Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 7
Clichê


Notas iniciais do capítulo

~chega no tapete vermelho~
Heeeeeeeeey!
[le desvia dos Avadas, pedras, tiros e etc]
YEEEEE
ARGENTINA VAI PRA FINAAAL! *O*
(Ignorando os pensamentos futebolísticos)
VAMOS AO CAPÍTULO PORRAAAA!
xD
Bye! ^_^



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– Como você pode gostar de pizza de frango com catupiry e borda de chocolate? – Austin me perguntava, em tom de indignação.

– Como você pode não gostar de pizza de frango com catupiry e borda de chocolate? – Eu revidava.

Nós estávamos discutindo a mais de 10 minutos qual seria o sabor de pizza que pediríamos.

Eu não me importava nem um pouco com o sabor da pizza, mas era muito divertido ver sua cara de nojo quando eu falava que íamos pedir pizza salgada com borda doce.

– Vamos pedir de calabresa com borda de queijo cheddar. – Ele ia pegar o telefone.

Pulei a sua frente e agarrei o telefone em minhas mãos. Ele fez uma cara assustada quando eu pulei em sua frente.

– Acho que você só vai poder pedir se pegar o telefone! – Cantarolei e corri as escadas. Eu já havia tirado o vestido e vestia uma blusa soltinha e um short, mas ainda não tinha tirado as pulseiras, escondendo os cortes.

Ele correu atrás de mim rindo. Tranquei-me em meu quarto.

– Ally! Me da o telefone! – Ele falava e ria. Eu acompanhava sua risada.

– Nunca! – Eu gritava de volta.

Continuamos com esses gritos e risadas por um tempo.

Depois de um tempo, eu não ouvi mais nada do outro lado da porta. Coloquei meu ouvido na porta e continuava sem ouvir nada.

Ele deve ter descido as escadas.

Abri a porta devagar e espiei lá fora. Não havia ninguém no corredor.

Sai e andei até a escada, mas no meio do caminho fui atacada por um loiro.

– AH! AUSTIN! ME SOLTA! – Eu ria enquanto ele me segurava pela cintura e tentava pegar o telefone da minha mão.

Nós riamos tantos. Minha barriga já estava doendo de tanto rir.

Ele conseguiu arrancar o telefone da minha mão e saiu correndo escada abaixo. Eu fiz uma cara indignada e corri atrás dele.

Realmente, aquela noite com Austin estava muito divertida.

Quando ele chegou ao primeiro andar, eu pulei em sua direção, fazendo-o cair no sofá. Eu caí por cima dele.

Começamos a rir escandalosamente. Provavelmente meus vizinhos (que nunca gostaram muito de mim) devem estar nos odiando agora. Já é mais de uma hora da manhã e estamos gritando.

Logo percebi em qual posição estávamos.

As mãos de Austin estavam em minha cintura e minhas mãos estavam em seu peito.

Logo, nossas risadas cessaram. Seus olhos castanhos estavam conectados aos meus. Seus belos olhos castanhos, que estavam aproximando cada vez mais. E por que eu estava levando minha cabeça em sua direção? Por que eu estava fechando meus olhos? Alicia Dawson! O que você está fazendo?

A campainha toca e saímos do transe. Ufa! Fui salva pelo gongo!

Levanto-me rapidamente de cima dele. Ele da um sorrisinho sem graça e se levanta do sofá.

Vou até a porta e avisto uma baixinha e um ruivo com várias caixas de pizza nas mãos e garrafas de vodca.

– SURPRESA! – Eles dizem em uni-solo e vão entrando.

– Ahm.. Podem entrar! – Digo quando os dois já estavam colocando as caixas de pizzas e as bebidas na bancada da cozinha.

– Oi gente! – O loiro apareceu na cozinha.

– Eai Austin! – Dez foi em sua direção e eles fizeram um toque.

Mas logo essa cumplicidade acabou. Dez começou a encarar Austin até ele devolver a chave do carro do ruivo, com muito má vontade.

– Bem, posso saber o que fazem aqui há essa hora Trish? – perguntei à latina – Pensei que ainda estavam na LIV.

– Bem, ficou sem graça sem vocês lá. Então, trouxemos a festa para cá! – Ela sorriu, erguendo os braços.

– Ok! O que vamos fazer então?! – eu disse, dando pulinhos de alegria.

Resolvemos ver um filme, e como Invocação do Mal já estava no DVD, ia ser esse mesmo.

– Não precisa se preocupar Ally, se ficar com medo, eu te protejo. – Austin disse, com ar superior.

Olhei para Trish e ela me olhou de volta. Começamos a rir escandalosamente.

– Acho que o certo seria de eu te proteger. – Ele me olhou estranho. – Eu não tenho medo desses filmes Austin. Eu AMO filmes de terror! – Dei mais pulinhos de alegria. É eu não sou normal.

– Sério? – Dez e Austin me olharam torto, e perguntaram ao mesmo tempo, com cara de dúvida.

Assenti, e sorri abertamente.

– Bem, eu e Ally vamos buscar cobertores e afins para ficarmos aqui na sala. Já voltamos. – Trish declarou, e puxou-me pelo braço escada a cima.

Quando chegamos ao meu quarto, ela fechou a porta.

– E então? – Ela perguntou.

– E então, o que? – fui em direção ao armário pegar cobertores.

– Não se faça de sonsa Alicia Dawson! Me fala o que rolou!

– O que rolou aonde, Patrícia De La Rosa? – provoquei, chamando-a pelo nome completo, o que ela odiava.

Não me chame assim! – ela ficou vermelha. Odiava seu próprio nome. – Você sabe do que eu estou falando! De você e de Austin!

– O que acontece entre mim e Austin? – fiquei confusa.

– Vocês disseram que já se conheciam... De onde se conhecem? – ela perguntou autoritária.

Não sabia o que dizer. Não queria mentira para Trish, mas se eu falasse como o loiro e eu nos conhecemos, ela chamaria até o Obama para nos fazer ficar juntos.

– Nos conhecemos na escola, oras. Não foi ele que me defendeu no dia do pequeno “acidente” que eu tive no refeitório? – Fiz aspas no ar, e ela assentiu. – Então? Eu descobri que foi ele e nos conhecemos, simples assim.

– Ta. Por enquanto me convenceu. Mas por que os dois estavam vermelhos quando e eu o ruivo chegamos?

Corei rapidamente ao lembrar a cena. Mas logo retornei a minha coloração de pele normal.

O que? – Minha voz falhou e ficou fina. Pigarreei. – Quer dizer. Como? Não estávamos vermelhos! Pufft! Que ideia.. Enfim. Vamos descer que os garotos já devem ter mofado na sala de tanto tempo esperando. – Mudei de assunto rapidamente. Não conseguiria mentir descaradamente na cara de Trish, de novo.

Peguei dois cobertores e entreguei mais um para Trish que segurava alguns travesseiros. Sabe-se lá se precisará de mais.

Descemos as escadas, e Dez e Austin que conversavam, encerraram o assunto rapidamente.

– Bem, vamos ver o filme? – Dez perguntou, sorrindo.

Todos concordaram, e começamos a organizar a sala. Retirei os porta-retratos de cima da mesinha de centro, e coloquei-os na mesa.

Arrumamos os cobertores e travesseiros no chão mesmo, pois o sofá era muito pequeno para os quatro.

As caixas de pizzas e garrafas de vodca ficaram na mesinha.

Ligue o aparelho de DVD. Dei play no filme. Apaguei as luzes e me sentei no chão.

A ordem era (da esquerda para a direita) Dez, Trish, eu e o loiro.

Logo o filme começou.

No primeiro susto, Dez e Austin pularam e eu e Trish rimos deles. Sinceramente, nós (as garotas) éramos muito mais corajosas que eles.

O resto do filme passou. E esse filme levou a outro, e mais outro. Mais pizzas sendo devoradas, e mais garrafas de vodca sendo esvaziadas.

Trish estava certa. A festa veio até nós.

Eu havia bebido mais. Austin quase nem bebeu, pois disse que levaria Dez (que já havia bebido na festa) para casa.

Trish iria dormir ali em casa mesmo.

Quando eu já estava bem “alegre”, eu já achava o filme um tédio.

– Vamos fazer outra coisa? – falei, encostando minha cabeça no ombro do loiro que estava ao meu lado, que se assustou com meu ato repentino.

– Tipo o que? – Dez perguntou com os olhos grudados ao filme de drama que passava na televisão.

– Vamos jogar alguma coisa! – Trish reclamou, levantando-se e desligando o DVD, ouvindo um muxoxo de reclamação de Dez.

– Vamos jogar Verdade ou Consequência? – falei em um salto, assustando o loiro novamente.

– Verdade ou Consequência? Que jogo clichê! – Austin reclamou.

– Mas é o único clichê que eu gosto! – disse, me levantando, e pegando uma das garrafas vazias.

Sentamo-nos em um círculo.

– A tampa pergunta, a base responde pode ser? – perguntei, apontando os lados citados.

Todos assentiram e o jogo começou.

Nas primeiras rodadas foram só perguntas, afinal ninguém se arriscava numa consequência, e quando se arriscava, eram coisas simples e inocentes.

Mas como Trish é uma amiga muito fofa, querida, e me ama muito - sentiram a ironia? – ela ferrou com a minha vida. Com a seguinte pergunta.

A garrafa caiu com a tampa apontada para Trish, e a base para Austin.

– Austin, verdade ou consequência?

– Verdade. – ele respondeu sem muito ânimo.

– Antes de eu perguntar, só uma dúvida. – Trish interrompeu-se. – Não importa a pergunta, quando eu perguntar, o loiro tem de falar a verdade, não importa qual seja ela, não é?

– Ahm.. Sim né? – Dez falou e revirou os olhos. – Se a opção escolhido se chama verdade por que raios Austin mentiria?

– Ok então. Lá vai a minha pergunta. – um pensamento me veio à mente. Não! Ela não poderia perguntar o que eu estou pensando. – Austin, o que aconteceu e como aconteceu quando você e Ally se conheceram?

Essa garota lê pensamentos? Droga, droga, droga!

Agora eu estava terrivelmente fodida.

Eu tinha que agir rápido. Austin não poderia falar o que aconteceu. Trish saberia que eu menti para ela, e ainda por cima, eu não estava nem um pouco a fim de ouvir provocações dela, cada vez que eu estivesse perto de Austin.

Uma ideia me surgiu.

– Ai! – coloquei as mãos na cabeça, fingindo dor.

– O que aconteceu Ally? – o loiro virou-se para mim, preocupado. Não se preocupe tanto criatura! Não pode deixar vestígios e algum tipo de afinidade, antes que Trish suspeite de algo.

Ok. Estou sendo paranoica agora. Mas eu conheço muito bem a Trish. Ela pensa em milhões de possibilidades existentes, até chegar a mais improvável.

– Estou sentindo uma pontada na cabeça. Tá doendo muito... – por favor, tragam um Oscar para mim, eu sou ótima atriz. – Trish, você que já conhece a casa. No armário da cozinha tem um remédio para dor de cabeça. Pega lá para mim. Por favor. E Dez - o ruivo olho para mim. – Pega um copo de água, por favor? – fiz uma cara de dor.

Trish levantou-se e foi para a cozinha, e Dez a seguiu.

Assim que os dois saíram, tirei a mão da testa.

Austin – sussurrei - se Trish voltar a fazer aquela pergunta. Fale que nos conhecemos na escola, por que eu queria saber quem me defendeu. – ele abriu a boca para falar alguma coisa, e eu o cortei. – Depois eu explico, mas se ela perguntar, responde isso, ok?

Ele assentiu, se rendendo de discutir. Coloquei a mão na testa novamente, quando Trish e Dez chegaram com o remédio.

Tomei o comprimido.

Dez logo falou que iria embora, e me deixaria descansar. Austin concordou. Trish disse que “cuidaria” de mim. Que amigos fofos os meus, não?

Despedi-me do ruivo e do loiro com um simples abraço.

Apaguei as luzes do andar de baixo. Eu limparia aquela bagunça amanhã.

Trish puxou a cama auxiliar da minha cama. Como ela está sempre arrumada, foi só Trish pegar uma de suas roupas que ela deixa aqui em casa e se deixar. Eu me deitei do jeito que estava.

– Boa noite Ally. Se sentir qualquer coisa, me acorde ok? – a morena falou, com um sorriso sincero no rosto.

Isso me deixava mal. Ela se preocupando comigo e eu mentindo.

Mas tenho certeza que algum dia, estarei rindo de tudo isso. Em Paris. Ou Mônaco... É. Mônaco. Quem sabe Las Vegas? Vegas! Perfeito.

– Tudo bem Trish. Boa noite.

Apaguei a luz do abajur e me deitei.

A culpa me corrompeu totalmente. Eu não queria mentir para Trish. Pode parecer pouca coisa. E não foi uma mentira, foi uma omissão da verdade. Mas eu nunca minto. Sou uma pessoa totalmente verdadeira.

Ah! Quer saber? Foda-se. Eu escapei por um fio hoje, e sei que Trish deve estar achando isso muito suspeito. Também sei que Austin deve estar se perguntando o porquê de eu ter pedido para ele mentir. E sei que a verdade tem que ser dita. Mas isso não acontecerá agora.

Em meio a meus pensamentos, e argumentos do que pode acontecer ou está acontecendo, o sono me consome.


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