Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Eu vou logo postar este capítulo de presente de Reveillon (se não existe, acabei de inventar u.u).
Como eu estou sendo legal com vocês, quero que sejam legais comigo e recomendem minha história. É bom pra dar ibope, gente ;)
Nas notas finais tem um link que ajudará a entender a cena do final do capítulo, e é também a casa onde eles passarão esses dias tão importantes para a história. Espero que gostem, o próximo (só no ano que vem, rçrçrçrç) vai ser especial, mas não vou dizer porquê (muahahaha, sou má!).
Estou criando um grupo no WhatsApp para maior interação entre eu e meus leitores. Se quiser participar, converse comigo por MP ;)

Enjoy!



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Com a viagem tão próxima, todos só queriam saber de colocar suas coisas em dia para nenhum imprevisto indesejado os fizesse volta para casa mais cedo que o previsto. A dona da casa, inclusive.

Fiz o máximo para deixar tudo em ordem na escola e por fim comecei a arrumar minhas malas.

A lista de convidados não era muito extensa, mas eu consideraria preocupante se a casa não possuísse dez quartos com suítes.

Eu ficarei no quarto principal com Johanna. Clove ficará em outro quarto com Annie, e Glimmer com Cashmere. Rue com Prim. Madge e Delly — bonequinhas de Glimmer, argh! — em outro. Meninas no andar de cima.

Embaixo, Peeta ficará com Cato no segundo maior quarto da casa. Finnick com Gale. Marvel com Brutus — convidados os quais fui obrigada a suportar. Eu havia convidado Cinna, de última hora, mas este dissera que preferia ficar em casa mas agradeceu. Eu fiquei um pouco triste. E dois quartos ficarão livres, para o caso de alguma eventualdade. E isso quer dizer, desagradáveis cenas de conteúdo sexual lícito, se é que me entendem.

— Certo, já está tudo organizado, não é? — perguntei a Johanna enquanto colocava alguns biquínis na mala.

— Fica calma, Kat, tá tudo bem.

— Você deu o endereço a todos? O endereço correto?

— Sim, Katniss — Johanna revirou os olhos. — O que pensa que eu sou, alguma irresponsável?

— É exatamente isso que eu penso.

— Você não está errada de pensar assim — replicou e deu uma risadinha.

— Argh, seja útil e me ajude a fechar esta droga de mala — reclamei e Johanna se levantou para me ajudar.

— Caramba, por que você está tão estressada hoje?

— Porque eu tenho a droga de uma viagem inteira, viagem que eu nem queria, pra planejar sozinha! E você não está amenizando em nada!

— Ok, eu sei qual o motivo de você estar toda bravinha — ela disse, debochando. — Você vai se encontrar com o Peeta em pouco tempo e tá morrendo de medo. Mas não vou deixar jogar tudo nas minhas costas, não! Que tal respirar e tentar se divertir um pouco nessa viagem? Você não sabe quando teremos outra chance! Ok?

— Me desculpe, Johanna — suspirei. — Eu ando com meus nervos nos extremos. Nem sei o que eu vou dizer a ele, quando... Quando chegar a hora.

— Você vai saber. Eu tenho certeza — ela me abraçou e olhou para as duas malas. — Caramba, o que vai levar tanto? Só vamos passar uns quatro dias não tem razão pra levar tanta coisa!

— Claro que tem! — retruquei. — Parte disso é roupa de verão. Parte é roupa íntima. Parte é biquíni. Sapatos, é claro. E roupa de inverno também.

— Roupa de inverno? Fala sério, Katniss, pra que vai levar roupa de inverno?

— Para o caso de haver uma tempestade — dei de ombros.

— Se isso acontecer, voltaremos pra casa — ela disse.

— Não se a tempestade nos prender na casa. Prefiro ter certeza. Quando vocês todos estiverem congelando de frio, eu não vou emprestar meus casacos.

Johanna revirou os olhos.

— Só você mesmo — ela riu.

— Você já fez as suas malas?

— Sim, estão lá embaixo.

— Vai comigo?

— Sim, senão a garagem ficará superlotada. Disse para irem de duplas, assim todo mundo fica bem.

— Ótimo. Eu já estou terminando aqui — sentei em cima da mala e Johanna conseguiu fechar o zíper. — Pode descer e chamar alguém para carregar estas malas?

— Claro — Johanna se levantou e eu ouvi seus gritos por toda a casa, enquanto chamava por ajuda.

Prendi os cabelos em um coque e me sentei na cama.

Numa coisa Johanna tem razão: eu estava morrendo de medo.

Logo ela retornou com um dos empregados e este carregou as malas pesadas para o carro.

— Vamos? São cinquenta minutos de viagem e o pessoal já deve estar no caminho.

— Vamos — sorri como se nenhuma preocupação me afligisse.

Se bem que esses dias, Johanna vem estado tão imersa nessa história que só pensa em Peeta, Peeta, Peeta... Ela sequer percebe quando estou mentindo, ou fingindo. Eu consideraria isso bom — porque sempre achei péssimo ser um “livro aberto”, como papai chamava —, mas agora venho pensando no quão isso pode ser ruim para a minha relação com Johanna.

Ela vai cursar uma faculdade no Texas — alguma coisa de família —, e eu não tinha qualquer pretensão de passar todos os meus anos universitários comendo esquilos assados enquanto escuto músicas country.

A empregada que fora contratada para não permitir que puséssemos fogo na casa já estava em Malibu, muito provavelmente preparando alguns sanduíches de peru e geléia para adolescentes sempre famintos.

Tudo corria bem, tudo ia de acordo com o planejado. Não havia qualquer razão para acontecer algo errado. Nenhuma.

Entramos no carro e sentamos no banco de trás — motorista sabia o dia e a hora exatos para nos buscar. Coloquei fones de ouvido e Johanna tirou da bolsa a edição mais recente da Rolling Stones.

Dei play na música e comecei a ler o livro que já estava bem perto do final, provavelmente ao final da viagem de ida eu já tivesse terminado.

— Ainda bem que você dormiu um pouco — Johanna comentou e eu percebi que havia adormecido. — Estava com uma aparência péssima — quando eu a olhei com a sobrancelha erguida, ela acrescentou: — de cansaço, quero dizer.

— Claro que sim — revirei os olhos. — Bem eu não dormi muito esta noite.

Ao sairmos do veículo, alguns carros já estavam estacionados na entrada da casa e uma algazarra já se ouvia lá dentro.

— Aposto vinte dólares como eles já quebraram algo — falei.

— Aposto cinquenta — Johanna replicou e riu.

Logo na sala de convidados, já se via cacos de um vaso que continha algumas flores silvestres perfumadas.

— Eu devia fazer a conta total do estrago que eles causarão e mandar para a sua residência — falei para Johanna.

— Olha aí quem resolveu aparecer! — Cato disse e passou um braço por meu pescoço e outro no de Johanna. — Só faltavam vocês.

— Certo, certo — falei. — Como se não fossem continuar a festa com ou sem mim.

— Ora, minha cara — ele disse. — Não existe festa sem Katniss Everdeen.

— Vou fazer o meu melhor para fingir que acredito — eu disse e Cato explodiu em gargalhadas.

— Ah — ouvimos uma voz na entrada do cômodo e desviei os olhos para o dono. — Vocês enfim chegaram.

— Ansioso, Mellark? — Johanna indagou.

— Não tanto quanto você, Mason — retrucou.

— Tem café da manhã, caso alguém queira — Cato disse tentando amenizar o clima pesado que se formava.

— Eu quero, obrigada — disse e andei alguns passos. Ao ver Peeta ainda parado encarando Johanna, disse: — Vamos?

— É claro.

Quando chegamos à sala de refeições, todos os convidados já estavam sentados com alguns sanduíches e copos de suco. Sentei-me entre Johanna e Clove e Peeta afastou Brutus, e sentou na minha frente.

Peguei um sanduíche integral de peru e dei uma mordidinha mínima. Peeta ainda me observava.

Desviei os olhos de seu rosto e procurei pela jarra de suco de laranja naquela mesa enorme, até a voz de Peeta cortar todas as conversas: — Você gostava de laranja — falou estendendo a jarra.

Ele lembra.

— É isso mesmo, obrigada — sorri e ele retribuiu.

E um coro gigantesco de “hmmmm” se instalou. Francamente, eu estudo com formandos, ou crianças da pré-escola? Bufei.

Após mais alguns minutos comendo e um início de guerra de comida (quando Marvel jogou uma colherada de geléia de morango em Cato que retribuiu), eu falei: — Quem tá afim de um mergulho?

Os gritos provavelmente assustaram a pobre empregada, que já devia estar pensando em como se arrepende de ter aceitado o emprego, e todos correram para a área da piscina.

Alguns se sentaram nas mesas dispostas por ali e outros entraram na piscina e observaram a vista. Ninguém, além de Johanna, nunca tinha visitado aquela casa. Nem Clove. Nas férias, ela só queria saber de Cato e Cato.

Com aquele mar imenso, eu só conseguia pensar em algo que fazia desde os treze anos e papai sumariamente odiava: pular.

Sem nem tirar os sapatos, corri até a beira da piscina e sem parar para pensar, me joguei do penhasco.

A queda, como sempre, pareceu durar uma pequena eternidade e eu enfim atingi a água salgada espumosa.

Podia ouvir os gritos e até imagina cada um colocando as cabeças para fora da beira para ver se eu sobrevivera a queda — menos Johanna, que já me vira dar este mergulho insano, como chamara, e tivera essa mesma reação da primeira vez.

Submergi alguns metros e nadei de volta até vir à tona.

Joguei os braços para o alto e gritei: — Bem-vindos à Malibu, galera!


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Notas finais do capítulo

http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-garota-mimada-dublado-online.html (é importante que assistam as cenas iniciais desse filme para que compreendam melhor a cena, caso não tenham conseguido imaginar com clareza o suficiente, se passa também em Malibu e a Poppy seria a Kat, obviamente haha).

xoxo