Melly, A Princesa Camaleão escrita por Lottacaema


Capítulo 18
O Príncipe Camaleão: O mal é um borrão de tinta


Notas iniciais do capítulo

EAE POVO
Eu demorei pra caramba, mas trouxe um capítulo quentinho para vocês owo
Apliquei uma dose de zuera e de Fionna e Cake nele! o.
Ah, só uma coisa: a demora vai aumentar, porque minhas aulas começam depois de amanhã ;w; Mas vou fazer o máximo possível para postar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/443092/chapter/18

Eu, Kitan e Ginger estávamos em um dos salões do castelo falando sobre coisas completamente idiotas, por não ter nada pra fazer. Um reino pode sim se governar sozinho, Kitan naturalmente é desocupada, e Ginger já tinha terminado o trabalho.

– Sabe, tem horas que eu fico impressionada. –Ginger falou, e eu já fui prevendo algo idiota.

– Que bom que param de te pressionar. – Kitan comentou, e de tão sem graça que foi ficou engraçado e acabamos rindo.

– Hey, querem ouvir uma história? – Falei quando paramos de rir. – Tenho treinado nos meus momentos livres, e fiquei muito boa nisso. Sem querer me gabar.

– Mas já se gabando. – Kitan e Ginger disseram ao mesmo tempo. – Conte.

Peguei uma margarida em um vaso de plantas que estava próximo de mim e a comi. Comecei a contar a história.

“P.O.V. Mellow

Eu estava me sentindo horrível desde alguns dias. Eu estava praticamente morrendo de tão ruim que eu estava. Estava me levantando só porque justo naqueles dias em que eu estava morrendo, o reino estava muito agitado. O mundo conspira contra mim.

– Greg, me ajuda. – Falei, sentado em um sofá, ainda morrendo. Ah, Greg é uma espécie de mordomo, mas ele também é um bom amigo.

– Olha Mellow, eu não sei o que é isso. – Ele disse, pra minha infelicidade. - Eu juro que eu tentei de tudo, mas não descobri o que é isso. Me explique o que está exatamente acontecendo, talvez assim eu consiga fazer algo.

– Ah, bem, minhas mãos estão sempre tremendo, meu corpo sempre doendo, minha cabeça está girando por causa da minha visão atualmente embaçada e eu me sinto como uma senhora que está grávida de um bebê porque eu estou sempre vomitando! Você não vê, mas eu sempre estou lá. Ugh... – Corri. Admito que nessas horas, minhas mãos colantes são úteis. Pra andar sem cair, e coisas assim. Não demorei muito para voltar. Não preciso descrever o que houve, né?

– Wow. Eu realmente não sei o que aconteceu, mas vou dar um jeito em tudo isso. Pode ter certeza. Ah, o Kilton avisou que ele vai passar aqui. Não me pergunte porque ele avisou. Não é comum, mas Okay. Estou indo fazer os remédios.

Segundos depois, ele chegou.

– Percebi que você está morrendo quando cheguei aqui

– Nossa, como notou? – Fui irônico. Nem morrendo a ironia acaba.

– Me desculpe, não tinha reparado antes, agora ferrou. – Ele disse.

– Peraí, o que você arrumou? Ugh – Corri mais uma vez. – O que tu me arrumou, corvo maldito? – Ah, sim, ele é um corvo.

– Você sabe da agitação do reino esses dias, né? Bem, a agitação está sendo causada porque tem alguém controlando o reino e bugando tudo.

– Em?

– Literalmente. Se você olhar, está cheio de pixels lá fora, um monte de gente travando e etc. E pelo que eu sei, você tá bugado também.

– Ah, pelamor. Por que Glob? O que eu fiz de tão ruim? Por que a vida é tão má comigo?

– Convenhamos, tem gente pior que você.

– COMO QUE PODE – Tossi - Como que pode ter alguém pior que eu? Posso nem gritar mais!

– Bem... Pelo menos você não travou. – Ele disse, tentando me animar.

– É, acho que não... não tenho muita certeza, deixa eu ver ver ver ver ver ver...

– Ah, droga. – Kilton deu um tapa na minha cabeça e eu destravei.

– Ai, po, doeu!

– Para com essa frescurite e vamo logo. A quenga é muito forte, - Essa frase me desanimou bastante. - então chamei a Fionna e a Cake pra nos ajudar.

– Bah. Okay. Você vai ter que me ajudar, minha cabeça está girando e eu não consigo enxergar nada direito.

– Meu glob, como você se aguenta em pé?

– Eu vou saber? Anda, me ajuda.

– Só te ajudo porque sou seu amigo. Se não, não ajudava também não. – Ele disse, me pegou pelos braços e saiu voando. - Para de tremer cara, eu vou acabar te deixando cair no chão.

– Só minha mão está tremendo.

– Ela está tremendo muito forte então. Dá pra sentir no seu braço.

Depois de certo tempo, “eu” pousei, por que Kilton ficou voando segurando meu braço pra eu não cair. Pelo que eu consegui perceber, ele me levou até fora do castelo, e lá estavam Fionna e Cake esperando.

– Ah, Kilton! – Fionna falou. - Vejo que conseguiu trazer o... Ué, esse é o Mellow? – Pelo jeito, ele assentiu. – Mellow, você está verde!

– Que cor você acha que eu sou? Azul? – Nem morrendo a ironia acaba²

– Não, você está mais verde que o normal. – Olhei para minhas mãos, atualmente borrões de tinta, e vi que era verdade.

– Ah, nem me assusto mais com isso. As vezes eu mudo de cor sem ver, e considerando que todo mundo é um borrão de tinta atualmente, é comum.

– Ah, ele foi bugado pela força do mal, pelo filho da main, sei lá. – Kilton explicou.

– Coitado! – Fionna sentiu pena. - Droga, precisávamos dele para essa missão... – Ela sussurrou, mas consegui ouvir de alguma forma.

– Não, eu estou bem. É pouca coisa sabe, cabeça girando, mãos tremendo, corpo doendo, visão embaçada, vomitando pra caramba... Coisas comuns.

– ... Se você diz... – Fionna e Cake disseram ao mesmo tempo.

– Okay, eu não estou bem, mas consigo aguentar. Tenho certeza.

– Ok então. – Mais uma vez, a dupla disse.

– Pelo que posso ver no meu sentido, o que não é muita coisa, acho que a pessoa que está bugando tudo está... por lá. – Apontei para um local com uma coisa que eu reconheci como uma caverna, que tinha quase certeza de que era lá.

– Ótimo. – Kilton disse. - Vamos então, precisamos acabar com esse bug antes que nos buguem também. Se me bugassem, provavelmente iam partir pra minhas asas, e eu não sei o que eu faria sem vo... AAH! – Ele caiu por cima de mim.

– AAAAAAH! – Gritei pela dor de um pássaro-humano enorme caindo por cima de mim.

– Eu e meu falatório! – Depois dessa fala, ele começou a sussurrar coisas que em uma escola, professoras mandariam ele pra casa pros pais dele enfiarem barras de sabão em sua boca.

– Calma esquentada. – Cake falou, e tirou ele de cima de mim. Se eu conheço a criatura, ele ficou com raiva da Cake ter o chamado de “esquentada”.

____________________________________________________________

– Não posso acreditar. Eu poderia estar voando livre por aí, mesmo que carregando essa criatura gorda, mas não. Estou tendo que viajar na Cake. – Kilton não parava de reclamar.

– Se quiser eu te deixo por aí, e você vai “andando livre”. – Cake falou, cansada de ouvir as reclamações. Fionna parecia estar também, apesar dela não falar nada, dava pra ouvir os suspiros de “alguém tira essa bosta daqui”.

– Kilton, fica quieto. Posso até não te enxergar bem, mas eu consigo te empurrar pra fora da Cake se eu quiser. – Tentei fazer ele parar de reclamar. – Pelamor, já chegamos? Acho que eu vou acabar vomitando em cima da Cake.

– Sim, acabamos de chegar. – Cake disse e diminuiu. Não vomitei, mas caí no chão. Me levantei, com muito custo, e todos nós estramos na caverna. Fui me apoiando na parede.

No fundo da caverna, tinha uma luz verde, e quanto mais nos aproximávamos dela, melhor eu ficava. Na metade da caverna, minha visão já estava bem melhor. Não muito nítida, mas dava pra enxergar melhor que antes, já conseguia ficar em pé sozinho, apesar de minha mão ainda tremer bastante.

Chegamos até o fundo da caverna, onde eu já estava completamente bem. As asas de Kilton também tinham voltado.

A fonte da luz estava de costas, então não pudemos ver a cara da pessoa. Ela estava com uma mão erguida, com uma pedra verde na mão. A luz parecia vir da pedra e dela mesma. Ah, ela estava com uma capa preta nas costas. Tipo, sei lá, Drácula.

– Quem é você? – Falei com rigorosidade. Era meu reino que estava em jogo.

– Ah, não acredito. Me esqueci de bugar seu sentido também, afinal, é claro que ele te falaria. – Uma voz feminina vinda da fonte falou. - Bem, agora não dá mais.

– Então foi você mesmo? E como sabe do meu sentido? – Eu disse, e recebi um pequeno peteleco de Kilton, do tipo “Você não sabia de verdade, né fidamãe?”.

– É, foi. E também, eu sei de tudo. Graças ao cristal, posso bugar e saber de tudo.

– Putz... – Eu e os outros falamos ao mesmo tempo.

– Não, brincadeira. Eu sei por outro motivo. O cristal só buga mesmo. Mas ele não buga gente próxima dele. Por isso está se sentindo melhor.

– Por que você fez isso? Me diga agora, – Armei minhas garras. – ou morre.

– Você não pode me matar. Posso prever todos os seus movimentos.

– O-o que? – Perguntei, boquiaberto. Fionna fechou minha boca. – Como assim?

– Ah, cansei dessa enrolação. – Ela disse do nada e deu um assobio bem alto. Um vulto chegou, e em dois segundos, Fionna e Cake estavam no chão, desmaiadas. O vulto parou ao lado da mulher. Ele também usava capa.

– Mas gente... – Kilton olhou em volta e se preparou para qualquer coisa que viesse o atacar. – Quem são vocês?

– Vocês querem mesmo saber? – O vulto perguntou. Voz feminina também.

– Sim. Queremos. – Nós dois falamos ao mesmo tempo.

– Okay, se vocês querem mesmo... – Elas se viraram e nos surpreendemos com a identidade das duas.

– EU?! – Nós dois falamos ao mesmo tempo. A vulto não era tão parecido com o Kilton, na verdade, ela era azul, mas a fonte da luz era... igualzinha a mim!

– Não caras. Vocês são vocês. Nós somos nós. – As duas, inacreditavelmente, falaram juntas.

– What the fuck... – Eu e Kilton falamos juntos, o que também foi meio estranho.

– Eu sou Melly e ela é Kitan. – A “eu” falou, as indicando. – Estamos aqui por causa desse plágio aí. – Ela falou, se aproximando de mim, enquanto a vulto se aproximava do Kilton.

– P-plágio? – Fiquei sem entender.

– É. Que história é essa de ser minha versão masculina fio? – Ela disse, e eu fiquei mais dafuq ainda.

– Como assim? A culpa é minha por acaso? – Perguntei.

– É. – Ela me empurrou para trás com um dedo. – Preparado para morrer, idiota? – Ela começou a se aproximar de mim, que comecei a suar e fui andando para trás e subi um pouco da parede também. Por que toda garota quer me matar? Primeiro a Fionna psicopata, agora minha versão feminina. Por quê? De novo, o que eu fiz de tão ruim Glob?

– Seria uma pena se... EU PUDESSE SUBIR A PAREDE TAMBÉM! – Ela subiu, quando eu já estava lá no teto.

– FERROU, ELAS TEM OS NOSSOS EXATOS PODERES KILTON!

– PELA “VULTAGEM”, ESSA AQUI É NINJA TAMBÉM! FERROU! – Kilton respondeu. Eu estava suando bastante. Desci do teto, e então começamos a lutar.

Kilton retirou uma espada escondida de suas asas, para ter uma vantagem.

– SURPRISE MODAFOCA. – Kitan (acho que esse é o nome dela), tirou uma espada de suas asas também.

Os dois fizeram tipo “príncipes de conto de fadas”, até gritaram “em guarda”, e começaram a lutar com as espadas, mas uma luta mais interessante que de príncipes, era uma luta bem ninja, e eles até voavam as vezes. Eu veria, mas tinha meu próprio eu para lutar.

– Cai dentro. – Melly disse, e fez aquele gesto, dobrando os dedos. Armei minhas garras e fui.

Tentei a arranhar no braço, mas ela me bloqueou e usou minha própria mão para me arranhar nesse bloqueio. Isso foi tenso. Tentei apelar pro karatê, e dar um chute ninja na cara dela sabe (ela sou eu, não tem problema bater em si mesmo, eu acho).
Adivinha.

Ela me bloqueou com a mão. E girou meu pé, me jogando no chão.

– Use a cabeça, idiota. – Ela falou, e aí me lembrei do meu sentido, e percebi como ela previa meus movimentos.

Me levantei e dessa vez ela veio, tentando me atacar. Dessa ver, eu sabia exatamente o que ela iria fazer. Ela tentou arranhar meu rosto, mas eu desviei e dei uma rasteira nela, que acabou arranhando seu próprio rosto. Ela caiu no chão, e colocou a mão sobre o arranhão.

– Perdeu. Ultimas palavras? – Não, eu não ia matar ela, foi só uma frase de impacto. E o que ela fez?

Começou a rir.

– HAHAHAHAHAHAHA– Ela ria, como se tivesse me pregado uma peça. Logo depois, Fionna, Cake, Kitan e Kilton começaram a rir. – AI MEU GLOB, EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ CAIU NESSA!

– O QUE?! – Não entendi bosta nenhuma, e se eu sei, minhas bochechas mudaram de cor para vermelho na hora. Eu não tinha entendido, mas meu senso já. A informação só não tinha chegado ainda.

– CARA, QUE TIPO DE PESSOA IA QUERER MATAR A OUTRA POR CAUSA DE ELA SER A VERSÃO MASCULINA DELA? VOCÊ É MUITO IDIOTA HAHAHAHAA- Kilton disse, e eu quase matei todo mundo ali na hora. – EU DISSE QUE ELE IA CAIR NESSA!

– ENTÃO QUER DIZER QUE EU FIQUEI DIAS MORRENDO POR CAUSA DE UMA PEGADINHA?

– N-NÃO AHAHAHA – A pássaro tentava explicar. – Na verdade, a gente veio aqui para tentar desativar o cristal, mas aí, de quebra NÓS RESOLVEMOS PREGAR UMA PEÇA EM VOCÊ HUEHUEHUEHUEHUE

– EU VOU MATAR VOCÊS! – Gritei, e todo mundo saiu correndo, chorando de rir, menos eu, que corria com raiva atrás de todo mundo.

Fim”

– E esse foi o fim da história.

– Wow, foi uma ótima história. Senti como se tivesse acontecido de verdade! Bem... Foi de verdade essa história? – Ginger olhou para mim e para Kitan com uma cara desconfiada.

– Não, não, que história é essa, de onde tirou isso? Hehe. – Respondemos e ela aceitou, ainda desconfiada.

Olhei para Kitan e dei uma piscada disfarçada, que me respondeu com uma também. Enquanto isso, Ginger ainda tentava se convencer de que era só uma história.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eae povo de novo!
Gostaram desse capítulo?
Sabe, os sintomas foram obra da música "I'm Not a Vampire", de Falling In Reverse, tava in love com essa música quando comecei a escrever, uns quatro, cinco, seis dias atrás :v Fiquei ouvindo ela as vezes quando estava escrevendo ewe
Espero que tenham gostado, beijo da Princesa e do Príncipe camaleão!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Melly, A Princesa Camaleão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.