Apenas confie escrita por Tyuxui


Capítulo 2
Capítulo 1 - Frágil


Notas iniciais do capítulo

Não prometi que ia ser rapidinho? >
Dedico esse capítulo a Akanny Reedus, que foi a primeira a postar um review tão construtivo e ao mesmo fofo - Obrigada, minha linda ;3

Não se esqueçam dos reviews ao fim da fanfic. Boa leitura amores!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/444585/chapter/2

Frágil: Adj. Que se quebra facilmente; Débil.

.

.

.

Corria apressado em meio aos poucos pingos de chuva que caíam sob aquela noite fria. Estava atrasado para seu primeiro dia no emprego que ficaria a partir de agora, como porteiro de estacionamento do restaurante noturno Ichiraku.

– Vai acabar pegando um resfriado assim. – Disse o homem, olhando através dos óculos escuros redondos.

– Desculpe, eu acabei dormindo – Respondeu o rapaz, ofegante pela corrida. Estava cansado.

– Isso é uma coisa típica sua – Indagou o outro. Na voz uma pontada de sarcasmo. - É bom que não fique se atrasando todos os dias, ou será demitido logo. – Avisou.

– Serei mais pontual.

O rapaz forçou um sorriso, já o outro ajustou os óculos com o indicador, e com a outra mão tirou do bolso do blusão acinzentado a chave da cabine pequena. Entregou-lhe o objeto e despediram-se com uma referência leve e logo o homem deixou o local pegando um táxi. O moreno dos olhos pequenos e negros adentrou a cabine, fechando a porta de vidro atrás de si. Ligou a TV, sentou-se na cadeira de madeira escura e abriu apenas uma janela para permitir entrada de ar. O programa que assistia não lhe interessava tanto e o barulho da porta se abrindo estrondosamente o assustou.

Uma garota pequena entrou rapidamente, e sentou-se na outra cadeira ao seu lado.

– Desculpe a demora – Ela começou – A chuva me atrapalha um pouco. AH! Fiz uma coisa pra você. – Disse animada, entregando uma tigela transparente de tampa roxa para ele.

O rapaz parecia não entender nada, e mesmo assim aceitou a tigela. Ele continuou olhando-a quieto, enquanto ela mantinha os olhos pouco arregalados e mesmo olhando para ele, não parecia realmente fitá-lo.

– Quem é você? – Ele perguntou, ainda sem expressão.

– “Quem é você?”?! – Ela repetiu em uma pergunta, um tanto espantada – Cadê o Shino?

– Ele não trabalha mais aqui. – Disse,

– Ahh... – Ela fez – Então por que aceitou o que dei?

– Você meu deu...

Num gesto rápido, ela apanhou a tigela das mãos dele, e agora sem graça tentou sorrir sem mostras os dentes.

– Eu venho aqui todas as noites e ficamos assistindo animes shoujo – Explicou – Achei que ele fosse trabalhar por mais alguns dias. Nesse caso, vou embora. Desculpe incomodar.

Ela levantou-se e desajeitada saiu da cabine. Pegou sua bengala de plástico resistente que desdobrou-se ficando em um tamanho na medida da cintura, e tocando de um lado para o outro, começou a caminhar. De dentro da cabine ele a observava através da ampla janela de vidro. A chuva havia ficado forte, e a jovem se encontrava parada na calçada com o capuz da blusa branca cobrindo-lhe a cabeleira preta azulada que media uns cinco dedos acima da cintura. Ele aproximou-se dela, com as mãos nos bolsos do blusão azul marinho.

– Pode assistir o que quiser e depois ir embora, já que está chovendo – Disse seco, sem olhá-la.

Já na cabine, ambos assistiam um curto anime shoujo, cuja trama era de traição e um triangulo amoroso*. Ele se mantinha calado o tempo todo, encostado na traseira da cadeira, com os braços cruzados em frente ao abdômen. E ela parecia animada com as mãos pequenas entrelaçadas em frente a boca levemente rosada, e um pouco curvada diante da tela pequena da TV velha. O silêncio era continuo, porém, podiam-se escutar as risadas baixas e divertidas dela. Algumas vezes, ele a olhava nos olhos, pois percebia que ela não piscava muito e sempre estava com a visão fixa em algum ponto.

– Como está vestido? – Ela perguntou, ainda olhando a TV, pegando-o de surpresa.

– Hum? – Ele fez.

– Pergunto da personagem.

– Qual delas?

– Katsura Kotonoha.

Ele olhou a menina meiga que estava a conversar com a amiga, que por sinal era muito tímida.

– Está com roupa de colegial tradicional. – Disse.

– E o cabelo?

– É cumprido e escuro.

– E a aparência?

– Sempre faz tantas perguntas enquanto assiste TV? – Quis saber.

– Se eu pudesse enxergar não perguntaria.

O rapaz ficou calado, agora entendera o motivo daquele jeito de olhar. A moça percebeu sua reação e com uma risada falsa, fez novamente a pergunta.

– Tem os olhos grandes e a boca pequena – Ele a olhou – Parece com você.

– Sério?

Ele estranhou o fato da moça ter ficado tão animada com o comentário. Continuou olhando-a e esta tocou sua própria face pálida, como se tivesse se comparando a garotinha do anime.

– É bonito? – Ela ainda olhava a TV.

– Ahn... Para um desenho até que é. – Respondeu, só agora notando que a cena havia mudado, e um garoto estava na tela.

– Falo de você.

– Ahn...

– Não tente me enganar só porque sou cega. – Murmurou ela, o cortando.

– Dizem que sou meio... Desproporcional...

– Em outras palavras, não é bonito. – Ela concluiu, com um bico meigo.

O tempo que se estendeu o anime passou rápido, e a jovem ergueu-se da cadeira já saindo da cabine. O rapaz a acompanhou até a calçada.

A chuva tinha parado e a noite esfriado mais.

– Obrigada por assistir o anime comigo. – Fez uma referência sem jeito e sorrindo.

Ele correspondeu frio.

– Ah, pode experimentá-los? – Ela lhe devolveu a tigela – São bolinhos de arroz. O gosto está bom, apesar da aparência horrível. – Riu – Me chamo Hyuuga Hinata. – Estendeu a mão esquerda e, percebendo que ele não havia correspondido, fixou-se em seu rosto – Normalmente, as pessoas apertam a mão umas das outras como um comprimento.

Devagar, ele estendeu sua mão direita para apertar fraco a mão da outra.

– Inuzuka Kiba – Disse por fim, voltando a mão para o bolso.

Ela sorriu.

– Amanhã voltarei para buscar minha tigela e assistir mais animes.

Virou-se e seguiu caminho até seu apartamento, onde passa por uma cruzada da qual iria atravessar, mas uma aguda busina foi o suficiente para assustá-la e assim, cair de mal jeito. Rapidamente, o moreno corre até ela.

– Tudo bem? Consegue se levantar?

Ela não respondeu, apenas permaneceu resmungando de dor, com uma das mãos no tornozelo esquerdo. Ele tentou tocá-lo, porém ao fazê-lo vê que ela afasta a perna bruscamente.

– Vou levá-la ao hospital.

.

.

.

* Será que alguém sabe qual anime eles estavam assistindo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, quem sabe o nome do anime? ;3
Não está valendo nada, gente, é só uma perguntinha que deixarei em todo fim de capítulo, e na fanfic terá dicas.

DICA:
— Anime Shoujo
— Katsura Kotonoha
— Traição e triangulo amoroso

Quem acertar terá créditos ao fim de toda a fanfic. Boa sorte!
Até o próximo capítulo, amores ;33