Buuh! escrita por Ying Lee, Gustavo3450


Capítulo 2
A Garota Chamada Buuh


Notas iniciais do capítulo

Deaph e Buuh vão seguindo o caminhos juntos!
Boa Leitura



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Já fazia algumas horas desde Buuh e Deaph haviam deixado Phantonville, e agora estavam se dirigindo para um local desconhecido pela jovem garotinha, que era obrigada a conviver com a incerteza de onde iria parar, pois seu guardião recusava-se a mencionar o lugar.

Tudo parecia correr bem, o céu não estava tão limpo quanto gostariam, mas também não indicava chuva, a floresta também parecia tranquila com seus animais e seres vivantes da floresta. Mas havia algo que estava perturbando Deaph, algum tipo de presença misteriosa pela área a sua volta, porem Corvo não havia dado nenhum alerta de ameaça, o que deixava Morte ainda mais intrigado.

– Deaph... O que foi? – A garotinha notou o olhar de preocupação em seu Guardião.

– Não é nada... – Ele sussurrou de volta, enquanto seus olhos eram voltados para as sombras da floresta.

Aos poucos, os passos de Agonia foram diminuindo gradativamente, tornando a paisagem mais instável e a sensação de perigo em Morte mais intensa. O cavalo do Ceifador foi obrigado a parar, pois haviam chegado até a travessia de um penhasco sobre uma longe e velha ponte de madeira.

– Deaph... Temos que atravessar aqui mesmo? – A garota estava tremula e assustada com a ideia de andar sobre aqueles pedaços de madeira desgastados, prontos para quebrar a qualquer momento.

– Não seja medrosa, Agonia irá te proteger. – Disse Morte descendo de seu cavalo.

Deaph começa a dar os primeiros passos sobre a velha ponte de madeira, enquanto guiava seu fiel companheiro que carregava a pequena Buuh,com lagrimas nos olhos de medo e agarrada ao animal com esperanças de que atravessasse ao outro lado o mais rápido possível.

De repente, um homem surge ao outro lado da ponte, com as mãos dentro de seu sobretudo acinzentado, o capuz ocultado a parte superior de seu rosto, parecendo estar esperando pelos viajantes.

–O que...? De onde foi que ele surgiu...? – Morte se Perguntava.

– Olá Morte... Não é você que está acompanhando está pequenina. – Sua voz era sádica e a presença daquele homem emanava uma forte sensação de agonia e um intenso desejo de morte, além do odor de sangue que transbordava de suas roupas.

– “Morte”?! Como sabe quem sou...? E quem é você?! – O Ceifador havia parado de caminhar no mesmo instante, estava alguns metros daquele ser e no meio da travessia da ponte.

– Como eu sei quem você, não importa... Mas pode me chamar de “O Colecionador”... Hehehe... Entregue a menina e talvez possa sair dessa com vida. – O tal Colecionador retira a mão direita de seu bolso e a estende na direção do Ceifador, enquanto um sorriso maníaco surgia em sua face juntamente com uma pequena risada homicida.

– Hum... Eu não quem você pensa ser, “Colecionador”, mas não sabe com quem está mexendo... Buuh... Fique atrás de mim. – Após suas palavras, uma imensa foice de cabo preto carregando um crânio em sua ponta, por onde a lâmina era evacuada de sua boca, surgia sobre as mãos de Deaph. – Hum...? Buuh? Mas... O que?! – Morte olha por cima de seu ombro e se espanta ao ver a garota congelada juntamente com seu cavalo e é neste momento que ele percebe que não só a menina, mas tudo ao seu redor havia congelado, pois não tinha mais vento, sons, nuvens se movendo, animais correndo, não havia mais nada.

– O que... Você fez...? – Sussurrou Morte ao retornar com seus olhos sedentos por sangue, na direção daquele misterioso homem encapuzado.

– Achei que não quisesse ser interrompido... Por isso eu... Parei o tempo. – Dizia com tanta simplicidade em tal ato.

– Eu não sei o que raios é você... Mas seja lá o que quer com a menina... Terá de passar por cima de mim antes!! – Gritou Morte se colocando em posição de combate, empunhando sua foice na direção do Colecionador.

– Hahahaha!!... Venha... Cavaleiro. – O Colecionador retira a outra mão do bolso e estende ambas em opostos, tornando-se totalmente aberto ao ataque de seu inimigo.

– “Cavaleiro” Você diz... Rum! – Morte corre pela porte de madeira, mas rapidamente sobe sobre a corda que a segurava e salta na direção do homem encapuzando, com sua arma pronta para ceifar sua vida.

O homem encapuzado é cortado diagonalmente e o sangue é jorrado sobre o corpo de Morte, que demonstra sua afeição de felicidade ao cortar alguém tão presunçoso quanto o “homem que sabia demais”. Porem sua felicidade desparece no momento em que – O que pretende matando um simples animalzinho? – Ao se dar por si, Morte havia acabado de cortar um pobre animal da floresta, enquanto que o Colecionador permanecia encostado sobre uma das arvores, apenas observando a situação.

– Como...? – Deaph começou a duvidar de sua própria realidade, como se seus olhos estivessem enganando-o.

– Acho que de todos... Você é o mais previsível... – Sussurrou o Colecionador.

– Arrg...!! Cala a boca!! Waaaah!! – Morte saltou em direção ao encapuzado e com um golpe tão violento, destroçou a arvore, fazendo-a cair sobre a floresta e assustar todos os animais. Mas quem ele deveria atingir... Ou melhor, aquele que atingiu novamente... Estava uma vez mais livre da morte e a salvo próximo à ponte de madeira.

– I-i-impossivel... – Deaph começou a perder o controle da situação ao continuar vendo aquele homem de pé, sem nenhum arranhão e com seu sorriso sádico no rosto.

– “Morte”... Talvez esteja na hora de você conhecer essa realidade. – O homem aponta a palma da mão direita na direção de Deaph e de repente, todo o caminho até ele se incendeia e seu corpo começa a queimar até os ossos.

– AAAAAAAAAAAHHHH!! – Seus gritos de agonia e desespero ecoavam por aquele céu acinzentado, enquanto seu orgulho e sua honra eram destruídos juntos com seu corpo.

– Anh?! O que? ... O que aconteceu...? – De repente, Morte abre os olhos e se encontra em um local que deveria conter um rio, mas a muito havia secado e ao olhar para cima, percebe que estava a baixo da ponte de madeira, destroçada e sem o menor sinal de seus companheiros.

– Aah... Buuh... Tenho que encontra-la... O Colecionador... Droga... – Dizia o Ceifador, enquanto apoiava-se sobre um dos joelhos para ficar em pé.

De repente, Corvo mergulho em seu voou e grasna o mais alto que seus pulmões aguentam, chamando a completa atenção de seu mestre.

O pequeno animal pousa sobre o ombro de Deaph e o encara com um olhar depressivo, como se animais transmitissem tal sentimento, mas esse pássaro não era um animal qualquer.

– Corvo... O que aconteceu? Onde está Buuh? Eu não me lembro de nada... – Deaph levou sua mão esquerda até sua cabeça e tentou recobrar as memórias de minutos atrás, mas nada relevante vinha em sua mente. Enquanto isso o pequeno animalzinho crocitava tudo o que havia acontecido até aquele momento, aos ouvidos de seu mestre.

– O que? Isso é verdade..? Mostre-me... – Morte leva dois dedos de sua mão até a cabeça de Corvo, pois ele capaz de ver através dos próprios olhos, tudo o que seu pequeno protetor via e com apenas o tocar de dois dedos sobre a cabeça do animal.

Nas memórias de Corvo...

– “Colecionador”? Que raio de nome é esse?! – Gritou Morte ao apontar a foice diante o homem que surgia na travessia da ponte.

– Não me atrapalhe... Morte. – O homem encapuzado salta rapidamente até Deaph e com apenas o tocar de dois dedos sobre a testa dele, o faz cair em um sono tão profundo que até despenca da ponte, mas claro que com a ajuda do encapuzado que o joga para fora após nocautea-lo.

– DEAAAAAAAAAPHHHHHHHH!!!!! - Berrou Buuh ao olhar com lagrimas escorrendo sobre suas bochechas esbranquiçadas, vendo seu Guardião despencar de um lugar tão alto como aquele, por um homem de psicótico com cheiro de sangue e que desejava aquela garota.

– Agora... Você é minha... “Buuh”. – O homem estende sua mão até o alcance da garota, mas no mesmo instante Agonia dá alguns passos para trás, na tentativa de afasta-la do homem de derrubou seu mestre.

– Deaph... – Ela sussurrou, enquanto entrava em um estado de choque.

– Cavalo... Não me faça mata-lo também. – Disse o encapuzado caminhando na direção de seu objetivo.

Porem, de repente chamas surgiram do nada e formaram uma barreira diante de Agonia e Buuh, impedindo com que o Colecionador continuasse a sua caça. E foi neste momento em que uma jovem e bela garota de cabelos rosa e olhos avermelhados, carregando um broche de morcego na gravada de sua mini blusa escolar, enquanto sua saia também escolar balançava com a calma brisa do vento.

– Fique longe de Agonia! – Disse a garota ao saltar das sombras da floresta e posicionar-se diante aquele homem encapuzado, demonstrando a ele a suas duas espadas em chamas em suas mãos.

– Lieny D. Eu suponho. – Disse o homem com tanta confiança.

– Co-como me conhece...? – A garota ficou um pouco assustada pelo fato de ser conhecida por alguém daquelas redondezas, mas nada que a fizesse ficar com medo.

– As coisas acabaram se complicado... Não esperava por isso... Vejo vocês outra hora... E diga ao D, que em prevê o Colecionador irá adquirir sua maior aquisição... Hahahahaha. – O homem desaparece com seu corpo desfazendo-se em fragmentos que voou em conjunto ao vento, deixando apenas sua risada sinistra no ar.

– Quem era aquele cara...? – Dizia a menina, enquanto as chamas atrás de suas costas se desfaziam como surgiram. – Garotinha... Não se preocupe okay? Meu nome é Lieny e eu estou aqui para te ajudar. – Ela sorria amigavelmente ao se aproximar da garotinha, que saltou para seus braços e se acabou em lagrimas.

– He-hey... Ca-calma... Vai ficar tudo bem. Agonia, cadê o Deaph? – Ela ergueu sua cabeça e viu o cavalo balançar sinalizando “não”, enquanto ao mesmo tempo ouvia a garotinha sussurrar entre soluços e choros: “ Ele... Morreu...”.

– Não pode ser... Será que aquele homem...?! Venha, vou leva-los até minha casa. Meu pai cuidará de vocês. – A garota monta sobre o cavalo já conhecido há tempos, que leva com muita honra a jovem Lieny e Buuh, a garotinha encolhida em seus braços, para além daquela ponte e da floresta.

Montadas em Agonia atravessando a floresta Lieny com uma duvida olha para a garotinha e lembra o que houve,com aquele homem encapuzado indo atrás dela e Deaph que esteve ao lado dela-‘’ela deve ser muito importante pra ser perseguida assim e aquele ser misterioso deve ser muito poderoso para derrotar Deaph’’-pensou a Vampira.

–Oh a propósito nem perguntei..qual é o seu nome?-Lieny faz uma pergunta sorrindo gentilmente para a garota que ainda chorava pela perda de Deaph.

–E-Eu me chamo Buuh!-Afirmou a garotinha que gaguejava nervosa abraçando agonia.

–Buuh?é de comer?que nome estranho para uma garota...-Dizia Lieny rindo e pensando-Ah você deve ser uma fantasma não é!?

–Eu não sei o que eu sou na verdade -Disse Buuh parando de chorar,a companhia de Lieny estava sendo ao mesmo tempo agradável para ela.

–Que estranho...e também você é muito medrosa pra ser uma fantasma hahaha- Afirmou a Vampira rindo

–Quee?Não é verdade..eu sei ser assustadora! ‘’Buuuuuh!’’-Gritou em vão.Segundos se passaram e Lieny estava cavalgando fingindo que não tinha escutado,o que deixou Buuh nervosa.-Eu disse....’Buuuuuuhhh’’-ela gritou mais alto fazendo careta e a Lieny não resiste e começa a rir.

De volta à realidade...

Lieny... Obrigado... Bom, parece que ela não o avistou e seja lá o que foi que ocorreu comigo, não tenho tempo para isso. Se ela disse que levaria Buuh para o pai, eu tenho que me apressar... Corvo! Vamos! D. Está nos esperando... –

Deaph começou a percorrer aquele riacho morto pela seca, enquanto a pequena ave negra voava alguns metros a cima dele, acompanhando seu ritmo. Morte havia sido derrotado sem nem mesmo saber e quem era aquele tal de “Colecionador”? Qual seu interesse na Buuh? E por que Lieny estava naquela floresta justo naquele momento? E como o encapuzado sabia tanto sobre o passado de Deaph?

Essas eram apenas alguns das milhares de perguntas de o Ceifador se fazia enquanto percorria seu caminho, mas o que mais o intrigava era o fato daquele homem desejar a garota... Afinal, o que ela tem demais?

– “O Colecionador”... Seja quem ele for... Não deixarei por as mãos em Buuh... Nunca. – A criatura sem vida podia sentir um forte desejo de vingança, mas não por puro capricho, mas para proteger aquela garotinha que mexia tanto com seus sentimentos. – Nunca mais... Nunca mais alguém irá me derrubar!! NUNCA!! – Ele gritava para si mesmo, tentando espantar toda a fúria de sentia por ter sido tão fraco, no momento em que mais era preciso ser forte.

Lieny, a misteriosa garota de cabelos rosas, guerreira e manipuladora de chamas, aparentemente conhecida de Deaph e a garota que guiava Buuh em segurança.

O Colecionador, um homem encapuzado que foi capaz de derrotar Deaph sem o menor problema e que demonstra possuir um grande interesse na garota chamada Buuh.

Os sentimentos já a muito esquecidos retornam aos poucos e o desejo de ter o coração batendo novamente, se torna cada vez mais forte em Deaph... Quem é Buuh? E onde Deaph se meteu? ...Essas são perguntas que a Morte está disposta a descobrir até o fim de sua vida imortal.

– Podia fugir... Minha pequena Buuh... Pois eu sei que mais cedo ou mais tarde, você virá até mim. Hehehehe... E nem mesmo os Cavaleiros poderão te salvar... Hahahahaha. – Seu sorriso psicótico e a loucura em seu olhar eram demonstrados da ponta da mais alta arvore de Phanwood.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^



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