Meu pequeno mundinho escrita por Devonne, Johan


Capítulo 2
Conhecendo.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!

Um capítulo curto, mas espero que vocês consigam entender um pouco da mente desse casal, está bem?

Espero que gostem.



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Pov's Annie

Acordo mais uma vez no meio da noite com os gritos incessantes da garota que fica "morando" ao lado de meu quarto. Levanto-me e bato na porta chamando minha enfermeira, Portia.

–O que foi querida? Aconteceu algo? -ela pergunta adentrando o meu quarto. Mais um grito, só que dessa vez muito mais alto. Tapo meus ouvidos e encaro Portia assustada, parece que minha enfermeira não está sentindo ou ouvindo nada.

–Peça para ela parar. -digo ajoelhando no chão ainda com as mãos nos ouvidos -Eu não aguento mais, peça para ela parar.

–Ela quem Annie? -Portia se ajoelha a minha frente e acaricia meus cabelos ruivos, relutante retiro uma de minhas mãos de cima do ouvido e aponto para a parede ao meu lado como se indicasse o quarto ao lado. -Annie, não tem nada lá.

–Tem sim! -grito -A garota no quarto ao lado gritando! Peça para ela parar. -eu implorava, mas Portia não fazia absolutamente nada apenas balançava a cabeça em negação e dizia que estava tudo bem e que não havia ninguém gritando.

–Annie! -ela tomou meu rosto entre as mãos e me fez encará-la -Você dorme no final do corredor, ninguém mora no quarto ao lado porque ele não existe. Não há ninguém gritando aqui. -meus olhos se arregalaram e por um instante pensei que os gritos haviam cessado.

Relaxei um pouco e me sentei em minha cama apenas observando Portia se recompor e limpar suas roupas enquanto dois homens adentravam o meu quarto, um chamava Portia e o outro me trouxe meus remédios. Tomei meus remédios de uma só vez e me senti um pouco zonza, deitei-me na cama e fiquei encarando aquele enfermeiro homem ao meu lado -Quem é você? Onde eu estou? O que aconteceu comigo? -nada mais fazia sentido para mim, a única coisa que eu pensava era que precisava da minha família e de mais remédio.

Apaguei.

Pov's Finnick

–Bom dia Finnick. -disse uma mulher, alta, loira e de olhos verdes, ela me parecia familia, mas não me recordava de onde -Não está lembrado de mim? -ela perguntou, neguei com a cabeça sem dizer uma única palavra e retornei minha atenção para os nós em minha pequena corda. -Eu sou a Glimmer, sua prima. -ela diz e uma luz se acende em minha cabeça.

Glimmer Rambin Odair. Minha prima de segundo grau. A única, tirando minha avó Mags, que me apoiou quando meus pais morreram. A única que me defendeu quando todos da família queriam me jogar nesse Sanatório, onde me encontro agora.

Fiz um aceno com a cabeça para ela que se ajoelhou na minha frente e sorriu -Sinto sua falta lá em casa. -ela diz e vejo seus olhos marejarem de leve, mas ela logo trata de esconder -Sabe por que eu vim aqui? -nego novamente encarando seus olhos verdes -Eu queria lhe dizer que irei me casar e quero que você vá ao meu casamento, daqui a três meses. Você irá não é? -assenti levemente, não posso sair daqui sem a supervisão de algum enfermeiro, mas quem sabe dessa vez eu vá?

Minha prima apenas sorriu e se despediu para logo em seguida sair da grande sala de estar onde várias pessoas e enfermeiros se encontravam. A quase três anos eu me encontrava naquele Sanatória sem nunca dizer uma única palavra se quer.

Sinto uma falta enorme de minha avó, ela morreu da forma mais injusta que podia.

Flashback On*

Em uma tarde traquila eu e minha avó estávamos voltando para casa após irmos ao supermercado, ela estava toda alegre sorrindo abertamente e conversando comigo através de sinais, sim ela era muda, mas nunca desistiu de ser feliz e viver por este fato.

Quando estávamos próximos a nossa casa, eu morava com ela jazia um tempo desde a morte de meus pais, dois homens armados se aproximaram de nós e nos renderam pedindo dinheiro e outros pertences valiosos. Minha avó tentava dizer que não tinha nada, mas como era muda os homens se irritaram com ela e pensaram que ela estava tentando reagir.

Eu apenas observava tudo sem fazer nada, segurei o braço de minha avó bem na hora em que um dos homens atirou nela, o sangue de Mags respingou sobre mim e eu a segurei enquanto a mesma caia no chão. -Vovó! -eu gritava enquanto ela apenas me olhava com carinho e passava as mãos pelo meu rosto tentando me acalmar. -Não me deixe vó...

Usando suas ultimas forças ela depositou um leve beijo em meus lábios, como quem dizia "Eu amo você" e fechou os olhos. -Não! Mags! -eu gritei tão alto que a vizinhança escutou e veio ao meu socorro, não havia mais o que fazer os homens já haviam fugido e minha avó já havia partido desta para melhor.

Flashback Off*

Fora isso que aconteceu. Isso que mudou minha vida eu nunca mais consegui drmir, nunca mais consegui ver as pessoas trocando formas de carinho, nada mais fazia sentido para mim, por isso meus tios e o resto da família me mandaram para este Sanatório.

Continuei sentado na cadeira de rodas no meio da sala de estar enquanto observava tudo a minha volta, mas uma pessoa me chamou mais atenção. Ela. Cabelos ruivos. Olhos claros. Pele clara. Ela estava assustada e isso me facinava nela.


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Notas finais do capítulo

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