Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 17
Capítulo 16 - Sangue derramado no Inferno




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Todos se entreolham impacientes e nervosos quanto ao assunto, e todos mantem o mesmo pensamento a princípio: “Por que deveríamos nos preocupar com Damon? Ele é ignorante, compulsivo, agressivo e arrogante. Ele nem merecia estar vivo.” Exceto Alaric. Como também pensavam: “Se dermos mais uma chance a ele, talvez ele mude e se torne um ser vivo melhor.” Ninguém tomava uma decisão concreta, até Sam começar a comentar o assunto.

–Gente, vocês podem discordar de mim ou o que quiserem, mas acho que deveríamos tentar salvar a vida de Damon, caso ele esteja mesmo morrendo. Eu sei como é perder um irmão, a dor agoniante que correu nas minhas veias enquanto Dean estava morto. E Stefan até que é uma pessoa boa, não quero que ele passe pela mesma coisa que eu passei... Na verdade, nenhuma pessoa deveria sentir a dor de uma perda, mas às vezes é inevitável. E se podemos salvá-lo, salvaremos. Nem que eu tenha que fazer isso sozinho.

–Estou com você. – Dean comenta em baixo tom, comovido com o discurso do irmão, enquanto o abraça forte.

–Eu também. – Elena, Bonnie, Alaric e Ana concordam.

–Ótimo, vou procurar ele e já o trago aqui. Bonnie eu preciso que verifique sobre mordida de lobisomem em vampiro e a cura. Elena procure Stefan. Ele precisa participar e saber disso tudo. O resto fique aqui. – Katherine dá a voz de comando.

–Pode deixar senhorita Pierce. – Dean faz um gesto de concessão.

Katherine então vai como vulto para o local que avistara Damon, mas surpreendentemente, não o vê por ali. Há só um pouco de seu sangue, mas nada de Damon. Depois de chutar um arbusto com a raiva que sentia de Damon por ele não tê-la esperado, Katherine anda pelo quarteirão, tentando usar sua audição incrível para ouvir Damon gemer ou algo do tipo, mas há silêncio. Katherine pensa no pior.

Elena sai de casa em busca de Stefan. Liga três vezes para o seu celular, até que Stefan finalmente atende, de um jeito grosso e um tanto quanto melodramático. Sua voz parece angustiada, mas ao mesmo tempo seca e rígida.

–Stefan, você precisa vir pra casa. Há algo que você tem que saber...

E o que seria? “Stefan, você é um monstro, mas eu gosto de você. Agora, faça as pazes com Bonnie”? Faça o favor de não abafar o caso, Elena.

–Não. Não quero que faça nada disso, só quero que venha pra cá! Onde você está?

Na ponte, admirando as estrelas e pensando em coisas dramáticas. – Diz num tom sarcástico.

–Não saia daí. – Elena desliga o celular.

Imediatamente, Elena pega um táxi, para que a leve até a ponte. Pela janela do carro, vê um bando de homens fortes e raivosos numa roda, e Elena teme ser algo ruim, até que reconhece a silhueta e a jaqueta de Damon no meio dos homens.

–Pare o carro! – Elena diz ao taxista que se assusta e freia instantaneamente. Elena permanece dentro do carro, observando.

Elena tenta calcular as probabilidades de sair viva se for até lá. Cinco homens grandes e fortes contra uma garota magra e ainda um tanto fraca, seria a mesma coisa que chances de 1 entre 1000 de sair ilesa com Damon. Ela está ligando para Katherine, quando a ação deles a distrai. Estão carregando Damon – que parece estar imóvel – para dentro de um carro grande e então saem em disparada. Elena desliga a ligação.

–Siga aquele carro!

Elena pede ao taxista, que a leva para uma estrada quase abandonada, quase fora da cidade. O taxista para o carro no começo da rua e diz que não tem permissão para ir até o final. Elena então paga em dinheiro ao taxista e sai do carro, continuando o trajeto a pé.

Na metade da rua, vê aquele mesmo carro estacionado em frente a uma cabana antiga, caindo aos pedaços. Antes que alguém a veja, se esconde por entre as folhas e árvores, tentando enxergar o que acontecia por entre aquelas paredes.

Damon acordara fraco, sem camisa, amarrado a uma cadeira com cordas por todo seu corpo, coberto por verbena. Tenta ver como pode seu ombro machucado e então vê que a mordida piorara bastante em tamanho e que está bem infeccionada. A garganta de Damon está seca e ele aceitaria até um copo de água no momento. Quando olha ao redor, vê dois homens conversando sobre tortura. Um, vigiando Damon e o outro apoiado na porta, vigiando a cabana por fora.

–Onde estou? – Damon pergunta usando o pouco ar acumulado nos pulmões.

–Preso numa cadeira. É o que você tem que saber. – O homem responde, arrogantemente.

–Por quê? – Damon sussurra.

–Vamos ver... Somos caçadores. Você é vampiro. Tire suas conclusões. – O homem sorri sarcasticamente. – Afinal, está sendo mais fácil do que como planejado. Pensávamos que Damon Salvatore era o mais perigoso e chantagista que existia, mas está mais fácil do que roubar doce de criança.

–Eu estou acumulando minha for... – Damon sente falta de ar.

–Vai ser mamão com açúcar, meu caro. – O homem sorri como vitória, apertando as cordas cheias de verbena em Damon, que geme, sentindo a morte chegar perto rapidamente.

Katherine, impaciente e cansada de andar feito idiota pela cidade, decide ligar para Stefan, que surpreendentemente atende rápido à ligação.

–Stefan? Temos um pequeno problema...

E qual seria? Alguém raptou Elena? Porque ela não apareceu até agora...

–Não... Como assim? – Katherine franze a testa.

Elena disse que viria ao meu encontro na ponte, mas até agora nada.

–Então temos mais um problema. Sabe aquela cabana que nos prenderam?

Como esquecer?

–Acho que raptaram Damon, e agora, Elena. Então ou os salvamos hoje, ou preparamos o enterro deles amanhã.

Alaric decide procurar Damon por conta própria, arriscando-se na cidade, enquanto Dean, Sam, Bonnie e Ana estavam agoniados em busca de aventura. Ir atrás de demônios, ou de alguma outra ação. Por isso, passeiam pelo centro da cidade. Passam em frente a uma estação, onde as pessoas estão correndo alvoroçadas e isso chama a atenção deles. Estacionam o carro na vaga mais próxima e então saem cautelosos do carro.

–Sam, a Colt. – Dean murmura ao fechar a sua porta e trancar o carro.

–Colt? – Bonnie pergunta. – Já ouvi falar, é algum tipo de...

–É uma arma poderosa na qual você não pode chegar perto. – Ana termina a frase – Foi o que Dean me disse.

–Dean, você fica com uma faca, caso seja necessário. – Sam entrega-lhe uma faca que fora coberta por sal grosso.

–É sério isso? Você fica com um dedetizador e eu com o repelente? – Dean ironiza sarcástico.

–Melhor do que nada.

Os quatro se aproximam da estação, sendo atropelados pelas pessoas alopradas que saem sem rumo da estação. Bonnie sente uma presença estranha no local e olha em volta, em busca de algo que faça sentido para tal sensação. Dean está com a faca em mãos, atento para não matar alguém sem querer, como da última vez. Sam está atrás de todos, dando total cobertura. E num andar do subsolo, eles encontram a solução da tal confusão. Não há mais pessoas no local, todos fugiram. Ou melhor, os que estavam vivos. Um tapete formado por corpos estava aos pés de uma garotinha loira de aparência dócil. Todos param imediatamente.

–O que você faz aqui garotinha? – Dean pergunta, tentando não demonstrar tal receio.

–Estava me divertindo. Vocês perderam toda a diversão. – Diz a menina quase sorrindo.

–Qual é o seu nome? Podemos te levar pra casa. – Ana pergunta. E Dean olha para Ana negando com a cabeça quase desesperadamente.

–Meu nome é Lilith. E sou seu pior pesadelo.

Os olhos da menina se viraram e ficaram totalmente brancos. Dean e Sam reconhecem tal acontecimento e então descobrem que é a mesma garotinha do ferro velho. Lilith levanta sua mão e um redemoinho se forma ao redor de seu corpo, fazendo ventar o local inteiro e subir a temperatura ao extremo. Ana e Bonnie caem ao chão de repente e gemem de dor, implorando ajuda. As duas começam a tossir sangue e então Dean joga a faca quase como reflexo na garotinha, mas a faca para no ar, se vira e sob o sorriso de Lilith, e volta para Dean, cravando fundo na sua perna. Sob a distração da garotinha, Sam atira com a Colt em Lilith três vezes.

–NÃO! – Ariel chega correndo ao local, desesperadamente.

Lilith solta um grito ensurdecedor e imediatamente uma luz extremamente brilhante preenche o local. Aos poucos o calor diminui, as meninas param de gritar, e todos se permanecem imóveis e de olhos fechados, esperando o pior acontecer. Quando a luz apaga, todos se entreolham. Há um buraco enorme no chão, onde Lilith estava. Sam e Ariel olham para o buraco escuro, não enxergando absolutamente nada.

–Por que você berrou? Nós acabamos com ela. – Dean pergunta, apoiando-se na parede mais próxima e colocando o peso do corpo na perna intacta, tentando não lembrar da faca ainda cravada em sua perna.

–Sim, vocês acabaram com ela. – Ariel diz pasmo, agora olhando para Dean – E era isso que deveria ter sido evitado.

–Chegou tarde para avisar... - Diz Dean com desdém.

–Mas por que deveríamos ter evitado? – Sam pergunta receoso.

–Ela era o último selo. Agora Lúcifer está solto e o Apocalipse começará...


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Notas finais do capítulo

Tãn tãn tãn tãaan, o que acontecerá agora??!



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