Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda
Notas iniciais do capítulo
Eu não sou uma pessoa de duas palavras e cumpro minhas promessas! Como vocês foram bonzinhos comigo, eu já voltei com o próximo *-*
Avisos lá no final!
Enjoy!
Ok, eu definitivamente não tenho uma sequer peça de roupa decente.
Eu havia voltado para Los Angeles ontem à noite, e hoje nós voltaríamos às aulas.
Peeta havia pirado. No meio daquilo tudo, ele simplesmente resolveu agir como se fôssemos namorados, coisa que certamente não somos.
Quando ele tirou a minha máscara apenas encarou meu rosto. Por vários e vários momentos. E me beijou. Eu não lembrava de ter dito em qualquer um dos bilhetes que ele tinha passe livre para beijos.
Tá. Não vou negar que foi a pior coisa do mundo para mim. Até que Peeta beijava bem. Mas mesmo assim.
De qualquer atitude que Peeta pudesse tomar naquele momento, ele escolheu a que me deixou absolutamente sem nenhuma reação. Então eu retribuí. E ali estava o problema. Ele achava que nós estávamos juntos!
Mas o que me deixara mais surpresa foi o fato de ele ter dito que já sabia de tudo e mesmo assim ter desejado continuar com tudo. Para mostrar que valia a pena.
E quando eu o afastei, ele falou as piores palavras de um jeito sussurrado — “Diga que compartilhará comigo um amor, uma vida. É só dizer e eu a seguirei”.
Subconscientemente, pensei furiosa “Mas que droga, Peeta! Por que recitar O fantasma a ópera? Não podia ser menos baixo?”, mas meu corpo reagiu àquelas palavras de maneira automática. Eu sorri e já não havia qualquer escudo.
Quando nós voltamos à casa, todos estavam jogando Verdade ou Consequência na sala. “Claro, o que está ruim sempre pode piorar”, pensei.
Cato foi o primeiro a falar e suas palavras não amenizaram em nada o clima ruim na sala, graças aos olhares irados que Glimmer nos lançava.
— Wow — ele disse.
— E põe “wow” nisso — Marvel acrescentou.
Na manhã seguinte, quando eu acordei, descobri que Glimmer tinha tirado seu carro da garagem no meio da madrugada e fora embora mais cedo. “Já vai tarde”, pensei.
Nos dias que seguiram, Peeta havia colocado na cabeça que éramos algum tipo de namorados não-oficiais, e simplesmente não soltava minha mão.
Johanna estranhamente não tinha nada a dizer sobre o que acontecia. Eu não sabia se ficava feliz ou preocupada. Quando algo faz aquela língua de trapo calar a boca, ou a coisa tá realmente preta, ou ela tá armando alguma. E eu não sabia qual das opções seria pior.
E agora, eu tinha um quarto revirado do avesso, cheio de roupas espalhadas pelo chão. Peeta vinha me buscar dentro de — olhei para o relógio de cabeceira — vinte minutos e eu não estava sequer vestida.
Por que eu aceitei que ele me levasse para a escola mesmo? Ah, é, porque sou uma idiota!
Tirei de um dos montes de roupas no chão, um short de linho branco e uma camiseta baby look cor-de-rosa. Eu não estava com o mínimo de ânimo para uma roupa espetacular. Calcei um par de vans no mesmo tom da camiseta e desci ao ouvir uma buzina no andar de baixo.
Entrei no carro de Peeta e mergulhei em um poço de vergonha ao vê-lo de jaqueta de couro com corte italiano e calça jeans justa destacando suas pernas torneadas de jogador de futebol.
— Oi — falei passando o cinto pelo meu tronco. Peeta me ajudou a afivelá-lo.
— Oi — ele segurou meu rosto com uma das mãos e me beijou rapidamente.
“Mais um daqueles beijinhos de namorados”, pensei contendo um suspiro frustrado.
Ele ligou o som do carro em uma estação qualquer quando paramos no primeiro sinal vermelho.
— Eu estava pensando se você não queria ir comigo ao nosso Baile de Formatura — ele comentou e eu prendi uma tosse engasgada.
— Como?
— É. Nós já somos praticamente os Rei e Rainha, então é esperado irmos juntos.
— Não acha um pouco prematuro isso, Peeta?
— Quê? — ele riu. — Do que está falando?
— Isso... Nós dois — expliquei sem encará-lo.
— Eu gosto de você. Tá legal? Simples assim.
E eu? O que eu sentia por Peeta?
Senti meu estômago embrulhando um pouco ao tentar responder minha pergunta mental.
Tentei imaginá-lo indo naquele Baile que seríamos coroados com alguma garota. Qualquer outra garota. A raiva que senti dela me atingiu no momento em que eu a vi beijando Peeta enquanto dançavam e foi tão forte que eu fechei a mão em punho no estofado de couro do carro.
Eu também gostava desse idiota. Um pouquinho pelo menos. Mas não podia. Não devia. Nós estávamos indo para a faculdade.
— E então? — ele perguntou interrompendo meus pensamentos.
— Claro que eu aceito ser sua acompanhante — falei expulsando a ideia da faculdade da cabeça.
Ele sorriu e somente quando estacionou o carro, foi que eu percebi que havíamos chegado à escola.
Ele saiu e deu a volta ao redor do veículo para abrir a porta para mim como eu nunca o tinha visto fazer.
— Quem é você e o que fez com Peeta Mellark? — brinquei.
— Esta é a nova versão do Peeta Mellark — ele replicou. — Atualizada e melhorada, graças a uma garota teimosa e fujona.
— Me lembre de dar os parabéns a ela — Peeta sorriu e nós caminhamos de mãos dadas até o campus, onde sentamos sozinhos sob uma árvore um pouco afastada.
Cada rosto daquela escola se virou para nos encarar e eu senti o meu próprio rosto corando.
Ainda não havia soado sequer o primeiro toque, o que queria dizer que ainda ficaríamos naquele lugar vulnerável a olhares curiosos e tortos por um bom tempo ainda.
Peeta me abraçou pela cintura e sussurrou em meu ouvido: — Foi você quem colocou aquelas revisões no meu armário?
— Não tenho ideia do que você esteja falando — retruquei e ele riu.
— Obrigado. Elas realmente foram de grande ajuda — assenti minimamente e Peeta me beijou mais uma vez.
Ah, não. Na frente de todo mundo não...
Mas ele não parecia se importar com qualquer um ali além de nós.
O sinal soou e eu agradeci mentalmente às senhorinhas da secretaria que o tocam.
— Vamos — falei me levantando.
— Mas ninguém entra antes do segundo sinal — Peeta reclamou. — Nem os professores.
— Eu entro, vamos logo — quando ele se levantou, eu perguntei: — Tem treino agora?
— Tenho sim. O treinador me fez prometer que treinaríamos dobrado para compensar estes dias, ou não poderíamos ir — ele deu de ombros. — Eu teria ido de qualquer jeito.
— Bom, eu tenho aula — fiz uma leve careta. — Sempre bom ver o senhor Heavensbee em uma segunda de manhã
Peeta riu — Eu escapei dessa — e me beijou outra vez. Por que eu não conseguia afastá-lo? — Tchau.
Entrei na escola e fui direto para a sala de aula, evitando encontrar Glimmer com seu olhar assassino ou qualquer uma de suas súditas malucas.
Sentei em meu habitual lugar ao lado da janela e pude ver Peeta entrando na grama e começando a se aquecer sozinho. Ele olhou na direção da janela e sorriu. Não consegui evitar sorrir de volta.
Annie, Annie... Você não tem ideia do que perdeu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Dois avisos:
Primeiro: eu estou fazendo um grupo no WhatsApp para maior interação entre eu e meus leitores, então quem quiser participar, me envie seu número por mensagem privada, ou se preferir, deixe seu número no comentário mesmo.
Segundo: como atingiram a minha meta (YEAH!) e a fanfic já está no fim, pensei em deixar uma meta para cada capítulo. Para o próximo, quero quarenta comentários (vocês conseguem, eu tenho mais que o dobro de leitores). Feito? Senão nada de capítulo! E o próximo vai ser o jogo decisivo do Peeta *u*
xoxo