Voluntários - Interativa escrita por BDP


Capítulo 15
Capítulo 15 - Depois da Luta


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu não revisei este capítulo e eu fiquei escrevendo até tarde, então pode ter erros. Eu tive que postar hoje porque amanhã (na verdade, já é uma hora da manhã, então, eu quis dizer hoje) eu vou viajar. Vou ficar até sábado sem computador, talvez com 3g do celular. Enfim, acho que já deu para entender os motivos, não é?



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Eno estava checando a casa, precisava saber se alguém já teria conseguido invadi-la. Ela abria cada porta de todos os cômodos.

Estava no banheiro do corredor, verificando cada espaço dali, quando a porta bate. Eno corre até ela e tenta abrir, mas a porta estava emperrada.

A garota bateu na porta duas vezes e gritou, procurando chamar atenção. Mas ninguém escutou, todos estavam ocupados demais para isso.

Eno começou a ficar desesperada. Ela precisava sair dali, seus amigos precisavam de sua ajuda. Mas ela não podia fazer nada. Tinha deixado o celular no quarto de Ed.

Sem saber mais o que fazer, Eno começou a bater na porta com mais força e mais rapidamente. Ela chutou, socou e gritou.

– ALGUÉM ME TIRA DAQUI! – Ela gritou, dando vários socos na porta.

Finn escutou o grito desesperado de sua irmã. Era inegável que eles brigaram muito e que eles nem se falavam. Mas Eno ainda era sua família.

Ed também escutou grito de Eno, e saiu correndo para o banheiro, assim como Finn.

Os dois chegaram ao mesmo tempo.

– O que você faz aqui? – Perguntou, Finn cruzando os braços.

Ed abriu a boca para responder, mas Eno escutou a voz do irmão e falou, esperançosa:

– Finn?! Você está aí?

– Estou Eno. Ed também. O que aconteceu?

– A porta emperrou! – Respondeu Eno, tentando abrir a porta de novo, mas ela nem se mexeu.

– Então se afaste. Vou arrombá-la – disse Finn.

– Pronto – a garota disse quando estava o mais distante o possível da porta.

Finn correu até a porta, jogando o ombro contra a porta. Assim que o impacto aconteceu, a porta foi abaixo.

Eno arregalou os olhos ao ver o estrago feito, mas logo correu para os braços do irmão.

– Obrigada – ela sussurrou em seu ouvido.

Mas Finn ainda lembrava-se do que Eno tinha feito a ele, então ele não a abraçou. Apenas ficou parado, esperando que sua irmão acabasse com o abraço.

Eno logo percebeu o motivo da reação de Finn. Ela se distanciou, sem graça. Mas assim que viu Ed, correu até ele, enterrando a cabeça no peito do garoto, que a abraçou sem hesitar.

Finn forçou uma tosse, fazendo com que Ed e Eno se separassem.

– Sem querer me intrometer, mas estamos sendo atacados.

– Ah, claro – respondeu Eno, ainda envergonhada.

Eles seguiram pelo corredor, mas Eno se lembrou de uma coisa. Das armas. Ela correu até a Sala de Treinamentos e pegou duas armas e uma adaga.

Eno entregou uma das armas para Ed, ficando com outra e guardado a adaga num cinto. Agora eles estavam prontos.

Juntos, os três saíram pela porta dos fundos, a tempo de ver Green fugindo.

Finn correu e se meteu na frente dele, o impedindo de passar. Eno e Ed correram ao auxílio de Finn, mesmo não sendo de muita ajuda no quesito luta corpo a corpo.

Sem pensar duas vezes, Finn se lançou para Green, mas uma árvore, que estava do lado do garoto, esticou os seus galhos, prendendo Finn.

Eno gritou. Ela correu até o irmão e puxou sua adaga, tentando cortar os galhos que prendiam Finn. Mas nada adiantou. Outro galho veio e puxou Eno para trás, a tacando com força no chão e fazendo com que a garota largasse a adaga.

Ed pegou sua arma. Ele não sabia mexer com aquilo, mas não precisava disso. Bastava usar o cérebro. O garoto pôs uma expressão confiante no rosto e disse, apontando a arma para Green:

– Eu não sei quem você é, mas achou melhor você desistir.

Green apenas sorriu. Ele abriu a boca para falar algo, mas Eno foi mais rápida. Até aquele momento, todos achavam que a garota tinha desmaiado ao cair no chão, mas ela estava acordada e conseguiu ler a mente de Green, mesmo sem olhá-lo nos olhos, como ela e Lizie tinham treinado.

– Ed pode não saber quem você é – disse Eno, se levantando apesar das dores que sentia por causa do impacto –, mas eu sei. Cheren Igord, apelido Green, por causa do seu poder. Sua mãe morreu no parto e seu pai fugiu para Europa junto com você, sua madrasta e meia-irmã. Aos dez anos aprendeu seu poder e, desde então, seu pai o ajudou a controlá-los, mas ainda assim, você não conseguia se conter de vez em quando. Então, aos dezesseis anos, você sonhou com seus familiares o culpando pela morte de sua mãe, e então cresceram árvores por toda a cidade. Os apartamentos eram invadidos por raízes e plantas. Então o governo descobriu vocês. Ele foi atrás de sua família, o primeiro a morrer foi o seu pai, depois sua madrasta. Então, você, desesperado, ofereceu seus serviços ao governo. Sua irmã e você passaram a trabal....

– CHEGA! – Gritou Green, fazendo um grande galho de árvore a atingisse.

O galho empurrou Eno com força contra a parede da casa, dessa vez o impacto foi tão forte, que ela caiu no chão, inconsciente.

Finn finalmente conseguiu se livrar dos galhos de árvores que o prendiam. Ed correu até Eno, tentando ajudá-la.

– Ed, entre e tente ajudar Eno. Eu fico – disse Finn.

E naquele momento, Sora apareceu. Finn, por dentro, suspirou aliviado. Agora seria mais fácil.

Logo Sora tinha se multiplicado. Eram seis Sora’s. Elas e Finn começaram a atacar Green. Foi difícil, afinal, eles estavam no jardim. Era o território dele. Mas, no final, com muito esforço, uma Sora conseguiu se aproximar o suficiente para dar um soco na perna de Green, onde Lizie tinha atirado.

O garoto gritou e urrou de dor.

Enquanto isso, Lizie e Cassey se encaravam. Lizie tinha sentido um arrepio quando a garota falou sua última frase, mas tentou se manter firme.

Lizie, finalmente, usou seu poder.

Primeiro Lizie escutou uma risada de criança. Então, viu uma garota, que devia ter oito anos, Cassey. Também havia um homem, que era o pai dela. Ele corria atrás dela, brincando com a sua filha no jardim de uma casa no campo, isolada da civilização. Depois, Lizie viu o pai de Cassey treinando a garota, mesmo ela sendo pequeno, o pai a ensinava vários tipos de luta.

Lizie ia continuar fuçando a mente da mais nova, mas um grito a fez parar. Ela se concentrou para ver se ele era de algum de seus amigos, mas concluiu que não era. Cassey, entretanto, revirou os olhos. Ela se virou para o cachorro e disse:

– Cérbero, será que você podia ir ajudar Green, por favor?

O pitbull latiu, concordando com a garota e, para o alívio de Lizie, saiu da sala. Cassey voltou a se concentrar em Lizie, que tentou voltar a usar seus poderes, mas Cassey foi mais rápida.

– Nós vamos nos ver de novo, mas, da próxima vez, será na minha casa – ela disse, sorrindo, como se fosse um encontro de amigas.

Então Cassey deu as costas e se encaminhou para a janela quebrada.

Lizie pegou sua arma, que estava no chão, e atirou, mas Cassey desviou no último minuto. Ela se virou, com raiva por causa da tentativa de Lizie. Porém, seu rosto exibia tranqulidade.

– Mas que tolice, tsc, tsc, tsc... Da próxima vez, pense bem antes de agir como uma criança inconsequente.

Cassey fez um gesto com a mão e, de repente, uma cobra de dez metros estava do lado de Lizie. Ela gritou e pulou para o sofá mais próximo. Cassey riu e se retirou.

Já do lado de fora, Cassey caminhava tranquilamente, como se estivesse num shopping até onde Green estava.

Quando ela chegou lá, Cérbero latia para Sora – que já tinha se desfeito dos clones – e Finn, que começavam a recuar.

– Green, está na hora de irmos – ela disse, bem na hora que Zac e Alec chegam montados num cavalo.

Cassey sorri e, mais uma vez, agita a mão. Sendo assim, mais um cavalo surge. A garota monta nele e Green faz o mesmo, com certa dificuldade, por causa da perna.

Então os quatro fogem em disparada. Cérbero correndo atrás deles, como acostumado.

Sora e Finn ficaram ali, chocados com aquilo tudo.

– Precisamos ver como estão os outros – disse Sora.

~~~

Lizie ainda estava no sofá e a cobra tentava atacá-la. A garota não sabia que tipo de cobra era aquela, não fazia ideia se ela era venenosa ou não. Mas também não queria descobrir.

Ed tinha colocado Eno em sua cama e, depois de cuidar dela, desceu. O garoto precisava saber se mais alguém precisava de ajuda. Então, quando ele chegou à sala, viu Lizie em cima do sofá. Estava prestes a perguntar o que ela estava fazendo, quando ele viu a cobra.

– Cuidado! – Ele advertiu. – Ela é venenosa.

Lizie não falou nada, estava concentrada na cobra, que estava dando um jeito de escalar o sofá. Ela precisava dar um jeito de acabar com aquele animal.

Ed olhou para a adaga em sua mão. Tinha pegado do chão do jardim antes de entrar. Ele engoliu em seco e se dirigiu até a cobra.

Sorrateiramente, Ed se aproximou do animal pelas costas e, quando estava perto o suficiente, fechou os olhos e cravou a espada na cabeça do animal. Quando Ed juntou coragem para abrir os olhos novamente, a cobra tinha sumido. Ele se virou para Lizie, sem entender.

– Quando você a matou... – disse Lizie, que tinha visto a cena – ela sumiu no ar. Ela também apareceu assim. Aquela garota a invocou. Não sei o motivo, mas as duas coisas devem estar conectadas.

Ed apenas assentiu com a cabeça, decidindo que iria pesquisar sobre isto mais tarde.

Então os dois foram para o jardim, procurando o resto das pessoas. Os primeiros a aparecerem foram Mely, Jake e Sky.

Para a surpresa de Lizie e Ed, Jake abraçava Mely pela cintura, e tinha uma expressão protetora no rosto.

– LIZIE! – Gritou alguém.

A garota se virou e viu Finn. Depois de toda aquela guerra, não pode evitar, correu até ele o abraçou forte. Finn retribuiu feliz.

Sora sorriu ao ver os dois e começou a se retirar, puxando todos os outros. Ela queria dar um momento a sós para Lizie e Finn. E, de qualquer jeito, precisavam procurar Annie e Metamorfo.

– Eu fiquei com medo por você – sussurrou Lizie contra o peito do rapaz.

Finn se separou do abraço apenas o suficiente para olhar Lizie nos olhos.

– Você não vai me perder nunca. Não importa o que Eno disser.

Então Lizie pensou em tudo que ele já tinha feito por ela. Lizie pensou em como seria se ele morresse nesta noite. Ele morreria sem Lizie disser o quanto ela gosta dele e como se preocupa com ele.

Com todos esses pensamentos na cabeça, foi impossível resistir. Lizie colocou uma mão no rosto de Finn e começou a acariciá-lo. Uma das mãos de Finn voou até o cabelo da garota, e a outra para o rosto dela.

Então Finn puxou Lizie pela cintura e, dessa vez, ela não recuou. A língua de Finn pediu passagem pela boca da garota, que cedeu. O beijo não era rápido, muito menos quente. Era romântico e lento. Lizie não sentiu flutuando, ela não quis que o tempo parasse. Porque era como se ela tivesse o mundo inteiro em suas mãos enquanto beijava Finn, era como se ela pudesse fazer qualquer coisa. Era a melhor sensação que ela já sentira. E Finn também sentia o mesmo.

Eles se separaram, devagar, mas continuaram com as testas coladas. Finn sorriu, mal acreditando naquilo. E Lizie também sorriu.

Mas então ela percebeu o que estava fazendo. Não era mais por Eno que ela se ficava separada de Finn. Ela amava Lena e Charles como irmãs, as duas foram embora. Micah era como um irmão mais velho para ela, ele também se foi. E também teve Alex. Ela não queria se magoar mais.

Sendo assim, ela se separou de Finn e falou, quase num sussurro:

– Isso não se repetirá mais – o sorriso de Finn murchou e ela deu as costas a ele, começando a caminhar – precisamos achar Metamorfo e Annie.

Finn ficou parado, chocado demais para reagir. Alguns segundos atrás, ele era o homem mais feliz do Mundo. Agora ele não podia falar o mesmo. Um dedo de Finn voou para seu lábio, como se para constatar que aquilo foi real.

Mas tinha sido tão real quanto à desilusão que veio em seguida.

Finn respirou fundo e foi atrás de Lizie, mantendo uma distância. Os dois finalmente alcançaram o outro grupo e, segundos mais tarde, encontraram Metamorfo e Annie.

Os dois ainda estavam desmaiados, então Finn levou Metamordo no colo e Jake levou Annie – mesmo relutante, porque, na verdade, não queria sair do lado de Mely.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? E desse momento Finzie no final???
Espero que vocês estejam começando a entender os novos personagens!



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