O som do carro da polícia continuava forte dentro do depósito e Felicity usava todas as suas forças para gritar e tentar chamar a atenção da polícia.

“SOCORRO!!!!!” Berra Felicity.

Mike por um momento anda de um lado pro outro com a mão na cabeça, nervoso. E Felicity continua gritando.

“ALGUÉM ME AJUDA!!! SOCORRO!!!”

Mike vai na direção dela e dá um tapa em seu rosto. Felicity se cala e as lágrimas se acumulam em seus olhos.

“Não, não, não.” Diz Mike com remorso por ter batido nela. “Eu não queria ter feito isso.” Diz ele tentando ser carinhoso e passa a mão no rosto dela.

Felicity o olha assustada, sem conseguir conter as lágrimas.

“Mas você não me deu escolha!” Diz ele com sua raiva e nervosismo voltando e se afasta dela. “Você vem comigo.” Diz Mike desamarrando Felicity e puxando-a pelo braço com força.

Ela tenta se soltar dele, mas não consegue. E é arrastada por ele até o lado de fora do depósito. Mike tira a chave do bolso e abre o carro, e vai levando Felicity até o assento do lado do motorista, enquanto ele a forçava a andar, no fim da rua alguém a reconhece.

“Me solta!”

“Felicity?” Grita Lance correndo, se aproximando. Ela olha pra frente percebendo o detetive vindo em sua direção.

“SOCORRO!!!” Berra Felicity. Mike a joga dentro do carro e rapidamente entra também. Ele liga o carro e vai embora.

Detetive Lance para de correr vendo que não alcançaria mais o carro. E volta para onde estava antes.

“Acabei de ver uma mulher sendo levada.” Diz Lance a outro policial. “Eu a conheço, o nome dela é Felicity Smoak. Acho que o sequestrador possa ser o mesmo que matou esse cara.” Diz ele olhando para o homem que Mike havia matado mais cedo.

“Onde eles estavam?” Pergunta o policial.

“Bem ali.” Diz Lance mostrando o local de longe. “Ele a colocou no carro e foi embora. Mas eu memorizei a placa.”

“Tudo bem. Então, vamos descobrir quem é o nosso sequestrador e possível assassino.”

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Uma hora depois

Diggle estava de volta ao hospital e ia entrando no quarto de Oliver, quando ele abre a porta, quase bate de cara com Laurel, que saia do local.

“Como ela soube de você aqui?” Pergunta John depois que a porta se fecha.

“Não faço ideia.” Responde Oliver. Diggle repara que ele já estava se arrumando pra sair dali.

“Está melhor?” Pergunta John ao entrar no quarto.

“Depois de horas o remédio tinha que me fazer ficar melhor. E antes que me pergunte, os pontos na minha barriga ainda estão doendo um pouco, mas nada muito forte.”

“Está saindo sem ter alta?” Pergunta Diggle, Oliver o olha sem falar nada. John já sabia a resposta.

“Nada dela?” Pergunta Oliver.

“A polícia está na TV, falando sobre o sequestro de Felicity.” Diz Diggle, não muito animado.

“Eles estão atrás do Mike?” Pergunta Oliver saindo do quarto e John vai atrás dele.

“Não. Só sabem da Felicity porque o detetive Lance a reconheceu. Ele também estava na TV.”

“Mas como é que eles foram parar perto de onde Felicity estava?” Pergunta Oliver olhando pra Diggle enquanto eles passavam pra fora do hospital.

“Eles foram chamados. Acharam um homem morto onde segundos depois a alguns metros dali, Lance viu Mike arrastando Felicity pra dentro de um carro.” Diz Diggle.

Oliver para de andar. Ele parara de ouvir depois de escutar a palavra morto. Ele já tinha percebido que Mike faria qualquer coisa por Felicity, mas matar um homem qualquer? Ele não permitiria que Felicity ficasse mais um segundo com aquele louco.

“O que você vai fazer?” Diz Diggle já prevendo o que aconteceria.

“Essa noite Mike vai ter um encontro com o Vigilante.” Diz Oliver.

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“Alô?” Diz Mike atendendo o celular enquanto dirigia. “Onde? Claro, claro.” Diz ele e desliga o telefone. “Não se preocupa meu amor. Vai dar tudo certo.” Diz Mike a Felicity. E Felicity ao seu lado olhava pela janela já sem esperanças. “Pra onde você quer ir quando sairmos daqui?” Pergunta ele, Felicity continua calada, olhando pra rua. “Inglaterra? Alemanha? Itália?”

Mike para de falar, esperando por uma resposta dela, mas como ela não responde, ele continua animado:

“Você precisa falar, Felicity. Ou então nada vai sair perfeito. Sabe, quero ter com você a vida dos nossos sonhos.” Diz Mike sorrindo. “Ei!” Diz ele puxando o braço de Felicity, ela vira-se pra ele lentamente. “Você não vai falar comigo?” Pergunta ele calmamente enquanto sorria, mas seu olhar louco permanecia. “Fala alguma coisa!” Berra Mike com raiva batendo as duas mãos no volante. Felicity se assusta.

“Eu quero sair daqui. Você já está a mais de uma hora rodando com esse carro.” Diz Felicity considerando a possibilidade de pular do carro mesmo em movimento. Seu rosto estava inchado, por ter chorado tanto antes, mas agora a única coisa que tinha lugar em sua cabeça era a raiva. “Me deixe ir, por favor.”

Mike para o carro em um sinal.

“Felicity.” Diz ele puxando a mão dela para o seu peito. “Pode sentir meu coração? Ele acelera por você.”

“O que é isso?” Diz Felicity sentindo que havia alguma coisa por baixo da blusa de Mike, e antes que ele pudesse impedir, ela consegue levantar a blusa dele e vê o que está por baixo. “Por que está usando um colete?” Pergunta ela assustada.

“Desde o dia que atirei os tranquilizadores em você e Oliver, resolvi me proteger.”

Felicity não fala nada. O sinal abre e Mike volta sua atenção ao transito.

“Voltando ao assunto. Sairemos desse carro assim que eu pensar em um lugar que podemos ir pra passar a noite.”

“Já está de noite.”

“Eu sei disso, meu amor.” Diz Mike estacionando num beco. O lugar era escuro e sombrio.

“Por que parou?” Diz Felicity, um pressentimento ruim tomava conta dela.

Mike desce do carro, mas ela continua sentada ali, tentando entender no que ele poderia estar pensando em fazer naquele lugar. E é quando ela vê uma pessoa se aproximar, mas seu rosto continuou coberto pelas sombras.

“O que queria falar comigo?” Pergunta Mike à pessoa.

“Você tentou matar o Oliver.” Era uma mulher e pelo seu tom de voz, ela parecia furiosa. Felicity conhecia aquela voz, mas sua cabeça estava tão confusa que ela não conseguia reconhecer de quem era.

“Eu me descontrolei, sabe como são as coisas.”

“Não, não sei.” Diz a mulher. Felicity se lembrou, essa só podia ser a amiga que Mike falou que o ajudara a enganá-la.

“Ele sobreviveu?” Pergunta Mike curioso.

“Sim. Mas isso não basta...” Diz a mulher dando alguns passos pra frente, mas Felicity ainda não podia ver seu rosto.

“O que quer dizer?”

“Eu quis te ajudar, de boa vontade e você estragou tudo!” Diz ela com a voz esganiçada. “Era pra você ficar com ela e eu com ele.”

“Eles iam ficar juntos se eu não interferisse!” Diz Mike com a voz alterada.

“Você matou um homem!”

“Foi um erro, mas deu tudo certo.”

“Tudo isso já foi longe de mais.”

Ela dá mais dois passos pra frente e dá três disparos em direção ao coração dele, Mike cai e Felicity pode ver o rosto da mulher. Era Laurel Lance.

Felicity não podia acreditar no que estava acontecendo, um calafrio percorreu seu corpo e ela percebeu que era hora dela fugir dali. Na verdade já tinha passado do tempo dela ir. É então que ela percebe que Mike saíra do carro e deixara a chave na ignição.

Felicity pula pro banco de motorista, liga o carro e acelera o carro pra fora dali. Laurel, que até agora achava que Mike estava sozinho, quando escuta o carro ligando pode ver um brilho dourado no banco do motorista. Felicity já corria pra longe dali.

“Não.” Sussurra Laurel pra si mesma. E cai ajoelhada, vendo o que acabara de cometer. Ela tinha seus pensamentos, conturbados e confusos. Ela acreditava que fizera aquilo pro bem de Oliver. Ela tinha medo de que Mike fosse tentar matá-lo novamente. Mas o peso de sua consciência por matar Mike era como uma voz gritando em sua cabeça, ela fica parada olhando pra Mike e joga a arma pra longe. Suas lágrimas escorriam e uma sensação de culpa só aumentava.

Laurel escuta alguns passos a sua frente, ela levanta a cabeça e vê o vigilante indo na direção de Mike. Ele checa o pulso de Mike, depois olha pra Laurel e diz, com sua voz modificada:

“Ele está vivo.”

O colete o protegeu. As balas não o tinham matado, mas o jogaram no chão violentamente e ele batera a cabeça, mas estava apenas inconsciente.