudo. Entendeu? – Dean assentiu com a cabeça. – Entendeu o que eu falei, Mel?
– Entendi, papai. – respondeu a menina no banquinho ao lado de John.
– Se eu não voltar até domingo? – Continuou o homem.
– Ligarei para o pastor Jim. – respondeu Dean.
– Feche as portas e as janelas. Feche também as cortinas. – Ele pegou a bolsa e colocou nas costas. – E o mais importante...
– Cuide do Sammy e da Melissa. – respondeu Dean e olhou para os irmãos. – Eu sei.
– E se algo tentar entrar?
– A gente pega ele. – gritou Mel e John sorriu. Dean se emburrou, era a fala dele.
– Atire primeiro, pergunte depois.
– Bom garoto. – falou John. – Mel, como você é a mais velha, está no controle.
– Isso. – falou a menina vibrando.
– Ela é só quinze minutos mais velha que eu. – falou ele resmungando e repetindo o que Mary dizia. Sempre contou que Melissa nasceu primeiro que o Dean.
– Mas mesmo assim, ainda sou a mais velha.
– Mas mesmo você sendo a mais velha, Melissa, não faça nada sem falar com o Dean primeiro.
– Sim, papai. – falou ela sorrindo.
– Eu os vejo em três dias. – respondeu John ao dar um beijo na testa de Sam e seguir em direção a saída. Dean ficou observando o pai entrar no carro e sair pela estrada, como sempre fazia.
De repente, sentiu uma pontada forte na cabeça. Respirou fundo fechando os olhos, mas as pontadas apenas aumentavam e aumentavam. Até que ele percebeu que não era ele que sentia aquilo e sim Melissa. Olhou na direção de onde ela estava e a viu desmaiada no chão.
– Mel? – falou ele sentindo aquilo cada vez mais forte até que não conseguiu mais andar e caiu ajoelhado no chão. Seguiu assim mesmo até se aproximar da menina, mas não chegou a tocá-la, já que caiu desmaiado no chão ao lado dela.
Dean acordou em um lugar diferente. Não era mais o chão da mini cozinha onde ele e Mel haviam desmaiado. Era uma espécie de cidade antiga, onde havia várias pessoas com roupas engraçadas e chapéus enormes. Caminhou pelo lugar procurando por Sam e Melissa, mas não os encontrou. Passou por algumas pessoas que o cumprimentava como se ele fosse uma pessoa extremamente importante e pareciam não se importa de estarem falando com um menino de dez anos.
E realmente não estava falando com um garoto e ele percebeu quando passou em frente a uma loja e viu o seu reflexo no vidro. Ele já era adulto, vestia um terno preto e com o cabelo partido de lado.
– O que está acontecendo? – falou ele se olhando, até que viu, através do espelho, uma mulher se aproximar, vestindo uma roupa daquela época e extremamente bonita.
– O que você está fazendo no meu sonho? – perguntou ela e Dean se virou, dando de cara com Melissa. Não acreditou no que viu e teve que tirar a prova, olhando de novo para comparar as duas: A menina e a mulher.
Enquanto os dois se olhavam pasmamente, aproximou-se duas pessoas e os cumprimentou, referindo-se aos dois como senhor Conowell e senhorita Bernard.
– Eu estou com medo. – falou Melissa.
– Nada disso é verdade, é só a gente acordar. – falou Dean e segurou na mão de Melissa. – Um, dois...
Antes que o menino terminasse a contagem, os dois acordaram assustados. Sam estava deitado entre eles. Pensou que os irmãos tivessem dormido ali e como sempre havia dividido cama com eles e dormido sempre entre Mel e Dean, pegou no sono ali mesmo, mas assim que percebeu que eles acordaram, se sentou também.
– Você teve o mesmo sonho que eu? – perguntou Melissa.
– Acho que sim. – respondeu Dean. Os dois ficaram se olhando por um tempo até que Sam tocou no braço da irmã.
– Eu estou com fome, Mel. – falou ele.
– Eu vou fazer algo para você comer.
Treze anos – 04 de Abril de 1992
Mel estava no chão tentando sair dos braços de Dean que a imobilizava. John estava treinando os filhos para combate corpo a corpo e naquela rodada, Dean estava ganhando.
– Vamos lá Mel. – gritou Sam com nove anos.
– Pai. – gritou ela.
– Eu quero ver você se soltar, Melissa. – falou John.
– Ele é mais forte do que eu. – falava a menina ofegante. – é injusto.
– Se você for atacada por alguma coisa, não vá esperando que eles vão escolher um deles que tenha a mesma força que você para lhe atacar. Vão vir com tudo que tiverem. – reclamou John. – Então, saia daí. – Ele olhou para o loiro. – E você Dean, nem pense em aliviar para ela.
– Deixa comigo. – falou o rapaz e apertou Melissa ainda mais, até que ela parou de se bater e ficou imóvel. Dean se preocupou, mas não parou de apertá-la, poderia ser um truque. Ela respirou fundo e fechou os olhos.
Em sua frente, como se ela estivesse tendo uma visão, apareceu como se ela estivesse vendo um determinado futuro, mostrando a ela como conseguir se livrar daquilo, findando ela imobilizando o loiro.
Assim que as imagens desapareceram, ela colocou em prática o que viu. Jogou o seu corpo por cima do de Dean e usou o peso dele para derrotá-lo, derrubando-o no chão e lhe prendendo os braços atrás da cabeça.
– Isso Mel. – gritou Sam e correu até ela. – Dean foi derrotado por uma garota.
– Cala a boca, Sam. – falou ele visivelmente chateado.
– O que aconteceu, Dean? Você a deixou ganhar? – perguntou John.
– Claro que não. Ela conseguiu. – Ele respirou fundo e se deu por vencido. Se aproximou da irmã e esticou a mão. – Parabéns, chata.
– Obrigada, bobão. – falou ela e os três deram risada.
– Agora é a vez do Sammy. – falou Dean e seguiu atrás do irmão que começou a correr entorno de Melissa e John.
– Vamos dar uma pausa de dez minutos e recomeçaremos. – falou John ficando sério outra vez. – Vocês têm que estar aptos a enfrentar qualquer coisa.
Dezesseis anos – 26 de Junho de 1995
Dean e Sam chegara em casa depois do colégio, por volta das dezesseis e trinta. Vieram o mais rápido que puderam, até porque John estava caçando e Melissa havia se sentido mal naquela manhã. Com enjôos e tonturas.
O rapaz ligou para John falando sobre o estado de saúde da única mulher da casa e o pai lhe disse que chegaria por volta das vinte e três horas e que se Melissa não melhorasse até lá, era para levá-la ao hospital.
Então, a pressa dos meninos era algo normal.
Dean seguiu para o quarto correndo, sentia uma angustia dentro de si e sabia que aquela angustia era de Melissa. Sam colocou as compras em cima da mesinha e disse que iria preparar o jantar.
O loiro entrou no quarto e encontrou a menina deitada em cima da cama, chorando ao ponto de encharcar a almofada.
– Mel, o que houve? – falou ele sentando na cama e olhando para a menina.
– Nada. – falou ela.
– Como nada? Pelo amor de Deus Mel, você pode mentir para todo mundo, mas sabe que não pode mentir para mim. – Falou ele e a menina voltou a chorar. – O que aconteceu?
– Brad terminou comigo. – falou ela e Dean franziu o cenho.
– Você estava namorando? – falou ele chateado. – Não me contou nada.
– Na verdade foi apenas alguns encontros, mas ele disse que não poderia continuar comigo, porque os pais deles não aceitavam o fato de minha família não ter uma casa fixa.
– Melissa, diz que você não transou com esse cara. – A menina enterrou a cara no travesseiro e chorou mais ainda.
– Desculpa Dean.
– Eu vou arrancar o pulmão desse desgraçado. – falou o loiro com raiva.
– Dean, o pior não é isso. – falou ela.
– O que pode ser pior? – Ela se sentou na cama e respirou fundo, tentando se acalmar.
– Eu acho que posso estar...
– Estar o que?
–... Grávida.
– O que? – Dean gritou no quarto e Sam se assustou na cozinha.
– Não grita comigo. – falou ela.
– Isso é uma irresponsabilidade Melissa. – falou ele extremamente chateado. – Não já basta você ter se entregado a esse tal de Brad e ainda me diz que está grávida? O papai vai matar você, mas não antes de me matar. – Ele deu um tapa no abajur que se espatifou no chão. – Você fez o teste?
– Que teste?
– O de farmácia. – falou ele. – Você comprou?
– Não. – respondeu ela. Dean deixou o quarto furioso.
– Onde você vai, Dean? – perguntou Sam, mas ele não respondeu.
...
Vinte minutos depois o loiro estava de volta com três testes de gravidez, depois de ouvir pelo menos uns dois sermões por estar comprando aquilo, já que o farmacêutico achou que ele havia engravidado alguém.
– Vai, pega isso. – falou ele e jogou na cama as caixas.
– O que eu faço com isso? – perguntou ela.
– O farmacêutico me disse que ai dentro tem um potinho, onde você faz xixi e coloca a tirinha dentro. Espera um minuto e se aparecer uma linha, você ta livre, mas se aparecer duas... Não quero nem pensar nisso.
– Não me deixe mais nervosa, Dean. – falou Melissa chorosa.
– Você procurou. – falou ele. – Agora vai fazer esse maldito teste e depois eu quero o endereço desse tal de Brad.
...
Melissa sentou no vaso sanitário, quando colocou a tirinha no pote, e esperou o minuto mais longo de sua vida. Do lado de fora, Dean andava de um lado a outro, estava nervoso demais. Nem sequer sentiu fome quando Sam avisou que o macarrão estava pronto.
A menina olhou no relógio e o ponteiro grande finalmente deu uma volta completa. Ela levantou e puxou a tirinha, começando a chorar imediatamente.
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Tcham Tcham Tcham ram... é positivo ou negativo??? (Amanhã eu respondo)... kkkkkkkkk...
Beijinhos!!!!