Uma vida NADA normal! escrita por Ceci Andrade, Ell, Vitor Hermano, Ísis Caroline


Capítulo 13
Casamento, tacos e monstros gigantes


Notas iniciais do capítulo

Ou O Casamento - Parte Dois

Olá amoras!

Aqui está a segunda parte do capitulo que eu acreditava ser infinito =D

Sem mais bla bla bla, nos vemos lá em baixo ;*

Cecília Andrade



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Chegando, me dirigir ao elevador com passos rápidos, porém quanto mais minha ansiedade aumentava mais lentamente eu subia.

Finalmente o clique metálico ressoou e a sai as pressas encontrando a área compartilhada vazia.

Ignorando esse fato (meu cérebro estava lotado, principalmente de culpa), fui até quarto que eu dividia com as meninas.

– Até que enfim! Pensamos que você tinha desistido dessa vida, fugido para as Bahamas e mudado seu nome para Macarena Juanita de la Rosa!

Essa foi Izzy que estava deitada na cama com uma quantidade desnecessária de doces.

[N/Izzy: Doces NUNCA são demais].

– Na verdade não chegamos a um acordo do nome. – Helena corrigiu a irmã. – Agora Alice, senta aqui e conta T-U-D-O.

– Você está bem? – Melody perguntou quando me viu. – Parece que você vai vomitar...

– Alice, você está verde... – Sarah começou a falar, porém se interrompeu com um grito. – DEUSES! Eu só te vi assim uma única vez! Quando seu coelho morreu porque você deu comida demais. Isso é culpa!

Todas as expressões foram substituídas por espanto e surpresa. Menos a minha, eu estava claramente ofendida.

– Não me lembre do Senhor Floco de Neve. E sim, estou me sentindo culpada. Satisfeitas? – declarei atravessando o quarto e me jogando na cama.

– Ela tem mesmo um coração... – Izzy comentou aparentemente impressionada.

– E eu achando que nunca mais veria uma cena assim... – Sarah disse sorrindo. – Mas enfim, conte-nos o que aconteceu pequeno gafanhoto.

Com um suspiro, me sentei e contei todo o ocorrido.

– Então... – Mel falou logo quando eu terminei. – Vocês discutiram e depois você saiu com o motivo da discursão?

– Tudo isso porque ele tropeçou em uma palavra? – Helena perguntou descrente. – E eu achando que era algo serio, como se ele tivesse escolhido Bob Esponja invés de Padrinhos Mágicos!

Até parece, queria ver se fosse com ela.

– Se ele tivesse realmente feito isso, Alice estaria ainda mais errada! – Sarah argumentou. – Falei a verdade loira, ele escolheu Padrinhos Mágicos e você achou isso inaceitável não foi?

– Meninas... vocês não estão ajudando. – Mel as censurou.

– SEM OR! Que briga besta! – Diego exclamou.

Eu não tinha o visto, na verdade acho que ninguém o tinha visto a julgar pelas caras das garotas.

– De onde você veio criatura? – Helena (impressionada, mas não surpresa) perguntou ao primo.

Ele estava sentado entre as camas de Izzy e a de Helena e Mel.

– Estava escondido por aqui esperando Izzy dormir para poder roubar seus doces. – ele respondeu orgulhoso de si mesmo enquanto mostrava sua premio.

– Não acredito que você e o Dave-boy brigaram por causa disso... – Diego voltou a falar se levantando. – Foi um motivo estupido, como eu com toda minha sabedoria já disse e ele tem certos motivos para ficar com ciúmes do Oliver. Você já olhou para ele? Ele é lindo e conversou com você a noite toda.

– Isso não tem nada a ver... – tentei argumentar, mas como já está virando costume, fui ignorada.

– Mas isso tudo porque vocês tem um problema, nenhum dos dois tem coragem. Ficam deduzindo o que o outro pensa e acaba nisso...

Pela primeira vez parecia que Diego estava falando coisas com sentido, então o deixamos continuar.

– Vamos a alguns pontos, você gosta mesmo dele? Quer ficar com ele sério, namorar ele?

– Claro que gosto e quero ficar com ele.

– Então o que você está esperando? Vá atrás dele e diga isso! O máximo que pode acontecer de ruim ele te dar um fora, mas não acredito que o Dave-boy fará isso.

– Nunca na minha vida achei que fosse dizer isso, mas Diego está certo. – Helena disse quase assustada por ter falado algo assim.

– Também concordo com o Diego. Uau! É mesmo estranho falar isso! – Mel exclamou.

– É a sabedoria dos Baudelaire. – Sarah falou orgulhosamente.

– Aham, como se tivesse sido você quem tomou a iniciativa com Thiago... – seu irmão disse com a voz transbordando sarcasmo.

Levantei-me da cama em um pulo.

– Você tem razão Diego. – eu disse pela primeira e bem provavelmente a ultima vez.

Então sai do quarto e cruzei a área livre até chegar ao outro quarto.

– Hey loira, onde você estava? – Nick disse ao abrir a porta depois que eu bati.

– Já estava ficando preocupado. – meu irmão disse de algum lugar lá dentro que eu não via, pois o russo ocupava o espaço da porta meio aberta.

– Deuses, será que ninguém me escuta? – exclamei jogando os braços para o alto. – Eu disse que ia à casa do meu pai.

– Mas ele não foi para casa... – Thiago continuou argumentando.

– Eu fui com Oliver. – respondi rápido e sem dá importância. – Eu preciso falar com Dave.

– Bem... – Nick começou. – Não acho que agora é o melhor momento.

Então ele saiu da frente e abriu a porta totalmente, liberando minha visão.

Thiago estava sentado na cama olhando alguma coisa no notebook e na cama ao lado estava Dave praticamente jogado sem fazer nenhum movimento.

– O que você fez? – perguntei ao russo com a sobrancelha arqueada.

– Ele estava muito agitado, eu só o ajudei a descansar. – ele respondeu calmo.

– Você nocauteou o Dave?

– Por que você acha que eu resolvo tudo a base da violência? – Nick disse quase ofendido.

[N/Dave: Por que isso é meio que verdade...]

[N/Nick: Você não estava desmaiado?]

– Eu só o ofereci um calmante... – ele continuou.

– “Um”? – Thiago disse sem tirar os olhos da tela.

– Tudo bem, “alguns”. – completou enquanto eu o encarava descrente. – Em minha defesa ele estava muito agitado e ansioso e nervoso...

– Okey, okey. – suspirei. – Quando ele irá acordar?

– Com sorte pela manhã. – ele respondeu satisfeito.

– “Com sorte”? – indaguei.

– Ninguém deveria tomar “alguns” calmantes de uma só vez...

Suspirei derrotada e eu segui para meu quarto.

~~~~~~~~

Anotado: Ninguém deve tomar “alguns” (descobrir depois que foram sete) calmantes de uma só vez!

Dave só foi acordar lá para o meio-dia

Por isso não conversamos da manhã nem durante o almoço, que foi corrido para mim e as meninas.

Por quê? Porque o casamento aconteceria as quatro, porém nos teríamos que chegar uma hora antes. (na verdade só eu e Thiago tínhamos que chegar mais cedo, mas os outros iam com a gente).

Ou seja, antes das três nós tínhamos que estar prontas e já era quase uma da tarde.

Não lembro muito bem como e nunca na historia da minha vida vi cinco garotas ficarem prontas com cabelo feito e maquiagem perfeita sendo que dividimos um único banheiro, mas ficamos prontas no horário.

Ou quase.

– São três e quarenta e cinco! Vocês levaram mais de duas horas para ficarem prontas! – meu irmão exclamava, ou melhor, reclamava no caminho. – Como um ser humano leva tanto tempo para se arrumar?!

– Você já deveria está acostumado... – Izzy comentou quando chegamos ao salão onde seria a cerimonia. – Afinal, mora com elas. – ela apontou para mim, Helena e Sarah.

Até que eu argumentaria com isso, mas ela tinha razão dessa vez.

– Deixa de exagero Thiago... estamos aqui não estamos? – disse revirando os olhos.

– Com quarenta e cinco minutos de atraso! – ele respondeu.

– Quinze minutos de antecedência. – meu pai falou caminhando até nós. – Eu já sabia que Alice atrasaria, por isso pedi para virem mais cedo.

Ele estava realmente satisfeito de ter pensado naquilo. Ou talvez era somente a felicidade que transbordava por está se casando.

– Bom plano. – Sarah comentou. – Alice sempre atrasa mesmo...

– Okey, por que eu sou a única que atraso. – disse revirando os olhos para ela

– Você está incrível pai. – disse abraçando-o.

E foi com aquele brilho no olhar que ele tinha, que eu acompanhei meu pai até o altar.

A cerimonia foi linda.

Nicole chorou, meu pai chorou, eu chorei, Helena chorou, Sarah chorou, Mel chorou e posso jurar que vi Izzy secar uma lagrima! Resumindo, muita gente derrubou lagrimas de emoção na hora dos votos.

Quando acabou seguimos para a outra para outra parte do salão onde aconteceria a festa.

Claro que antes fui raptada pela minha avó e apresentada (mais uma vez) a todos os convidados que ela conhecia e os que ela não conhecia também.

Assim que conseguir fugir daquilo fui atrás do resto da gangue, mais precisamente atrás de Dave.

Os primeiros que eu vi foram Thiago e Sarah meio dançando meio... eu não sei o que era aquilo, um ataque epilético talvez? no meio da área de dança. E depois não achei mais ninguém. Olhei todo o lugar e não vi sinal deles.

Desistindo de procura-los e fui me sentar em uma mesa vazia.

– Vai com calma amiga, esse é o terceiro copo de te vejo esvaziar. – Mel comentou surgindo ao meu lado juntamente com Helena, Nick e Izzy.

– É refrigerante. – respondi dando os ombros e pegando outro copo do garçom que passava.

– Por que está tão para baixo? – Helena perguntou se sentando. – É um casamento e não um funeral.

– Você e o Daniel ainda não conversaram não foi?

– Não Izzy, ainda não conversei com o Dave.

– Como não? Por que não? Alice Juanita levante agora essa sua bunda da cadeira e vá falar com ele!

Essa foi Sarah falando, gritando, ao chegar com Thiago mais perto da mesa.

Encarei-a com uma sobrancelha erguida.

– Vai ficar aqui me olhando e esperar sua prima vadia dar o bote? – ela continuou.

– A Meredith está com ele? – perguntei com a voz um tom mais aguda.

– Ela estava rondando-o. – Thiago foi quem respondeu. – Se você realmente quiser ficar com ele, aconselho a se apresar. Afinal, você conhece a Meredith.

Levantei quase pulando.

– Dave estava nos jardins quando eu o vi... – Nick falou.

– Obrigada a todos vocês, meus adoráveis marginais. – e sai.

Caminhei o mais rápido que pude com os saltos e no meio da multidão, até que alcancei o jardim e pude ver a vaca-sobre-duas-patas falando com Dave.

Não. Não dessa vez Meredith.

– Hei Dave! Estava te procurando! – chamei-o antes mesmo de chegar onde estavam.

Minha prima me olhou de uma maneira que vocês só entenderão quando interromperem uma leoa durante a caçada.

– Alice, não tinha te visto ainda. – ela falou com seu sorriso falso.

– Pois estou aqui agora, Meri. – disse também sorrindo falsamente e me colocando entres eles dois.

Ela me lançou um olhar assassino, mas eu não tenho mais onze anos para sair correndo dela.

Meredith continuou a me encarar ao mesmo tempo em que eu sustentava o olhar. Tenho quase certeza que soltou uma faísca antes dela desistir.

– Está ficando frio, vou entrar. Foi um prazer Dave, tchau Alice. – ela acenou feito a vaca que é e saiu andando.

Virei-me para Dave assim que ela saiu do meu campo de visão.

– O que foi isso? – ele questionou com um meio sorriso.

– Eu falando com minha prima. – falei dando os ombros.

– Parecia que vocês iam começar uma briga a qualquer momento. Estava esperando uma pular no pescoço da outra.

– Não, eu não arriscaria quebrar uma das minhas unhas por ela. – disse sorrindo.

– Então, você estava mesmo me procurando? – ele perguntou depois de um minuto de silencio.

– Estava sim, acho que precisamos conversar. – respondi um pouco corada.

Respirei fundo. – Desculpa. Eu não deveria ter saído daquela maneira ontem, foi infantil. Eu não conseguir atender o celular, mas foi porque eu não ouvir e não porque eu estava te ignorando. Na verdade eu não conseguiria te ignorar. Eu me arrependi assim que falei aquelas coisas... Espere, deixe-me terminar. – falei quando ele fez menção de falar. – Quantas vezes você já me viu pedir desculpas a alguém? Mas agora eu peço, peço por que eu... – suspiro. – eu estava errada. Claro que você tem parte de culpa com aquela crise de ciúmes besta, mas eu deveria ter falado tudo isso ontem! E não agora depois de um dia massacrante com um enorme fardo. Eu peço desculpa porque gosto muito de você Dave. Eu peço desculpa porque, pela primeira vez, eu prefiro estar com alguém a estar certa. Peço desculpa porque sei que errei e peço desculpa porque preciso que você me desculpe.

Parei de falar com os olhos fixos nele e minhas bochechas queimando.

Seu sorriso pouco a pouco foi aumentando em seu rosto.

– Claro que eu te desculpo, se você me desculpar por agido como um idiota. – ele disse e eu concordei. – Mas acho que temos mais uma coisa a resolver.

Ele deu alguns passos para frente, chegando bem perto de mim.

E eu juro para vocês que eu tinha outro discurso preparado, mas perdi qualquer linha de raciocínio com ele a centímetros de mim sorrindo como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo.

– Então Alice, para tentarmos evitar brigas como essa no futuro e porque eu quero muito isso, você quer ser oficialmente minha namorada?

– Como se precisasse perguntar... – foi o meu comentário antes de beija-lo.

Esse seria o final maravilho e perfeito para a nossa estadia em Paris...

Mas não.

Nada normal acontece com a gente, nunca.

Por que isso produção?!

[N/Sarah: Porque se fosse assim não seria nossa historia... NADA é normal nas nossas vidas].

Continuando, nós tínhamos ainda mais um dia e queríamos aproveitar o domingo para conhecer a cidade luz. Eles, não eu. Eu já conheço.

Bem, a ideia era aproveitar o domingo para conhecer Paris, mas só chegamos ao hotel no meio da madrugada e só fomos acordar uns onze horas (o que eu, particularmente, considero cedo).

– Novo plano, vamos aproveitar à tarde para conhecer Paris. – Sarah falou quase autoritária quando nos preparamos para sair para almoçar.

– Lembrando que nosso trem sai as seis e meia, temos somente a tarde mesmo. – comentei.

– Bla bla bla. Vamos logo que eu tenho fome. – Izzy resmungou e saiu do quarto.

Fomos andando até um restaurando mexicano que meu irmão havia sugerido mais cedo. No caminho, além de observarmos a bela cidade no outono, Izzy e Sarah tentaram praticar o “francês” delas.

O que eu sabia que ia dar errado sendo que aquilo não é francês.

Depois de duas pessoas ignorarem elas e outras três xingarem ofendidas achando que elas estavam mangando, conseguimos fazer com que parassem.

– Eu vou fazer o pedido. – Sarah declarou quando o garçom vinha até nossa mesa.

– Não! Não vai. Não queremos ser expulsos por vocês ofenderem mais alguém. – disse. – Deixe que eu faço.

– Por favor, os nomes nem em francês estão! – ela reclamou.

– Não vamos correr o risco tudo bem? – Melody falou colocando a mão no ombro da ruiva.

– Ei Dave, quer mesmo provar que não é o “senhor certinho”? – Nick falou chamando a atenção de todos.

La vem merda...

– Como? – ele perguntou sorrindo.

Parecia que Nick não tinha pensado nessa parte ou não achava que Dave fosse concordar.

– Que tal furtar algo aqui? – Diego sugeriu.

– Vocês ouviram a parte de que eu não quero ser expulsa do restaurante certo? – comentei.

– Deixa de drama Alice. – Diego falou, como se ele tivesse alguma moral para dizer aquilo. – Se seu namorado fizer tudo direito, ninguém vai ser expulso.

Desistir de tentar convence-los, não iria conseguir mesmo.

O garçom veio para nossa mesa e eu fiz o pedido, mas Sarah ficou bastante satisfeita por conseguir pedir agua sozinha.

Conversamos sobre qualquer coisa até a comida chegar.

– Esse lugar é divino. – Helena exclamou quando estávamos saindo. – Deveríamos deixar Thiago sugerir os restaurantes mais vezes.

Esperei meu irmão se gabar, mas não teve nada.

E foi somente nesse momento que eu percebi que nenhum dos garotos estavam por perto.

– Merda. – incrivelmente, todas falamos ao mesmo tempo.

Também concordamos que seria melhor procurarmos eles antes que a policia chegasse, porque coisa boa eles não deveriam está fazendo.

Então nos separarmos e eu segui para uma espécie de praça.

Fiquei rodando o lugar por mais ou menos dez minutos até cansar e ir me sentar em um banquinho.

De repente, no meio da paisagem bela e tranquila, Dave passa por mim correndo com um segurança atrás dele.

– Volte aqui garoto! – o cara gritava em francês a todos os pulmões. O suor fazia sua careca pálida brilhar, mas nem por isso ele parava de correr ou gritar.

Não sei se Dave conseguia entender o que o segurança falava, mas de vez em quando ele se virava para trás com um sorriso sarcástico (que, aqui entre nós, ficava lindo nele) e dizia: – Mas eu não fiz nada!

Então, voltava a correr.

No fundo da cena, Nick e Diego se acabavam de rir. Melody e Izzy estavam ao lado deles conversando. Não faço ideia que tipo de conversa existe entre elas, mas okey.

– Alice, agora você decide. O voto de Minerva é seu. – Sarah brotou do meu lado acompanhada de Helena. – Quem é o melhor, Bob Esponja ou Padrinhos Mágicos?

Elas olhavam profundamente para mim, como se aquilo fosse evitar a terceira Guerra Mundial. [Nota de Sarah: E poderia!]

– MAS QUE MERDA ESTA ACONTECENDO AQUI?! – gritei e todos olharam para mim, inclusive o segurança.

– Não precisa gritar loira... – Sarah suspirou.

– O que está acontecendo? – perguntei um pouco mais controlada ao segurança que se aproximava.

– Você conhece esses rapazes? – ele apontava para os marginais.

– Infelizmente sim, o que eles fizeram?

– Por que você já esta deduzindo que nós fizemos algo? – Nick retrucou e eu o ignorei.

– Roubaram um burrito do Le Taco. – o segurança disse com uma expressão extremamente séria.

Mas eu não contive o riso. – Roubaram o quê?

Seu rosto ficou ainda mais vermelho. – Um burrito. Era um burrito especial e eles roubaram.

– Tudo bem... será que não poderíamos simplesmente pagar pelo burrito? – disse entre algumas risadas baixas.

Diferente do resto do bando. Eles gargalhavam alto.

Terminou que podíamos pagar pelo burrito e assim a confusão foi desfeita...

...pelo menos aquela confusão.

– Não acredito que você roubou mesmo o restaurante. – falei para Dave.

– Eu não acredito que você roubou um burrito! – Izzy exclamou entre risos. – Que amador Daniel.

– Viu? Eu disse que não contava! – Nick falou rindo também.

– Claro que conta! Eu roubei algo. – Dave falou ofendido.

– Não, não acho que conte também. – Sarah comentou. – Mas temos algo muito mais importante para resolver!

– Bob Esponja ou Padrinhos Mágicos?! – Helena perguntou.

De repente todos os olhares se voltaram para mim.

– Eu já disse que não vou participar disso. – falei distraída.

Quando vi que elas iriam reclamar, continuei. – Se eu escolher Bob Esponja, Helena vai reclamar a viagem toda e Sarah comemorar a semana toda. Se eu escolher Padrinhos Mágicos, Helena vai comemorar a viagem toda e Sarah vai reclamar a semana toda. De qualquer maneira, Sarah vai me encher o saco o resto da semana, por isso eu me manterei em silencio.

– Isso é ridículo e ofensivo! – Sarah disse.

– Mas é a verdade. – Diego concordou comigo.

– Thiago me defenda! – a ruiva exclamou. – Cadê ele?

– Ele não estava com você? – Dave perguntou.

– Não, achávamos que ele estava com vocês. – argumentei.

– Se Thiago não estava com eles nem com a gente, onde ele está? – Mel deixou a pergunta no ar.

– Mas lá no restaurante, ele estava com vocês certo? – Helena perguntou olhando para os meninos.

– Não, quando nós saímos ele ficou com vocês. – Nick falou.

– Para falar a verdade, eu não lembro ter falado com ele lá. – Diego comentou.

Eu não lembrava nem de ter o visto no Le Taco.

Quando peguei meu celular para ligar para ele, Sarah já estava com o dela no ouvido.

– Não acredito que perdemos o Thiago. – Izzy comentou.

– Meu irmão morava aqui gente e ele já é bem grandinho para saber voltar para casa. – falei, mas eu estava ficando preocupada também.

Pensamos um pouco e chegamos a conclusão o ultimo lugar que vimos Thiago foi no hotel, então seguimos para lá.

– Ele também não está aqui. – Helena declarou quando encontramos a área compartilhada vazia.

– Ele só pode está com alguma francesa fresca que fala com um biquinho idiota! – Sarah já está bastante irritada/preocupada nesse momento.

– Meu irmão não iria te trair. – comentei ao passar por ela.

– Ei! O celular dele está aqui! – Dave gritou de dentro do quarto.

Foi nesse momento que ouvimos o som de furiosas batidas na porta... do banheiro.

Nos entreolhamos e viramos para a porta novamente. Agora estávamos todos no quarto em silencio enquanto alguém/alguma coisa batia na porta do banheiro com muita força.

– Não deve ser nada de mais. – Nick comentou.

– Então vai lá você ver o que é. – disse empurrando ele.

– Ou pode ser o monstro escargot gigante. – Sarah falou dando os ombros.

Olhei descrente para ela.

– Por que está me olhando assim? É melhor o Nick ir logo ver antes que o monstro nos ataque! – a ruiva se defendeu.

– E se ele me atacar tudo bem? – o russo perguntou, acho que Sarah o ofendeu.

– De todos aqui, você é o que tem mais chances de vencer uma luta contra o monstro escargot gigante. – eu falei. – Mas que droga eu acabei de dizer?

– Tem razão. – ele respondeu depois de ponderar um pouco, então foi até a porta.

Ele fez contou até três e abriu completamente a porta.

– AHHH! – gritamos e corremos quando algo branco veio voando em nossa direção.

– Tem horas que eu estou aqui... – falaram de dentro do banheiro.

Bem, não era um monstro escargot gigante, era algo pior.

Meu irmão puto da vida.

Ele estava sentado no chão sem camisa (que foi jogada na gente), suado e com os cabelos bagunçados. E com muita, muita raiva.

– Thiago! – Sarah exclamou indo até ele.

– Que bom que você está bem. – comentei sentando na cama, não ia chegar perto dele até ele se acalmar. – Mas o que você estava fazendo no banheiro?

Admito que parte minha estava achando engraçado ver ele assim.

Não me julguem como uma má pessoa ou irmã, ele já fez coisa pior comigo... como me trancar propositalmente no carro e só me deixar sair quando concordei em arrumar seu quarto por um mês. Eu estava sentindo um pequeno gostinho da vingança.

Ele me lançou um olhar mortal. – É que eu não queria pagar a sauna Alice, por isso achei uma boa ideia me tancar aqui.

– Depois que voltei para pegar o celular, eu vim no banheiro. – ele começou a explicar. – Mas alguma coisa fez a portar bater e trancar com a chave do lado de fora. Para piorar meu celular ficou na cama.

– Você está ai dentro desde que saímos? – Izzy perguntou surpresa.

– Pois é. Eu achei que vocês logo perceberiam que eu não estava lá e viriam aqui. Mas não foi bem assim que aconteceu...

– Estamos aqui agora e te tiramos lá de dentro. Isso que importa. – Sarah disse sorrindo para ele, que suavizou a expressão e concordou com ela.

– Você deve está com fome, vamos ver se conseguimos algo para você antes de irmos. – falei saindo do quarto. Ele poderia está bonzinho com Sarah, mas não acreditava que sua raiva tinha diminuído.

Depois que Thiago terminou a comida com nome complicado que Nick havia conseguido no restaurante do hotel, nos deixamos o Akla e seguimos para a estação de trem bem em cima da hora.

E foi assim que nossa estadia em Paris terminou.

~

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Dois dias depois.

– Já vai, já vai. – eu resmungava enquanto ia até a porta da frente onde uma alma infeliz tocava a campainha incansavelmente.

– Entrega para senhorita Alice Depond. – o sujeito magro e alto falou quando eu abri a porta.

– Sou eu mesma. – disse e ele me entregou uma caixa, não se antes me mandar assinar na prancheta.

– Obrigada. – murmurei quando ele saiu. – Eu acho.

Levei a caixa até a mesa e abri.

– SARAH! – gritei o nome da criatura ruiva.

Dentro havia um caracol com um sombreiro e um bigode, logo atrás tinha a etiqueta “propriedade do Le Taco”.

– Viu? Isso é ser profissional. – ela se gabou olhando para mim da escada, então piscou e voltou para cima.


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Notas finais do capítulo

Hey hey hey!

O que acharam?

Exagerado demias? Não exagerado o suficiente?

Ahh, deixem para lá e vamos comer comida mexicana que meu deu vontade agora...



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