Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Então, amores, tô de volta. Estamos no cap 22, como vcs sabem, e estive pensando aqui, ´e se alguém aí pudesse dar uma recomendaçãozinha pra essa fic? Eu ficaria bem mais feliz que o Scorpius quando vê a Rose, com certeza. Mas recomendem só se acharem que eu mereço!
Bom, ta aí outro cap pra vocês, pessoas lindas!



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–Anda logo, coisa ruiva!-a voz irritante de Nicky me atingiu como um tapa.

Eu queria mesmo é pular de algum lugar e me matar. Porque com certeza isso seria bem melhor do que ter que montar em uma vassoura.

BURRA, BURRA, BURRA!

Droga, Rose Weasley! Porque é que você tinha que dar uma de espertona e apostar contra a maldita da Loirazeda? HEIN? Até parece que não pensa.

A idiota aqui tinha porque tinha que dar uma de poderosa na frente da Nicky, e dizer que sim, que conseguiria sim subir em uma vassoura sem quebrar uma perna ou uma cabeça ruiva, não é mesmo?

E, de bônus, se eu não conseguir montar naquela coisa ainda tenho que dar um jeito de fazer o Argus Filch, o zelador malucão e velho, SE DECLARAR para a Madame Pince, aquela bibliotecária chata. Fala sério, você não pode nem pensar que ela já faz “SHIUUUUU!”.

Mas o pior ainda é ter que enfrentar aquela coisa comprida, voadora e assassina. Porque é que não podemos usar aquilo só pra varrer mesmo? Ah, porque somos bruxos. Meu, eu não tenho sorte mesmo.

–Pelo amor de Deus, Nicky, eu junto o Filch com a Pince, mas esquece a vassoura, pode ser?-eu falei desesperada.

Ela deu uma risadinha maldosa.

–Nananinanão. Você vai sofrer hoje. –ela riu. –E, qual é?! A parte do Filch é a pior!

Eu cerrei os dentes enquanto ela gargalhava.

Sério, o que eu fiz para merecer uma prima tão má? Todos os meus primos são uns doidos de carteirinha, e não tô exagerando não. Eu acho que sou a única normal da família.

Caminhamos até o campo de Quadribol. Quer dizer, ele caminhou e eu fui sendo arrastada.

Eu pelo menos ia achando que só Nicky participaria de minha ruína, que nada!

Todos os meus primos estavam sentados nas arquibancadas, assim como Alice, Hugo, Luke e o amor da minha vida. Quando chegamos, Roxy, Molly, Lucy e Lily levantaram um cartaz escrito “VAI VAI ROSE”, e os idiotas dos meus primos bateram palmas e assoviaram. Eu e Nicky estávamos a vários metros de distância deles, mas o barulho daqueles macacos ainda era bem audível.

Cerrei os dentes enquanto Nicky dava mais umas risadinhas. Meu olhar pousou em Scorpius e pude ver que ele sorria diretamente pra mim, lá longe. Os cabelos loiros eram visíveis em qualquer lugar, e ele estava sentado ao lado dos amigos, os três com as vestes sonserinas.

Mas isso foi o bastante para me acalmar, e logo eu suspirava pesadamente enquanto subia na Nimbus 4000 de Nicky. Se pensou que eu tinha uma vassoura só minha, pode ir tirando o cavalinho da chuva. É claro que uma pessoa muito normal e que tem pavor de altura não iria comprar uma máquina assassina e voadora só pra varrer o chão, né? Quer dizer, os trouxas fazem isso, mas isso não vem ao caso.

–Nicky... –eu gemi em aflição mais uma vez enquanto ouvia os assovios altos e palmas do pessoal. Eles tão achando o quê? Que isso aqui é circo? Eu posso morrer hoje, pelo amor de Deus!

–Nicky uma ova, Rose. Você conseguiu enfrentar Rony Weasley e sobreviver, o que uma pobre vassourinha pode fazer com você?-ela arqueou as sobrancelhas.

–Deixa eu ver... –saí de cima da vassoura e comecei a contar com os dedos. –Pode me derrubar, me matar, me quebrar toda, me assassinar, me fazer bater em algum lugar, me matar, me fazer quebrar minha linda cabeça ruiva... Ah, e já mencionei que essa coisa voadora pode me matar?

–Deixe de drama, coisa ruiva!-ela revirou os olhos. –E se você não subir nisso aí por bem, vai por mal. E eu já apostei em você, e não quero perder meus sicles!

Peraí, O QUÊ?

–VOCÊ APOSTOU EM MIM?-eu sussurrogritei. Você já deve ter percebido que eu faço isso bastante, né?

–Ai, já sei de quem você puxou esses gritos. –ela fez uma careta. –Mas sim, eu e o resto do povão fizemos uma aposta, tipo se você conseguia pelo menos subir na vassoura, quantos metros você ia voar, quantas vezes você ia cair dessa vassoura, essas coisas.

–Mas, Nicky... –eu arregalei os olhos. –Se você apostou que eu ia conseguir, você vai ter que cumprir a punição!

–Sim, ué!-ela sorriu. - Mas eu tenho um plano de como fazer aquilo. Eu prefiro juntar aqueles velhos dinossauros do que perder uns sicles. E você VAI cooperar comigo e subir nessa “coisa voadora” AGORA, tipo AGORA MESMO!

Uma ideia brilhante me veio à mente.

–Tudo bem, mas com uma condição!

Ela fixou o olhar curioso em mim.

–Tá, o que é?

–Todos vocês vão ter que pagar mico se eu conseguir. -eu disse sorridente.

Ela fez uma cara pensativa, se virou pra eles rapidamente, e voltou o olhar pra mim.

–Tá!-ela grunhiu. –Mas eles vão me matar por isso depois.

–Acredite em mim, você merece. -eu pisquei “angelicalmente” pra ela.

Ela revirou os olhos enquanto eu subi na vassoura. Segurei o cabo com força, abri bem as pernas e fechei os olhos. Esperei por um tempinho para abri-los novamente ao não conseguir mais sentir meus pés nos chão.

Uma sensação de terror me atingiu ao perceber que eu estava a uns quinze metros do chão. Chiei baixinho ao ver que Nicky não estava mais lá embaixo, no campo.

–Você está indo bem!-eu gritei e quase caí da vassoura ao ver a dita cuja surgir voando em outra vassoura ao meu lado. –Se acalma e vamos tentar ir um pouco mais alto. Segure-se. -ela puxou o cabo da minha vassoura e começou a nos levar mais pra cima.

–NÃO, AQUI JÁ TÁ BOM!-berrei apavorada. O campo verde e as arquibancadas que o rodeavam iam ficando cada vez menores conforme subíamos. Pude ver o pessoal ir virando um bando de pontinhos e as exclamações de surpresa deles iam sumindo aos poucos.

–FECHE OS OLHOS, ROSE!-Nicky berrou em resposta.

Ela nem precisou pedir de novo. Minhas mãos já estavam doloridas de tanto apertar o cabo da vassoura, e minha bunda já estava meio dormente. Minhas costas doíam, e meus cabelos batiam no rosto. Meu corpo inteiro estava arrepiado e eu tremia de medo e de frio.

Se é assim que todos que sobem em vassouras se sentem, então eles têm muita força de vontade. Assim que eu descer dessa joça não subo mais.

Ondas de pânico me atingiram quando Nicky parou de me guiar. Me senti inteiramente sozinha, assustada demais pra abrir os olhos ou fazer qualquer movimento. Eu sabia que estava bem lá no alto pelo simples fato de sentir o vento. Eu não conseguia ouvir nada nem ver, era como alguém cego e surdo em um labirinto.

Eu estava perdida.

–Abra os olhos, ruiva. –uma voz conhecida sussurrou no meu ouvido, e eu tremi novamente, mas dessa vez pela proximidade dela.

Eu já sabia quem falava antes mesmo de abrir os olhos.

Abri meus olhos e encontrei Scorpius me fitando e sorrindo. Nós estávamos alguns centímetros separados um do outro, e ele montava a vassoura dele. Os cabelos loiros estavam bem bagunçados pelo vento que soprava forte, mas os olhos azuis não se mexiam, não se desviavam de mim.

Quase desmaiei quando olhei para baixo. Eu conseguia ver o enorme castelo de Hogwarts de longe, com todas as suas torres cinzentas, seus vitrais, a Torre de Astronomia e o Corujal, o Lago Negro, todo o verde que o rodeava.

Era uma visão fascinante e assustadora ao mesmo tempo. Assustadora por causa da altura em que eu conseguia ver tudo aquilo. Quase caí da vassoura.

Desviei o olhar de tudo aquilo para apreciar uma visão bem mais interessante. Scorpius continuava olhando para mim, e eu um gesto carinhoso, pegou e apertou uma mão minha, uma atitude que era reconfortante.

Eu soube no momento que os nossos olhos se encontraram que ele não me deixaria cair. Nunca.

–Cadê a Nicky?-o puxei pra mais perto de mim.

–Ah, ela foi dar uma volta por aí. -ele piscou.

–Se dar uma volta por aí significar “agarrar o James”, então ela até que é bem saidinha, não é mesmo?-franzi o cenho.

Ele riu, e enlaçou a minha cintura com as duas mãos. Meu corpo foi de encontro ao dele e eu suspirei de alívio quando encaixei minha cabeça na base do pescoço dele. Pude sentir o cheiro delicioso de menta, e me aquecer no peito musculoso dele. Ele colocou o queixo na ponta da minha cabeça e me abraçou com mais força.

Tirei minha cabeça do peito dele e acariciei o rosto branco dele com uma mão. Ele fechou os olhos, e minha outra mão tirou os cabelos sedosos do rosto. Pude senti-lo tremer com o toque. Me aproximei devagar, tomando todo o cuidado do mundo pra não derrubar nós dois da vassoura (o mundo sofreria muito se nós parássemos de respirar, eu sei muito bem disso), e selei nossos lábios.

Aquele toque trouxe mais arrepios e sensações de prazer do que eu posso descrever. Senti aquela dormência que sempre alcanço quanto nossos lábios se tocam, e os entreabri, deixando espaço pra nossas línguas se movimentarem unidas.

Eu amo ficar perto dele desse jeito. Me sinto protegida, amada e todas aquelas coisas que uma pessoa apaixonada consegue sentir perto da “razão de viver dela”. Mas eu ignoro o fato de eu parecer uma pateta apaixonada e me deixo levar por isso tudo, porque sei que é isso que ele é.

Scorpius Malfoy se tornou, sem dúvida nenhuma, minha razão de viver.

***

–Ah, vocês estão muito bem vivos!-Lily bateu palminhas. –PODE PASSAR A GRANA AÍ HUGO!

Fiz uma careta com tanta preocupação com o meu bem estar, e ia descer da vassoura com cuidado, mas minhas pernas bambearam e eu caí, soltando um gemido dolorido.

–Pelo menos ela não caiu da vassoura lá de cima. -Lucy olhou para cima com um sorrisinho afetado.

Scorpius desceu da vassoura dele rapidamente, e se ajoelhou ao meu lado, me erguendo com cuidado com os braços fortes. Fala sério, o Quadribol é mesmo uma maravilha para esses rapazes. E não, não vou dizer “Só que não!” porque é verdade.

Todo o povo fez uma roda à minha volta, e todos tinham expressões sorridentes nos rostinhos de doidos. Mas essa alegria toda ia se esconder em baixo de algum lugar assim que eles soubessem o que eles iam ter que fazer.

–Então, como a Rose conseguiu, Nicky vai ter que formar o casal do século passado de Hogwarts!-Roxy saltitou e todos olharam pra ele confusos, menos eu e a loira. –Que foi, vocês não estão sabendo?-ela franziu a testa.

–Rose e eu apostamos que, se ela não conseguisse voar em uma vassoura, ela teria que juntar Madame Pince com Filch, e, se conseguisse, eu que teria. –Nicky esclareceu, parecendo meio derrotada. Toma essa, Loirazeda!

Todos olharam de mim pra ela risonhos.

–Como você vai fazer isso, Domi?-Alvo gargalhou.

–É, explica pra gente, Weasley. -Zabini sorriu, abraçando “Ally” por trás.

–Com isso aqui!-ela tirou um frasquinho vermelho do bolso. Amortentia.

–Mas isso é ilegal!-eu protestei. -Você não pode fazer isso desse jeito!

–Ah, ruivice, eu nunca explicitei qual seria o modo de fazer isso. -ela deu uma piscadela pra mim.

–Mas o Filch já não gosta dela?-Alice franziu o cenho.-Se você der isso pra ele, ele vai ficar meio raivoso pra cima dela!

–Não é pra ele que eu vou dar isso. –Nicky sorriu de um jeito “Tô podendo” –Vou dar pra ela, que não vai ficar raivosa com ele nem nada disso, já que tem uma paixonite pelo Slughorn.

–O leão marinho?-Louis riu. -Mas ele não tem um precipício pela Madame Pomfrey?

–Isso mesmo. -Freddie sorriu maroto.

–Vamos deixar o dia do Filch bem mais feliz com isso, acreditem. Amanhã de manhã eu vou deixar isso no suco de abóbora dela, e depois... Já viu, né?-Nicky disse.

–Boa ideia!-Molly fez sinal de positivo, enquanto Nicky fazia uma reverência pomposa e todos riam dela.

–E tem mais uma coisinha!-falei perversamente, acenando com a cabeça para Dominique.

–Ah, é. -ela falou sem nenhum entusiasmo. -Já que vocês todos vieram aqui e assistiram isso, Rose quer cobrar e diz que todos vocês terão que pagar um mico cada um.

Todos se voltaram pra mim incrédulos.

–O QUÊ?-Fred, já comentei que “Discrição” é o seu segundo nome? Nunca?

–CUMÉ QUI É?-Jay, Jay, até tu?

–É isso aê, mamíferos!-dei de ombros, sorridente. -Vocês todos acharam que o show era de graça, só que ele não era! Agora vão pagar um pato.

–M-mas... –Lily gaguejou e fez cara de coitadinha. Ih, prima, comigo isso não cola.

–Mas nada! E eu nem sou tão má assim!

–Só que sim, né, Rose?-Alice revirou os olhos.

–Amanhã vocês saberão o que devem fazer. Agora vamos vazar daqui!-falei olhando pra o céu, que escurecia. Já devia ser umas sete da noite, e o céu estava bem escuro comparado ao solzinho de seis da tarde que brilhava quando cheguei aqui.

Como o tempo voa! Não é à toa que minha mãe vive dizendo pra aproveitar o tempo que eu tenho; um dia ele deixará de existir.

Meus olhos encontraram os de Scorpius. Bem, se for para aproveitar o tempo que eu tenho, que seja com a pessoa certa.

Ele apertou minha mão enquanto voltávamos para o castelo.


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram? Ah, e se vcs conhecerem pessoas Potter Heads, ou sei lá como é que fala alguém que é viciado em Harry Potter, que tal recomendarem essa minha fic pra elas?
Bjs, amores!