Enemies and Lovers escrita por Mayy Chan


Capítulo 23
A menina


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu queria dedicar esse capítulo pras minhas baby princess que recomendaram a fic no capítulo passado (que era agendado, então eu não tinha visto a recomendação de vocês), que foram a Clarisse e a Annie Jackson.
E outra, adivinha quem está ficando mais velha hoje? SIM, HOJE É MEU NIVER *u*. Eu tinha que falar isso com vocês.
Ah, e eu sei que muitas de vocês, estavam me pedindo as minhas redes sociais. Então, bem, elas estão no meu perfil. Se quiser pedir um spoiler, conversar, perguntar, ler ou qualquer coisa do tipo, é só passar XD
Espero que gostem *---*
Beijocas, Mayy



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Não fazia ideia das horas. Tudo que eu sabia era que eu estava com Annabeth mais uma vez.

Dessa vez prometemos que as coisas iriam mais divagar. Não abandonaríamos os nossos amigos, nem iríamos obrigar um ao outro abandonar a própria vida por motivos estúpidos como ciúmes.

Nossa relação estava forte, quase inquebrável.

Só que uma coisa que tínhamos visto ontem, quando revolvemos passar na praia pra dar um tempo, mexeu com as nossas cabeças. As coisas estavam cada vez mais confusas, coisa que eu não queria.

Toda a família Castellan estava em uma roda com Thalia. Não que o fato da conversa tenha abalado Annabeth, mas sim o fato de que todos choravam como crianças ao serem separadas dos pais. Podíamos ouvir os soluços de Travis, assim como os gritos abafados pelo choro da Grace. Só que depois eles foram embora, levando todas as nossas dúvidas com eles.

Annie não estava do mesmo jeito desde que tínhamos voltado. Era como se algo a assombrasse, fizesse com que ela se perdesse no meio dos seus pensamentos. E adivinha? Sim, ela estava me ignorando.

— Você está bem, Annie?

— Não.

— O que foi, querida?

— Nada.

Sim, por mais que tenha apenas três dias que voltamos, ela já estava mais fria do que se era possível.

Mas os últimos três dias posso me atrever a dizer que foram os melhores da minha vida. Ter uma namorada como Annie era muito mais divertido do que com Drew.

Não passamos o tempo todo beijando. Na verdade, na maior parte do tempo ficávamos discutindo sobre os mais diversos assuntos, desde a comida do acampamento até os relacionamentos recentes que surgiram no acampamento, como Connor e Miranda, e o mais esperado Kaitlin e Will. Mas os primeiros citados eram como Travis e Katie, ou seja, tudo que faziam era trocar saliva.

Só que eu também não posso falar que não nos beijamos, porque acho que até consegui decorar o gosto da boca dela. Contudo, inacreditavelmente, era como se cada vez isso me surpreendesse. E, claro, não consegui enjoar em nenhuma das vezes.

Foi por isso que eu estranhei quando ela esfriou. Pra mim ela parecia sempre estar tão feliz, animada, divertida e engraçada. Inclusive, eu tinha certeza de que ela parecia sempre gostar.

Mas não era mais a mesma coisa. Havia um segredo que ela não poderia me contar nunca. Algo que ela não ia admitir tão cedo. Algum segredo para se esconder.

Não ia deixar que isso acabasse.

Cheguei para perto dela e pressionei nossos lábios. De começo ela não retribuiu, desistindo de resistir apenas uns minutos depois. Como já pensava, estava surpreso mas não enjoado.

— Você está bem, Annie?

Ela se virou para o meu lado, tirou meu cabelo da frente do olho e depois me beijou rápida e calmamente.

— Não. Nem um pouco. De forma alguma.

— O que foi? Você sabe que pode contar comigo pra tudo, né?

— Eu sei, Percy. Mas o problema é que eu não lembro de exatamente nada desde aquele dia.

— Como assim?

— Eu, Luke e Thalia éramos pequenos...

— Me desculpe, querida, mas eu não quero ouvir dele.

— Mas a minha história envolve ele.

Segurei a minha raiva. Eu queria ver Annabeth dar os primeiros passos, falar as primeiras palavras, ganhar o primeiro presente, nascer. Queria ser o primeiro cara por quem ela ia se apaixonar. Mas eu não podia culpá-la por nunca ter prestado atenção na menininha loira de olhos tempestuosos que eu conhecia.

Por isso suspirei e fiz sim com a cabeça para que ela prosseguisse a história.

— Tinha uma menina, mas eu não lembro quem era. Lembro dos seus cabelos meio loiro, e algumas sardas. Sei que, pra nós, ela era muito importante, mas sequer lembro do seu nome ou da cor dos seus olhos e, cara, eu me culpo por isso todos os dias. Só que um dia ela sumiu.

— Estou ouvindo. — disse colocando a mão nos seus cabelos.

— A partir daí eu não me lembro. Sei que eu fui para várias psiquiatras e elas me disseram que eu tinha passado por uma experiência tão traumatizante que não consigo me lembrar. Só sei que acordei dois meses depois em um hospital. Coma, de acordo com o meu pai.

Estávamos sentados encima de uma toalha de piquenique. Não que isso fosse realmente importante, mas estava quase acabando com ela com o meu nervosismo.

Por que eu não estava lá para poder protegê-la?! Eu faria de tudo pra voltar no tempo e poder prestar atenção nela, naquela época. Faria de tudo para mudar o meu passado, não importa como eu estaria agora, para poder tirar dela todo o sofrimento.

Agora eu tinha que fazer o melhor que eu podia.

— Quantos anos você tinha?

— Sete.

Como seria possível que uma menininha como a Annabeth passasse por isso aos sete anos? Por que esse não poderia ser o castigo daqueles que não dão valor ao que tem?

— Não vou deixar que nada de mal aconteça com você, okay? Vou estar aqui, como o Homem Aranha pra poder te proteger.

— Você me lembra mais o Aquaman.

— Eu serei o super-herói que você quiser, contanto que seja você que eu tenho que salvar.

— Jackson, hoje você está mais meloso do que jujuba. Você está precisando urgentemente de um bom e velho jogo violento de meninos.

— E você precisa de um pouco mais de filminhos de romance e festas do pijama com as suas amigas.

— Não sou que nem as suas biscates, Jackson. — piscou.

— Não sou que nem seus nerds, Chase.

Nos levantamos retirando e levando conosco o que havíamos deixado ao chão para tentar fazer um encontro romântico (o que na minha opinião de tornou mais revelador do que qualquer outra coisa, mas não me incomodava nem um pouquinho.

Cheguei ao seu lado, mas de repente ela parou.

Não era como se ela estivesse tropeçado em algo, ou mesmo visto algo que não deveria ver.

Ela estava com medo.

Morrendo de medo, para ser mais específico.

Mas não era só ela. Luke, Travis, Connor, Kaitlin, Thalia, Chris, Will, Katie e Miranda também. Todos olhavam pra o mesmo lugar, como se algo fosse muito importante.

E, quando eu olhei, pude entender o motivo.

— Sentiram a minha falta, brothers?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de dar uma passadinha no meu perfil, nas minhas redes sociais e me mandar um pequeno reviewzinho só pra comemorar esse dia de hoje XD
Beijocas, Mayy