The Quarter Quell - Johanna Mason escrita por L M


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!



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Não era uma sala pequena, tenho que admitir que a tecnologia era a mais moderna e complicada que já vi. Várias pessoas estavam preocupadas tentando ligar o trem novamente para podermos ir para a Capital:

–Por que paramos eu posso saber?-pergunto ao homem:

–Não, não pode! É um assunto confidencial.-ele fala:

–Ah... Quer dizer que vai manter em sigilo que Snow não possui dinheiro para concertar os trens?!-eu pergunto rindo debochadamente.

Todos se viram para mim com os olhos arregalados, o homem se mantém com um olhar de raiva sobre mim, mas eu apenas o ignorei:

–Ou então... Manterá em sigilo que vocês são tudo um bando de incompetentes?!-eu digo:

–Senhorita Mason...-ele murmura:

–Olha o resultado da parada no meu rosto!-eu digo apontando para a minha testa:-Sim cara... Está doendo! E a culpa é de uns idiotas que nem sabem fazer o próprio trabalho!

–Senhorita Mason, não lhe dou permissão para dizer algo deste nível!-ele fala visivelmente com raiva:

–Johanna, é melhor irmos embora.-fala Blight tentando pegar o meu braço:

–Excelente ideia, Blight! Vamos embora!-fala Pierre:

–Eu não preciso de sua permissão! E eu não tenho medo de homem... Você acha que terei medo de você?!-eu digo e o homem estava prestes a me bater:-Eu acho que Snow não vai gostar se eu fizer um barraco para toda a Capital saber que a "queridinha" deles apanhou de um estúpido maquinista! Você sabe que ele vai te matar, não é?!-eu digo rindo da cara dele:-Vai demorar o concerto?

–Meia hora no máximo.-ele fala frio, com raiva e um pouco de temor em sua voz:

–Se demorar um minuto eu ligo para a Capital e arrumo um fuzuê!-eu digo e saio daquela sala.

Vou andando pelo trem parado, e Blight corre em minha direção me puxando pelo braço com um Pierre completamente pálido:

–Você ficou maluca?!-ele perguntou:-Desacatar o cara assim, Johanna?! O que você tem na cabeça?

–Me solta! Eu não falei nada demais, apenas a verdade... Não queremos atrasar o Snow com os jogos!-eu digo em ironia:

–Nesse ponto eu concordo com Johanna!-fala Pierre:

–Não pedi opinião galinha azul!-eu grito me distanciando deles:

–Johanna! Volta aqui!-grita Blight.

Tento ir mais rápido o possível para longe de Blight. Por alguma razão ele estava começando a me irritar.

Minha testa doía, e não queria descontar nele a raiva que eu estava sentindo. Claro que eu gostei daquele maldito trem ter enguiçado e se eu não estivesse na minha situação real eu iria sair correndo em meio a floresta fugindo! Viveria como fugitiva, mas não iria para a Capital novamente, só iria morta!

Mas como minha situação não essa... E eu preciso proteger aquelas pessoas, não posso atrasar um instante sequer para falar com Fínnick sobre isso!

Só de lembrar do rosto daquela Katniss uma raiva me envolve! Não tiro a razão de Blight querer ela morta, eu também a quero morta! Mas se ela não fosse tão importante, garanto que meu machado se cravaria no peito dela naquela arena... Eu tenho que parar com isso, antes que eu faça alguma coisa idiota!

Eu prometi a Fínnick e ele também me prometeu proteger Peeta, que para mim é o único que merece viver! Não ligo se aquela garota o ama ou não, não ligo se ela tem uma irmãzinha fofa ou não, não ligo se ela passou por perdas e dificuldades ou não!!! Não gosto dela e quero que ela morra!

Abro aquela maldita porta do trem e saio para fora, ignorando os gritos de Blight. Não sei em que parte de Panem estávamos, mas simplesmente me deixei ser abraçada pelo vento forte, límpido e fresco que rondava aquelas matas. A noite estava clara com a Lua em seu ponto máximo olhando para todos nós....

Eu fui caminhando com o meu vestido e cabelos dançando ao ritmo do vento. Sem olhar para trás foi ouvindo o som da natureza me acalmando aos poucos. Minha testa já não dói mais e eu apenas queria alguém para abraçar e derramar toda a minha angústia. Mas eu simplesmente não tenho a ninguém.

Paro em um instante sentindo meu coração disparando e meu sangue gelando. Em uma árvore estava o desenho de um tordo como no broche que Katniss usou em sua edição. Fui até a árvore e coloquei a mão por cima e em seguida a soquei!

–É real...-eu sussurro para mim mesma.

Tudo é real, está acontecendo! Eu não posso matá-la por mais que queira. Eu não sentia raiva da garota, eu sentia (simplesmente me odeio admitir ) inveja dela!

Inveja por ela ter uma família que a acolhe e precisa de sua proteção, inveja por ela ter aquela força, inveja por ela não ter se entregado a arte de matar que a Capital tenta fazer que todos caem ( até eu ), inveja por ela ser o símbolo da revolução e não ter perdido ninguém que ama ainda ( como eu perdi, quando ainda haviam apenas rumores deu ser ) e mais ainda.... Inveja dela ter Peeta ao seu lado!

Mesmo eles se amando ou não, viver o que eles viveram naquela arena era tudo o que eu queria com Terence! Mas ele se apaixonou por outra e morreu feliz por reencontrá-la! Ela tem ele para chorar e para protegê-la dos pesadelos, que tenho certeza que ambos possuem, ela tem ele para levantá-la quando ela cair e ele para ficar ao seu lado quando o mundo não estiver!

E eu aqui... Johanna solitária!

Eu sei que Fínnick é o meu melhor amigo, mas tem horas que sinto que o quero mais que um simples amigo! Que o quero como alguém que amo... Não! Não! Não! Ele tem Annie, é ela ( mesmo doida e retardada ) que ele ama, e você apenas sofrerá se cometer o mesmo erro de se apaixonar Johanna! Isso não é para você... Isso não é para mim!

Muitas vezes os motivos de minhas infinitas lágrimas a noite, não são apenas os infernais pesadelos, são eu ter que admitir que não tenho ninguém que possa me dar amor! E eu recuso a entregar-me por esse sentimento sem ter o que receber...

Encostada ainda a árvore deixo duas lágrimas descerem pelo meu rosto e miro o céu novamente:

–Dai-me forças pai... Eu não consigo sozinha, não consigo ser sempre a rocha que sou sozinha, preciso de forças e... Preciso de esperanças!-eu sussurro.

Escuto passos se aproximando e fico na frente da marca do tordo e limpo o rosto. Agradeço muito por estar escuro naquela área, era Blight quem me procurava:

–Johanna! Johanna! Johanna! vamos, apareça! Onde você está?!-ele grita:

–Eu estou aqui! Será que dá para parar de gritar?!-eu digo saindo das sombras das árvores e ficando a frente dele:

–V-Você está bem?-ele pergunta me analisando:

–Por que não estaria?!-eu digo:

–É só que... Você está diferente! Com o trem nesse estado eu imaginava você fugindo somente com a roupa do corpo, causando uma reviravolta em tudo...-ele diz e eu sorriu minimamente:-Mas não... Você está aqui!

–É, eu estou aqui!-eu digo fria:-Não posso lutar com o inevitável Blight! Se eu enfrentar acabaremos todos mortos! E a última coisa que quero é quem é importante para mim morra e eu permaneça viva!

–Desde quando você pensa assim?-ele pergunta pegando em meu braço. Isso já está começando a me dar nos nervos:

–Desde que eu cresci!-eu digo me soltando:

–Já vamos sair, já.-ele fala meio triste:

–Não me culpe, Blight! Não culpe os tributos do doze, não culpe Deus... Culpe o velho desgraçado e o mundo!-eu digo fria:

–Eu sei! Somos apenas peças que lutam e morrem nesse mundo... Não há como mudar isso!-ele fala caminhando de volta.

"Não há como mudar isso!" é o que eu vou tentar fazer Blight! Lutarei com o inevtável, enfrentarei o impossível e com certeza sofrerei e sentirei dor! Mas eu vou mudar isso!


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Notas finais do capítulo

Comentem!!! :))