Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Esse aí ficou bom, e saberemos como Scorpius se portará no Dia dos Namorados.
Boa leitura!



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Narrado por Scorpius

Nunca vi a ruiva tão bonita. Quer dizer, ela tá sempre linda, mas hoje ela conseguiu me surpreender de verdade. Acho que eu mesmo conseguia me ver babando.

Devo dizer que nunca me senti tão sortudo até a ruiva aceitar meu pedido de namoro e ser finalmente a “minha ruiva”. E eu tava tão feliz que até ignorei o fato de a ruiva ter me zoado muito naquele episódio infeliz em que eu tive que engolir o meu orgulho (que é só um pouco menor que o Hagrid), e cantar aquela musiquinha ridícula que James Potter e Fred Weasley bolaram, nem sei de onde eles tiraram aquilo, do cérebro deles é que não foi (eles têm um?), chamada de “Ode à Grifinória”.

E aquilo não foi engraçado merda nenhuma, foi é humilhante, mas acho que o objetivo era esse, o de acabar com a moral das “cobrinhas frutinhas” que nós, pobres sonserinos, éramos, na visão daqueles engraçadinhos grifinórios. Mas tudo bem, eu ainda acabo com aqueles merdinhas no Quadribol, eles vão ver só.

Mas voltando ao meu namoro e da ruiva, ele vai tão bem que eu ainda não consigo distinguir o sonho da realidade (ignore a gayzice aqui presente, por favor), só sei que quero que continue assim, melhor que isso é impossível.

Meus pais ainda não sabem que estou namorando. Não que eu tenha medo de contar pra eles ou algo do tipo, mas é que a ruiva pediu pra manter segredo (o que eu não faço por aquela coisa linda, hein?), acho que ela tem medo do pai dela surtar se ficar sabendo do nosso namoro. E o Sr.Weasley não me assusta não, já até conheci o lado obscuro dele (aquele em que ele joga panelas em pobres garotos loiros inocentes), e já perdi a conta de quantas vezes ele me pediu/ordenou pra ficar longe da “princesa” dele, coisa que eu estou tão disposto a fazer quanto estou de pular da Torre de Astronomia (traduzindo: nunca que eu vou deixar a ruivinha, ela é minha, tá?).

E demorou dois anos pra Rose Weasley finalmente me aceitar como namorado, então é claro que eu não vou simplesmente jogar tudo pro alto, não sou imbecil, eu vou é curtir a namorada linda, ruiva e apaixonante que eu tenho (e não, não torço pro time purpurina da força, ela é apaixonante mesmo, ué!) e que eu pretendo ter pro resto da minha vida, não importa quantas vezes o Sr.Weasley tente me matar (o que eu acho que vão ser muitas, futuramente).

Mas enfim, minha Rose e eu estamos juntos há pouco tempo, então vamos esperar mais alguns meses pra contar pros nossos pais, e tentar não ser assassinados por eles (leia-se Rony Weasley). Meus pais não vão se importar se souberem que eu namoro uma Weasley, bom, pelo menos a minha mãe não vai, ela é muito amiga da mãe da Rose e sempre brincava que um dia eu ia mesmo me casar com a ruiva, ao passo que a ruiva sempre discordava disso, mas que agora eu tenho certeza que concorda plenamente.

O que me preocupa é o meu pai. Ele sempre me disse pra nunca me envolver de qualquer jeito com qualquer Weasley ou Potter, e ficou meio decepcionado comigo quando o Alvo se tornou meu amigo, bem como o Blásio Zabini, que ficou um tempão sem falar com o Luke depois que eu, ele e o Alvo formamos um trio de melhores amigos. Agora meu pai já perdoou isso, e é legal com o Alvo sempre que ele vai lá em casa, da mesma forma que é cordial com o Harry Potter, que salvou a vida dele uma vez ou duas. Mas um filho de Rony Weasley o meu pai não perdoa. Sei lá porque, o meu pai detesta o Sr.Weasley e se refere a ele sempre como “Ruço”, “pobretão Weasley”, “ruivo ignorante”, dentre outros apelidos não muito agradáveis.

Então é compreensível o fato de eu estar meio apreensivo com a reação de Draco Malfoy. Tenho quase certeza que ele não vai atirar na Rose nem nada, mas provavelmente vai ir lá xingar o Sr.Weasley por ter posto uma filha no mundo por quem o filho dele é tão loucamente apaixonado, e acredito que o “Ruço” não ia ficar muito feliz com essa visitinha fora de hora.

Mas a minha mãe vai me apoiar, disso eu tenho certeza. E meu pai é tão louco por ela que vai se deixar convencer de que os Weasley são pessoas ótimas, e que seria ótimo tê-los na família, e mais ótimo ainda ver o “Scorpinho” gerando novos Malfoy-Weasleyzinhos. Ah, o poder das mães!

Eu e Rose, e mais Alice com Luke e Alvo com Roxanne estamos sentados em uma daquelas carruagens puxadas por testrálios. Nenhum de nós pode vê-los, porque não sofremos nenhum trauma emocional ligado à perda de algum ente querido, então pode crer que gostamos de poder não vê-los.

Estamos indo a Hogsmeade no passeio do Dia dos Namorados, e eu ainda não dei o presente da Rose. Quero deixar mais pro final do dia, pra ela poder ter uma surpresa agradável e descobrir como o namorado lindo dela é super romântico.

–Já estamos chegando!-Roxy saltitou sorridente. Sério, essa garota está sempre desse jeito, então não me admira muito que o Alvo goste dela, os dois fumam Pó de Flú demais, então se completam.

–E aí, aonde vocês vão primeiro?-Luke perguntou pra mim e pra ruiva.

–Sei lá, talvez pro Três Vassouras tomar umas cervejas amanteigadas. -a ruiva respondeu.

–Vamos primeiro pra Dedosdemel, e depois passamos lá, né, Ally?-tanto eu quanto o resto do povo franzimos o cenho quando Luke chamou a namorada dele de “Ally”.

–“Ally”? Sério, Zabini?-Roxy prendeu o riso.

–Eu gosto, ué!-Alice respondeu sorrindo um pouco.

–Isso é tão açucarado que acho que peguei uma bruta duma diabetes!-minha ruiva exclamou e todos nós rimos. –Não, eu fico com “Lice” mesmo, obrigada.

–Não é pra você me chamar de “Ally” mesmo!-Lice protestou.

–Bom saber. –Rose deu de ombros.

–Tá, mas e vocês?-Luke se dirigiu pra Alvo e Roxy.

–Gemialidades Weasley. -os dois disseram em uníssono e logo sorriram um pro outro idiotamente.

–Por que não estou surpreso?-revirei os olhos.

As Gemialidades Weasley é uma loja de doces, logros, de coisas divertidas, dentre outras coisas, fundada pelos gêmeos Fred e George Weasley, esse último o pai da Roxy, então é claro que ela pode comprar lá de graça, e Alvo também, já que é sobrinho de George. As Gemialidades Weasley compete com a Zonko’s, então é sempre engraçado ver os vendedores de ambas as lojas difamando uns aos outros e lançando novidades na cara dos estudantes em busca de clientela.

–E quando é que vocês vão na Madame Pudfoot?-Roxy perguntou.

–Nunca!-eu e Rose dissemos juntos. Nós, além de compartilharmos amor, também compartilhamos o ódio pela Casa de Chá e Bolos Madame Pudfoot, um lugar que, além de ser caro e todo cor-de-rosa, sempre fica cheio e tá sempre cheirando a chá, que eu detesto mais que detesto os grifinórios depois que ganham algum jogo (tô levando isso pro túmulo, é claro).

–Tá bom, tá bom. -Roxy ergueu os braços em rendimento.

A carruagem parou e os olhos de Roxanne saltaram.

–CHEGAMOS! Vem, Al!-ela puxou o pobre do meu amigo pelo colarinho e ele foi sendo arrastado por ela até As Gemialidades Weasley.

–Peraí, mas o tio George sabe que eles estão juntos?-Rose franziu a testa.

–Não, não sabe. -Alice riu. –Mas acho que hoje vai saber.

Alvo, por algum motivo aparentemente desconhecido para todos, também quis que o namoro dele fosse mantido em segredo, então ninguém sabe que ele e Roxanne estão juntos. E não são só eles e eu e a ruiva; Domi e o Potter maior também guardam segredo, a pedido dela, que não quer que Gui Weasley quebre a cara do James, acho que ela prefere ele inteiro. Mas somos só nós seis que guardamos segredo, já que o resto divulgou tudo. Até Luke já pediu formalmente para Neville Longbottom o consentimento que ele tanto queria para poder namorar a Alice sem precisar ser escondido. E ele recebeu, depois de um ataque do Longbottom e uns três calmantes de Madame Pomfrey. Mas ele conseguiu.

–Então, vamos?-Luke pegou a mão da namorada.

–Vamos. -ela assentiu.

Então os dois desceram abraçados da carruagem, em direção à Dedosdemel.

Ainda era esquisito pra mim ver o Luke agindo assim, tão diferente, com uma garota. Eu já disse que ele nunca foi muito ligado a sentimentos, mas parece que a Longbottom conseguiu fazê-lo se abrir, o que eu acho ótimo, já que ele está bem mais feliz.

Me virei pra ruiva linda ao meu lado, e que também observa os dois com uma expressão pensativa. Eu já disse que ela está linda hoje? Bom, vou dizer de novo. Os cabelos ruivos estão presos em um rabo de cavalo, sem perder aquele cheiro floral que é tão característico deles, e deixam o lindo rosto mais à mostra. Ela veste uma blusinha azul que combina com aqueles olhos que sempre me fazem sorrir involuntariamente, e calça jeans, que emoldura mais as pernas magras e o corpo bonito dela. E, nos pés, tênis pretos que devem ser comuns para os trouxas, mas que combinam perfeitamente com ela.

–Vamos, ruiva?

Ela direcionou o olhar pra mim e sorriu. Não demorou muito pra eu começar a sorrir também, ela consegue me contagiar tão facilmente, algo que eu gosto.

–Vamos lá então, loiro. –ela disse.

***

O Três Vassouras não estava muito cheio, já que a maioria dos casais preferia freqüentar a Madame Pudfoot no Dia dos Namorados. Vislumbrei, algumas mesas adiante, Teddy sentado com Victoire, ele sorria abertamente enquanto ela dizia alguma coisa pra ele, e, em outra mesa, Louis beijando Lucy.

Eu e Rose nos sentamos em uma mesa, enquanto esperávamos Madame Rosmerta trazer nossas bebidas.

–Então, er... –Rose parecia meio tímida. –Eu comprei o seu presente, que deve chegar amanhã pra você.

–Você comprou um presente pra mim?-eu sorri. –Achei que só as namoradas ganhassem presente.

–Añ, sei lá, achei que você poderia gostar. –ela disse, embaraçada.

Eu a apertei mais contra o meu peito e coloquei meu queixo no topo da cabeça dela.

–Você é totalmente imprevisível. –sussurrei. –Mas é isso que eu mais gosto em você.

Ela levantou os olhos pra mim e me abraçou apertado.

Era muito bom ter Rose tão próxima. Adoro poder abraçá-la forte e poder chamá-la de minha, é simplesmente maravilhoso.

–Aqui está, meus queridos!-Madame Rosmerta trouxe as cervejas amanteigadas e piscou para nós, se distanciando rapidamente.

Bebericamos as cervejas, conversamos um pouco e rimos muito das caras de surpresa de Teddy e Vicky ao nos verem juntos. Acenei com a cabeça para os dois, enquanto Louis sussurrava alguma coisa no ouvido da irmã e ela erguia o copo dela em um brinde a nós dois.

–Tomara que ele tenha dito a ela que é pra guardar segredo. –Rose sussurrou.

–Calma, ruiva. –eu ri. –Ah, e você já acabou aí? Quero te mostrar uma coisa.

Ela ergueu as sobrancelhas, mas assentiu.

Paguei Madame Rosmerta rapidamente e saímos do Três Vassouras.

***

–Scorpius, aonde... -ela parou abruptamente e arregalou os olhos.

Não era pra tanto ela estar surpresa. Estávamos agora em frente à Casa dos Gritos, onde eu preparei um pequeno piquenique pra nós dois.

–Não acredito. -ela disse, olhando para a toalha de mesa estendida no chão, onde estavam presentes os mais variados tipos de comida que eu pedi para os elfos da cozinha de Hogwarts arrumarem pra nós. Eram vários tipos de bolos, salgados e doces, que eu sabia que ela ia adorar, já que comida é o ponto fraco dela.

–Pode acreditar. -eu me sentei enquanto a puxava para o meu lado.

–Como você fez isso?-ela ainda estava incrédula.

–Com uma pequena ajuda de uns elfos amigos meus. -pisquei pra ela. –Ah, e só mais uma coisinha. –peguei uma caixa retangular que estava no meio da toalha e estendi pra ela, que pegou meio sem jeito.

Os olhos dela saltaram quando ela retirou uma rosa azul de dentro da caixa.

–É uma flor enfeitiçada. -falei olhando nos olhos azuis dela, que eram da mesma cor da rosa. –Sempre estará conservada, não importa onde seja colocada ou o que aconteça com ela. Gostou?

Os olhos dela brilharam, e ela pulou em mim, me abraçando. Caímos deitados no chão, com ela em cima de mim, o rosto a centímetros do meu.

–Adorei.

E então ela me beijou.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?