Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Tá aí o quinto cap. Ah, e olha como eu sou legal, postei um do Scorpius! Podem me agradecer agora.
Beijos, fofuchos!



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Narrado por Scorpius

Vi com um sorrisinho no rosto a ruiva se distanciar irritada. Não sei por que, mas gostava de saber que eu era uma das únicas (senão a única) pessoas do mundo que conseguia tirá-la do sério. Era legal provocá-la. Dava uma sensação de poder.

A verdade é que eu gostava daqueles olhos azuis intensos, mesmo quando me fitavam com raiva. Gostava do jeito que aqueles cabelos ruivos brilhantes caiam pelos ombros, como uma cascata da cor do pôr-do-sol. Gostava dos lábios com formato de coração que ela tinha. Merlin, eu gostava até mesmo da pose irritada que ela assumia quando chegava a um quilômetro de mim.

Não é segredo pra ninguém que tenho uma quedinha pela Weasley. Na primeira vez que eu a vi, fiquei impressionado com aqueles cabelos, de uma cor tão forte que eu cheguei a pensar que estivessem pegando fogo. Embora cabelos ruivos fossem sinônimo de Weasley em geral, a minha ruiva se destacava mais pelo simples fato de causar um efeito que nenhuma outra garota conseguiu causar em mim.

Mas, foi só pôr os olhos nela que as palavras de meu pai vieram à minha mente:

“Não se envolva com aquela família. Não são dignos da companhia de um Malfoy puro sangue”

Mas eu ignorei isso quando me aproximei de Alvo Potter. Ele foi o único que não se importou com o fato de eu ser filho de um ex-comensal, e foi o único que falou comigo. Ele me disse que estava incerto com relação a que Casa ele iria. Mas eu tratei de acalmar meu novo amigo dizendo que ambas as Casas eram poderosas. Ambas eram dignas de receber um Potter com braços abertos.

Logo nos tornamos amigos de um menino chamado Lucian Zabini. Ele era filho de Blásio Zabini, antigo amigo de meu pai, mas, diferente do pai, era bastante aberto em relação aos nascidos trouxas e mestiços. Mostrou ser uma pessoa compreensiva, verdadeira e leal, e logo eu, Alvo e Luke nos tornamos inseparáveis. E nossos laços de amizade só se tornaram mais forte com o passar dos anos, já que nos tornamos um trio de sonserinos, e que compartilhavam o mesmo dormitório.

Mas a ruiva...

No inicio eu sentia repulsa por ela. Não pelas palavra de meu pai, mas por me sentir estranho perto dela. Eu uma coisa que eu não conseguia explicar bem o que era, mas, quando ela chegava perto, minha mente se tornava um pouco embaralhada. E a Weasley não saía dela.

Eu logo tratei de evitá-la. Mas, nas férias de agosto antes do inicio do quarto ano, acabei arranjando uma namoradinha de verão. Tirei a Weasley da minha cabeça e conheci o poder de sedução feminino.

E, quando voltei para o quarto ano, me tornei uma pessoa diferente. Não o Malfoy quieto e orgulhoso, mas o Malfoy pegador, que arrancava suspiros de todas as garotas de Hogwarts. De todas menos uma.

Rose era indiferente a mim. Isso me deixava confuso e surpreso. Ela não suspirava perto de mim, nem babava, nem dava risadinhas como as outras meninas. Ela até me fitava com uma certa raiva presente no olhar. Mas isso eu achava que era devido ao fato de eu ter namorado por um tempo e terminado com a prima dela, Dominique Delacour Weasley, arrasando a menina. Mas uma coisa que a Weasley não sabia era que eu deixei a Dominique por causa dela. Sim, era isso mesmo. Quando beijava a Nicky, me pegava imaginando que aquela era Rose, na verdade.

Foi então que descobri e finalmente aceitei o fato de que eu sentia alguma coisa por Rosalie Jane Granger Weasley (futuramente Malfoy). Depois de um tempo em uma situação delicada, tratei de me desculpar com a Nicky. Somos meio que amigos desde então, embora ache que ela nunca superou isso totalmente, já que ela é, por parte de mãe, meio veela, e era acostumada a ter os meninos caindo a seus pés, sem exceções.

Mas eu finalmente decidi falar com a Weasley. Ela ficou surpresa ao ver a minha linda e loira (e modesta) pessoa chegar perto dela, os olhos dela se encheram de desconfiança, e ela ficou vermelha de raiva quando perguntei inocentemente se ela queria ir a Hogsmeade comigo, ou seja, se ela queria sair comigo. Ela soltou um alto e sonoro “NÃO!”, que eu acho que chegou a ser ouvido até em Beauxbatons, de tão forte que foi.

Não é preciso nem dizer que eu fiquei abobalhado com aquela recusa. Uma garota recusando o gostosão aqui já era demais. E logo Hogwarts inteira ficou sabendo disso, as meninas em geral cochichando o quanto a Weasley era idiota e os meninos a respeitando por sua sensatez.

É obviamente óbvio que eu me senti incomodado. Ser recusado por uma garota, ainda por cima por uma por quem talvez você sentisse alguma coisa era preocupante, trágico, horrível (como sou dramático!), e eu me senti ainda mais atraído pela Weasley, se é que isso era possível.

Mas eu sou um Malfoy. Se eu ponho algo nessa minha cabeça loira, não tiro mais. E a ideia de ter Rose Weasley nos meus braços ocupou ¾ do meu cérebro. A outra parte se concentrava em um modo de como fazer isso. Não seria nada fácil, disso eu sabia.

E eu passei a atormentar minha linda ruivinha. Durante dois anos inteiros eu fiquei cantando ela, flertando com ela, tentando chegar perto dela, fazendo nem sei mais o que para conquistá-la. Mas ela simplesmente resistia. Trocávamos provocações a cada momento, e eu aqui sempre na esperança de que ela baixasse a guarda.

Teve até uma vez no ano passado em que eu quase cheguei a desistir dela. Motivo? Brigamos feio porque eu vi ela trocando beijos com aquele FDP do Angus McLaggen. Eu basicamente voei no pescoço daquele otário, interrompendo aquele momentinho açucarado. Não é preciso nem comentar que eu e a ruiva começamos a discutir/berrar um com o outro, ela saiu dali pisando duro, enquanto eu fui cumprir detenção, por ter acabado com o maricas do McLerdo.

No dia seguinte eu, com raiva da Weasley, beijei uma lufana gostosa do quinto ano, mas não deu em merda nenhuma, já que eu pensava na Weasley o tempo todo enquanto enfiava minha língua na boca daquela menina.

Então voltei a perseguir a Weasley e não demorou muito para eu perceber uma coisa que eu não cogitava pensar, que eu nunca tinha sacado antes.

Eu estava apaixonado por Rose Weasley.

***

–Pô cara, não vai se mexer não?-Luke grunhiu.

Só agora que me toquei que estou parado no meio do corredor, observando atentamente a ruiva se afastar, enquanto Zabini, Alvo, Roxanne e Alice me olham com uma cara um tanto suspeita.

Lancei um sorriso zombeteiro para os quatro, dando de ombros.

As duas seguiram na frente, enquanto eu e meus camaradas íamos atrás. Não pude deixar de notar que eles as olhavam do mesmo jeito que eu observava a Weasley há pouco tempo.

Alvo tinha um precipício pela prima dele, Roxanne Weasley, e não fazia muita questão de esconder isso de mim e de Luke, só das meninas mesmo. Ele sempre foi muito próximo dela quando eram crianças, mas, após ser mandado para a Sonserina e ela para a Grifinória, se distanciaram um pouco. Mas, com o passar dos anos, foi esse distanciamento que fez com que ele percebesse que o que sentia pela prima estava longe de ser considerado um sentimento fraternal. Roxanne parecia corresponder a esses sentimentos, e todos nós víamos isso, até o Alvo, embora não se declarasse logo para a prima. Ele dizia que era porque não queria que a família soubesse e o censurasse por isso, embora eu ache que é medo do Fred mesmo, o irmão da Roxy. E ele e Roxy não são os únicos da grande família Weasley que passam por isso. Todos nós conhecíamos a natureza do interesse de Fred em Molly Weasley, Louis em Lucy Weasley, James Potter em Nicky, e Hugo Weasley (meu cunhadinho) em Lily Potter, a irmã do Alvo. Mas dessa última parte nem Alvo nem James podem saber, senão Rose vira filha única. Pensando bem, todos esses Weasley têm mania de se apaixonarem por seus primos. Menos a minha Rose, claro.

Já Luke é outra história. Ele nunca teve uma amiga nem nada, e não é lá muito próximo de sua irmã, Amara, uma sonserina quartanista. Se bem que, quando eu visitava a casa do Luke e sua irmã estava lá, as amigas dela viviam babando em cima dele (e de mim, claro), embora ele nunca desse a mínima para isso. Mas eu sabia que ele não era gay nem nada, pois já namorou, por um tempinho, aquela tal de Anneliese McLaggen, mesmo que escondido, para que o bundão do irmão dela não soubesse, já que os McLaggen não curtem muito os sonserinos, preconceito que é bem a cara do McLerdo ter.

Mas, de uns tempos para cá, o Zabini têm demonstrado um certo interesse na Longbottom, coisa que me deixa com uma pulga atrás da orelha, já que ele nunca tinha olhado para ela antes do início do sexto ano, e ele conhece ela desde o primeiro ano. Quando eu perguntei pra ele por que ele se limitou a fingir que não sabia do que eu estava falando. Mas ele não conseguiu esconder a felicidade quando a viu dispensando o Polaris Parkinson quando ele pediu pra ela ir a Hogsmeade com ele, há pouco tempo. Sério, só faltava o Luke dar piruetas de tanto contentamento.

Alice Longbottom é outra que me intriga. Eu não consigo entender qual é a dela. Na frente de todos, parece ser uma menina comum e insegura, a queridinha do papai e irmã perfeita e responsável dos Scamander. Mas as aparências enganam, por que aquela menina quase já teve mais namorados do que Dominique Weasley. Mas o bom na Longbottom é que ela não liga muito pra distinção entre as Casas, então se o meu cumpanheiro aqui reunisse um pouco de coragem e fosse falar com ela, talvez ela saísse com ele. Infelizmente, Alvo e ele têm o mesmo problema, e sobra pro Sr.Gostoso aqui dar um pouco de apoio moral pros dois, já que eu não sou nada tímido em relação a sentimentos, coisa que se prova com os berros diários da Weasley, em resposta às minhas cantadas, também diárias.

É, eu e meus camaradas sonserinos estamos totalmente caidinhos pelas grifinórias.

***

Nos enfiamos dentro da sala de aula um nanossegundo antes que o Slughorn, informalmente conhecido como leão-marinho, chegasse. Ignorei o olhar fulminante da Weasley e me sentei bem ao lado dela, o que quase a fez dar um piti, mas que eu apenas respondi com um sorriso do tipo”eu tenho 32 dentes, e daí?”. Ela revirou os olhos, e se virou para o professor.

–Bem, bem. Fico feliz que todos aqui já estejam sentados em seus lugares. Saibam que o colega que está ao lado de vocês será seu parceiro em poções o ano inteiro!

A ruiva engasgou do meu lado, enquanto eu apenas exibi um sorrisinho vitorioso. Pois é, se eu não tivesse sido tão rápido, a Weasley teria se sentado com uma de suas amigas ou com o Alvo, mas felizmente (pra mim, claro) eu cheguei primeiro.

–O QUÊ?-a ruiva falou/berrou.

Todos na sala deram risadinhas, inclusive o leão-marinho.

–Eu gosto de poder ouvir, sabe, ruiva?-falei. As risadas só aumentaram.

–Cala tua boca que eu não to falando com você, doninha!-fiz uma careta com o apelido.

Segundo já me disseram, na época em que meu pai estudava aqui em Hogwarts o Trio de Ouro, ou seja, Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley (os dois últimos pais da Rose), deram o apelido de “doninha quicante”, “doninha loira”, “doninha quicante e loira”, tanto faz, para o meu pai, Draco Malfoy. É claro que quando a ruivinha soube disso não esperou pra poder tirar com a minha cara e logo adotou o adorável apelido “doninha júnior” como meu novo nome, ou apelido oficial. É claro que às vezes ela abrevia, então fica só “doninha” mesmo.

–Acalme-se, senhorita Weasley. Dessa vez, tente não matar o senhor Malfoy. Sabe, essa situação de vocês me lembra muito uma outra, que ocorreu há muito tempo atrás. Tinha uma “ruiva”, mas não tinha uma “doninha”, mas sim um “acéfalo”, como aquela ruiva o chamava.

Alvo, que estava sentado com Roxy umas mesas na minha frente, se virou e sorriu pra mim e Rose. Sorri de canto. Eu sabia o que ele estava pensando. Em James Potter e Lily Evans. Alvo me contou que, no início, sua avó odiava o seu avô, mas que, com o tempo, acabou se apaixonando por ele. Mas Rose não sabia dessa parte do ódio.

–A ruiva impediu o cara de poder procriar, espero.-Rose grunhiu entre dentes.

Eu, Alvo e o professor abafamos risadinhas.

– Na verdade, não. Ela se casou com ele e teve um filho com ele.-disse o professor, risonho.

Rose arfou, incrédula. Troquei um sorriso conspirador com Alvo.

–Viu só, minha ruiva? Tudo pode acontecer!-falei.

–EU. NÃO. SOU. SUA. RUIVA! E NUNCA QUE EU VOU CASAR E TER UM FILHO COM VOCÊ!

Fingi pensar, mas logo sorri.

–Tudo bem, podemos ter mais de um, não tem problema não, ruiva.

Ela ficou mais vermelha do que uma pimenta grifinória, não de vergonha, mas de raiva. Felizmente para mim, o leão-marinho a impediria de cometer um assassinato na aula dele, e, como ela sabia disso, apenas trincou os dentes, a cor normal do rosto voltando aos poucos.

–Muito bem, classe. Deixemos de lado a vida particular da senhorita Weasley e do senhor Malfoy e vamos à aula!-muitas pessoas gemeram aborrecidas. Concordo que a minha vida particular era muito mais interessante que a aula de Poções. É, a aula de Poções era um saco mesmo.

–Hoje faremos uma poção chamada Amortentia. Alguém pode nos dar uma definição para essa poção?

Minha ruiva levantou o braço. O Slughorn sorriu, mas não pareceu surpreso. Como sempre.

–Sim, Srta.Weasley?

–É a poção do amor. Se você der essa poção para alguém tomar, essa pessoa se tornará ilusionalmente apaixonada por você, por algumas horas ou mais, dependendo da dose que tomou. Mas, se a pessoa que tomou desenvolver um ódio por alguém, é porque ela já era apaixonada por esse alguém.

–Correto, Srta.Weasley. 10 pontos para a Grifinória. Abram seus livros na página 16 e sigam as instruções, junto com seus parceiros, sobre como fazer a poção. Se ela emitir um brilho vermelho, é porque ela está correta.

Abri meu livro na página 16 e soltei um gemido. Tinha mais de 30 instruções!

Rose arqueou as sobrancelhas ruivas.

–Que foi Malfoy? Sua mente limitada não consegue processar tantas informações? Ou você não sabe ler mesmo?-ela zombou.

–Não se preocupe comigo, amor. Sou o melhor aluno do nosso ano em poções. Eu dou conta do recado.-pisquei pra ela.

–Melhor aluno do nosso ano? Da Sonserina ou da sua cabeça mesmo?

–Isso não importa. -sorri-Mas se colaborarmos um com o outro, podemos fazer a melhor poção da sala, e o profe com certeza daria uns pontinhos pra nós dois. O que me diz?

Ela suspirou, mas acenou em concordância.

Mãos a obra.


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Notas finais do capítulo

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