Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Esse, tenho quase certeza que vai ser meu capítulo favorito mesmo com todos os que ainda faltam. Juro, meu coração parecia que ia pular do peito em determinados momentos e em outros, eu simplesmente prendi a respiração esperando o que iria acontecer em seguida.
Espero que gostem tanto quanto eu!

Enjoy!



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POV Peeta Mellark

Enfim o dia chegara. Hoje eu iria me encontrar com a garota e nós ainda teríamos dois dias para nos conhecermos de verdade.

Eu tiraria a limpo cada detalhe mal contado daquela história... Mas por ora, o importante é que eu enfim iria vê-la. Retiraria aquela máscara que sempre me atrapalhava de ver seu rosto em meus sonhos.

Era ela. Tinha que ser.

Hoje após o almoço, apareceu um bilhete em meu travesseiro e Cato, infelizmente, o encontrou antes de mim.

— De quem é, capitão? — perguntou estendendo o papel quando eu entrei no quarto.

— De quem, eu não sei, mas tenho quase certeza de que para você não foi — retruquei tirando o bilhete das mãos de Cato.

— Diz logo, tá pegando quem? Você andou meio estranho esses dias, Peeta... A garota que escreveu isso te chamou para um encontro nas árvores.

E ela ainda quer brincar de esconder”, pensei sem conter um sorriso.

Finalmente este dia chegou, você também está ansioso? Mas ainda tenho instruções, senhor Mellark. A primeira: exatamente às 21h00min, vá até a pedra grande logo no começo da praia e pegue o próximo bilhete. Não a mais, não a menos. Estamos entendidos, certo?”.

Agora faltavam poucos minutos para a hora estipulada por ela.

Andei até o espelho pela milésima vez para checar minha aparência.

Meus cabelos loiros estavam no topete desalinhado de sempre. Joguei a franja que já estava comprida demais — devia tê-la cortado — para o lado e puxei a barra da camisa para baixo e impedir qualquer amassado.

Eu estava ficando louco!

Ela me deixara completamente insano!

Sentei na cama novamente e reli o bilhete. Idiotice, eu já havia decorado cada palavra ali escrita naquela caligrafia fina e delicada.

Às nove na pedra da praia.

Chequei no relógio de pulso mais uma vez. Oito e cinquenta e seis.

Andei pelo quarto em círculos, ansioso. Queria sair antes, e vê-la antecipadamente. Mas não podia. O bilhete diz expressamente “exatamente às 21h00min”. Nenhum a mais nenhum a menos.

Talvez eu tivesse me enganado e ela queria que eu chegasse lá exatamente às nove horas.

Tirei o bilhete do bolso da calça — que já se encontrava completamente amassado a essa altura de tanto ler e reler —, e fiz questão de ler apenas mais uma vez. Certeza nunca é demais.

Mas não. Ela me dizia para sair às nove. Nenhum segundo a menos.

Olhei para o relógio de novo. Oito e cinquenta e nove.

Sozinho no quarto, o tique taque do relógio parecia ser ensurdecedor.

Alguns segundos. Eu aguentei semanas, alguns segundos não são nada.

Vinte e uma horas.

E eu travei. Minhas pernas pareceram ficar congeladas, e meus pés enraizados no chão.

Não, Peeta”, pensei, “você não vai deixar essa garota esperando!”.

Precisei de uma força incomunal, mas por fim meus pés resolveram ceder aos meus comandos e caminharam para fora do quarto que de repente se tornara claustrofóbico.

Ninguém no hall, óbvio. Johanna convidara a todos para ir até a piscina para jogar Strip Poker.

Passei pela porta da frente sem maiores problemas e logo encontrei a pedra. Nela havia outro bilhete preso com fita adesiva cor-de-rosa.

Se caminhar mais um pouco encontrará um conjunto de árvores. Não se preocupe, não é perigoso. Em uma das primeiras está a próxima instrução. Está esquentando...”.

Sem conseguir me controlar mais, corri até as árvores e na primeira que eu vi, tinha o bilhetinho preso por outra fita adesiva. Arranquei-o da árvore sem me conter.

Cada vez mais próximo, Peeta. Ande por volta de trinta passos na direção da sua esquerda.”.

Ok, eu precisava ficar calmo ou acabaria me perdendo do caminho e tudo teria sido em vão.

Respirei fundo.

Um passo. Dois. Três. Quatro. Cinco. E assim até chegar o trigésimo.

Estava parado de frente a uma árvore. E nela tinha outro bilhete.

Eu posso te ver, Peeta”.

Ao ler aquilo, eu esqueci subitamente como respirar e aquele ato se tornou a coisa mais difícil do mundo.

Com dificuldade, puxei um pouco de oxigênio.

Garotas gostam de homens confiantes.

Soltei o oxigênio e saí da frente da árvore que tapava a minha visão.

Lá estava ela.

Sua máscara ( https://lh5.googleusercontent.com/-Yu6aMIgzC3o/TyNzSc4YwfI/AAAAAAAADf8/xr8tt92c5xI/s800/gatariska-mascara-renda.jpg ) também.

Só alguns passos nos separavam.

Eu caminhei muito lentamente e, cada vez mais claramente, podia ouvir sua respiração pesada.

Agora só alguns centímetros.

Era só eu e a garota que povoava meus melhores e piores sonhos.

Ela não se moveu um milímetro. Nem piscou.

Ergui minhas mãos até seu rosto e senti uma corrente elétrica passar por todo meu corpo quando toquei suas faces.

Desfiz o laço que nos separava naquela barreira sexy e rendada.

— Sempre soube que era você.


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Notas finais do capítulo

E aí? Para o próximo, quero trinta comentários ou nada feito. Ninguém saberá o que houve com os dois u.u

xoxo