Mariá - como surge o amor escrita por Queen Mirina


Capítulo 2
Primeiro olhar


Notas iniciais do capítulo

Os capítulos estão saindo pequenos, mas é o que veio na minha cabeça, rçrç
Boa leitura.



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A Lívia havia conhecido uma guria do período anterior em uma festa e quis me apresentar. A menina era legal, seu nome era Ana, simples e bonito como ela. A Ana era super simpática, impossível não gostar logo de cara. Sempre que as aulas acabavam ou estávamos no intervalo entre as trocas de cadeira eu e Lívia dávamos uma escapadinha dos 13 –aproveitando para deixar os casais mais livres- e íamos conversar com a Ana. A turma dela não era tão unida quanto a nossa, então era comum vê-los lanchando sozinhos ou apenas lendo um livro pelos cantos da universidade. Aninha apresentou alguns de seus colegas de turma para nós, e assim eu e Lívia nos tornamos ainda mais populares dentro daquele lugar. A Lívia amava isso.

As coisas iam muito bem, até que...

Eu já estava na metade do quinto período quando comecei a perceber as investidas de Aninha para cima de mim. Bem, na verdade quem percebeu foi a Lívia e me contou, sou muito lerda às vezes e nunca iria imaginar uma coisa dessas.

–E aí, o que você vai fazer, Má?

–Eu não sei Lívia, não vou fazer nada.

–Como assim? A guria está caidinha por você!

–Mas não posso fazer nada! Eu gosto de garotos, Lívia, você sabe.

–É, eu sei, mas você está sempre sozinha, Má, quem sabe um novo tipo de relacionamento não é o que tanto você procura? Já pensou nisso?

–Não, nunca pensei nesse tipo de relacionamento. Sei lá, uma mulher?! Nada a ver, sabe...

–Tá, tá! Foi só uma suposição, sua chata!

–Ela é linda e tudo, mas não sinto nada quando ela vem para perto de mim com aquele carinho todo, nem gosto, na verdade. Quero alguém que me faça ter borboletas no estômago... tá! Isso foi muito brega! Kkkkkkkk

–Eu te entendo, linda! Quem sabe euzinha aqui? Linda e morena. Vai ver você não curte loiras sem sal. Kkkkkkkkk

–Como você é boba, Lívia! Vamos deixar essa história para lá? Fingirei que não percebo as investidas da Aninha e ela vai acabar desistindo. Não ficarei mais tão perto dela também, o que acha?

–É, pode funcionar. Mas dar um beijão em um gato desses que vive atrás de você bem na frente dela ajudaria mais ainda. Kkkkkkkk

–Não brinque! Eu não usaria alguém para conseguir afastar os desejos da Ana, sua feia!

–Eu sei que tu me ama! Rum! Agora vamos prestar atenção na aula tá?

–Falou a pessoa que começou a conversa. Sei não viu..

–-------

Bem, e foi assim que aconteceu. Acho que a Ana percebeu logo que eu estava me esquivando dos seus carinhos demasiados e foi parando. Ela mudou comigo, acho que era algum tipo de ressentimento por eu não querê-la, mas nunca toquei no assunto. Continuávamos nos falando, mas não era a mesma coisa de antes. Tanto eu como ela estavamos mais frias uma com a outra.

Era para ser uma terça-feira qualquer que começou com uma aula chata de marketing e os 13 no WhatsApp rindo com as fotos que tirávamos da professora mala e seu visual alá Tiririca. Finalmente, quando a aula acabou, fomos para as barraquinhas lanchar. Teríamos o segundo horário sem aula já que o professor estava viajando, então sentamos lá e começamos a passar o tempo. Eu, Lívia, André e Pedro, os que não estavam “pegando” ninguém no momento, começamos a brincar com qual seria o dia do casamento e como seria a cerimônia dos que estavam enrolados. Rimos muito. Depois cada um foi se retirando para aproveitar a “folga” e ficamos só eu, Lívia e Pedro. Pedro era um garoto de corpo atlético, cachinhos na cabeça e olhos azuis, o sonho de toda menina. Ele era lindo e companheiro. Fazia uns dias que vinha percebendo uns olhares mais compridos entre ele e Lívia, então nesse momento fiz uma anotação mental para questioná-la sobre isso. Os dois formavam um casal muito fofinho e eu queria exercitar meus trabalhos de cupido.

Lembram do “era para ser uma terça-feira qualquer”? Pois então, o dia estava normal até que a vi. Enquanto Lívia, Pedro e eu conversávamos, Ana se aproximou, mas isso seria algo bem normal se não tivesse uma menina ao seu lado da qual eu não conseguia tirar os olhos. O que estava acontecendo comigo? Ela era ruiva e enquanto caminhava ao lado de Ana em nossa direção o sol refletia em seus cabelos formando uma linda visão. Quando se aproximaram e olhei em seus olhos me senti um peixinho sendo fisgado, eles eram castanho, um tom mais claro que o normal, ela me olhou e sorriu. Fim. Quem era aquela menina e qual feitiço ela estava colocando em mim?

Não demorou para a Aninha responder minhas questões mentais.

Oi, gente! Deixa eu apresentá-los para a mais nova aluna da minha turma. Renne, esses são André, Lívia e Mariá do quinto período. Eles fazem parte do grupo mais popular da universidade e que não se misturam com a ralé.

Nos misturamos sim! Ela que é uma mentirosa.”, comentou André sorrindo.

É... eles são legais!”, riu também Ana.

Olá, pessoal! Prazer em conhecê-los. Podem me chamar de Ren, menor e mais prático” ela falou essa frase brincando, com um jeitinho lindo e depois veio dar um beijo na bochecha de cada um. Claro que na minha vez eu quase congelei quando seus lábios encostaram no meu rosto, era para ser apenas um beijinho de comprimento, mas senti como se estivesse flutuando em algodões vermelhos. Ainda bem que ela pareceu não perceber.

Ana e Ren sentaram-se à mesa conosco para conversar. Foi nessa conversa que descobri que a garota que estava mexendo comigo havia se mudado de Curitiba para Santa Catarina e transferira seu curso para nossa universidade. Seu pai havia inaugurado um restaurante na região esse foi o motivo da mudança.

Lívia comentou que precisava pegar uns papéis na reitoria e já que o André se colocou para ir junto eu não quis atrapalhar, então ficamos Ana, Renne e eu conversando sobre os professores e como era o ensino na antiga faculdade da Ren. Quando o celular da Aninha tocou e ela disse que teria de ir para casa porque sua mãe estava precisando eu não acreditei. Agora estávamos eu e Ren, frente a frente e eu cada vez mais nervosa. Ela tinha que ser tão linda?


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