Complicated Love escrita por Morgana


Capítulo 8
Amor Doentio


Notas iniciais do capítulo

Obrigadaaa a todos que comentaram!!! Mais um aí pra vocês. Espero que gostem! :D



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Mike dirige até um local afastado, e para em frente a um depósito. Ele tira Felicity de dentro do carro e a pega no colo. Ele caminha com ela em seus braços em direção a porta e a abre. Ele passa com dificuldade pela abertura pequena e coloca Felicity delicadamente em cima de uma cama, que tinha uma cabeceira que não era lisa, tinha uma forma estranha com cabos de madeiras que enfeitava os lados da cabeceira, ele amarrou suas mãos ali e amarrou seus pés. Ele fecha a porta e volta ao carro. Mike dirige até o prédio de Felicity e para seu carro em frente a garagem, sai do carro e vai falar com o porteiro.

“Com licença.” Diz Mike educadamente. O porteiro, do outro lado da grade olha pra Mike e o reconhece.

“Bom dia, senhor Mike.” Diz o homem. “Quer entrar?”

“Na verdade queria estacionar meu carro na garagem. Perdi a chave.”

“Claro, claro. Eu a abro para o senhor.” Diz o homem se levantando e pegando uma das muitas chaves que estavam penduradas dentro da cabine onde ele estava sentado. “Como está Felicity?”

“Está bem.” Diz Mike com um sorriso meio louco. “Está muito bem.”

“Você vai ter que estacionar na lá de trás.” Diz o homem enquanto apontava pra outra entrada do prédio, pra uma garagem mais escondida.

“Perfeito.” Diz Mike e vai pro carro e dirige até a outra entrada do prédio, o mesmo senhor está lá para abrir o portão e assim o faz. “Você por acaso tem uma chave reserva para me dar?” Ele entra com o carro.

“Por sorte, tenho sim.” Diz o homem e entrega a chave a Mike. Ele acena para o homem que volta para a portaria.

Mike fica sozinho naquele espaço escondido. Ninguém estava por ali, Mike se certificou. Tira Oliver do porta-malas e o joga largado contra uma pilastra com brutalidade. Oliver cai sentado e permanece desacordado.

Mike o olha e ri de sua vitória, tinha agora a Felicity e Oliver ali, o homem que tentou roubar sua mulher, tão vulnerável.

Ele volta ao carro, e revira cada canto até achar no porta-luvas um canivete. Mike vai caminhando para Oliver enquanto sorri maleficamente, mas para lembrando de alguma coisa, ele volta ao carro e abre sua mochila pegando um estojo, o abre e tira um frasco com um líquido dentro. Abre o frasco e passa a lâmina no líquido, que fica encharcada.

Fecha o frasco e joga tudo o que segurava dentro do carro. Aproxima-se de Oliver com um sorriso diabólico no rosto, se ajoelha em sua frente, segura no ombro dele e afunda a mão com o canivete na barriga dele. Oliver acorda subitamente com a dor. Mike tampa sua boca para que não gritasse. Oliver tenta derrubá-lo, mas não era só sua ferida que o estava deixando mais fraco. Mike havia envenenado Oliver com o líquido que passara na lâmina.

Oliver já não tinha mais forças para gritar, seu corpo desobedecia as suas ordens.

Mike observa Oliver enquanto ele tenta se levantar, gargalhando.

“Desista.” Diz Mike e entra no carro. Ele abre a porta da garagem e sai.

Oliver continua caído lá, se contorcendo de dor, tentando conter o sangramento.

Cinco minutos depois Oliver escuta barulhos de salto, não conseguindo gritar, ele junta todas as suas forças e empurra uma lixeira de metal ao seu lado, que faz um barulho que ecoa pela garagem.

“Tem alguém aí?” Pergunta a mulher. Ela vem olhando pela garagem procurando de onde veio o barulho até que encontra Oliver. “Oh, meu deus! O que aconteceu com você?”

Oliver tenta falar, mas não consegue.

“Vou ligar pra emergência.” Diz a mulher nervosa enquanto pega o celular.
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Um depósito mal iluminado, um vento frio entrava pela janela bem alta e pequena. O local não era muito grande. Felicity estava encolhida em cima de uma cama de casal com os pés amarrados e as mãos amarradas a um cabo na cabeceira da cama.

“Não tive tempo o suficiente pra trocar a fiação do local.” Diz Mike enquanto entra pela porta. “Mas o resto todo está quase pronto.”

Já havia passado o efeito do tranquilizante. Felicity levanta a cabeça observando o local. Todas as paredes pintadas de branco, a cama onde estava ficava do lado oposto a porta, uma janela estava localizada acima da mesma, alta o suficiente para evitar fugas. Aos pés da cama, encostado a parede estava um frigobar. Na parede ao lado estava um pequeno móvel com espaço apenas para suportar a TV de 29 polegadas que estava em cima dele, e uma prateleira embaixo que tinha alguns objetos miúdos. Uma mesa de centro pairava no meio da sala. Mas o que chamou a atenção de Felicity foram as quatro malas que estavam jogadas perto da porta. Duas daquelas malas eram dela.

“É claro que faltam mais algumas coisinhas, além da luz, mas não tive tempo de terminar.” Diz Mike rodando observando todo o local e para olhando pra Felicity. “O Oliver estragou toda a surpresa.”

“Onde ele está?” Pergunta Felicity.

“Não se preocupe com ele. Logo, logo você não irá mais ouvir falar dele.”

“Do que é que está falando?” Pergunta Felicity, ela sentia suas mãos começarem a suar, e elas tremiam constantemente. Ela estava com muito medo, ainda mais sem saber o que Mike havia feito contra Oliver.

“Meu amor, não é hora de pensar naquele...” Diz Mike se aproximando dela e faz uma careta de raiva antes de continuar. “Naquele homem que não é pra você.”

Ela só conseguia sentir medo e nojo dele. Ele percebeu que ela não queria que ele se aproximasse dela. Mike senta-se na cama e Felicity tenta se afastar dele o máximo possível, e ao se empurrar pra trás sente o cabo onde estava presa bambear, mas Mike não percebe.

“Não, não, não...” Diz ele tentando ser carinhoso, mas com um olhar louco. E passa a mão no rosto de Felicity.

“Não faz isso, por favor.” Diz Felicity. Sua voz saía aos soluços, enquanto agora as lágrimas escorriam.
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Oliver está num hospital. Ele está numa maca e os médicos estão correndo para o levar para a sala de cirurgia.

“Os batimentos estão caindo.” Dizia um médico em meio a correria.

“Suas condições estão cada vez piores.” Dizia uma médica.

“A febre dele só aumenta.”

“Talvez também tenha sido envenenado.” Diz o enfermeiro.

“É uma opção. Pois ele está com muita febre e sua pressão está abaixando rapidamente. Precisa ligar para a família, não sei o que pode acontecer.”

“Não.” Diz Oliver quase sem forças.

“Não fale nada.” Aconselhou o médico.

“Diggle...” Diz Oliver quase como um sussurro, ele não conseguia falar mais alto que aquilo, então ele se esforça para continuar. “Avise John Diggle.” Diz ele e desmaia.

“Rápido, rápido.” Diz o médico assim que eles chegam à sala.

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“Mike, me solta.” Diz Felicity controlando o choro.

“Não vou te libertar se é isso que está pedindo.” Diz ele enquanto pega uma garrafa de água no frigobar e depois vai em direção a ela. “Você quer?”

“Quero.” Diz Felicity. Todo esse tempo presa, seu corpo ansiava por água, ela não tinha percebido, pois o medo a fazia esquecer qualquer outra coisa, a não ser por Oliver, ela não conseguia parar de pensar em como ele poderia estar.

“Vou soltar sua mão, mas promete que não vai tentar fazer nada estúpido?” Diz Mike inclinando a cabeça com um sorriso louco.

Felicity assente com a cabeça.

Ele para na frente dela, a olhando de cima a baixo. Ele a deixava enojada. Felicity pensa em fugir, mas provavelmente seria um desastre tentar sair agora, seus pés ainda estavam amarrados e sem contar que Mike era muito mais forte que ela. Felicity teria que ganhar a confiança dele e aí sim, quando ele confiasse nela o bastante para deixá-la solta, ela iria embora e nunca mais voltaria. Ou então ela podia arriscar tudo agora. O cabo onde estava presa estava um pouco frouxo e era só ela esperar o momento certo.

Felicity contorce uma mão conseguindo segurar o cabo, com muita dificuldade e estava com a outra pronta pra fazer força pra frente e arrancar o cabo.

Mike senta na cama, mas antes de ir desamarrá-la ele faz um carinho no rosto dela, e ela aproveita o momento para puxar o cabo com toda força, o cabo sai e ela força o cabo na direção da cabeça dele o fazendo cair pra trás. Ela sai correndo porta a fora sem olhar pra trás. Corre o máximo que pode e então para. Ela estava num lugar completamente deserto, olha a sua volta, nenhum carro passava na rua, nenhuma loja por perto, nenhum telefone público. Havia prédios em volta, mas pareciam que todos estavam abandonados. Felicity estava numa parte da cidade que ela não conhecia. Ela se esconde atrás de um dos prédios, sem saber em que direção correr. Sua respiração estava acelerada.

Mike já havia levantado e procurava por ela. E ele estava com uma arma escondida na parte de trás de sua calça. Ele ia procurando por ela silenciosamente, correndo junto aos prédios, pra evitar que ela o ouvisse chegando.

Felicity não ousava olhar pra trás, com medo de que ele a visse. Ela estava encostada na parede de um prédio que ficava entre duas ruas. Mas ela sabia que ele estava vindo, e que se ela ficasse ali por muito tempo ele a encontraria. E foi aí que ela viu um homem passar na calçada do outro lado da outra rua.

“Ei!!!!” Gritou Felicity. O homem parou de andar e a olhou automaticamente. “Socorro!!” Grita ela começando a correr em direção ao homem, mas antes que ela possa dar mais de dois passos Mike a para com uma chave de pescoço.

Mike anda pra trás puxando Felicity, ela tenta se soltar, mas não consegue.

“Larga ela!” Berra o homem do outro lado da rua. Mike para.

“Não precisa se preocupar.” Diz Mike com seu sorriso louco. “É só uma brincadeira!”

Era óbvio que era mentira, então o homem foi correndo na direção deles.

“Solta ela.” Diz o homem agora na mesma calçada que eles, se aproximando cautelosamente.

“Escuta...” Diz Mike enquanto leva sua mão livre até as costas e pega a arma, mas ainda a escondendo atrás de si.

O homem se prepara para lutar com ele.

“Eu vou soltá-la.” Diz Mike. Felicity faz força pra olhar pra Mike sem acreditar naquilo. O homem fica parado esperando, desconfiado. E é quando Mike puxa a arma e atira, um tiro certeiro no meio da testa. Felicity se desespera, se empurrando pra trás tentando se soltar de qualquer jeito, o braço de Mike afrouxa um pouco, ela não consegue se soltar, mas consegue se virar pra ele. E percebe nos olhos dele, por um segundo, medo, culpa e remorso. Mas ele logo coloca isso pra trás e põe Felicity em suas costas. Ela soca as costas dele tentando se soltar, gritando, com mais medo do que nunca. E ele vai andando tranquilamente a levando de volta ao depósito.
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Diggle acabara de chegar ao hospital onde Oliver estava.

“Vim ver Oliver Queen. Ligaram pra mim. Sou John Diggle.” Diz John à moça que estava mexendo no computador procurando o quarto de Oliver.

“Sim. Ele está no quarto 207. No segundo andar.”

“Obrigado.” Diz Diggle e corre para o elevador.

Ao chegar ao segundo andar ele acha rapidamente o quarto onde Oliver estava.

“Hey.” Diz John enquanto entra no quarto. “Como você está?”

“Estou melhor agora.” Diz Oliver com a voz fraca, claramente ainda muito debilitado.

“Quem fez isso?” Pergunta Diggle preocupado.

“Mike. E pelo que parece, também me envenenou.”

“O veneno... É letal?” Pergunta Diggle receoso.

“Se fosse já estaria morto.” Diz Oliver e dá uma pausa. “Parece que o veneno já saiu todo do meu sistema.”

“E por que está assim?”

“O remédio que eles me deram. O veneno não era letal, mas era forte. O remédio precisava ser igualmente forte.” Diz Oliver e encosta a cabeça no travesseiro cansando de falar, mas ele não conseguiria parar. “Teve notícias da Felicity?” Pergunta Oliver ansioso e esperançoso.

“Não.” Diz Diggle. “Ele também a feriu?”

“Não sei.”

“Como tudo aconteceu?”

“Não há tempo pra isso. Você precisa achá-la.” Diz Oliver cansado. “Se eu estivesse um pouco sequer mais forte...”

“Você precisa descansar agora.” Diz Diggle se dirigindo para porta. “Eu vou achá-la. Quer que eu avise sua família?

“Não. Só diga... Que tirei umas férias.”

“E que férias...” Diz Diggle e sai do quarto.

Oliver deita sua cabeça no travesseiro só conseguindo pensar em como e onde Felicity estava. Ele estava com raiva e o medo se instalava no seu coração por ele não poder fazer nada pra salvá-la, por enquanto.

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Algumas horas já haviam passado e Felicity já estava mais calma. Mike a havia levado de volta ao depósito. E amarrado seus pés novamente e suas mãos no pé da cama, que ele tinha certeza de que não ia se soltar.

“Como conseguiu isso tudo?” Pergunta Felicity cansada de estar ali.

“Pra dizer a verdade, isso tudo aqui foi ideia de uma amiga.” Diz Mike encostado a porta.

“Amiga? Que amiga?” Pergunta Felicity pensando se poderia ser alguém que ela conhecia.

“Mas você queria saber do dinheiro, né?” Diz Mike ignorando a pergunta de Felicity. “Eu não perdi meu emprego. Não vendi meu carro. E definitivamente não gastei todo meu dinheiro pagando dívidas. Gastei meu dinheiro aqui, com esse lugar.”

“E eu te dei um lugar pra morar.” Diz Felicity arrependida, com nojo de Mike.

“E agora eu estou de dando outro.” Diz Mike caminhando pela sala. “Vai me dizer que essa vida aqui não é bem mais legal? Emocionante! E não igual a sua vida parada, de casa pra Queens Consolidated, da Queens consolidated pra casa.”

Ela já sentia emoção o suficiente quando Oliver saia como o arqueiro para proteger a cidade e ela ficava com o coração na mão sem saber como ele estava, mas Mike não sabia disso.

As lágrimas começam a querer escorrer novamente dos olhos dela ao lembrar de Oliver, ela abre a boca pra falar, mas outro som a faz ficar quieta.

O som de sirenes de polícia inundava o local. A esperança volta a crescer dentro dela. Alguém havia achado o homem morto e chamado a polícia.

“SOCORRO!!!!!!” Berra Felicity mesmo sem saber se a polícia poderia escutá-la ali dentro, mas agora ela tinha esperança de que alguém poderia salvá-la.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :)