Voluntários - Interativa escrita por BDP


Capítulo 8
Capítulo 8 - O Mais Triste Aniversário


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, mil desculpas! Eu sei que eu demorei muito, mas eu estava viajando e não deu tempo de avisar para vocês. A culpa não foi minha, então guardem suas tochas e armas. Eu gostei muito de escrever este capítulo, então espero que vocês também gostem de lê-lo!
Este capítulo é dedicado a Beehive que recomendo a fic não apenas em sua conta, mas também na conta de seu irmão, Mouses – eu realmente espero que seu irmão não tenha te matado por isso.
Matthew Morpheus: http://3.bp.blogspot.com/-h7zhPezPIJo/UVFIy360NOI/AAAAAAAAQb0/zrnyZWQrGQ0/s1600/ian+somerhalder+2.jpg



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Lizie tocou a campainha, porque não queria procurar as chaves na mochila. Demoraria um século.

– Agora vocês vão conhecer o Alex e a Lena – disse Lizie para Annie e Jake. – Se eles atenderem a porta, é claro!

– Eles devem estar dormindo – disse Sora.

Todos já estavam cansados de esperar, foi cansativo achar os dois mais novos Voluntários. Então, Lizie começou a procurar a chave e depois de um tempo, consegui encontrá-la e abriu a porta.

Começaram a entrar, mas todos ficaram em estado de choque ao verem um garoto moreno deitado no sofá, como se já fosse de casa. Ele vestia uma calça toda rasgada e brincava com uma almofada.

– Acho que este não é o Alex – disse Jake, sarcástico ao ver as expressões surpresas e confusas de todos.

– Quem é você e como entrou aqui? Se Alex e Lena estão dormindo, eles não podem ter aberto a porta para você.

O garoto lançou um olhar a Lizie, como se sua confusão não valesse o esforço dele tentar explicar. Ele suspirou e disse:

– Entrei pela janela.

Micah foi até a janela e verificou. Completamente aberta.

– Acho que precisamos ser mais cautelosos – ele disse.

– Eu posso colocar um sistema de segurança – sugeriu Ed.

– E eu acho melhor resolvermos isso depois – disse Eno. – Quem é você e por que está aqui? – Perguntou ao garoto.

Finn se cansou das atitudes do menino e deu passos apressados até ele e, com sua força, fez ele se levantar do sofá.

– Responda, agora.

– Sou Matthew Morpheus. E eu sou Voluntário, como vocês. Querem que eu prove? – Ele perguntou, com um sorriso sarcástico no rosto.

Ed e Lizie começaram a temer o que aquilo significava, mas a maioria cruzou os braços.

– Tudo bem, vocês que pediram.

Então ele não era mais a mesma pessoa. Ele, em questões de segundos, se transformou em Elizabeth.

Todos olharam para a verdadeira Lizie, como se para verificar que ela ainda estava ali. Estavam impressionados. Olharam novamente para a falsa Elizabeth que sorriu. Mas o sorriso não era carinhoso, como o de Lizie, era um sorriso de lado e sarcástico, o sorriso de Matthew.

– O que acharam? – Matthew perguntou, com a voz de Elizabeth e olhando para si mesmo. – Eu acho que estou bem gostosa.

Então ele começou a passar a mãe pela lateral do próprio corpo. Lizie ficou uma fera, mas não tanto quanto Finn. Ele, que já estava em frente ao Matthew, tentou dar soco no garoto, mas ele desviou e fez algo que surpreendeu ainda mais os outros, ele ficou invisível. Mas Finn estava tão motivado pela raiva, que se concentrou em achá-lo e viu o tapete se mexendo, então ele deu passos rápidos até lá para, finalmente, dar um soco bem merecido no nariz de Matthew. É claro que não foi com a força que ele poderia usar, nesse caso ele estaria morto, mas a força foi suficiente para que ele caísse no sofá, desmaiado e com o nariz sangrando.

– FINN! – Gritou Eno, correndo até ele. – O que você fez?! Ele era um Voluntário!

– Você não viu o que ele estava fazendo?! – Finn praticamente gritou. – E se fosse com você?!

A gritaria fez com que Lena descesse as escadas, coçando os olhinhos.

– O que está acontecendo? – Ela perguntou.

– Sky – Lizie chamou – explique para Lena o que aconteceu enquanto resolvemos o resto dos problemas.

Skyler puxou Lena para um canto e começou a explicar tudo. Enquanto isso, Lizie olhou para Finn e pediu:

– Você pode levá-lo para um quarto vago lá em cima?

– O quê? Levar esse safado para um quarto?! Você só pode estar brincando, depois do que ele fez...

– Por favor – pediram Eno e Lizie ao mesmo tempo.

Finn, por fim, desistiu, e carregou deixando que os pés e a cabeça batessem em todas as paredes Matthew para o andar de cima.

– Jake, acho que a briga entre você e a Mely te impediu de falar sobre você – disse Charles.

Melody revirou os olhos.

– Antes que você comece a falar – pediu Lizie. – Eno, pode mostrar um quarto para Annie, por favor?

– Tudo bem.

– Micah, pode tentar curar o Matthew? – Perguntou Lizie. – Ele com certeza está com o nariz quebrado, depois do que o Finn fez...

O garoto foi contra a vontade. Matthew não tinha causado uma boa impressão em ninguém. Lizie também não queria ser tão acolhedora, mas ela faria de tudo pela sua vingança e, para isso, ela precisava de muitos Voluntários.

Então, o resto dos Voluntários se sentou a sala de estar. Lena pulou para o colo de Lizie e então Jake começou a falar:

– Eu perdi minha mãe muito cedo. Ela era uma excelente enfermeira e cantava em bares a noite, para poder sustentar a mim a ao meu pai. Ela estava cantando num bar horrível, quando o mesmo pegou fogo e ela morreu. A partir daí vivo com meu pai.

– E qual é seu poder? – Perguntou Sky.

– Eu controlo a água.

Eles ficaram mais um tempo conversando, mas logo todos foram para os seus quartos e Sora se encarregou de levar Jake ao seu mais novo quarto.

Quando eles chegaram lá, Sora se encostou na parede do quarto e disse, com a maior suavidade possível:

– Você estava com medo do fogo, não é? Quando Mely apareceu para te salvar. Foi por isso que você começou a gritar com ela. Por causa do acidente que... matou sua mãe.

– Eu não estava com medo! – Disse, rindo e mentindo. – Nem ela, e nem seu poder idiota me assustam. Nada me assusta.

Sora o olhou de forma maternal, o que fez Jake se sentir bem, mas nem por isso ele desfez seu sorriso sarcástico. Então ela apenas saiu do quarto.

~~~

– Por que você reagiu daquela maneira? – Perguntou Eno pela milésima vez, se referindo ao ataque de raiva de Finnick.

– Eu já disse. O que você acha que eu faria se fosse com você? – Ele respondeu, nervoso.

Eles estavam sentando em suas camas, e Enno sabia que tinha algo no meio disso tudo. Por isso, estava de braços cruzados e sobrancelhas arqueadas. Sedenta por respostas.

– É essa a questão! Não foi comigo, foi com a Lizie! Então, o que foi aquilo?... Ciúmes?

– Você está ficando louca – tentou Finn, mas Eno o conhecia bem demais, então ele desistiu. – Tudo bem! Você ganhou. Eu... eu gosto da Lizie. De verdade, sabe? Não é como as outras garotas... ela é diferente. E, outra noite, nós quase nos beijamos.

– VOCÊS O QUÊ?!

– Calma, Eno! Por favor. Não é nada demais. Foi ela que não quis me beijar. Então não precisa ter ciúmes, certo?

– É claro que preciso! Eu não acredito que você gosta da Elizabeth – disse, deixando de chamá-la pelo apelido.

– Fala baixo!

~~~

Sora acordou com a porta do seu quarto abrindo. Ela se levantou, assustada, mas era apenas o Alex.

– Você me assustou! O que faz aqui?

– Já é seu aniversário! Queria ser o primeiro a te dar os parabéns. Agora, ponha uma roupa. Te espero nos jardins.

Ele deixou o quarto e Sora sorriu. Essa manhã teria tudo para ser perfeita. Rapidamente, a garota se vestiu e foi se encontrar com Alex.

O jardim da Mansão era gigantesco sem exagerar. Tinham até pontes e cachoeiras, era praticamente um pequeno bosque particular, e também era o lugar perfeito para passear. Sora estava descalça, ela adorava sentir a grama fazendo cócegas no seu pé.

Alex deu a mão para Sora, o que a fez corar levemente. Ele carregava uma cesta, o que a deixou curiosa, mas ele não quis falar sobre o que havia ali dentro. Eles começaram a caminhar e só pararam quando alcançaram uma pequena e linda cachoeira. Então, finalmente, Alex revelou o conteúdo da cesta. Ali dentro tinha tudo que se possa imaginar para um café da manhã perfeito.

– Um piquenique para comemorar seu aniversário – ele disse, estendendo um pano no chão e colocando as coisas ali.

Os dois se sentaram e começaram a comer e a conversar, até que a comida toda já tinha acabado.

– Sabe, Sora, eu realmente gosto de você.

– Eu também gosto de você, Alex – ela disse, sorrindo.

– Não, você não me entendeu. Eu não quero dizer como amigos – ele se aproximou dela e colou as testas dos dois.

– Jura? – Ela sussurrou, por causa da repentina proximidade.

– Juro.

Então ele a beijou e, para seu espanto, ela correspondeu na mesma intensidade. Quando eles se separaram ofegantes, por causa da falta de ar. Eles riram, felizes. Depois, começaram a gargalhar, de tão bom que aquele momento estava sendo.

Sora começou a beijá-lo novamente e eles ficaram assim por minutos. Então, Alex se levantou e começou a correr para a cachoeira, tirando toda sua roupa no caminho e ficando apenas de cueca. E, quando ele chegou perto o suficiente, se jogou na água, fazendo respingar água em Sora.

– Você ficou maluco?! – Ela perguntou, rindo ainda mais.

– Não, só se for maluco por você. Pula aqui!

– Não! De jeito nenhum! Nunca fiz nada tão... maluco.

Sendo assim, Alex saiu da cachoeira e deu um beijo nela, mas parando no meio, para que ela quisesse mais. Então ele voltou para a cachoeira.

– Quer mais? Venha até aqui! – Ele disse, sorrindo.

Sora hesitou, mas Alex a fazia cometer maluquices, então, assim como ele, ela começou a tirar a roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã e pulou na cachoeira.

Eles se beijaram e ficaram assim por horas. Um tacando água no outro, rindo e se beijando.

Mas então eles escutaram um barulho.

– Fique aqui, eu vou ver quem é – disse Alex, saindo da cachoeira.

– De jeito nenhum! Eu vou com você – rebateu Sora, mas Alex já tinha saído e colocado sua roupa.

Rapidamente, ela também saiu e começou a colocar essa roupa. Mas Alex era extremamente rápido e já tinha saído dali.

Ele começou a andar, procurando quem havia feito o barulho, então, viu, de longe, um grupo de agentes. Alex arregalou os olhos e estava prestes a usar seu poder, mas um pensamento veio a sua cabeça. Podiam ter mais agentes espalhados por aqui e, se eles encontrassem seus colegas mortos, teriam certeza que teria, pelo menos, um Voluntário na área e não parariam de procurar. Eles achariam Sora e depois a Mansão. E tudo iria por água a baixo. Mas se ele os deixasse ir, poderiam se esbarrar em Sora, e a prender. Por isso, ele fechou os olhos e, com o máximo de coragem que conseguiu reunir, deu um passo a frente, ficando visível aos agentes.

Sora, que já tinha se vestido, procurava Alex desesperadamente. Até que o viu, de longe. Ele estava de mãos aos altos, encarando os agentes, que, rapidamente o algemaram. Ela ficou desesperada, tentou gritar, mas sua voz não saia e não daria tempo de correr até lá, nem mesmo se ela se multiplicasse em cem coisa que ela ainda nem conseguia fazer. Então, para piorar tudo, ela ouviu um barulho atrás dela.

A menina respirou fundo e se virou. Se eles a pegassem, pelo menos ela estaria ao lado de Alex, pensou ela. Então ela viu dois agentes. Eles começaram a caminhar para onde seus colegas prendiam Alex e passaram ao lado de Sora, como se ela não estivesse ali.

Os agentes carregaram Alex para longe dali e Sora até tentou correr atrás deles, mas eles sumiram. E foi só aí que ela caiu no chão e se encolheu, tentando não chorar.

Mas ela reparou algo estranho, ela não conseguia ver suas próprias mãos. Ela correu até o rio para olhar seu reflexo, mas não viu nada. Ela estava invisível.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, ficou três capítulos sem comentar, saiu da fic! Foi isso que o Leo McLean Everdeen fez e essa foi a melhor forma que eu encontrei de tirar o Alex da fic. Achei extremamente fofo!
IMPORTANTE: a SkyFire, que criou a Charlotte, não comenta há dois capítulos, ou seja, se não comentar neste, a Charles vai estar, infelizmente, fora da fic. Campanha "volta, Sky!"
Eu vou falar mas do Matthew no próximo capítulo, nesse não deu espaço. Porém, as apresentações terminaram! Ebaaaaaa!