Voluntários - Interativa escrita por BDP


Capítulo 2
Capítulo 2 - As Primeiras Voluntárias


Notas iniciais do capítulo

Antes que vocês fiquem decepcionados, apenas dois personagens aparecem nesse capítulo. Por quê? Porque eu não gosto de sair colocando todos (e são muitos) personagens em apenas um capítulo, isso gera confusão. Então, eles vão aparecendo aos poucos, tenham paciência!
Charlotte Wood: http://31.media.tumblr.com/583d462ecddfe20caabce6fd2e3de180/tumblr_mss984AjOz1roqmr5o1_500.png
Helena Catelyn Fairchild: primeira foto: http://static.tumblr.com/tvx5vro/9Bfm0og3p/tumblr_ly4yg1ruro1qfhszho1_1280.jpg
segunda foto:
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Já fazia quase um mês desde que Elizabeth teve a ideia maluca – porém, boa – de derrubar o governo. A partir desse dia, ela começou a arrumar a casa, planejava trazer vários Voluntários e treiná-los, para que conseguissem acabar com todo aquele sistema. A casa tinha vários quartos, então espaço não seria problema. Ela transformou a sala de estar (que era gigante) numa área de treinamento e fez de tudo para que a casa ficasse perfeita. Depois ela começou a pesquisar mais coisas sobre o governo, tinha que saber com quem estava lhe dando. Descobriu que o FBI, a CIA e muitos mais estavam envolvidos. Lizie não ousou pesquisar mais, tinha medo que eles a rastreassem e nos livros não falava muito sobre isso. Então, ela foi, finalmente, procurar os Voluntários.

Tinha decidido que a primeira que ela iria recrutar seria Charlotte Wood, ela era uma telecine, como o pai de Elizabeth, os telecines sabiam mover qualquer objeto apenas usando a mente. Pelo que Lizie tinha descoberto, Charlotte mudou muito fisicamente desde quando era pequena, ela tinha o cabelo castanho, mas depois pintou ele de loiro, e agora ele está verde, isso tudo para fugir do governo. Elizabeth sabia que Charlotte era uma das pessoas mais desconfiadas deste mundo, mas iria tentar do mesmo jeito.

Elizabeth saiu às ruas. Não tinha ideia de como iria encontrar a garota, que sequer tinha moradia fixa. Estava pensando nisso quando esbarrou numa garota.

– Não olha por onde anda, não? – Perguntou a garota com raiva.

– Desculpa – respondeu Lizie, começando a sorrir. Tinha sido mais fácil do que ela imaginara. – Você é Charlotte Woods, certo?

– Depende – ela disse, cruzando os braços. – Quem é você e o que quer?

– Eu me chamo Elizabeth Clark.

Não era seguro falar sobre seus planos no meio da rua, principalmente de dia, então a garota olhos nos olhos verdes de Charlotte e fez com que ele visse flashes do seu passado e dela montando a casa, esperando que isso fosse suficiente para convencer Charlotte e para que ele entendesse o que Lizie planejava.

Porém, Chales continuou com a mesma postura.

– E como vou saber que está falando a verdade? – Perguntou.

– Simples. Se eu tenho esse dom, é porque estou do seu lado, certo? – Insistiu Elizabeth.

– Você pode ser uma infiltrada, pode estar trabalhando para ele.

Elizabeth estava cansada disso. Não queria usar seus poderes numa garota que futuramente poderia ser sua aliada ou até amiga. Mas era necessário. Ela olhou mais uma vez nos olhos de Charlotte e procurou suas fraquezas. Elizabeth quase deu polinhos quando viu que Charles era muito orgulhosa. Seria ridículo!

– Mesmo se eu for, acha que não consegue dar conta de mim? Talvez não seja poderosa o suficiente? E se eu não for uma infiltrada? E se tudo que eu te mostrei fosse verdade, perderia essa chance de se vingar deles por medo?

Era visível a irritação de Chalotte.

– Olha aqui, garota, acha que eu tenho medo de você? Muito bem! Então me leve para essa Mansão! Mas, acho melhor ser justa e lhe avisar que, sou muito boa de briga!

Elizabeth soltou uma risadinha.

– Disso eu não desconfio! Mas vamos logo! – Falou, já ficando mais animada.

Então elas caminharam uma do lado da outra. Charlotte ainda estava muito desconfiada e não queria conversa com a estranha, mas Lizie estava muito feliz por ter achado Charles.

Como a Mansão era um pouco afastada da cidade, demorou um pouco para elas chegarem e, para elas, demorou ainda mais por causa do silêncio um tanto quanto constrangedor.

Assim que elas chegaram, Elizabeth abriu a porta rápido e entrou, dando passagem para Charlotte e trancando a porta logo em seguida. Lizie se sentou numa poltrona e pediu para que Chales se sentasse em frente a ela, hesitante, a garota se sentou.

– Então é verdade? – Ela perguntou.

– Claro que é, nunca que trabalharia com o governo. Eu os detesto! Quero vingança, por isso estou fazendo isso. Venha comigo, vou te mostrar o centro de treinamento que eu fiz onde era a sala de estar, aí você deve, finalmente, acreditar em mim!
Elizabeth se levantou da poltrona e começou a seguir por um corredor, Charlotte não teve escolha, a não ser segui-la. Lizie entrou na primeira porta a direita e deu passagem para Charles entrar, que fica de boca aberta quando vê aquilo.

Era uma sala imensa, com vários bonecos, objetos para serem controlados, livros, almofadas, e até espadas.

– É incrível – Charlotte confessa. – Como conseguiu fazer isso tudo?

– Força de vontade – Elizabeth dá de ombros. – Quer ver quem são outros Voluntários que eu andei procurando?

– Claro – responde Charlotte.

Então, Elizabeth sai do centro de treinamentos e entra na porta em frente. Era uma espécie de escritório. Ela se encaminha para uma bancada de madeira e pega vários papéis, lá tinha vários nomes, com os respectivos poderes do lado.

– Os próximos que pretendo procurar são: Micah Solari e Alex Jones. Mas ainda não tenho certeza, agora que você está aqui, pode me ajudar! – Comemorou Lizie.

– Tudo bem, agora acredito em você. Mas estou morrendo de fome e já está na hora do almoço. Tem algo para comer aqui?

– É claro que tem! – Respondeu Elizabeth – Mas vamos comer na rua, porque sim!

Elizabeth riu e Charlotte soltou uma risadinha. Como elas não estavam procurando ninguém, elas foram de carro – o que, obviamente, era muito mais rápido.

Logo que chegaram ao centro da cidade, estacionaram o carro e forma direto para um restaurante. A comida era deliciosa, e a fome era tanta que elas mal falaram durante a refeição.

Assim que as duas acabaram de comer, pediram a conta e saíram do restaurante. Lizie não estava a fim de caçar mais Voluntários pela cidade hoje, então elas ficaram dando voltas pela cidade.

– Onde você guarda as suas coisas? Quer dizer, onde você mora? – Perguntou Elizabeth.

– Em lugar algum, minhas coisas estão na minha mochila, que eu deixei na Mansão – disse Elizabeth.

– Perfeito, então agora nós precisamos apenas arranjar um quarto para você e...

– Espera! – Charlotte a cortou. – Você não me disse que eu ia ter que morar lá.

– Eu pensava que você tivesse entendido! – Exclamou Elizabeth. – Mas, tudo bem, então, antes de decidir se vai ficar ou não, tenho que falar uma coisa: eles já devem desconfiar de mim, ou seja, pode ser perigoso. Mas nós não vamos formar algo como um exército de.... da nossa raça! Então, eles não nos atacariam enquanto estivéssemos juntos!

– Não tenho medo deles! – Charlotte disse. – Queria apenas ter sido informada que iria morar lá. Mas, tudo bem! Não tenho uma moradia fixa desde...

– Desde? – Perguntou Lizie, curiosa.

– Deixa para lá – respondeu Charlotte, um pouco grossa.

Elizabeth achou melhor não discutir. As duas começaram a voltar para o carro, pois já estava ficando tarde e estava na hora de voltar para casa.

O carro estava estacionado na entrada de um beco escuro, Charlotte estava quase entrando no carro quando Elizabeth a puxou e tampou sua boca, para que Charles não gritasse de susto.

Lentamente, Lizie tirou a mão da boca de Chales e apontou para dentro do beco. Charlotte arregalou os olhos ao ver a cena. Eram pelo menos dez homens todos de pretos, que ela reconheceria em qualquer lugar: agentes do governo. Todos apontavam as armas para uma garotinha.

Chales ficou completamente indignada com a situação, era muita covardia! Tantos homens armados, contra uma menininha indefesa! Ela correu para o beco e gritou alto. Ela pretendia apenas desviar a atenção dos agentes para ela, mas eles voaram pelo ar e atingiram a parede com tanta força que caíram, inconscientes no chão.

Imediatamente, Elizabeth corre para dentro do beco e se ajoelha ao lado de um agente.

– Não está morto – confirma –, apenas desmaiado.

Lizie caminha para o centro do beco e fecha os olhos, sua expressão mostra que ele está extremamente concentrada, e, por isso, Charlotte fica calada, não querendo tirar a concentração da outra. Quando Elizabeth abre os olhos de novo, ela está ofegante.

– Nenhum dos agentes vão se lembrar disso. Estou nesse estado, porque geralmente a telepatia é usada quando o portador do poder olha nos olhos de alguém, e é com uma pessoa de cada vez. Fazer isso me deixa fraca e cansada – ela disse.

Charlotte apenas assentiu, enquanto via Elizabeth chegar perto da menina, que se encolhia no fundo do beco de olhos arregalados.

– Oi, garotinha. Eu me chamo Elizabeth. Qual é o seu nome? – Perguntou Elizabeth, se ajoelhando na frente da menina.

Ela não respondeu, ela apenas tirou uma das luvas e tocou no rosto de Elizabeth, que ficou ali a observando.

Quando a menina tirou a mão de perto de Lizie, ela tinha soar na face e ela falou, com dificuldade:

– Eu me chamo Helena, e vi que posso confiar em você.

~~~

Charlotte e Elizabeth não tinham dúvidas. Sabiam que Helena era uma Voluntária. Não pensaram duas vezes antes de colocar a garota no carro, e levá-la para a Mansão.

Helena não falou mais nada, estava com suas luvas de volta e tinha medo. Ela não entendia muito bem seu poder, ela apenas tocava nas coisas e... pronto, podia ver tudo. Porém, ela tinha medo de usar isso e nem sempre funcionava. Só usou com Elizabeth porque era caso de vida ou morte. Precisava saber se confiaria nas duas meninas ou não.

Chegando à Mansão, Charlotte pegou sua mochila e Elizabeth subiu para o segundo andar com Charles e Helena. O primeiro quarto ficou com Chalotte, e o outro com Helena.

Como Elizabeth sabia o que era morar na rua pequena e sozinha, foi visitar Helena no seu quarto. Lizie bateu na porta e não ouviu resposta. Bateu de novo, mais uma vez sem resposta. Então resolveu entrar.

Helena estava deitada na cama, olhando para o teto.

– Oi, Helena. Posse te chamar de Lena? – Lizie pergunta, se sentando na cama.

Lena assente com a cabeça e se senta, assim como Elizabeth. Mas não fala nada. Então, Lizie resolve contar sua história para Lena.

No meio da história, Lena volta a se deitar e, dessa vez, se cobre com o cobertor quentinho. Elizabeth sorri ao ver a cena, e começa a fazer carinho no cabelo da pequena.

– Quando eu estava fugindo, antes de ir para o orfanato, eu devia ter sua idade. Tinha dez anos, e sempre pensei que seria muito bom ter uma irmã mais velha que pudesse cuidar de mim. Então, eu estive pensando, que tal sermos como irmãs? – Sugeriu Elizabeth, na esperança que Lena falasse algo.

Mas Lena apenas sorriu, mostrando uma linda covinha, e fechou os olhos, dormindo logo em seguida. Pelo menos, já era uma avanço, pensou Lizie.

Elizabeth apagou a luz do quarto de Helena e desceu as escadas, indo para o escritório, onde Charlotte estava. Assim que Lizie abriu a porta do cômodo, Chales disse:

– Aconteceu de novo.

– O que aconteceu de novo? – Perguntou Elizabeth confusa.

– O que eu fiz no beco – respondeu Charles. A garota deu um longo suspiro e continuou. – Não gosto de falar sobre isso, mas, na noite em que meus pais morreram, quando eu vi minha mãe sendo assassinada eu também fiz aquilo, os agentes foram para o ar e meu pai me mandou sair correndo dali. E foi o que eu fiz, corri para longe dali, mas mesmo assim foi possível escutar o barulho da bomba explodindo minha casa.

– Ah... Charlotte, isso é horrível. Eu sinto muito! – Disse Elizabeth.

– A questão não é essa! Estou falando sobre o que aconteceu. É que eu não faço ideia do motivo disso acontecer e...

– É simples – Elizabeth a cortou – isso ocorre porque suas emoções estão à flor da pele e você ainda não tem controlo total dos seus poderes. Por isso construi o centro de treinamentos, para aperfeiçoarmos nossos poderes.

– Então quando podemos começar a treinar? – Perguntou Charlotte.

– Amanhã mesmo.

– Perfeito.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Perdoem qualquer erro, ok?