Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 24
Dança na chuva


Notas iniciais do capítulo

Olá darlings, na segunda minhas aulas voltam, mas vou tentar manter o ritmo de postagem ;)
Espero que gostem do capitulo



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Pov. Annabeth

Conversei um pouco com Max, antes de cair no sono ouvindo uma de suas histórias de quando éramos crianças, não tive pesadelos ou preocupações enquanto dormia e gosto de pensar que foi ele que me protegeu.

Acordei no dia seguinte e segui minha rotina, caminhando com Percy a caminho da escola, pensei em contar sobre meu irmão, mas tive medo de que o tirassem de mim de alguma forma, ou com medicamentos mais pesados, ou me convencendo de que aquilo não é real, mas eu quero que seja. Apesar disso me senti culpada em não compartilhar aquilo com ele.

Chegamos à escola e vimos uma garota de cabelos ruivos e com sardas, na hora Percy empalideceu, não entendi, mas logo ele me puxou de lado para conversarmos.

–Annie, não quero que descubra por outra pessoa, então vou te contar, aquela garota - ele disse apontando para a ruiva – é a Rachel, minha ex-namorada.

–Tudo bem, e... – eu disse um pouco nervosa.

–E nós não terminamos de uma forma pacifica, digamos assim, e tenho medo de que ela possa te fazer algo.

–Ei, eu não sou tão frágil e incapaz de me defender – eu disse indignada.

–Eu sei, você está certa, me desculpe – ele disse constrangido.

–Tudo bem – eu disse dando-lhe um selinho.

Nessa hora, Rachel “brota” do chão e aparece do nosso lado.

–Percy! – ela diz abraçando-lhe pelo pescoço.

Senti meu sangue ferver, queria esganar aquela menina, mas tinha muita gente em volta.

–Quem é sua amiga – ela perguntou a ele olhando para mim com desgosto.

–É a Annie, ela é minha namorada – ele disse e eu dei um sorriso triunfante.

Ela fez uma cara, como se falasse “Isso não é grande coisa” e foi embora encontrar as outras sebosas da escola (Drew e Calypso).

Pov. Rachel

Como Percy consegue namorar aquela loira oxigenada?

Ele não percebeu que eu ainda gosto dele?

As meninas me tiraram de meus pensamentos, e pelo visto estavam interessadas no meu gato, elas podiam tentar, mas nunca iram conseguir comigo por perto.

–Nós podíamos descobrir um podre da loira, para ele largar ela – Drew sugeriu.

–É uma boa ideia, tem potencial, e como fazemos isso? – perguntei.

–Invadimos o quarto dela de madrugada ou quando ela sair.

–Perfeito – eu disse sorrindo malignamente – faremos o mais cedo possível.

–De acordo – falaram as duas ao mesmo tempo.

Pov. Annabeth

Depois da aula caminhamos de volta para casa e de repente começou a chover, nos abrigamos em um tipo de tenda em um parque perto de onde estávamos.

–Essa chuva veio do nada, não é? – ele disse.

–Sim, mas eu adoro o cheiro de grama molhada, é tão calmante.

–Tem razão – ele disse e por um momento só admiramos a chuva – sabe o que sempre quis fazer?

–O que? – perguntei.

–Dançar na chuva, sei que é meio bobo... – ele começou, mas o interrompi.

–Não é não. Venha – disse o puxando.

–Eu não sei dançar – ele disse envergonhado.

–Eu também não – disse rindo.

Ele colocou a mão em minha cintura e me conduziu, giramos e dançamos e ficamos encharcados, íamos de um lado para o outro, aquilo era uma sensação tão boa que não queria que parasse, só paramos quando nossos pés quase não aguentaram mais. Percy me olhou nos olhos e tirou uma mexa de cabelo da frente de meus olhos, segurou meu pescoço e me deu um beijo, me senti em uma cena de filme, mas nada impediu de ser um beijo perfeito.

Demos as mãos e seguimos para minha casa. A chuva começou a piorar então corremos um pouco, chegamos a minha casa e entramos. Nos secamos e eu dei roupas de Max para ele se trocar, mesmo sendo estranho e um pouco triste.

–Não tem problema, mesmo? – ele perguntou envergonhado.

–Claro que não.

Depois sentamos no sofá e assistimos a efeito borboleta, ele me abraçou pelos ombros e eu deitei em seu peito, ficamos assim até o celular dele tocar.

–Oi pai – ele disse ao atender.

Eles conversaram um pouco e Percy me olhou confuso.

–Ele disse que tem uma surpresa para mim, e pediu para eu ir embora pra casa.

–Tudo bem – disse e lhe dei um beijo – até amanha.

–Até – ele disse e sorriu para mim.

Assim que ele saiu de casa subi para meu quarto, não vi Max o dia inteiro, e achei um pouco estranho, mas deixei de lado.

Abri meu computador e havia milhares de mensagens da Thalia, vi meu celular também. Liguei para ela desesperada, com medo de ter acontecido alguma coisa com ela ou alguém.

–Annie?! – ela perguntou assim que atendeu.

–Sim, o que aconteceu? – perguntei assustada.

–Eu fiquei com o Nico e o Luke viu – ela disse e começou a chorar – não acredito que fiz isso com ele, estou tão mal.

–Por que você ficou com o Nico? –perguntei confusa e triste por ela ter feito isso com meu primo.

–Para falar a verdade, eu não sei – ela disse entre soluços – ele havia se declarado para mim e ele me beijou na empolgação, fiquei tão confusa que não fiz nada, e foi quando Luke viu, tentei falar com ele, mas não quer me escutar, o que eu faço?

–Ai Thalia, vai ter de esperar a poeira abaixar, ele deve estar bravo agora.

–Eu sei, mas quero tentar falar com ele.

–Espere então até amanha.

–Tudo bem, você pode vir dormir aqui em casa hoje.

–Daqui a pouco chego ai – eu disse e desliguei o telefone.

Peguei uma mochila e comecei a colocar minhas coisas, quando fui escovar os dentes e olhei para o espelho, pensei ter visto um vulto no fundo de meu quarto, me convenci que não era nada. Olhei de novo e vi uma menina de cabelos longos e pretos que cobria seu rosto inteiro, ela não fez nada a principio, apenas me encarou, depois de alguns minutos de tensão meu reflexo se mexeu sem eu ter feito nada.

“Você é fraca”- meu eu do outro lado começou a dizer.

–Não, eu não sou – eu disse tentando parecer confiante.

“Sim você é, e sabe disso”.

A mulher de cabelos longos começou a se aproximar, olhei para trás com medo, mas não havia nada, ela atacou meu reflexo e eu dei um grito, era como se ver sendo morta, peguei minha mochila e desci as escadas correndo e tropecei no ultimo, cai de joelhos e senti uma dor aguda que tentei ignorar, deixei um bilhete para minha mãe e sai de casa o mais rápido possível, só queria estar longe daquele lugar.

Pov. Rachel

Hoje a noite será o primeiro passo para separar aqueles dois, eu a Drew e a Calypso vamos invadir a casa de Annabeth. Arrumamos o endereço com um nerd que trabalha na secretaria da escola, entramos escondidas no quintal da casa e essa foi a parte fácil.

–Acho que não tem ninguém em casa – eu disse.

–E como vamos entrar? – Drew perguntou.

–Vamos tentar achar alguma porta ou janela aberta.

E assim fomos testando todo tipo de entrada, e por pura sorte ou desleixo dos moradores a porta dos fundos estava destrancada.

–Aqui garotas – eu disse e entramos.

Seguimos com lanternas pela casa e primeiramente encontramos o quarto dela, e misericórdia, quanto remédio.

–Olhem isso – Calypso disse – antipsicóticos e calmantes, o que essa menina tem?

Fotografei e peguei alguns como prova. Continuamos a procurar, e achei uma pasta com cópias de documentos.

–Hospital psiquiátrico de São Francisco – abri a pasta e achei algumas coisas interessantes – Annabeth Chase diagnosticada com esquizofrenia paranoide o que é isso?

–Não sei, mas tirem foto depois nós procuramos. Melhor irmos embora antes que alguém chegue.

Saímos da casa as pressas e espero ter tudo para separar aqueles dois, o Percy será meu de novo.


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Notas finais do capítulo

E ai darlings Thaluke ou Thalico?
Espero que tenham gostado do capitulo até o próximo, espero os reviews de vocês ;)
Beijoos