Familia Caixão escrita por Deuzalow


Capítulo 6
Alex quase vai embora.


Notas iniciais do capítulo

Bem aqui vai mais um capitulo, demorou mais saiu. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/444779/chapter/6

Visão Roger:

Minha vida tinha virado de cabeça para baixo aquela manhã. Em um momento eu estava obstinado a resolver um pequeno problema e logo em seguida tudo se eleva em um grau maior e acaba saindo do meu controle. Eu não sabia o que fazer, mais uma coisa era certa eu ia cumprir tudo o que Cass havia me pedido. Eu tinha que dar uma ordem rápida na casa, porque o Alexandre estava prestes a chegar. Eu não fazia ideia de como eu ia contar tudo para ele. Já imaginava que Alex não ia aceitar numa boa eles eram muito ligados e isso afetava muito a vida dos dois. Eu estava na cozinha preparando um lanche para Alexandre quando ouço o som do ônibus escolar parar em frente a casa da família caixão.

Um arrepio percorre minha espinha só de pensar em dizer toda a verdade para alguém com eu não tinha a menor intimidade. Fui abrir a porta e me deparo com um Alexandre meio chateado ou até mesmo triste. Ele segurava o braço como se tivesse com dor ou algo assim e seu olho estava vermelho meio arroxeado. Algo me dizia que ele não estava nada bem.

Roger: Como você está Alexandre? Resolvo investigar a situação.

Ele me olhou de lado, respirando pesadamente. Depois de me encarar por alguns segundos, fala em tom bem agressivo coisa que eu não esperava dele.

Alex: Cadê a minha irmã? O que você fez com ela?

Roger: Calma ai garoto. Isso é jeito de tratar uma pessoa!

Alex: To nem ai faço o que me der vontade e se você não sabe da minha irmã pode ir caindo fora.

Roger: Alexandre o que aconteceu com aquele garoto que eu conheci hoje de manhã?

Alex: Aquele moleque otário já era. Acho que tomou vergonha na cara e resolveu tomar uma atitude e encarar os fatos. A vida dele ta um lixo e ele só se acovardava.

Roger: Não pense assim de si mesmo. Vou falar o que já disse para sua irmã. Pense em tudo de bom que você já fez.

Alex: Eu quero a minha irmã. Onde ela está. Ele fala agora entre soluços, já chorando e voltando a ser quem eu conhecia.

Roger: Olha Alex precisamos conversar, mais antes quero tome um lanche e se acalme.

Ele senta à mesa com ar desconfiado. Pega um copo de suco e toma tudo de uma vez. Eu respiro fundo e resolvo falar com ele novamente.

Roger: Você vai me contar o que aconteceu na escola?

Alex: Acho melhor não, é muito mico para um garoto.

Roger: Não se acanhe você pode confiar em mim.

Alex: Está bem, mas não tire sarro de mim. Eu briguei com um garoto na escola por isso estou com o olho roxo. Mais eu não fiz nada, eu juro.

Roger: Tudo bem Alex. Vamos cuidar disso depois, eu preciso falar uma coisa pra você. È sobre sua irmã….

Alex: Estava demorando para falar sobre ela.

Roger: Alex eu vou ser bem direto. Sua irmã...sua irmã foi presa.

Assim que proferia tais palavras, vi sua face tornar uma expressão de desespero. Eu não queria magoa-lo, mais era necessário contar toda a verdade para ele. Eu tinha prometido a Cassandra que não ia mentir para o baixinho e que tudo ia se sair bem. Agora além de cuidar do caso dela tinha que cuidar de seu irmão. Algumas lágrimas percorriam seu rosto com certa rapidez e ele tremia provável mente de medo ou algo parecido.

Alex: Eu não acredito, onde eu vou ficar. Eles vão em levar embora?

Roger: Bem eu não sei o que vai acontecer nos próximos dias, mais garanto pra você que vou tentar ao máximo te ajudar no que for preciso.

Estava tendo até que uma conversa calma com Alexandre quando ouço o barulho da campainha tocando de forma desesperada. Dou sinal para que Alex permaneça na mesa e vou atender a porta. Quando chego dou de cara com uma mulher bem vestida e com um coque no cabelo que aparentava meia idade.

Roger: Olá, quem seria a senhorita?

Moça: Sou Jose Maciel, assistente social. Prazer.

Roger: Sim o que deseja? Tentei ser breve.

Jose: Quero Dizer que eu vim pegar Alexandre. Ele está sem a tutela de um responsável familiar e precisa vir comigo.

Roger: Vocês não podem levar o garoto eu já preparei um documento dizendo que enquanto a situação com a Cass não for resolvida posso cuidar do garoto.

Jose: Posso dar uma lida?

Alex: Eles vão me levar Roger? Eu quero ficar.

Roger: Se quiser pode entrar. A senhora aceita um café?

Jose: Não, obrigado meu trabalho aqui será bem rápido.

Vejo ela analisar com cuidado o documento redigido por mim. Esses minutos foram eternos para mim eu não sabia o que pensar. Jose usava seu olhar clinico sobre o documento e demorava consideravelmente para dar um perecer. Depois de uns cinco minutos ela se levanta do sofá e esboça sua primeira reação.

Jose: Bem só tenho a dizer uma coisa. Me parece que o senhor Vladimir Caixão deixou a você a incumbência de tomar conta dos casos da família caixão então está liberado, porém vou estar de olho em você certo?

Roger: Sim, tudo certo. Não vou decepciona-la.

Jose: Você não tem que prometer nada para mim. Você deve pensar em Cassandra que há essas horas está presa. Bem eu já vou indo está ficando tarde.

A assistente social se retira da casa dos Caixão com certa presa. Eu nem fiz questão de querer saber o motivo, estava mesmo era preocupado com Alex. Ele se jogou no sofá e começo a chorar novamente. Me sentei ao seu lado e resolvi falar algo para acalma-lo.

Roger: Alex, ei mocinho.. se acalme vai dar tudo certo. Fique quietinho aqui que eu vou pegar a caixa de curativos para te ajudar.

Percebi que ele ignorou o que eu havia falado, mais com certeza ouviu bem. Quando eu sai percebi um meio sorriso aparecer no seu rosto. Alex era um bom garoto, porém as vezes tem seus momentos de rebeldia. Isso já preocupa Cass. Voltei a me sentar ao lado de Alex e passei uma pomada em volta do olho roxo que ele tinha arrumado na escola. Com certeza Cass não aprovaria a situação em que seu irmão se encontrava. Eu não estava com cabeça para estender uma conversa com o Alex, então pedi que ele fosse tomar banho e dormir.

Em seguida o telefone começa tocar, de início hesitei em atender já que eu não era dono da casa, mais eu pensei que podia ser a Cass e logo uma esperança se encheu no meu peito. Eu precisava falar com ela, já que tivemos pouco tempo para conversar.

Roger: Alô, quem fala?

Cass: Sou eu Roger, só liguei para avisar que está tudo bem.

Roger: Não quero te preocupar, mais tentaram levar o Alex.

Cass: Mais ele está bem?

Roger: Sim, eu não deixei que levassem ele. Agora ele deve estar na cama dormindo.

Cass: Obrigado Roger nem sei como te agradecer.

Roger: Você já me ajuda se mantendo otimista.

Cass: Boa noite Roger, meu tempo acabou. Preciso voltar para cela.

Como já era esperado, Cass estava muito abatida. E ainda indignada por ter sido acusada sem provas concretas de que ela era a verdadeira culpada. Provavelmente sentia muita falta do seu irmão e isso era bastante compreensível. Logo depois dessa conversa nada animadora eu fui dormir. O dia seguinte ia ser duro, sabia que tinha que fazer de tudo para ajudar Cass.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aceito comentários de leitores fantasmas. Até a próxima pessoal.. Muito obrigado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Familia Caixão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.