Voluntários - Interativa escrita por BDP


Capítulo 9
Capítulo 9 - As Coisas Começam A Ficar Mais Sérias


Notas iniciais do capítulo

Então, mil desculpas! Eu sei que eu demorei muito! E, dessa vez, eu não tenho desculpas plausíveis. Eu nunca pensei que fosse dizer (digitar, tanto faz) isso, mas eu estava com preguiça. Me perdoem, mas eu estava com preguiça e desanimada! Enfim, espero que gostem do capítulo.



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Sora começou a correr em disparada em direção a casa, enquanto tentava controlar as lágrimas.

Ela abriu a porta com tanta pressa e força, que a mesma bateu na parede fazendo um barulho imenso. Matthew, que estava apoiado na bancada da cozinha roubando um biscoito, se assusto e deixou o mesmo cair no chão. Mas Sora nem dirigiu o olhar a ele, ela se encaminhou direto para a janela para ver se ela continuava invisível.

Quando Sora enxergou seu frágil, mas existente reflexo na vidraça ela sorriu, um pouco aliviada e começou a tatear seu próprio rosto, como se ela se certificasse que era real.

– Ei! – Disse Matthew rindo. – O que está fazendo?

– Eu estava invisível há segundos atrás – ela respondeu, com a voz distante.

– Mas esse é o meu poder! – protestou ele.

– Não só seu, aparentemente. Eu preciso falar com os outros.

Sora começou a subir a escada em disparada e só parou quando chegou na porta do quarto de Elizabeth. Ela bateu na porta duas vezes, e entrou ao ouvir Lizie pedindo para que ela o fizesse.

– Lizie, aconteceu algo horrível. Alex... os agentes o levaram. Por favor, me ajude a concentrar todos na sala.

– É claro... – respondeu a garota, ainda um pouco sonolenta.

Sora saiu do quarto e começou a chamar todos para a sala e Lizie começou a ajudá-la logo em seguida, como ela sabia que era importante, não se arrumou, apenas botou um roupão e começou a ajudar Sora.

Quando todos já estavam reunidos na sala, Sora começou a contar a história, ela segurou o choro até o final, mas quando contou sobre Alex sendo levado, ela se desabou em lágrimas. Mely e Annie foram, imediatamente, para o lado dela e a consolaram. Matthew e Alex não esboçaram reação alguma. Ambos ficaram mais isolados, apenas observando.

Como Sora não tinha mais como falar, Lizie tomou o comando.

– Então, gente, como pudemos perceber, aqui já não é tão seguro. Por isso temos que começar a treinar. Temos que defender a Mansão e a nós mesmos. Agora somos uma equipe, não somos?

Todos olharam para baixo. Estavam passando por um momento difícil, agora era para valer. Sabiam que esse momento chegaria, mas não esperavam que fosse tão cedo, queriam aproveitar a vida como adolescentes normais, mas estava claro que eles não podiam.

– O que estão esperando? – Perguntou Charles. – Vão treinar, agora!

A movimentação foi enorme. A maioria se levantou e foi para o centro de treinamento. Lizie deu uma abraço em Sora antes de ir, assim como a maioria. Só restaram Sora, Sky – que também chorava muito –, Mely e Annie.

Sora olhou para Sky, e as duas começaram a chorar mais ainda. Então Mely e Annie perceberam que elas precisavam ficar sozinhas. As duas perderam a pessoa a qual elas mais se apegaram.

Lentamente, as duas desafortunadas se aproximaram e se abraçaram, ao mesmo tempo em que Melody e Anna saiam da sala e iam para o treino. Então, Sora e Sky apenas soluçavam silenciosamente.

Todos já estavam na sala de treinamentos, fazendo sua parte. Edward e Lizzie ficaram num canto cheio de computadores, tentando estabelecer um sistema ideal para a segurança de todos. Eno e Finn treinavam juntos, como eles sempre fizeram. Lena estava tentando aplicar os golpes que Sky tinha ensinado ontem à noite. Matthew ficava invisível para assustar os outros. Micah estava levantando um peso muito pesado quando Charles se aproximou dele.

Ela, usando seus poderes, levitou o peso de Micah, fazendo com que ele achasse que estava ficando extremamente forte. Charles começou a rir de Micah, que logo percebeu o que ela estava fazendo. Ele largou o peso de lado e foi falar com Charlotte.

– Hey – ela disse baixinho.

– Oi – ele respondeu, coçando a nuca. – Escuta, Charles, eu queria me desculpar. Não devia ter mencionado minha ex-namorada na frente da minha nova namorada.

– Nova namorada? – Ela perguntou. – Não me lembro muito bem disso – ela sorriu.

– Bem, porque eu ainda não te pedi. Toda essa coisa com o Alex e a Sora me fez perceber a merda que estamos fazendo. Não podemos ficar separados sabendo que, a qualquer momento, um agente pode aparecer e te levar para sempre... Não podemos desperdiçar mais nenhum momento juntos. E é por isso que eu te peço, Charlotte Wood, namora comigo?

– Por que demorou tanto? – Ela respondeu rindo e o puxando pela blusa para um beijo.

Enquanto isso Mely e Annie entravam, finalmente, na Sala de Treinamento. Melody marchou até Jason.

– Nossa, como você é sentimental! – Ela ironizou.

– Ok, ela perdeu o namoradinho. Existem coisas piores no Mundo. Há quanto tempo ela o conhecia? Semanas?

– Essa não é a questão! Ele era da equipe! Lembra do que Lizie falou? Nós todos somos um time! Temos que trabalhar juntos.

– Olha só. Nós podemos trabalhar juntos, mas isso não significa que vou ser solidário porque ela perdeu o namorado! E, com certeza, eu não vou ser simpático com você e seu poder demoníaco!

– Sora te ajudou! Quando você chegou aqui, ela te ajudou a se instalar no quarto e tudo mais. É assim que você a retribui?

Sendo assim, ela sai de perto dele e começa a treinar sozinha.

Annie também treinava sozinha. Ela estava indo muito bem, mas Matthew aparece e a faz errar.

– Seu idiota! – Ela esbravejou. – Vá fazer algo de útil! Desde que você chegou aqui, não fez nada, nem contou sua história! E ainda fica atrapalhando os outros?! Isso é ridículo, não sei como Lizzie ainda não tem expulsou daqui.

Matthew começou a rir.

– Sabe por que ela não me expulsou e nem vai me expulsar? – Ele perguntou, sarcástico. – Porque ela precisa de Voluntários, quanto mais, melhor. Ainda mais agora que esse Alex saiu.

– Você faz parecer que ele saiu para viajar! – Annie grita, mais uma vez. – Ele deu a vida para salvar a Mansão e a todos nós.

– Se você diz... agora me dê licença, vou assustar os outros – ele diz e, antes que Annie diga algo, ele já se torna invisível.

Lizie deixou Ed sozinhos nos computadores para poder ajudar Lena com seu poder, mas Finn a puxou no meio do caminho e a levou para fora da Sala de Treinamento.

Ele a levou para o mesmo sofá o qual eles quase se beijaram e se sentou, pedindo para que ela fizesse o mesmo.

– O que... – Ela começou, mas ele a interrompeu.

– Você e o Ed combinaram um bom sistema de segurança? – Ele perguntou, claramente preocupado.

– Ed está trabalhando nisso ainda – ela respondeu – eu ia ir ajudar Lena a treinar, por isso sai de perto dele. Mas pode ficar tranquilo, Ed é muito inteligente, como você já sabe, ele vai pensar em algo.

Com isso, ela começou a se levantar do sofá, mas Finn segurou seu pulso e pediu para que ela se sentasse de novo. Ela o fez.

– Não é exatamente com isso que estou preocupado. Eu estou preocupado com você e com a Eno – ele disse, olhando nos olhos dela. Então ela soube que era verdade o que ele dizia.

– Não tem motivos para se preocupar, Finnick – ela disse desviando o olhar. – Nós duas conseguimos nos defender e Ed está montando um sistema de segurança incrível.

Ela se levantou do sofá mais uma vez e dessa vez Finn não a impediu.

Lizzie voltou para a Sala de Treinamentos sacudindo a cabeça, tentando parar de pensar na noite em que eles conversaram no mesmo sofá e a conversa que eles tiveram há segundos atrás. Ela abre a porta sacudindo a cabeça, não podia deixar que isso a atrapalhasse. Precisava ajudar Lena.

Rapidamente, ela se encaminhou em direção a Lena e perguntou:

– Pronta para treinar? – Lizzie perguntou sorrindo.

– Mais do que nunca!

– Muito bem, Lena, preciso que você se lembre daquela noite a qual eu te trouxe para cá. O que te fez confiar em mim?

– Eu toquei no seu rosto e vi seu passado, senti suas emoções tão fortes quanto se fossem as minhas.

– Pois é exatamente aí que eu quero chegar. Para quem olha rápido, pensa que o nosso poder tem mais a ver com fatos. O passado da pessoa e o que ela sente no momento, podemos mudar coisas também. Mas o seu, tem mais a ver com emoções. Você, ao contrário de nós, pode ver o que a pessoa sentiu durante toda a vida. Você sente as emoções delas. Consegue entender?

– Acho que sim – ela respondeu.

– Quer tentar? – Perguntou Lizie, estendendo a mão em direção a Lena.

– Claro! – Disse Lena, animada e pegando a mão de Lizie.

Lena fechou os olhos e se concentrou, tentando repetir o que tinha feito naquela noite. Ela ficou assim por segundos, minutos, mas nada aconteceu.

– Eu não consigo! – Exclamou Lena, derrotada. – Naquela noite eu estava desesperada, sozinha e com medo. Eu precisava saber se você era confiável. Mas agora eu sei que é, não preciso mais utilizar meus poderes.

Lizie sentou no chão, pensando em alguma outra alternativa.

– JÁ SEI! – Gritou Lizie. – E se tentarmos com objetos? O meu poder não funciona com seres inanimados, mas vai que o seu funciona?!

– Ótima ideia, Lizie! – Disse Lena, já mais empolgada.

– Venha, tenho um objeto em especial para você tentar usar seus poderes, está no meu quarto.

As duas se deram as mãos e saíram correndo da Sala de Treinamentos, rumo ao quarto de Lizie.

Eno já estava cansada de treinar, ela já sabia controlar seus poderes muito bem. Ela olhou em volta. Finnick ainda não tinha voltado. Ela sorriu e caminhou em direção a Ed.

Edward. Ele intrigou Eno. Ela sempre tentava conversar com ele, mas ele ignorava, alegando que estava fazendo algo importante. Eno queria conversar com ele e, mais que isso, conquistá-lo, antes que ele, sem querer, a conquistasse.

– Oi Ed – ela disse quando chegou perto o suficiente. – Como está indo o novo sistema de segurança?

Eno tinha chegado por trás dele e começou a fazer uma massagem no ombro dele, como se ele estivesse fazendo muito trabalho e ela só quisesse deixá-lo menos tenso.

– Precisa de ajuda? – Ela sussurrou na orelha dele.

– Ok, chega – Edward disse, tirando as mãos dela de seus ombros. Ele se levantou da sua cadeira e a colocou sentada ali. – Você não pode fazer isso! Você é muito encrenqueira e só pensa em besteiras! Eu nunca gostei de pessoas assim, não quero ser grosso, mas preciso fazer o meu trabalho, os seja, manter todos vocês seguros, e você só está me atrapalhando.

– Anh... mas – tentou Eno. – Eu... gosto de você. De verdade. E eu não sou desse jeito!

Edward olhou para ela com pena, e isso a deixou furiosa.

– Pare de me olhar assim! Quem está sustentando esta casa sou eu e meu irmão, que temos dinheiro! Eu deveria sentir pena de você, por estar me recusando! Afinal, eu consigo um cara muito mais legal que você, nerd.

Eno se levantou e saiu da Sala de Treinamentos, se encaminhando para o seu quarto. Ela queria chorar, mas não o fez, ela fez algo que ela e o irmão faziam, há muito tempo, quando estavam tristes.

Ed apenas ficou a olhando sair da Sala de Treinamento. Ainda sentia pena dela, não por ele ter a rejeitado. Não. Por ela ainda não ter percebido que ela é muito mais do que acha que é.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Eu sei que a Sora e a Sky não apareceram muito, mas achei que elas precisavam de um tempinho antes de começar a treinar, coitadas!
Alguma reclamação do seu personagem...? Ou algo que quer que eu bote...? Críticas?
Aviso importante: se a Lady of the Murders não comentar nesse capítulo, a Lena vai estar fora da fic



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