Em meio as sombras da noite escrita por Robert Hunter


Capítulo 6
Lembranças de última hora


Notas iniciais do capítulo

E aí gente? O que estão achando? Comentem aí como que anda a história. Caso queiram falar sobre alguma coisa dela é só me mandar uma MP. :D



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Coraline lutava com dois protetores das sombras, mas a desvantagem já pesava sobre ela. Suas pernas estavam fervendo de dor, fazendo com que ela desabasse. Um dos encarregados de Henrique aproveitou a situação e a chutou com tanta força que a garota rolou pela grama, se contorcendo.

Rebecca viu o que estava acontecendo com Coraline e gritou para Esteban:

– Vai ajudar a Coraline! Pode deixar que eu cuido do Henrique!

– Você não consegue cuidar nem si própria – disse o homem de terno – e a mesma coisa digo de seus amigos.

Esteban ia se recusar a deixar Rebecca ali sozinha, mas viu o estado que a amiga estava e decidiu que era melhor ir socorrê-la.

– Parece que consigo sim, – retrucou Rebecca – afinal fiz com que seu plano desse errado.

– E agora vai morrer por isso! – Bravejou Henrique.

– Não vou desistir tão fácil assim, se é o que pensa.

– Não precisa desistir, você não é palha para mim. – Disse o protetor das sombras rindo como se estivesse diante de uma criança assustada.

Enquanto isso Esteban derrubou os homens de Henrique, que já estavam bem machucados, e os encobriu com a grama usando seus poderes de portador. Coraline vomitava sangue. O chute que levará havia sido bem no estomago.

– Henrique está distraído, – sussurrou a garota – aproveite e desamarre o Charles e a mãe da sua namorada.

– Rebecca não é minha namorada... – Começou dizer, mas parou ao olhar para os dois troncos. Os dois guardas que estavam de vigia tinham se envolvido na briga e agora estavam soterrados.

– Vai logo! – Exclamou Coraline e Esteban foi.

Charles correu até a garota que estava encolhida com as mãos em roda da barriga. Ele a abraçou como se estivessem há dez anos longe um do outro.

Henrique apertou o braço de Rebecca e começou a pressiona-lo contra as costas.

– Você não passa de uma ordinária, como seu pai não passava de um também. – Sussurrou ao ouvido da garota que se contorcia para se soltar, mas ele a segurava firme.

– Solte ela Henrique! – Gritou Samanta chegando com Esteban. – Seu problema sempre foi comigo e não com ela

– Ai você se engana. – Disse o homem. – O nascimento dessa menina só fez com que minha vida se dificultasse ainda mais.

– Você é um protetor das sombras e resolveu se apaixonar por uma humana que era casada com um portador da magia. – Esteban entrou na discussão. – Foi você mesmo que dificultou sua vida.

Assim que o garoto terminou de dizer isso caiu no chão inconsciente.

– O que você fez com ele? – Perguntou Samanta olhando espantada para o corpo de Esteban no chão como um cadáver.

– Ele só esta desmaiado, – disse Henrique com um olhar sínico – ou melhor, em coma.

Rebecca chutou seu agressor em uma parte nada conveniente e conseguiu escapar dele, e se abraçou com mãe e em seguida se debruçou sobre o garoto.

– Ele estava desprotegido, não deu nem tempo de tentar um bloqueio. – Disse a Samanta com ódio do protetor das sombras.

– Ah pare! – Henrique exclamou com deboche. – Ninguém está desprotegido aqui. Isso só mostra o quanto vocês são todos ridículos.

– Mas fomos bons o bastante para liquidar seu exercito. – Rebecca o afrontou.

– Eles eram pouco experientes, mas eu não. – Disse se aproximando da mãe da garota.

– Não se aproxime dela! – Gritou Rebecca.

A garota sentiu as pernas ficarem bambas e de repente caiu no chão. Ela não tinha mais os movimentos delas.

– Você ficará assim por enquanto. – Disse Henrique.

Samanta ficou parada quando protetor da sombras chegou perto dela e pôs a mão em sua cintura.

– Ainda dá tempo de salvar sua filha e seus amiguinhos. – Ele sussurrou.

– E você espera que eu faça o que em troca? – Disse Samanta.

– Vir comigo.

– Não vou deixar minha filha! – Exclamou a mulher.

– Acho que você não tem muita opção. – Falou com um tom perturbador.

– Talvez tenha. – Disse a mãe da garota com confiança.

– O que quer dizer com isso? – Os olhos dele adquiriram um brilho espectral.

Antes que Henrique pudesse fazer qualquer movimento, Samanta cravou o pingente de sua corrente do pescoço dele.

– O que é isso? – Questionou Henrique, caindo calmamente no chão.

– É um dos amuletos sagrados, assim como aquele que você disse que havia te salvado da morte, mas esse tem o efeito contrário.

As veias começaram a comprimir e o ar foi ficando escasso. Tudo em sua volta ficou rodando até ficar muito escuro e então Henrique sentiu as lembranças voltando em sua mente.

O sinal acabara de tocar, todos estavam voltando para suas salas no internato de Fozlan. Só um garoto estava esperando do lado de fora ainda, esperando com uma rosa branca na mão pela garota de seus sonhos felizes. Os sonhos que faziam com que esse garotinho fosse Feliz. Ela veio com seu uniforme passado à todo capricho, era tão diferente dos meninos que eram amarrotados e sujos, inclusive o dele. Seus olhos eram de um azul claro como as das águas doce de rio, não era a mais bonita do internato, mas para o garoto era. Ela veio e se sentou ao seu lado e ele a ofereceu a rosa. Ela estava toda corada, mas não ria, como uma menina que acabara de receber um flerte de um menino.

O sol estava tão forte aquela manhã, que mesmo tão cedo já se podia ver as gotículas de suor escorrendo no pescoço do garoto. Uma sombra invadiu o banco onde os dois estavam. Era outro menino, mais velho e mais forte. Ele veio e pegou a garota pela cintura e arrancou a rosa e a jogou no chão. O garoto que havia dado o presente adquiriu os olhos de um cão raivoso e foi para cima do intruso, mas esse era mais forte e o derrubou com apenas um soco. A dor foi instantânea e incondicional, mas nem uma lágrima saiu do olhar perverso do garoto. A menina o ajudou levantar, e foi o que ele fez tirando forças do olhar dela, mas o rapaz gritou:

“Pois bem, se é assim fique com este daí. Eu vou embora e quero que nunca mais me dirija a palavra”.

Ao invés de ficar, a garota foi correndo até ele que já estava de costas e o beijou exclamando que o amava. Foi quando o menino percebeu que a garota de seus sonhos seria o seu pesadelo. As noites em seu quarto a escuridão serviria de abrigo para seus sonhos escuros, que o dominariam cada vez mais.

A última visão de Henrique foi a de uma garota, agora mulher, parada ao seu lado chorando.

Rebecca conseguiu se levantar com muito custo, ao mesmo tempo em que Charlie veio com Coraline nos braços.

– Ela está desmaiada. – Disse ele. – Seus ferimentos não são externos, mas são graves.

Todos se entreolharam e Samanta falou:

– Temos um garoto em estado de coma e uma jovem desacordada, mas pelo menos estamos livres de Henrique – E os três que estavam conscientes começaram a rir, mas pararam ao ver a situação dos outros dois.


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Notas finais do capítulo

Espero que esse capítulo não tenha ficado muito dramático rsrs.

A história está chegando ao final. Isso mesmo, esse não é o último capítulo. u.u

Pra quem se interessou pela Coraline e pelo Charlie, tem uma fic que já havia escrito sobre eles. "A Maldição da Fogueira" (já terminada).
http://fanfiction.com.br/historia/392448/A_Maldicao_Da_Fogueira/



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