Even After Death escrita por littleleamb


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou de volta ao Nyah! depois de sumir mais um vez, perdão. Tive uma ideia para essa história e não tive outra opção fora exclui-la e reescreve-la. Ela não está muito parecida com a versão original dela e em minha opinião está bem melhor, mas isso vai depender de cada um. Enfim, se alguém tiver alguma dúvida sobre essa história ou as mudanças que foram feitas nela se sintam livres para me deixar uma mensagem ou me procurar no twitter: @fcksachele.Com isso dito, vamos ao capítulo. :)



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–5 de abril de 2012 10:47am, Lima, Ohio.-

Rachel estava lutando para se concentrar em sua aula de Geografia, a professora ditava algo e Rachel tentava acompanha-la porém uma certa loira não saia de sua cabeça. Tem sido assim desde o acidente, Rachel, apesar de tentar com todas as suas forças, não conseguia se concentrar em suas aulas, uma loira sempre aparecendo em seus pensamentos.

Rachel gostava de lembrar das últimas semanas que passou com Quinn, elas estavam mais próximas, Rachel até a considerava uma de suas melhores amigas. Após as aulas elas seguiam para casa da morena onde faziam as atividades e estudavam e então faziam um lanche para finalmente subirem para o quarto da mais baixa onde elas conversam sobre os mais diversos assuntos e ajudavam uma a outra com a tarefa do Glee da semana. Muitas vezes Kurt estava com elas e de vez em quando até mesmo Santana e Brittany, mas não importava quem mais estava ali, porque Quinn estava ali e apenas isso bastava para Rachel. Às vezes as lembranças que vinham a sua cabeça não eram exatamente as melhores, como as inúmeras vezes que a loira a humilhara, banhos de raspadinha, piadinhas maldosas sobre seus pais, sua altura, sua vestimenta e até mesmo sobre seus sonhos. Mas essas não eram as piores lembranças, essas lembranças podiam ser consideradas boas em comparação a lembrança que rondavam a cabeça de Rachel: Para onde Quinn estava indo quando sofreu o acidente.

Seu casamento.

Quinn tentara convencer Rachel a não se casar até o último minuto. Se recusara a ir a “celebração”, mas no final, no último segundo Rachel conseguiu convence-la. Não é como se Rachel tivesse implorado para que ela fosse, não. Nem que Kurt tivesse lhe contado que Rachel apreciaria muito sua presença. Nem que Santana tivesse lhe dito que aquela era sua última chance. Quinn resolveu ir porque a dor não lhe permitiria ficar em casa sozinha sabendo que sua pequena, naquele exato instante, estava jurando amor eterno a outro. Ao ver Rachel vestida em seu vestido de noiva após de terem vencido as Regionais, Quinn tomou uma das decisões mais difíceis e ao mesmo tempo mais fáceis da sua vida: Ela iria ao casamento de Rachel. Ela assistira sua menina se casar com aquele gigante bobalhão que uma vez acreditara ter engravidado Quinn na banheira de hidromassagem. E talvez, só talvez, vendo-a feliz, ali, com aquele menino-homem bobo que não se importa com nada além da felicidade de sua menina, pararia de doer. Talvez quando ela visse o sorriso de Rachel ao deixar de ser Rachel Berry e se tornar Rachel Hudson, a dor cessaria. Só talvez.

Então ela engoliu o choro, segurou as lágrimas e antes de dizer a Rachel que iria a seu casamento, fez talvez a pergunta mais importante de sua vida a pequena:

“Ele te faz feliz?”

E ao ouvir a resposta positiva da mais baixa ela sabia que era exatamente aquilo que ela devia fazer, então assim ficou decidido. Quinn Fabray iria ao casamento de Rachel Berry.

Porém ela nunca chegou lá.

E Rachel e sentia culpada por isso, porque ela se recusara a começar a união sem Quinn então passou a apressa-la por mensagens, que a loira respondia imediatamente, mesmo estando ao volante, coisa com que Rachel não se preocupou até o celular de Santana tocar e toda a cor esvair de seu corpo depois de vinte minutos que a última mensagem enviada por Quinn chegara, e aí ela sabia que algo estava errado, pois antes mesmo de Santana contar a todos o que havia ocorrido as lágrimas já corriam livres pelo rosto de Rachel, estragando sua maquiagem, mas ela não podia se importar menos.

“Ah Q-Quinn....ela...sofreu um acidente....”

E antes de Santana completar a frase Rachel já estava correndo em direção a saída do cartório, a cabeça girando, o coração agitado. Seu peito doía, tudo doía. Doía para respirar. Para andar. Doía escutar Finn gritando seu nome. Mas o que fazia doer mais era o que Rachel acabara de perceber: Quinn estava mandando mensagens enquanto dirigia. Mensagens para ela. Quinn estava a caminho de seu casamento, mesmo se recusando a ver Rachel “jogar sua vida fora por Hudson.” como a própria loira dissera uma tarde enquanto elas caminhavam até a praça que ficava algumas quadras da casa de Rachel. E o sentimento de culpa nunca deixou Rachel e ela acredita que nunca deixará, mesmo após Quinn sair do hospital, e que Deus ajude que seja logo, mesmo após a loira se recuperar por completo. Mesmo após Quinn lhe dizer que não foi sua culpa e sim dela, porque ela que resolveu responder as mensagens em vez de continuar dirigindo, o que a morena sabia que seria a primeira coisa que Quinn faria assim que visse o olhar de culpa nos olhos da mais baixa.

Rachel estava se fazendo a mesma pergunta pela milésima vez, chegando a mesma resposta de sempre: Quinn ainda estaria inteira se ela não tivesse mandado aquelas mensagens apressando-a. Quinn ainda estaria bem se ela não tivesse desistido da ideia de não ir ao seu casamento. Se não fosse por ela, Quinn estaria bem.

A pequena estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu a presença de um Sam Evans arrasado na porta de sua sala, tentando convencer sua professora a deixa-la ir com ele.

“Senhora Stewart, preciso falar com Rachel Berry agora.” –disse ele em uma voz tristonha, fazendo a mulher se virar para a porta com a sobrancelha arqueada.

“Bata na porta antes de abri-la, Evans, você não está na sua casa. Berry está no meio de um ditado no momento, fale com ela no intervalo.” –respondeu a mulher, antes de voltar a atenção a frente da sala.

Após alguns minutos de silêncio Sam tornou a tentar.

“Senh....”

“Você ainda está aqui?” –perguntou a mulher impaciente.

“Sim, desculpe-me por interromper sua aula, mas esse assunto é urgente, o Diretor Figgins deixou que eu tirasse Rachel da sala por alguns minutos.” –explicou ele cansado.

“Ok, ok. Tanto faz. Apenas pare de me interromper.” – e com isso a mulher gritou um “BERRY” quase tão alto quanto as notas altas de Mercedes, fazendo a turma toda se assustar, menos Rachel, que apenas piscou, voltando a realidade.- “Sam Evans está te esperando no corredor.” –completou, como se não tivesse acabado de gritar como se suas tripas estivessem sido arrancadas. Não que Rachel se importasse.

Rachel seguiu em paços preguiçosos até o corredor, dando de cara com um Sam Evans de olhos vermelhos e inchados assim que pisou fora da sala. O menino não disse nada, apenas pegou a mão de Rachel e a guiou pelos corredores da escola e Rachel só percebeu onde estavam indo quando pararam na porta da sala. A sala do Glee club.

“O que fazemos aqui, Sam?” –perguntou Rachel visivelmente confusa.

“Olha Rach, eu não sei como dizer isso, na verdade nem queria ser a pessoa a te contar isso, mas preciso que você seja forte pra mim ok?” –pediu Sam, fazendo o peito de Rachel se apertar, coisa boa que não era.

“O que aconteceu Sam?” –a pequena perguntou preocupada, os olhos já cheios de lágrimas.

“Ah meu Deus, Rach, eu não queria que fosse assim. Eu não queria ter que te contar isso. Respire fundo, isso. Ok, ok. Pronta?”

“Pare de enrolar Sam, me diga logo o que aconteceu.” –fungou a morena.

“Primeiro tome isso, Judy entregou a Santana para que ela entregasse a você.” –disse o loiro estendendo sua mão esquerda onde se encontrava um pequeno caderno muito conhecido por Rachel. O diário de Quinn. O diário que ela carregava para cima e para baixo e que não deixava ninguém sequer encostar, quem dirá ler. Por que estavam dando aquilo para ela?

“Quinn não vai gostar da ideia de alguém lendo seu diário.”

“Quinn morreu.”

Disseram os dois ao mesmo tempo.

“Quinn o quê?” –perguntou Rachel. Ela não podia acreditar. Ela não queria acreditar.

“Quinn morreu esta manhã, desligaram seus aparelhos.” –repetiu Sam, fungando.

O garoto não pode nem tentar deter Rachel quando ela correu para fora da sala que era a segunda casa de todos eles. Um lugar onde se sentiam seguros, mas que agora para Rachel era um lugar cheio de memórias ruins. Apenas uma memória ruim na verdade, a que acabara de acontecer.

Rachel correu até chegar ao banheiro feminino do primeiro andar e se trancar em uma das cabines, as lágrimas caindo e suas mãos tremendo quando ela se sentou no vaso para ler olhar para o diário de Quinn, e após um tempo olhando para ele ela finalmente tomou a decisão de lê-lo e ela realmente desejava não ter feito isso. Porque se antes doía, agora doía mil vezes mais.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Reviews?



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