Familia Caixão escrita por Deuzalow


Capítulo 5
Cassandra é presa.


Notas iniciais do capítulo

Para quem ainda acompanha eu agradeço. Aqui está um novo capitulo, esse ficou bem legal e com novas desgraças sobre a família Caixão.



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Visão Cassandra:

Tenho que admitir, achava que o advogado do papai era um mauricinho chato metido a nerd. Bem eu estou totalmente enganada, ele é um cara bem legal, responsável e amigo também. O conheço a pouco tempo, mas tenho a sensação de ele já me conhece a tanto tempo. Nem Dom que estava comigo a alguns anos me conhecia e me tratava com tanta profundidade educação.

Pode parecer irônico eu me sentir de tal forma com alguém que tive pouco contato. Se fui três vezes no escritório dele foi muito. Ele tem um jeito simples e calmo de tratar os problemas, eu estava lá me alterando enquanto ele tentava me acalmar. Não gosto muito de fazer comparações, mas se fosse o Dom já teria tentado me agarrar para fugir da conversa. Me parece que tenho muito assuntos pendentes com o advogado da família, o que não me agrada muito porque geralmente são coisas ruins. Se tratando da companhia dele não tenho do que reclamar. Na verdade nem quero trabalhar minha vontade é de ficar aqui e bater um papo para conhece-lo melhor. Estou na porta de casa indo trabalhar quando dou de cara com um policial. Fico surpresa com o que eu vejo um policial fazendo guarda na frente da minha casa.

Cass: Bom dia! Senhor.

Policial: Bom dia senhorita Cassandra. Bom dia moço.

Foi ai que eu me lembrei que o Roger estava do meu lado, percebi que ele estava um pouco apreensivo com a presença do policial. Ele olha discretamente para mim e coça sua barba dando sinal que devemos ficar de olho nele. Eu não estava com a intenção de brigar com um oficial da lei, mais também só queria paz a sossego.

Cass: O que o senhor deseja?

Policial: Tenho que investigar a morte do senhor Vladimir Caixão.

Cass: Bem eu estava indo trabalhar, mas... Entre e tente ser breve.

Eu não imaginava que o policial fosse aparecer nesse dia e essa hora em minha casa. Pelo jeito eu ia ter que dar uma boa desculpa por chegar atrasada no trabalho. Eu não estava acostumada com esse tipo de situação já que era sempre pontual e bastante frequente, quase não faltava no trabalho. Meu chefe era do tipo durão, sempre que pedia um novo projeto dava somente alguns dias ou até horas para que terminássemos. Sempre que podia vigiava seus funcionários para ver se tinha alguém usando internet ou matando o trabalho. Acredito que ele não tenha vida social e nem amor pela vida, ou seja ele é um pé no saco.

Assim que o policial entrou em minha casa olhou tudo aos mínimos detalhes, como se nunca tivesse visto nada disso em sua vida antes. Ele me analisou com seu olhar crítico de policial o que me deixou um pouco constrangida.Dava para ver que ele tentava se mostrar superior.

Policial: Quem estava aqui no dia do acidente?

Cass: Bem apenas meu pai, Dina e os bebes eu tinha acabado de sair para ir a casa de Don.

Falei quase engasgando nas palavras. O policial foi andando para fora da casa e analisou a cena do crime no caso a piscina, que ainda estava com fita zebrada em torno dela. Ele fez algumas anotações em uma caderneta que estava em suas mãos. Assim que fez suas investigações tornou a falar.

Policial: Bem Cass, eu fui até a casa das irmãs Caliente e elas me falaram que eu tinha que averiguar a cena do crime e disseram que sua relação com seu pai era bastante instável. Isso é verdade?

Meu sangue ferveu ao ouvir o policial usar um termo informal comigo, ainda mais meu apelido. Apenas pessoas próximas a mim podiam fazer uso dele. Era como se ele invadisse a minha casa e a minha privacidade sem pedir permissão só por ser policial. Eu estava ao ponto de me exceder com o policial e acabar fazendo algo que me prejudicasse, a minha vontade era de esganar esse cara. Quem ele se achava para vir até a minha casa para fazer perguntas sobre o dia mais triste da minha vida sem pudor nenhum.

Cass: Olha eu não sei aonde o senhor retirou essa informação, mas minha relação com o meu pai era de extrema parceria e cumplicidade. Uma relação fraternal entre pai e filha.

Ao responder a primeira pergunta do policial, senti meus olhos marejarem. Eu estava prestes a chorar não ai aguentar participar de um inquérito policial em frente a cena do crime. Eu já respirava pesadamente e com certa dificuldade, minha cabeça e latejava bem forte e meu sangue fervia de raiva. Se eu não corresse o risco de ser presa já tinha voado na cabeça do policial. Eu retornei a respirar fundo, quando sinto um abraço forte e caloroso envolver meu corpo. Era Roger. De início eu não entendi muito bem a sua ação, porém ele queria mostrar para o policial que eu não estava só e não ia enfrentar tudo isso sozinha. Bem não vou negar, eu gostei bastante dessa atitude inesperada dele eu também necessitava de um pouco de carinho. Era sempre eu ajudando meu irmão, eu sentia falta de um gesto sincero de afeto. Algo que não viesse com segundas intenções ou querendo algo em troca.

Policial: Bem senhorita, não foi essa a informação que eu obtive das outras testemunhas. Alguém aqui está mentindo ou omitindo informações. Seu noivo disse que você e seu pai não se entendiam, pois ele não aceitava seu casamento com ele. A mulher de seu pai disse que você não aceitava a relação entre eles. Então eu analisei as evidências e tirei minhas próprias conclusões.

Cass: Bem senhor policial, parece que estão todos contra mim. Eu jamais ia matar meu próprio pai por um motivo tão banal assim. E eu não tenho mais nenhum tipo de relação com Don aquele galinha safado falou isso só para se vingar de mim. Não sei, talvez não tenha aceitado o primeiro não que levou de um mulher na sua vida.

Policial: Quando seu pai morreu você estava com Dom e até iam se casar. Eu fiz toda a ficha do caso e liguei os fatos. Assim estou com a conclusão nesse papel. Cassandra Caixão você acaba de ser presa por assassinar seu pai na piscina de casa, porque ele não aceitava seu casamento com Don Lotário. Pegue uma muda de roupa e entre no carro policial, você tem meia hora para se arrumar. Seu irmão vai para a assistência social e será levado para um orfanato local até que a situação se resolva.

Nesse momento um milhão de coisas se passaram em minha mente. Aquela víbora da Dina tinha ganhado eu não tinha mais armas para batalhar contra ela. Simplesmente tinha acabado. Eu era uma derrotada. Eu me sentia impotente e muito mal, por ter que deixar meu irmão nas garras do governo. Ele ia crescer sem família, apoio, segurança e sem a minha companhia. Sempre fomos muito unidos, mais depois da morte do meu pai eu senti que essa ligação era a única coisa que me mantinha viva. Se eu fosse realmente presa o que seria das nossas vidas. Eu não queria que meu irmão me visse nesse estado. Era lastimável o que eu estava passando. Eu não tinhas provas, que aliviasse o que eu estava passando. Eu penas tive forças para dizer uma só frase na frente do policial.

Cass: Eu posso ter um minutinho a sós com meu advogado?

Policial: Seja breve, não tenho o dia todo.

Quando o policial entrou no carro eu me senti menos pressionada e fui correndo me abraçar ao Roger, Eu estava completamente desesperada e não sabia como reagir. Chorava como nunca antes era como se as minhas forças tivessem acabado.

Cass: Eu...Eu..não posso ser presa por uma injustiça. Eu não posso ser ser...

Roger: Calma Cass, não fale nada apenas chore e descarregue tudo o que você está sentindo. Não se oprima e nem se julgue. Percebo que você é muito rigorosa com sigo mesma. Pense um pouco em você em todas as coisas boas que você já fez.

Eu estava tremendo muito e não sabia como reagir. Deito minha cabeça sobre o ombro de Roger, afim de tentar me acalmar, mas estava muito nervosa para ficar calada. Então sussurro no seu ouvido.

Cass: Roger, me promete um coisa. Não deixem eles levarem o Alexandre por favor. Cuida dele para mim. Eu não vou aguentar ver ele ir para um orfanato, ia ser demais para mim. Eu não posso deixar ele..ele ir...

Roger: Tudo bem Cass. Se lembra eu estou aqui para te ajudar no que der e vier.

Cass: Obrigado por tudo eu nem sei como te agradecer. Vou sentir sua falta Roger. Diga ao meu irmão a verdade eu não quero que mentiras entre nós, eu só que eu não quero que ele me visite na cadeia ta ok.

Dei um abraço em Roger como se nunca mais fosse vê-lo, o que era possível que acontecesse. Eu não ai aguentar mais um só minuto dentro de casa com tudo o que estava acontecendo. Nem arrumar uma mala eu quis, fui com roupa do corpo mesmo e segui para o carro. Ao entrar no banco traseiro acenei para Roger e fui em direção a cadeia sabendo que minha vida estava prestes a mudar completamente.


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Notas finais do capítulo

Vlw pessoal. Comentem ai para ajudar a melhorar, quero saber o que estão achando da história. Até o próximo capitulo.



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