Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 6
Passado


Notas iniciais do capítulo

Hello! Voltei rápido, não é mesmo?
Bom, eu sei que esse capítulo era para ser narrado pelo meu divo perfeito, Austin. Mas agora em diante, a Ally vai narrar todos, ok?
Só vou fazer alguns bônus de vez em quando do Austin narrando, ok?
Fiz esse capítulo inteiro ouvindo o álbum Louder do R5, então, eu acho que deve estar bom! xD

Espero que gostem!
Boa leitura!

[QUALQUER ERRO DE GRAMÁTICA ME AVISEM]



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Chegamos à frente de um ambiente iluminado. Dez serrou os olhos para ler o letreiro.

– É aqui mesmo! Meus amigos, beinvenidos a LIV! – Trish puxou seu sotaque latino, nos apresentando o lugar.

Dez resolveu parar o carro para descermos, por que ele tentaria achar uma vaga, e se não encontrasse, estacionaria na próxima rua (já que a boate ocupava uma esquina inteira).

Eu, Austin e Trish nos dirigimos para a fila.

Esperamos por alguns minutos e Dez chegou, rodando a chave na mão. Ele nos olhou confuso.

– O que vocês pensam que estão fazendo ai?

Nos entre olhamos, mais confusos ainda.

– Ahm.. Estamos na fila para entrar.. – Respondi.

– Se eu convidei vocês, acham que eu não teria – ele levantou quatro passes – entradas Vips?

Sorrimos. Agora poderíamos curtir a noite mais ainda. E por mais tempo.

Fomos andando até a entrada. Aquela fila estava enorme, e nem se mexia. Ou seja, ninguém entrava.

Dez olhou para o segurança. Ele nos olhou com cara feia. Dez mostrou os passes Vips. Ele sorriu e nos deixou entrar. Quanta falsidade, não?

Adentramos o local. Havia um hall, onde já se ouvia a música alta. Havia três passagens. Uma para a pista, o bar, a boate em si. A outra era para os banheiros.

E tinha uma última que estava escrito RESERVADO.

Como Dez era (estranhamente) o único que vinha aqui com frequência, ele nos disse que o reservado, era para os casais que resolverem ficar ‘mais á vontade’, se é que me entende.

Fomos para a pista. O chão chegava a vibrar de tão alta que estava a música. Fui em direção ao bar. Iria aproveitar hoje.

Você deve estar se perguntando. Mas ela não estava com cortes no pulso?

Como eu não sou boba, fiz uma maquiagem a lá Demi Lovato* para esconder os cortes. Eles estão invisíveis em meu braço. Ainda mais, eu coloquei algumas pulseiras por cima.

Cheguei ao balcão e me sentei em uma das banquetas. Pedi ao garçom uma cerveja.

Melhor começar com o básico, não é mesmo? Não quero virar a minha mãe.

Trish sentou ao meu lado e pediu uma cerveja também.

Uma música agitada tocava. Como eu não gosto e não sei dançar, melhor nem tentar. Balançava os pés no ritmo da música. Virei-me e escorei-me no balcão. Dei uma boa olhada no local.

Uma pista se localizava em todo o cômodo. Um longo balcão do bar que estava cheio de bêbados, casais se pegando e, bem, eu e Trish.

Quando eu já estava razoavelmente alcoolizada, resolvi ir para a pista. Afinal, eu não vim para ficar parada, não é mesmo? (Sim, eu sou totalmente bipolar)

Tocava Get It Right da Miley Cyrus. Eu realmente amava essa música. Dirigi-me a pista, mexendo os quadris ao ritmo da música.

O loiro estava dançando perto de algumas garotas. Assim que seu olhar veio em minha direção, ele se fixou. Comecei a rebolar ao ritmo da música. Cheguei perto de Austin.

– Gosta do que vê? – Falei a ele e mordi o lábio inferior.

Virei de costas a ele e me dirigi mais ao meio da multidão. Rebolava com os braços pra cima. Certo olhar de certo loiro, não saia de mim.

Um bonitinho veio a minha direção. Por que não provocar um pouco. A bebida falava mais alto e continuei a rebolar. Não consegui vero rosto do moreno. As luzes ofuscantes não me permitiam ver quase nada.

Ele segurou em minha cintura e dançamos juntos.

– Olá, Allyzinha. – O estranho sussurrou em meu ouvido.

Estremeci. Minhas pernas ficaram bambas. Suei frio. Arrepie-me do pé até o último fio de cabelo.

– J-Jack? – Reconheceria aquele cabelo escuro como a noite e aquele sorriso cafajeste em qualquer lugar.

– Eu mesmo, meu amor.

Tentei fugir dele, mas ele agarrou-me e tentou me beijar. Comecei a estapeá-lo para ele me soltar. Mas ele era, obviamente, mais forte que eu.

– Para, Jack. Eu não quero! – Ele começou a beijar meu pescoço achando que eu estava gostando disso. Eu tinha era nojo daquele viado. – Me solta, cacete!

Comecei a gritar, mas ele tampou minha boca. Mordi sua mão e ele deu um tapa em minha bunda por isso.

Milhões de garotas adorariam estar em meu lugar agora, mas eu tinha meus motivos para não querer.

Sentia seu hálito. Ele estava bêbado. Deve ter tomado todo o estoque da LIV.

Continuei a tentar separá-lo de mim. Tentativa FAIL.

Senti seu corpo separando-se do meu.

– Não ta vendo que ela não quer cara?

Austin tinha-o puxado. Jack (desnorteado do jeito que estava) cambaleou para o lado. Tentou acerta Austin com um soco. Tentativa FAIL².

Austin se desvencilhou e acertou o rosto do bêbado com um soco certeiro. Jack caiu no chão. Ele chorava e ria ao mesmo tempo. Nunca duvidei de seus problemas mentais, mas já era de mais. Gritava coisas sem sentido.

Sai andando para o hall da boate, onde estaria mais calmo e eu poderia respirar.

Chegando lá, sentei-me em um dos sofás que havia lá. Coloquei a cabeça entre as mãos, e os cotovelos apoiados em minhas pernas. Algumas lágrimas invadiram meus olhos e transbordaram, escorrendo pelas minhas bochechas.

Ouvi alguém me chamar. Levantei a cabeça, e o loiro, Trish e Dez estavam ali.

– O que aconteceu Ally? – Trish perguntou sentando-se ao meu lado e me abraçando.

– Era ele, Trish. O Jack! – As lágrimas corriam livremente. Todas as cenas vividas há poucos meses (talvez um ano) atrás, voltaram. As cenas que eu batalhava para esquecer.

– Calma.. Ele não vai fazer mais nada para você. Se acalme. – Trish continuou me abraçando.

– Você não quer ir para casa? – O ruivo agachou-se ao meu lado e afagou meu braço com um sorriso reconfortante.

– Seria melhor mesmo... – Enxuguei as lágrimas e devolvi um sorriso sincero para meus amigos.

O loiro estava em pé um pouco mais afastado. Afinal, ele nem me conhecia direito. Se eu fosse ele, também ficaria assim, desconfortável com a situação.

– Quer que eu te leve? – Austin se pronunciou. – Afinal, Dez e Trish querem aproveitar a festa, e eu já estou enjoado desse lugar. – Ele fez uma cara estranha ao se referir a LIV.

Dei uma risadinha pelo nariz.

– Se você não se importar. – Levantei-me do sofá.

Austin olhou para Dez que já estava em pé ao meu lado. O loiro esticou a mão como se falasse ‘’Passa pra cá!’’.

Dez (muito sem vontade) entregou as chaves de seu carro para o loiro.

– Sabe, não precisa! Eu posso pegar um táxi e... – Eu comecei, mas Trish me cortou.

– Cale a boca antes que eu te obrigue a ficar na festa! –Ela ameaçou. Ei ri e a abracei. – Depois eu e o ruivo aqui pegamos um táxi.

– Ok então. – Dei um abraço em Dez, me despedindo dos dois.

Segui ao lado de Austin até o carro. Dez havia estacionado na outra rua, então tivemos que caminhar um pouquinho.

Entramos e logo ele deu partida. O caminhou foi silencioso (pelo menos nos primeiros quatro minutos).

– Ally... – Ele chamou minha atenção que estava concentrada nas casas passando rapidamente pela janela – Eu sei que eu não tenho nada a ver com isso, e que eu acabei de te conhecer, mas quem era aquela cara que te agarrou na festa?

Ele falava com pausas, pensando bem no que ia falar e seu tom de voz mudou, ficando mais raivoso quando ele falou de Jack.

Pensei antes de falar algo para ele. Será que poderia confiar? Bem, Dez confiou seu bem mais precioso (o carro) para ele. Austin devia ser confiável mesmo.

– Assim. É um assunto bem delicado. Nós já vamos chegar a minha casa, se quiser, você pode entrar daí eu te conto. Pode ser?

Vi um pequeno (mas bem pequeno mesmo) sorrisinho brotar em seus lábios.

– Tudo bem então! Mas, mudando de assunto. Agora por aonde eu vou para chegar a sua casa?

Ri dele. Mostrei-o qual era o caminho. Conversávamos de assuntos aleatórios. Ele puxou uma conversa da primeira vez que foi dirigir e se perdeu tanto que foi parar em outra cidade. Eu ria cada vez mais. Ele era divertido.

Austin estacionou em frente a minha casa.

Descemos ainda rindo de suas desventuras no trânsito. Ele era tão desastrado quanto eu.

Entramos. Larguei minha bolsa no sofá e tirei os sapatos, deixando os saltos ao lado do sofá.

– Vamos subir. – Apontei para a escada. Ele me seguiu.

Entrei em meu quarto e sentei em minha cama. Ele puxou a cadeira da escrivaninha e sentou.

Respirei fundo e comecei.

– Bom. É difícil para eu fazer isso. Pois me traz más lembranças. Lembranças que eu vou custar a esquecer. – Ele assentiu. - A história é a seguinte. Há um tempo atrás, eu estava em uma festa com a Trish e o Dez. Estava tudo super divertido e blá, blá, blá. Só eu tinha bebido um pouco, vulgo muito. – Ele riu de meu comentário. – Depois de um tempo de festa, eu fiquei com um garoto, no caso, aquele que me agarrou hoje na festa. Ele me agarrou, por que depois da nossa ficada, ele quis me levar para um quarto, mas eu recusei. Sendo assim, ele me levou a força. – Ele arregalou os olhou com essa frase. – E ele, simplesmente acabou me estuprando e me deixando lá. Bêbada, estuprada, e chorando. – As lágrimas voltavam a correr livremente.

Ele parecia não saber o que fazer. Levantou-se, sentou ao meu lado e me abraçou. Era disso que eu precisava.

Comecei a chorar de verdade. Os soluços vinham junto como um bônus.

Agarrei-me a ele. Eu precisava disso. Eu podia não o conhecer direito, mas naquele momento ele era quem eu confiava. Confuso? Um pouco. Estranho? Completamente.

Soltei-o e enxuguei as lágrimas.

– Sabe, você foi corajosa pelo fato de me contar isso, mesmo nem me conhecendo. – Ele disse, olhando para mim com um sorrisinho no rosto.

– Loiro, nós nos beijamos quando nos conhecemos. E você acha estranho o fato de eu te contar algo sem te conhecer? – Fiz uma cara debochada para ele e cruzei os braços.

– Ei! Não me chame de loiro. – Ele disse, rindo. Acompanhei sua risada.

Olhei o relógio ao lado de minha cama. Não era nem meia-noite. Como estava cedo.

– Quer comer alguma coisa? – Perguntei aleatoriamente a ele.

– Pode ser!

Descemos as escadas e fomos até a cozinha.

Essa noite seria bem divertida.


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Notas finais do capítulo

*Pra quem não sabe, a Demi se cortava e passava maquiagem para esconder os cortes e funcionava, tanto que ninguém via os cortes ¬¬

Kissus, Naty ♥