Voluntários - Interativa escrita por BDP


Capítulo 14
Capítulo 14 - Aliados do Governo


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez eu não demorei muito, ou demorei?
Enfim, este capítulo está muito... eletrizante? Enfim, para mim, foi de tirar o fôlego aushnaush
Espero que vocês gostem.
Zachary Adams Young:
http://entredamas.com/wp-content/uploads/2013/04/jared-padalecki-jensen-ackles-peoples-choice-awards-2013-02.jpg
Alec Lannister: http://static.tumblr.com/5e48b324b10565ce2a2e21503cb4b755/satjioy/E2Tmvr58b/tumblr_static_tumblr_mvdn58dsrd1qfvoeno2_500.jpg
Cheren Igord (Green):
https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpf1/v/t34.0-12/10318825_454958434638840_84571708_n.jpg?oh=1a16f863d775d0ab415cc545feeafd15&oe=539C29D1&__gda__=1402730700_3e5f21ee5bf86d35bf21c5d449d4f1fa
Cassandra Marie Stark (Cassey):
http://3.bp.blogspot.com/-pkzICJ6YzI4/UeXKZbii4gI/AAAAAAAAAEE/jrO8X4wh57U/s660/941506_orig.jpg
Por conta de tantos personagens novos, o capítulo pode ter ficado meio confuso. Então, uma dica é, eu botei as fotos dos personagens aqui na ordem em que eles aparecem, ok?
Agora, vamos ao capítulo



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Mely passou o caminho inteiro de volta para a Mansão contando histórias sobre a vida dela antes de ser feita de refém pelo governo. Pelo menos, tudo o que ela lembrava. Ela falava muito, e Jake escutava.

Quando chegaram a casa, Melody continuou falando, mas o clima entre ele tinha mudado. Dava para ver que Jake não sabia como reagir a nova amizade entre os dois na frente dos outros.

Por isso, Mely decidiu provocá-lo, abraçando-o de lado. Jake tentou manter sua postura, a empurrando para o lado, mas Mely segurou forte, fazendo com que Jake virasse de frente para ela de maneira brusca. Então o rosto dos dois ficou a centímetros de distância.

Sora revirou os olhos ao ver a cena.

– Parece que a Mely, que adora bancar o cupido, arranjou próprios problemas amorosos – ela disse para Annie, que riu.

~~~

Passaram duas semanas. O clima tenso ainda percorria pela casa. Os irmãos Sumpter não se falavam mais, nem se olhavam. Eno passara a dormir todos os dias no quarto de Ed. Eles só treinavam juntos quando Lizie mandava.

E, de tanto treinar, Lizie tinha feito uma descoberta. Agora, ela conseguia ler a mente das pessoas sem olhá-las nos olhos. Mesmo que ela tivesse em outro lugar, bastava pensar na pessoa, que Lizie invadia sua mente. Podia também falar dentro da mente da pessoa.

Lizie tentava ensinar isto para Eno, que ainda não tinha aprendido direito, mas estava quase lá.

Falando nas garotas, o treinamento com armas e luta tinha continuado. Ed, infelizmente, não conseguiu aprender muito, voltando logo aos computadores. Então, o clima entre as meninas ficava ainda mais pesado, as duas sozinhas. E, além do treinamento de lutas, elas tinham que treinar os poderes juntos, colaborando para o clima pesado.

Sky já controlava tão bem seus poderes que, de acordo com Sora, deixaria Charles orgulhosa.

Jake e Mely só treinavam juntos agora. Mesmo que ele continuasse implicando com todos, ele havia mudado e dava para ver que gostava muito de Mely, por mais que não admitisse.

Lizie sempre fugia de qualquer investida de Finn. Procurava se manter longe dele sempre que possível.

E assim andava a rotina dos Voluntários, os que não tinham motivos para ficarem em silêncio na maioria do tempo, tinham vergonha de quebrar o clima. Era chato assim. Nem parecia a mesma casa, até que algo ocorreu.

Ed estava examinando os computadores que tratavam da segurança da Mansão antes de ir dormir, então percebeu algo de errado. O sistema de alarme começou a apitar, alguém havia arrombado o portão. Ed devia ter dez minutos para avisar a todos até que os invasores chegassem até a casa principal.

O menino saiu correndo, subindo as escadas como um louco.

– ESTÃO INVADINDO A CASA! – Ele gritou, batendo nas portas de todos os quartos.

Por sorte, ninguém havia ido dormir. Logo, o corredor estava cheio de Voluntários, se preparando para lutar.

– Onde estão Annie e Metamorfo? – Perguntou Sky, com olhos arregalados, preocupada.

A menina saiu correndo a procura dos dois.

– SKY! – Gritou Sora correndo atrás da garota.

As duas desceram a escada e então Sky percebeu a porta aberta. A pequena, sem Sora perceber, saiu correndo por ela, procurando Annie e Metamorfo. Ela os avistou de longe e gritou o nome deles.

Sky correu ainda mais rápido, mas alguém a segurou pelos ombros. A garota acharia que fosse Sora, se as mãos não fossem tão masculinas. Sky tentou usar um dos seus mil golpes de lutas, mas sem sucesso.

Ela gritou, desesperada.

– DEIXE-A IR! – Gritou Metamorfo.

Então, o homem que estava segurando Sky – até então estava de costas –, virou-se.

– Zachary Adams Young – disse Metamorfo, quase num sussurro.

Zac vestia uma jaqueta e jeans escuros. Haviam vários anéis de caveira em seus dedos, dando um ar de sombrio a ele.

– Matthew Morpheus – respondeu Zac.

– Deixe a garota ir – pediu Metamorfo.

– Então nós faremos uma troca. Uma garota – ele disse, enquanto se aproximava – pela outra.

Zac empurrou Sky para longe e Metamorfo segurou a garota, impedindo que ela caísse no chão. Nesse meio-tempo, Zac conseguiu segurar Annie e apertar seus braços com força, impedindo que ela se mexesse.

– Se eu fosse você – disse Metamorfo, ao perceber o que Zac tinha feito com Annie – eu não faria isso.

– Por quê? – perguntou Zac. – Você gosta dela?

– Não. Porque ela vai acabar com você.

Mas antes que Annie pudesse se defender, Zac riu e, de repente, uma aura azul circular os cercava.

– Enquanto vocês dois estiveram aqui dentro – disse Zac – nada vai adiantar. Eu mando aqui. Posso fazer qualquer coisa.

Zac empurrou Annie do mesmo jeito que fez com Sky. Annie levantou suas mãos e usou seus poderes, tentando congelar Zac. Mas o garoto, com o aceno de mão, anulou o golpe da garota.

– Por favor, Zac – pediu Metamorfo – eu não quero brigar com você.

Então Zac piscou os olhos, se lembrando, de repente, da sua difícil infância. Da época em que sua mãe o maltratava e sua única alegria era se encontrar com Matthew no fim do dia, então os dois brincavam juntos, como crianças normais.

Mas o garoto logo voltou à realidade e levantou as mãos, tentando atacar Metamorfo, só que Matthew foi mais rápido. Percebendo o que Zac iria fazer, ele ficou invisível e saiu dali.

Ainda invisível, Metamorfo foi para as costas de Zac, dando um chute forte na coluna do garoto.

Zac gritou de dor e caiu no chão. Annie congelou as pernas e mãos do garoto, tentando fazê-lo continuar ali. Mas de nada aquilo adiantava enquanto estivessem no território de Zac, que rapidamente se descongelou.

Ele caminhou até Metamorfo e colocou a mão onde ficava o coração do garoto. Então, de repente, ele colocou sua mão dentro do corpo de Metamorfo. Annie gritou horrorizada enquanto Zac tirava a mão do peito de seu antigo amigo carregando o coração dele.

Então Zac andou até Annie e fez a mesma coisa.

– Se você realmente não gosta dela – disse Zac, enquanto colocava o coração de Metamorfo no peito de Annie –, não vai se importa que ela sinta o que você sente e vice-versa.

Zac colocou o coração de Annie no peito de Metamorfo e bateu uma palma. Matthew caiu no chão, assim como Anna. Os dois desmaiados.

A zona circular e azul de Zac sumiu e ele saiu dali, deixando os Voluntários para trás.

Enquanto Zac causava confusão entre Annie e Zac, a Mansão também não ia muito bem.

Os Voluntários desceram as escadas correndo, prontos para defender a casa deles.

– Se espalhem e achem Sky, Annie e Metamorfo! – Ordenou Lizie.

E foi o que eles fizeram. Mely e Jake saíram da casa e começaram a percorrer o jardim, então Sky apareceu, correndo até os dois.

– Mely! Jake! Annie e Metamorfo estão... correndo... perigo – ela disse, arfante devido a corrida.

– Nos leve até eles! – Pediu Mely.

Então Sky começou a fazer a voltar com ajuda, mas alguém se meteu na frente deles.

Era um garoto, suas vestes eram discretas. Se eles estivessem encontrado com ele em um shopping, por exemplo, nunca iriam se lembrar dele.

– Quem é você e o que quer? – Perguntou Jake, direto.

O garoto riu e disse:

– A única coisa que você deveria saber é: eu trabalho para o governo e você deveria estar com muito medo.

Mely reparou que o garoto carregava um caderno e um lápis debaixo do braço. A menina olhou estranho, afinal, quem traria isto para uma batalha e por quê?

A resposta veio logo em seguida. O garoto puxou o caderno, começando a desenhar algo. Então Mely olhou em volta e ela não estava mais no jardim. Estava num laboratório. Um laboratório do governo. A garota não conseguia mais ver Jake ou Sky, eles não estavam mais ali.

Mely gritou agoniada e desesperada ao ouvir passos do lado de fora do laboratório. Ela sabia que eles estavam vindo fazer experimentos nela, como na última vez.

Lágrimas já escorriam pelo rosto da garota, esse era um dos seus piores medos. Mely recuou até que bateu na parede. Os passos se intensificaram e ela gritou ainda mais alto e mais frequentemente.

Jake, do lado de fora da ilusão, só conseguia ver Mely com um olhar desesperado, chorando e gritando.

– MELY! – Ele gritou por cima dos gritos da garota. – O que está acontecendo?!

Mas a garota não conseguia escutar os gritos de Jake, estava presa em seu próprio cérebro, em seus próprios medos.

Jake correu até a garota e a abraçou, mas Mely não sentiu nada. A porta do laboratório se abriu em um estrondo e Mely gritou, ainda chorando.

– Mely, por favor – sussurrou Jake na orelha da garota –, volta para mim.

Então Mely finalmente conseguiu escutar Jake, mas sua voz ainda estava longe. A garota parou de gritar, fechou os olhos e sussurrou:

– Jake?

– Sim, Mely, sou eu. Eu estou aqui.

E foi só então que Mely conseguiu sentir os braços fortes de Jake a rodeando. Ela se espremeu contra o corpo do garoto, ainda com medo da ilusão, mas mais calma.

Sky olhava para tudo aterrorizada. Mely gritando, Jake desesperado tentando acalmá-la e o garoto olhando para seu caderno, parecendo que se divertia com tudo aquilo.

E então a pequena entendeu. Ele estava fazendo aquilo tudo com o caderno. Sky usou seus poderes e, com um balanço de mão, tirou o caderno da mão dele e trouxe para si. Ela olhou para o desenho que havia ali. Era um laboratório.

O garoto tentou avançar em Sky, mas ela usou um golpe de judô, derrubando ele no chão. Ela subiu em cima dele e pressionou a garganta dele com seu antebraço.

A ilusão de Mely parou. Ela olhou em volta, ainda de olhos arregalados e marejados. Depois se virou para Jake e o abraçou forte, chorando. Jake acariciou os cabelos de Mely, tentando tranquilizá-la.

– Sabe o que é curioso? – Perguntou o garoto, mesmo com a garganta sendo pressionada por Sky – Você dois agarrados, tem como maior medo um ao outro. A garota tem medo de água. E o garoto tem medo de fogo. Engraçado, não é?

– Como você sabe disso? – Perguntou Jake. –Sky, deixe-o levantar.

Sky saiu de cima do garoto, contrariada. Ele se levantou e falou:

– Eu sei o maior medo de vocês. E basta eu escrever ou desenhar neste caderno, que se torna real.

Mely já havia se recuperado e estava com raiva do garoto por tê-la feito passar por tudo aquilo. Ela levantou as mãos e tacou fogo no caderno do garoto.

– Pronto. Agora basta nós te metermos porrada! – Ela disse raivosa.

Quando a garota ia avançar nele, um garoto com jaqueta passou montado, por mais incrível que pareça, num cavalo.

– Alec! – Ele gritou, ao ver o garoto sem seu caderno.

Zac passou por ali e puxou Alec pela camisa, o obrigando montar no cavalo.

– Cassey sempre prepara as fugas com estilo – disse Zac, dando um sorriso de lado.

Lizie ficou dentro de casa, então, quando ela passava de um lado para o outro, preocupada, uma vidraça quebrou. A garota levou as mãos ao rosto, se protegendo dos mil pedaços de vidro.

Então ela olha para janela e percebe, chocada, o que havia quebrado o vidro. Várias raízes de árvores invadiam a casa por onde costumava ficar uma janela.

Um garoto moreno entra, pisando nos pedaços de vidros. Lizie pega sua arma e se prepara para atirar, mas o garoto percebe e uma raiz avança na direção dela. A raiz de árvore a empurra com força para o lado, fazendo com que Lizie caia e largue a arma.

O garoto avança na direção de Lizie, mas Sora foi mais rápida. Ela se multiplica, então existem cinco Sora’s na sala, cercando Lizie e impedindo que o garoto se aproxime.

Três Sora’s começaram a se aproximar do garoto, brigando como podiam. Uma dava chutes, outra tapas e a outra socos. O garoto recuava e usava as raízes se defendendo. Então, num movimento rápido, ele consegue prender as três Sora’s pela cintura com suas raízes.

Ele começou a avançar mais, mas Lizie já tinha recuperado sua arma. Ela deu um tiro na cocha do garoto, que gritou, pressionando a ferida com a mão.

– Green! – Chamou uma garota que entrava pela janela quebrada – Você está bem?

Por mais que a pergunta sugerisse que ela estava preocupada, o tom de voz dela não dizia o mesmo. Ela aparentava ter treze anos e era linda.

– Quem são vocês? – Perguntou Lizie, que já estava em pé ao lado de Sora. – Se são Voluntários, por que nos atacam?

A garota não respondeu, ela se virou para o garoto – que ela havia chamado de Green –, e disse:

– Saia daqui. Não vai servir para nada com esta perna.

Green mancou para o lado de fora e Sora olhou para Lizie, perguntando o que faria. Lizie, com o olhar, disse para Sora ir atrás do garoto. E foi o que ela fez.

Então restaram apenas Lizie e a garota na sala.

Um cachorro latiu e Lizie viu um pitbull pulando a janela. Ela parou ao lado de garota, batia três dedos abaixo da cintura de sua dona. O cachorro era todo preto, tinha olhos raivosos e dentes afiados. Para combinar, sua coleira era preta e tinha espinhos.

Lizie lembrou quando era pequena e foi atacada por um pitbull. Ela foi parar no hospital. Esse na sua frente era ainda pior. A garota tremeu da cabeça aos pés.

Percebendo isso, a garota sorriu. Se as duas tivessem se encontrado em outras circunstancias, Lizie acharia que ela era uma garota doce e meiga, assim como Sky e Lena. Mas naquelas circunstancias, cercada de cacos de vidros e um pouco de sangue de Green, com um pitbull assassino ao lado da garota, ela parecia um monstro.

– Elizabeth Clark – examinou a garota, caminhando lentamente. O cachorro seguia cada passo de sua dona, que começou a circular Lizie. – Você está dando muitos problemas ao governo.

Finalmente, a garota parou em frente a Lizie.

– Então é isso? – Perguntou Lizie, tomando coragem, e imitando a garota, começando a circular a menina – Vocês trabalham para o governo? Mas por quê? Por que não ajuda os Voluntários que sofrem ou sofreram, assim como você.

Lizie também parou de falar e parou em frente à garota, que apenas sorriu mais uma vez. E disse:

– Eu não sofro, eu faço os outros sofrerem.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo e dos novos personagens? Ficaram confusos? Se sim, tenho certeza que, com o tempo, vão se desconfundir. Qualquer dúvida, pode me perguntar, ok?
Eu sei que a Eno, o Finn e o Ed não apareceram nessa capítulo, mas eu não consegui encaixá-los, porque ficaria muito grande. Mas prometo que no próximo eles aparecem melhor, ok?
E se vocês não conseguirem ver a foto de algum personagem, me falem que eu mando o link pelo review ou por MP.