Anjo Pecador escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 33
Detrás Da Porta




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POV Maria

Eu andava de um lado para o outro sem sabe nada de Victoria. Estevão tinha vindo para o hospital enquanto os demais vinham depois. Cristina e Fernando José foram os primeiros a aparecerem. Cristina parecia ter passado mal e ter chamado Fernando José. Maria Fernanda não estava em lugar nenhum. Eu tinha medo de que algo tivesse acontecido com ela e eu não ficasse sabendo de nada. Principalmente agora que ela esta grávida...

—Pode me dizer o que houve com a minha madrinha?—Maria Fernanda me pergunta nervosa. —Mãe... —Ela fala olhando a minha roupa encharcada de sangue.

—Victoria tentou se matar... —Começo a falar vendo seus olhos transmitirem raiva. —Eu fui tentar tirar a arma da sua mão...

—E a senhora acabou atirando nela. —Ela concluiu e respira fundo.

—Maria Fernanda... —A chamo chegando perto dela mais ela se afasta.

—Ela perdeu muito sangue?—Maria Fernanda pergunta nervosa.

—Sim. —Estevão fala me assustando. —Ela precisa de dois doadores de sangue com o mesmo fator RH.

—Dois?—Pergunto incrédula.

—A quantidade de sangue que ela perdeu e muito grande. —Maria Fernanda explica ainda nervosa. —Uma pessoa ao doar ficaria muito fraca.

—Eu também tenho culpa de tudo isso... —Falo. —Eu quero ser uma das doadoras.

—Temos que saber se vocês duas são do mesmo tipo sanguíneo. —Estevão fala e logo me veem em mente ser irmã de Victoria.

—Se a mamãe for... Eu provavelmente também serei do mesmo tipo de sangue. —Maria Fernanda fala e eu nego com a cabeça.

—Você esta grávida, Maria Fernanda. —Falo para que ela não doe o sangue. Por ali ela poderia descobrir tudo.

—E verdade. —Estevão tenta fazer com que ela desista de doar o sangue. —Você agora carrega uma criança.

—E. —Ela se convence. —Fernando José pode doar... —Ela fala um pouco desanimada. —Afinal, ele e filho dela e eu não. —Ela fica com vontade de chorar.

POV Otavio

Eu estava tendo uma melhora muito rápido. Isso estava me alegrando, por que assim logo eu iria voltar para casa e não deixar Victoria tão só. E agora eu percebo que ela ainda não veio me visitar. Que estranho Victoria não deixaria de me ver nesse momento. E eu soube que meus filhos estavam no hospital mais até agora não vieram me ver. O que poderia ter acontecido com eles?

—Pai. —Maria Fernanda aparece na porta.

—Filha. —Fico feliz em vê-la e ela vem me abraçar. —Onde estão seus irmãos?

—Bom... Eles estão na recepção. —Ela fala um pouco incomodada e nervosa.

—O que você tem?—Pergunto e ela fica mais nervosa. —O que você tem Maria Fernanda?—Pergunto novamente.

—E que... —Ela começa a falar me olhando ainda nervosa. —Nada. —Ela parece mentir. —E que com isso de estar grávida me deixa absurdamente nervosa. —Fala e nós rimos.

—Logo vou ser avô. —Falo contente e ela sorri forçado.

—E logo a minha mãe será avó. —Fala contente e sorrimos. —E talvez isso anime a minha madrinha. —Fala e meu sorriso morre. —Até ela ter o primeiro neto dela.

—E...

—Eu tenho a certeza de que se eu fosse à filha dela ela estaria feliz por em breve ser avó. —Fala rindo e um pouco pensativa. —Não é muito estranho eu nascer no mesmo dia e ter o mesmo nome da minha outra irmã?

—Um pouco. —Falo um pouco constrangido.

—E pensar que poderíamos nos dar tão bem...

—Maria Fernanda me responda uma coisa... —Falo pegando na sua mão. —Você... Se por acaso você fosse filha de Victoria... —Falo. —O que acharia?

—Se eu fosse filha da minha madrasta?—Pergunta incrédula. —Quer dizer da minha madrinha?—Pergunta novamente ainda incrédula. —Se eu fosse filha dela teria que ter um motivo muito grande para que não crescesse com ela. —Fala me dando medo. —E se por esse tempo todo ela não lutou por mim... E por que não valho nada para ela. —Fala e meu coração se aperta. —Eu não a perdoaria.

—Mesmo tendo acontecido tudo isso com ela?—Pergunto e ela se afasta de mim.

—Mesmo com tudo isso. —Fala. —Eu vou ser mãe, papai... E mesmo com os meus erros e pecados, eu nunca vou deixa meu filho para segundo plano. —Fala me olhando enquanto meus olhos ardem para chorar.

—Mais...

—Mais eu não sou filha dela. —Fala seria. —E uma pessoa tão boa como ela não deveria ter uma filha como eu.

—Não deve falar isso. —Falo serio.

—Falo papai... —Ela fala chorando. —Mais eu sinto que algo nos une... —Fala desviando o seu olhar de mim. —Sempre estaremos unidas.

POV Cristina

Eu estava sentada perto da cama da minha mãe. Eu não sei como ainda estou aqui, odeio hospitais. Mais só estava aqui porque logo ela receberia o sangue doado de Maria e de Fernando José. Ela estava acordando aos poucos, e estava muito inquieta. Eu segurava seus braços para que ela não se move muito pelo ferimento em seus abdômen.Ela falava algumas coisas estranhas enquanto eu ficava desesperada .

—Não... —Ela negava algo. —Maria Fernanda não é filha de Maria. —Ela fala enquanto eu fico perplexa.

—E ela e filha de quem?—Pergunto curiosa.

—Ela... Ela... —Ela continuava a delirar. —Maria Fernanda e minha filha.

—Mamãe... Maria Fernanda foi a sua filha que morreu. —Falo tentando acalma-la. —A Maria Fernanda que esta viva e filha de Maria.

—Não!—Ela exclama brava me dando medo. —Minha filha não morreu!Eu abandonei na cada de Maria e Estevão. —Fala me deixando gelada. —Maria Fernanda é a minha filha!

—O que ela tem?—Estevão pergunta incrédulo ao ver o estado da minha mãe.

—Ela disse que Maria Fernanda e filha dela. —alo ainda segurando seus braços. —Ou ela fala a verdade... Ou ela esta louca.

—Vá chamar o médico... Eu cuidado dela. —Ele fala e eu saio do quarto. Mais antes fico detrás da porta por curiosidade. —Não deveria falar isso Victoria. —Ele fala e eu sorrio. —Ninguém deve saber que Maria Fernanda e a sua filha. —Ele fala e meu coração gela. —Que ela e a Maria Fernanda que você abandonou na porta da minha casa. —Ele fala novamente e eu fico gelada coma mão na maçaneta da porta.

—Meu Deus... —Falo ponto à mão na minha boca. —Maria Fernanda e minha irmã. —Falo. —Ela é a filha que meus pais tanto choram. —Falo novamente. —E a minha mãe a abandonou...


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