Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Tá, tá, tá, eu sei que vocês estão acostumadas com um capítulo por dia — às vezes até mais —, mas eu realmente não pude postar domingo.
Razão número um (e principal): eu gosto muito de escrever sozinha, e aos domingos minha mãe passa o dia em casa e vai ficar enchendo — "O que você tanto escreve, Tereza?" e "Essa menina passa o dia nesse computador" — então eu prefiro deixar de postar um dia do que postar uma coisa ruim e mal acabada.
Razão número dois: eu terminei esta manhã Paixão (saga Fallen) e, portanto, passei o dia inteirão lendo! E, sério, que livro é aquele?! Perfeição!

Ok, agora sobre a história: eu percebi nos comentários que algumas meninas estão tendo uma impressão beeeem errada do Peeta. Ele não está apaixonado pela "garota misteriosa", gente, ele só está curioso e como gostou dela, quer... vocês sabem.
A explicação acima, me poupa uma segunda explicação maior, então vou resumir: meu propósito não era que sentissem pena do Peeta, porque como viram acima, ele merece de verdade.

Agora um agradecimento especial a uma leitora que deixou a segunda recomendação da história: obrigada, Gabriela Santos!

E um último aviso: como eu disse no início das notas, no domingo minha mãe está em casa então é provável que domingo seja meu dia de folga. Ok?

Enjoy!



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Não se esqueça de procurar uma roupa decente! — Johanna reclamava ao telefone. — Nem ouse aparecer aqui com aquelas camisetas brancas! Falo sério, Katniss Everdeen, não brinque comigo.

— Tudo bem, Johanna! — bufei.

E coloque uns saltos!

— Tá! Tchau!

Tchau! — e desligou.

Amor fraternal é uma coisa linda!”, pensei.

Entrei no closet e suspirei.

Isso é considerado sexy? Ah, que seja, tanto faz. ( http://3.bp.blogspot.com/-Ik21bqdMaYI/UWxd1x5yn_I/AAAAAAAAAjc/zeq76XIknZk/s640/LOOKS+COMIC+PRINT.jpg último look ).

— Vai ficar lindo com a minha ankle amarela ( http://bimg2.mlstatic.com/ankle-boot-maravilhoso-importado_MLB-F-3753734275_012013.jpg ) — comentei para mim mesma. Eu estava virando uma fashionista it girl? Sempre tive um pouco de tudo no armário, mas sempre optei pelo prático. Praticidade igual à felicidade é meu lema, definitivamente. Ou era. Essas botas de salto, certamente, não eram práticas. Ou ao menos confortáveis.

Mas ninguém me faz ir de moto pra escola com esses saltos gigantescos.

Tomei um copo de suco antes de sair e encontrei mamãe na sala, desenhando alguns esboços de um vestido de casamento. Uma mulher rica, da alta sociedade, encomendara e mamãe resolvera atender como um favor especial, de dama para dama. Ela se aposentara do mundo da moda há séculos. Mais precisamente quando conheceu o papai, e sua vida se resumiu em lojas de Chanel e procurar babás para uma criança a qual não sabia cuidar.

É, uma modelete/estilista não nascera para cuidar de bebês.

— Katniss! — ela exclamou surpresa. — Você está tão... diferente.

Olhei para as roupas.

— É, tanto faz — dei de ombros. — Estou atrasada.

Pequei as chaves do carro que estavam na mesinha ao lado do sofá, fui para a garagem e tirei o carro.

Perguntei-me durante todo o trajeto até a escola como Peeta se sentiria, e se estaria disposto a continuar com aquilo. Johanna havia comentado ao telefone que eu e ela deixaríamos outro bilhete no armário de Peeta, mas eu ainda não sabia o que este diria.

Quando estacionei o carro entre dois esportivos caros no estacionamento da escola, Johanna correu até mim.

— Uau — ela me olhou de cima a baixo. — E não é que você conseguiu se arrumar sozinha?

— Estamos falando de Katniss Everdeen, queridinha — imitei sua conhecida fala. — Eu já organizei um baile beneficente e conheci a Rainha. Acha que eu me vestia com um jeans e camiseta?

Johanna gargalhou.

— Me desculpe, Majestade — disse ainda em meio a risos.

Nós andamos até nossa árvore, onde passamos a maioria dos intervalos e onde observamos o trono de Peeta começar a ruir.

— Escreve aí — ela estendeu um bloquinho ligeiramente maior que o de ontem. — “Fico feliz que estejamos nos entendendo bem, Peeta. Você foi maravilhoso ontem, mas foi uma pena Clove não ter aceitado suas desculpas. Fiquei me perguntando o porquê, e cheguei a uma conclusão: ela não confia em você. E se ela não confia, mesmo após seu sincero pedido de perdão, como eu posso? Mas então tive uma ideia brilhante: ela pode confiar em você, é só você fazer acontecer. Peeta, você maltrata todas as garotas menos seu brinquedinho especial: Glimmer. Faz sentido, admito, considerando que ela sempre volta para a sua cama. Isso acabou, não pode tê-la nem nenhuma outra garota. Você vai terminar com ela, de uma vez por todas. Mas, é claro, sem repetir o que fazia com as garotas. Se der motivos para Glimmer estar magoada, tudo acaba agora, Peeta. Faça isso no corredor dos armários e seja claro.

— Vai fazê-lo parar de transar? — questionei enquanto dobrava uma vez o papel. — Não é meio cruel com ele?

— É sim — ela riu. — Por isso é tão divertido.

— E se ele não aceitar?

— Tanto faz, o de ontem já me divertiu o bastante — ela deu de ombros. — O que vier é lucro. Mas é claro, queremos ir até o final nisso.

— Onde é o final, Johanna? Você obrigando-o a enfiar a própria cabeça na privada? Ou fazendo-o cortar seu pênis? Francamente, já estamos beirando no limite.

— Não há limites no meu mundo, Katniss, nunca houve — ela me olhou sugestivamente. — E nem no seu, senhorita Everdeen.

— Por que meu sobrenome é tão importante? — reclamei frustrada.

— Assalte Donatella Versace à mão armada e entenderá. Ela no máximo fará um comentário sobre como seu cabelo está hidratado.

Revirei os olhos.

— Vamos logo com isso — falei me levantando. — Eu gostei pessoalmente desse bilhetinho.

— Claro que sim — ela riu. — Nós duas sabemos que tem uma paixonite secreta pelo Peeta desde os onze anos, quando ele te enviou uma rosa pelo Papai Noel da escola.

— Rá — debochei. — Muito engraçado.

Nós nos esgueiramos até os armários onde enfiamos o bilhetinho pela brecha. Voltamos ao campus e esperamos o primeiro sinal ansiosamente. Logo veio. Cinco minutos depois os estudantes já se dispersavam em direção aos seus armários para pegar seus livros e seguirem para suas aulas.

Meu armário e de Johanna ficavam juntos — 515 e 516, respectivamente —, graças a um favor concedido a mim pela diretoria. O de Peeta era o 205 mas de onde estavam podiam ver com muita facilidade. Johanna logo pegou seu telefone.

— Vai gravar de novo? — perguntei. — Para que quer esses vídeos, afinal?

— Prazer pessoal — disse simplesmente. — Ato 2 — sussurrou. — Luz, câmera e ação!

Peeta abriu seu armário e o papel caiu no chão. Pude ver os músculos das costas ficando tensos de expectativa. E em seguida frustração. Glimmer retocava seu gloss alguns armários à direita.

— Glim — Peeta caminhou até ela e murmurou claramente. —, precisamos conversar.

— Bom garoto — Johanna sorriu.

— Claro, amor. Eu passo na sua casa esta noite, ok?

— Não — ele falou sério. —, tem que ser agora.

Glimmer olhou para os lados e todos que encaravam viraram os rostos de volta aos seus armários.

— Ok. Fale.

— Quero terminar. O que quer que tenhamos, tem que acabar agora.

— Ok, Peeta — Glimmer sorriu. — Muito engraçado. Por que não guarda suas piadas para os seus colegas de time?

— Não, Glim, é sério — ele pegou suas mãos. — Acabou. Eu gosto de você, é uma ótima amiga. Mas... Mas eu não posso continuar com isso.

— Peeta Mellark — eu quase podia ver os olhos azuis da loira faiscando. — Do que você está falando?

— Acabou, me desculpe — e saiu, deixando pela segunda vez toda uma escola embasbacada por falta de palavra melhor.

Uma fração de segundo depois, mais duas loiras artificiais chegaram e seguraram nas mãos de Glimmer murmurando palavras de reconforto. “O que será que deu nele, amiga?” ou “Ele vai voltar atrás, eu tenho certeza!”. Mas Peeta não voltaria atrás. Pelo jeito, ele resolveu entrar no meu joguinho de cabeça.

Glimmer sacudiu as mãos que as amigas seguravam e gritou afetadamente: — me deixem em paz! — e correu na direção do banheiro. Eu sentia pena por qualquer um que entrasse lá.

As garotas olharam para os lados e viram que todos ainda encaravam a cena — mesmo sem os protagonistas.

— O que estão olhando, seus imbecis?!

— É! — gritou a outra. — Vão para as suas aulas agora mesmo!

E saíram batendo com força seus saltos no chão.

Uma coisa eu não poderia negar: isso estava ficando cada vez mais divertido.


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Notas finais do capítulo

Quem não leu as notas iniciais, por favor leia, contém avisos importantes sobre o enredo.
Comentem e até o próximo!

xoxo