Mergulhei na água gelada, mas não tive tempo para nadar até a cornucópia. Assim que meu corpo colidiu contra a espessura fria daquela água, eu senti braços contra meu pescoço me segurando e me pressionando contra o fundo afim de me afogar!

Comecei a me debater e tentar ver quem era o ou a infeliz que estava tentando me afogar. A pessoa continuava a me forçar a ficar em baixo d'água, até que joguei a cabeça pra trás acertando o rosto do (a) desgraçado (a). Virei-me rapidamente e vi um cabelo ruivo cacheado e ensopado em minha frente. A mulher do distrito 10.

Sem nem dar a ela tempo de fugir, pulei em cima de suas costas e começamos uma briga em baixo d'água. Agarrei sua nuca com força afundando minhas unhas grandes em sua pele e fazendo se debater. Percebi que seu nariz sangrava, e ela chutava meu estômago a fim de me fazer soltar sua nuca, em um golpe rápido, levantei meu joelho direito e forcei sua face batendo com força no mesmo.

Voltei a superfície, e percebi que Wiress e Beetee ainda estavam em sue pedestal:

–Não saiam daí, seus idiotas!-eu gritei com todas as forças antes da desgraçada da mulher que nem me dei o trabalho descobri o seu nome, me puxar para de baixo d'água novamente.

A água começou a ficar em uma coloração avermelhada devido ao sangue que saía de sua face. Minha paciência já havia se esgotado, chutei seu estômago, fazendo-a perder o ar que segurava em baixo d'água. Ela tentou voltar a superfície, mas eu a puxei para baixo novamente, socado sua cabeça com força e sua nuca. Ela já estava mole e eu pulei em suas costas, fazendo uma chave com os braços ao redor de seu pescoço e em um único e forte golpe quebrei-lhe o pescoço.

Voltei a superfície, respirando com dificuldade mas comecei a nada rapidamente. Subi em cima de uma trilha de pedras e fui a toda velocidade até a cornucópia, percebi Peeta brigando com um cara e me preocupei, mas logo avistei Fínnick indo ao seu encontro.

Para o meu azar os carreiristas estavam na cornucópia, pegando armas. Driblei Gloss que estava com facões, e peguei meu machado ao lado das espadas.

Quando estava prestes a pular na água, vi que Beetee havia caído na água e ao longe vi Blight lutando com o cara que me pareceu ser do distrito 6, o morfináceo. Esse pequeno deslize quase me custou a preciosa vida. Senti braços me rodeando meu pescoço, braços bastante musculosos:

–Que honra para mim inaugurar a sua cova, Mason!-falou uma voz estridente e grave que logo identifiquei ser Brutus. Ele apertava com força meu pescoço, fazendo-me perder boa parte do tão amado oxigênio.

Enobaria surgi em minha frente sorrindo abertamente mostrando seus dentes, que mais eram presas mortais:

–Mate-a logo Brutus! Menos uma para me preocupar.-ela fala friamente:

–V-Vá escovar os d-dentes podres E-Enobaria! J-Já p-perderam a maldita v-validade...-eu digo e ela incorpora uma expressão mortal:

–Vou te mostrar quem perdeu a validade, Mason!-ela fala se aproximando, certa de me matar com uma mordida no pescoço.

Apoiei-me nos braços de Brutus e inclinei meu corpo para frente e chuetei-lhe a face, soquei minhas pernas na barriga de Brutus que me largou e eu sai correndo pulando na água novamente.

Fui nadando sem olhar para trás, até notar que Blight cortou a garganta do homem e vem em minha direção:

–Você está bem?-ele pergunta batendo o queixo, pela água gelada:

–Estou seu asno! Onde estão Beetee e Wiress?!-pergunto:

–Hein, por que voc... Não acredito que se aliou a eles, Johanna!-ele fala:

–Cale a maldita da sua boca e me ajuda a achar aqueles dois imbecis!-eu grito batendo no mesmo:

–Quanto ao seu parceiro calar a maldita boca eu sou totalmente a favor, agora que eu e Wiress somos imbecis temos que rever os critérios, senhorita Mason!-fala uma voz conhecida e eu olho para trás, vendo Beetee e Wiress agarrados aos pedestais:

–Pelo menos uma coisa boa!-eu digo me virando para Blight:

–Poderia me explicar?-ele fala:

–Não! Ajude os dois e me siga.-eu digo:

–Não vai me ajudar, são dois que não sabem nadar Johanna!-ele fala:

–Problema é seu...-eu digo nadando o mais rápido que eu conseguia.

Não demorou muito e eu logo cheguei a praia. Sentei-me na areia e fiquei esperando Blight com Beetee e Wiress.

Coloquei meu machado ao meu lado e apoiei minhas mãos nos joelhos e fiquei mirando o céu nublado, com a brisa forte e vasta abraçando a mata e a mim. Como quem da forças para continuar, coragem para enfrentar os perigos que esta selva oculta aguarda...

Não demorou muito e Blight chegou na areia cansado deitando o corpo na mesma e tentando normalizar sua respiração. Beetee e Wiress tossem procurando de volta o oxigênio:

–Já descansaram?-pergunto:

–Senhorita Mason se não se importa...-começa Beetee:

–Vamos entrar na floresta!-eu digo me erguendo:

–Como é?! Ou, ou, ou...-fala Blight me segurando:-Espera, os dois não aguentam dar um passo!

–Eles só precisam ficar seguros, para seus cérebros funcionarem! Quem precisa ficar atento, e descansados somos nós...-eu digo:

–Estou cansado, então...-ele fala me segurando novamente:

–Como eu falei anteriormente, o problema é todo seu!-eu digo me soltando e puxando Wiress:

–P-Para o-onde vamos?-ele pergunta:

–Para dentro da floresta, deve ser mais seguro lá!-eu digo:

–Precisamos achar comida e água potável!-fala Beetee:

–Ótimo, esse é o seu trabalho, meu caro...-eu digo:-O seu e o da coroa aqui. O meu e o do Blight é nos manter vivos dos idiotas que nos atacarem! E das criaturas horrendas que também terão essa linda ideia!

–Vamos logo, antes que anoiteça! As coisas só tendem a piorar daqui para frente!-fala Blight:

–Como se já não bastasse.-eu digo colocando o machado no ombro e começando a caminhar.

Fomos andando mata a dentro. O calor parecia que se encontrava cada hora mais a fundo nessa mata, e por mais que esteja de dia a floresta era escura e sombria:

–Não gosto da aparência esta floresta.-fala Wiress:

–Estamos andando a meia hora e tudo parece... Igual!-fala Blight:

–São os idealizadores que querem que você pensa assim, mas estamos andando em linha reta e não em círculos!-fala Blight:

–Então como não achamos comida ou, principalmente água neste inferno?! O clima esta jossa só está ficando mais e mais quentes! O que eles querem?! Matar todo mundo desidratado, quando eles começaram a ficar bonzinhos?!-eu grito:

–Não comece a descer das tamancas ainda, Johanna! Tente se manter calma, mesmo que isso possa parecer impossível!-fala Blight:

–Cala a boca!-eu digo. E quando ia falar mais e mais coisas aleatórias, escuto barulho de galhos se quebrando:

–Ouviram isso?-perguntou Beetee:

–Vocês dois, atrás de Blight agora!-eu digo ficando mais a frente de Blight olhando em volta:

–Não deveríamos correr?!-perguntou Blight:

–Não! se for um tributo ou alguma criatura nos perseguirá e nos atacará pelas costas, tendo grande chance de êxito!-fala Beetee e eu reviro os olhos:

–AH!-um grito estridente ecoa por todos os lados próximo de nós:

–O que é...-eu começo:

–Grito de uma mulher!-fala Beetee.

Esperamos atentos a qualquer outro movimento. Blight empunhou uma lança, o que eu só cheguei a notar agora e eu fiquei com meu machado em mãos pronta para atacar qualquer um que se aproximar.

Um silêncio se seguiu, e depois o som do canhão tirando meus devaneios e em seguida tudo voltou ao silêncio:

–Vamos embora, agora?!-pergunta Blight:

–Dessa vez eu concordo com ele.-fala Beetee:

–Embora, embora...-fala Wiress:

–Tá, vamos sair logo daqui e...-não terminei de dizer a frase e um corpo caiu ao meu lado:

–Meu Deus!-grita Beetee:

–Mas o que, em nome de Deus, é isso?!-fala Blight:

–É a... Seeder!-eu digo reconhecendo a mulher do distrito 11:

–O q-que aconteceu com e-ela?-pergunta Wiress tremendo:

–A garganta dela...-eu murmuro olhando para sua garganta completamente dilacerada e banhando a sangue.

Seu corpo estava repleto de mordidas grandes e marcas de dentes em sua roupa e face. Abaixei-me e fechei seus olhos agora frios e mortos:

–Johanna...-sussurra Blight e eu olho para o mesmo que estava com os olhos arregalados e completamente pálido segurando com força sua lança.

Beetee olhou para mim e fez um sinal de calma, enquanto Wiress estava quase desmaiando atrás do mesmo.

Sinto uma respiração quente em minha nuca, e sei que o que quer que seja está atrás de mim. MAS QUE MARAVILHA!

Giro meu rosto devagar, e meus olhos encontram com os de um tom amarelo vivo a minha frente. Era uma macaco imenso com cheiro de sangue e com o mesmo vestígio em sua boca e pelos...:

–Droga...-murmuro.