Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Aqui estoy yo!
Mais um cap pra vocês!



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Após uma meia hora monótona, terminamos aquela poção. É claro que eu tive que fazer um esforço descomunal para não estuporar o Malfoy, mas mesmo assim conseguimos. Eu o ignorei o tempo todo, ignorei suas cantadas ridículas, seus sorrisos, ignorei até o fato de que ele respirava.

Apenas uma vez meus olhos realmente encontraram os dele. Eu ainda estava fula com aquelas provocações do inicio da aula, onde já se viu? Euzinha aqui, me casar com o Malfoy? E ter filhos com ele? Só nos sonhos dele e nos meus pesadelos. Mas o que indignava e me deixava possessa, no meu limite, é que, graças ao idiota do Malfoy, seriamos parceiros em poções até o final desse ano. Eu ainda mato aquela doninha galinha ridícula, loira, linda... EPA!PARA TUDO! Eu acabei de chamar a doninha de linda? Merlin, esse ambiente dessa aula não está fazendo muito bem para mim.

Mas, voltando à parte que os meus olhos se encontraram com os dele, não foi propositalmente, eu juro! Eu fui pegar a faca de cortar raízes quando a minha mão esbarrou na dele, que separava as raízes e as colocava no caldeirão. Eu rapidamente levantei meus olhos para ele, e percebi que ele me encarava com um sorriso. Com aquele sorriso ridículo dele, que faz tantas garotas de Hogwarts quase terem um piripaque, aquele que ele sempre lança para mim, mas que apenas me faz revirar os olhos.

Mas não foi isso que me deixou meio constrangida. Foi o olhar dele.

Os olhos azul-gelo me observavam minuciosamente, procurando os meus. E, quando eu finalmente olhei para ele, meu coração deu um pulo. Os olhos dele eram de um azul tão claro e brilhante, de um tom que eu nunca tinha visto antes. É claro que essa não era a primeira vez que eu olhava para eles diretamente, mas nunca por tanto tempo ou com atenção. E, por mais que doesse em mim admitir, aqueles olhos lindos combinavam perfeitamente com a pele clara dele, que não chegava nem perto de ser albina. O nariz era proporcional, perfeito, assim como o resto do rosto. Os lábios não eram vermelhos como os meus, eram meio brancos, frios, o que não diminuía em nada a beleza clara que ele tinha. E os cabelos também nada lembravam a pelagem de uma doninha, eram loiros, claros e macios, alguns fios dourados caindo pelos olhos elétricos que ainda observavam os meus.

Então, como se eu tivesse levado um choque, despertei daqueles devaneios com o Malfoy e abaixei os meus olhos, voltando a minha atenção para a faca. Senti que corava um pouco, mas acho que ele não percebeu, já que meus cabelos repousavam em meu ombro, impedindo-o de ter alguma visão de meu rosto. Me sentia mais segura assim. Não sabia por que, mas eu me sentia estranhamente incomodada quando ele me olhava daquele jeito.

Após mais uns minutos que pareciam durar uma eternidade, a droga da aula finalmente acabou, com a nossa poção sendo elegida a melhor da sala e com a Grifinória e a Sonserina ganhando 20 pontos cada uma pelo nosso esforço.

Não pude deixar de sorrir. Não é que o Malfoy estava certo? Nós dois juntos como uma equipe até que não éramos maus, isso quando o idiota não ficava me lançando cantadas o tempo todo, é claro.

–Credo, não precisa esfregar na cara, tá, ruiva!-Roxy grunhiu.

Meu sorriso se ampliou ainda mais. A fabulosa da minha prima insistiu em fazer dupla com o amor da vida dela, mesmo eu tendo avisado que ele era um verdadeiro trasgo montanhês em poções, o que ela não sabia, já que nunca tinha sentado com ele antes, e se ferrou bem ferrado mesmo. A poção Amortentia dos dois mais parecia uma poção envenenada, roxa e soltando bolhas, o cheiro pútrido quase matando o pessoal que estava perto deles.

É claro que eu não me segurei e, quando ela se aproximou, soltei um maravilhoso “Eu te disse!” e ela ficou com uma cara assassina, meio parecida com a cara que a Bellatrix Lestrange ficaria se tivesse chupado um limão, mas que não me intimidou nadinha. Também, né, ela não me ouviu quando eu cochichei para ela que era melhor ela se sentar com a Alice, já que pelo menos ela sabia alguma coisa de poções, mas óbvio que a cabeça dura não quis me ouvir. E pagou caro pelos pecados.

Já a Lice se deu bem. Ela se sentou com o gato do Polaris Parkinson, embora já tivesse dispensado ele antes, mas que agora era “um bom amigo”, mesmo que eu tenha certeza que ele tenha uma queda maior que a Torre de Astronomia por ela. Mas ela nem liga pra ele, coitado, só o trata como um amigo, e os dois até que fizeram uma boa poção, mas que ficou meio laranja, não vermelha como o minha, por isso eles não ganharam aqueles pontos meus e do Malfoy.

O Zabini ficou lançando uns olhares super irritados para os dois. Também, ele teve que se sentar com a mega vaca da Penélope Parkinson, a irmã gêmea do Polaris. Aquela menina me dá raiva, é pura e simplesmente uma vadia das piores, grudenta e que fica se atirando em qualquer menino desafortunado e bonito que passa perto dela.

Você deve estar se perguntando “Nossa, Rose, o que aquela menina fez pra você falar dela assim?”, e eu te respondo o seguinte: ELA EXISTE, SÓ ISSO!

Tudo bem, vou explicar melhor. Desde o primeiro ano aquela menina me menospreza, tenta me humilhar, me provoca, teve uma vez que ela até me azarou. A mãe da vadiete tinha uma rixa ou alguma coisa assim com a minha mãe, e, como Merlin é uma boa alma que adora me ajudar, a filha pródiga tem uma rixa comigo.

A Roxy e a Alice vivem dizendo que ela me odeia porque o Malfoy não dá atenção pra ela e sim pra mim, mas eu sempre rebato dizendo que o Malfoy dá atenção a qualquer coisa que se mova e que tenha peitos. Mas ela sempre insistem na mesma coisa e eu deixo pra lá.

Weasleyyyyy!-é só falar no demo que ele aparece. A buldogue entra no meu campo de visão, mas especificamente na minha frente, com suas fiéis seguidoras, cadelas, tanto faz, Nara Goyle e Missy McCnair, que odeiam a Roxy e a Lice, já que vivem perseguindo o Alvo e o Zabini e o primeiro é doido pela fabulosa e o segundo, bem, sei lá, acho, só acho, que ele gosta da Alice.

–Fala, buldogue. -lancei um sorriso petulante para a dita cuja. Ela revirou os olhos com o apelido e soltou um risinho fininho que faria até um pitbull mijar.

–Não fique se achando por aí só porque ganhou pontinhos hoje e porque sentou com o MEU Scorpius, viu, ó rata de biblioteca!

Senti meu rosto esquentando. Tive que me segurar para não lançar um Avada nela ali mesmo. Ninguém me xinga de rata de biblioteca e sai impune. Foi-se o tempo em que eu vivia na biblioteca, agora sou muito mais extrovertida e beeeeem mais divertida.

–OLHA AQUI, SUA... -comecei.

–Nem começa, filhinha de sangue-ruim e de traidor de sangue.-ela disse calmamente.

Minha boca se escancarou em um “O” perfeito bem como a das demais pessoas ali presentes. Alice arregalou os olhos e Roxy estava paralisada com o choque.

Quando dei por mim já estava em cima dela, minhas unhas alcançando os olhos daquela vagabunda filha de uma mãe, enquanto ela gritava de dor, não só pelos arranhões e tapas, mas pelo fato de eu estar sentada em cima do corpo dela, em pleno chão.

–EU VOU TE MATAR!!!-eu gritava descontroladamente. Ruiva esquentada, eu?Imagina!

Antes que eu matasse logo ela, braços fortes me agarraram pela cintura, me tirando de cima da bostinha da Parkinson, e fui sendo arrastada dali enquanto gritava coisas sem nexo a plenos pulmões.

Quando levantei os olhos para o estraga-prazeres, dei de cara com os olhos azuis do Malfoy. Tentei soltar aquelas mãos da minha cintura, mas ambas seguraram meus pulsos com força, me impedindo de me mover. Inspirei e expirei calmamente antes de me dirigir para ele.

–O que você pensa que está fazendo?

–O que você pensa que está fazendo, ruiva? Você quase matou a Parkinson!-ele fez uma careta.

–Ela merecia! Você ouviu do que ela me chamou?!-eu estava começando a me irritar. E quando eu fico irritada, geralmente todos correm para as colinas. Mas nãoooooooooooo a droga da doninha, óbvio! Como eu tenho sorte.

–Sim, eu ouvi. Foi muito hipócrita da parte dela, já que ela nem é sangue-puro. Você não deveria dar ouvidos a ela, ruivinha.

Fiz um esforço descomunal para não gritar por causa do apelido, mas o Malfoy estava certo. A Parkinson podia ser muitas coisas, mas ela não era sangue-puro, portanto não tinha moral para falar de mim. Ela e o Polaris são fruto de um relacionamento rápido de Pansy Parkinson com um trouxa, e usam o sobrenome da mãe, não do pai, já que não o conhecem.

Suspirei. Os olhos de Scorpius Malfoy me observavam atentamente, pela segunda vez naquele dia. O mesmo olhar que me deixava constrangida. E, com efeito, não demorou para sentir minhas bochechas arderem. O Malfoy logo abriu um sorrisinho presunçoso.

–Você fica linda corada, sabia disso?-ele disse.

Corei ainda mais e desviei o olhar. Foi quando eu percebi a posição em que estávamos. As duas mãos dele seguravam meus pulsos, mas as minhas repousavam no peito dele, como se eu estivesse tentando afastá-lo, o que eu certamente já deveria ter feito há muito tempo. Nossos corpos quase se tocavam, enquanto nossos rostos estavam a centímetros um do outro, e eu conseguia sentir o perfume dele. Não era um daqueles cheiros que me enjoavam, era doce e inebriante.

Com um arrepio de pânico, percebi que o Malfoy se aproximava cada vez mais, querendo acabar com qualquer distância entre nós. E logo eu soube o que ele iria fazer.

Ele ia me beijar.


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Notas finais do capítulo

Vocês devem estar querendo me matar, né?



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