Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 17
Mais algumas confissões


Notas iniciais do capítulo

EAI SEUS NOIA?
BELEZA?

Nhanhanhanha :3

P. Landucci, minha diva pfta ♥

But, anyways...

Falai galerê! Tudo bem :p

Eu nem demorei né? Falem aí! Eu fui tri rápida, tipo PAH!
"Malfoy e já voltou, Naty?"
"poisé!"
heauheaue

[Eu vou ali me matar e já volto]

Fiquem ai com o capítulo ♥ Espero que gostem!


AH! E mais uma coisa.
Eu não quero saber de comentários homofóbicos ridículos e machistas nos comentários.
Está nos avisos da fic "Bissexualidade", e se não gosta, deveria ter lido direito antes de clicar na história u-u

Mas é isso xD

Flws :*

mommy loves you



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/443070/chapter/17

— Ok crianças. - Dez fala, girando a chave da picape nos dedos. - Nós voltaremos em menos de uma hora. Comportem-se.
Depois do momentinho romântico que eu e Austin tivemos na praia, o ruivo resolveu fazer um jantar especial em comemoração ao casal.

— Ok papai. - ironizo, e depois penso o quão idiota foi isso.

Eu nunca vivi com um pai, como eu sei que ele seria super protetor assim?

O ruivo e a baixinha saem pela porta para buscar os ingredientes do tal jantar. Ouço o carro arrancar e sair pela rua.

O loiro aparece descendo as escadas, somente com uma calça jeans preta, secando os cabelos com uma toalha clara.

— Eles já foram? - pergunta, pendurando a toalha em uma cadeira a sala de jantar.

— Acabaram de sair. - respondi desanimada, jogando-me de costas no sofá bege.

Ele senta-se do meu lado, segurando minha mão esquerda.

— O que aconteceu Alls? - ele pergunta, com um sorriso gentil no rosto.

Eu já falei que amo esse apelido?

— Sei lá. - suspiro, deitando minha cabeça em seu ombro.

Ele ri, e vira o rosto, dando-me um selinho.
Não consigo cansar de seus lábios de nicotina.

— Você andou fumando agora a pouco, não é? - perguntei sorridente, e ele franze o cenho em dúvida.

— Senti o gosto na sua boca. - completo, e ele revira os olhos.

— Sua boca não tem gosto de nada... Estranho não é? - ele comenta, olhando nossas mãos unidas.

— Vamos confabular sobre gostos de bocas agora? - eu rio e ele me acompanha.
Suspiro, e novamente o silêncio paira no ar.

Se estivéssemos num mundo perfeito, eu diria que estávamos em um silêncio confortável, e que só basta a companhia um do outro para o momento ser mágico e romântico.
Mas o mundo não é perfeito.
Está um silêncio desconfortável entre nós dois.
Estamos os dois sentados no sofá, de mãos dadas, no silêncio da casa.

— Que tédio... - reclamo.

Ele concorda.

Olho para a cozinha e avisto algo interessante.
Me solto de Austin, e caminho até lá.

Pego a garrafa de vidro com o líquido azul.

— Absinto. - o loiro fala. - Dez ama essa bebida.

— E é boa? - pergunto, pegando dois copos de shots, guardados no armário.

— Eu não gosto tanto, ela é bem amarga e forte. E da última vez que bebi muito dela, aconteceram coisas que nem eu, nem Dez gostamos de lembrar.
Sirvo uma dose em cada um dos copos.

— Como assim? Não vai me dizer que... - ele concorda um pouco encabulado. - Vocês transaram? – Pergunto abismada, fechando a garrafa e esperando que a resposta fosse sim.

— Quase. Eu não lembro muito bem, mas nós acordamos no outro dia deitados abraçados e seminus, então... - ele da de ombros.

— Que fofo! - sorrio e dou pulinhos de alegria.

— Foi meio estranho, mas sei lá. Nós resolvemos esquecer isso. - ele se apoia com os cotovelos no balcão americano da cozinha. - Mas e você?

— Eu, o que? - pergunto, entregando um dos shots para ele. - Se eu já transei com a minha melhor amiga?

— Nós não transamos caralho! - ele se irrita, mas ri, balançando a cabeça.

— Você já ficou com alguma garota?

— Já. - respondo sorrindo. - Meu primeiro beijo foi com uma menina. E foi só daquela vez... Eu não cheguei a quase transar com ela. – solto uma pequena risada e ele me fuzila.

— Repetindo. - ele fala pausadamente, balançando o dedo no ar a cada palavra. - Nós. Não. Transamos.

— Ok, ok. Já entendi. - ri, e levantei o shot, para brindarmos.

— Á bissexualidade! - falo, sorrindo.

— Vá se foder, Dawson. - ele bate o copo com o meu, e bebemos aquele líquido azul.

Sinto minha garganta ferver e meus olhos marejam.

— Puta que pariu! - esbravejo.

— Eu disse que era forte. - Austin sorri, e vejo que seus olhos estão um pouco vermelhos e marejados. - Você se acostuma com o gosto.

— Eu nunca mais bebo essa merda. Nunca. - saio da cozinha, ouvindo a risada do loiro atrás de mim.

Vou até o banheiro e olho-me no espelho.
Meus olhos estão altamente vermelhos. Minha boca está com um pequeno rastro de absinto escorrendo pelo canto direito. E eu estou vermelha. Mais que meus olhos.
Eu conseguia sentir o álcool entrando nas minhas veias.

Desço as escadas e o loiro está sentado, tomando outro shot.

— Como você consegue beber isto? - pergunto, olhando abismada para Austin.

— É bom. - ele da de ombros. – Estranho, mas bom.

— Vamos fazer alguma coisa. O álcool me deixou mais animada. - mexi os braços como se fosse correr.

Ele ri e da de ombros novamente, virando a cabeça para o lado.

— O que você sugere? - ele me olha malicioso. - Por que eu tenho uma ideia.

— Idiota. - empurro seu ombro.

— Ok. Desculpe. - ele levanta as mãos em sinal de defesa. - Foi só uma ideia que passou pela minha mente.

— Uma ideia bem idiota, por sinal. - cruzei os braços, apoiando-me no balcão.

— É bom que sua opinião mude logo. Se não você vai perder tudo isso. - ele passa a mão pelo corpo.

— Não acho que seja tudo isso não. - falo, com o nariz empinado.

— Você terá de provar para saber.

Esse garoto não desiste nunca?
Reviro os olhos e saio da cozinha, seguindo para as escadas.

— Ally! - ele reclama. - Qual é? Eu estava brincando.

Ele me segue. Ouço seus passos na escada.

Entro no quarto e fecho a porta atrás de mim.

— Ally. - ele bate na porta, me chamando. - Era só brincadeira. Não leve as coisas tão a sério.

Cruzo os braços e fico de costas para a porta branca.

— Parece até que você não entende. - murmuro, porém alto o suficiente para que ele me escute.

— Não. Eu não entendo. - o loiro fala, e tenho certeza de que ele revirava os olhos.

Desisto de tentar, e abro a porta, encontrando um Austin com o braço esquerdo escorado na parede, e seus olhos castanhos olhavam para mim com dúvida.
Estendo minha mão, e ele a pega.
Puxo-o para dentro do quarto.

— Ally.. O que está fazendo. - ele pergunta, sentando-se na cama.

— Quero que veja uma coisa. - falo e fecho a porta.

Ele nem se move. Somente fica em silêncio e espera que eu faça alguma coisa.
E eu faço.
Viro de costas para ele, ficando a uma distância segura.
Tiro meu cardigã vermelho, jogando-o ao meu lado no chão.
Levo minhas mãos até a barra da minha camiseta preta e levanto-a por inteiro, revelando meu sutiã roxo e minhas costas.

Alls.. O que...

— Não diga nada. - repreendo-o.
Ele assente. Ouço-o levantar e ir até mim, colando seu corpo desnudo ao meu e me abraçando.

— Por que não me conta o que está acontecendo? - ele sussurra no meu ouvido.

Viro-me de frente, rodeando seu tronco com meus braços finos, e ele me acolhe em seu abraço.

— Foi há dois meses. - solto. - Não faz um ano que eu conheci Jack.

— Eu estava com tanto medo, que nem tive coragem de falar que foi há pouco tempo. Me desculpe. - continuei falando, e descansei minha testa em seu peito.
Ele acariciou meus cabelos, e levantou meu rosto com os dedos delicadamente.

— Não se desculpe Alls. - ele sorriu minimamente. - Você não tem culpa de nada.

— Tenho sim. Eu deveria ter sido mais esperta. Não deveria ter bebido tanto aquela noite. - lamento, abaixando a cabeça. - Se eu estivesse mais sóbria, eu conseguiria me soltar daquele filho da puta.

Austin somente diz para eu me acalmar.

Nos afasto um pouco e mostro o que eu escondia.

Bem debaixo do meu seio esquerdo, uma cicatriz maior que qualquer uma de meus pulsos. Felizmente essa já estava sumindo.
Uma mancha roxa praticamente brilhava em minha pele branca. Não doía mais, tanto que eu até esquecia ela ás vezes. Mas o fato dela existir me trazia de volta aquela noite horrível.

— Oh Ally. - ele acaricia o local machucado. - E-eu não sabia.

— E nem era pra saber, mas né... - corto-o, tentando deixar a conversa menos séria.

— Me desculpe... Eu não deveria ter te pressionado. Eu fui idiota. - vejo arrependimento em seu olhar. – É que.. Sempre que eu fico com uma menina, eu acabo levando-a para a cama. - Reviro os olhos com isso.

— Não se preocupe... Você iria acabar descobrindo uma hora ou outra.
Ele olha em meus olhos, e eu me perco nos seus.
O loiro, junta nossos lábios rapidamente, e volta a fitar-me com seus olhos castanhos.

— Eu te amo. - ele murmura.

Austin arregala os olhos e se afasta um pouco com as mãos erguidas, como se pedisse desculpa. Ele passa a mão na nuca, envergonhado, e abre e fecha a boca, procurando o que dizer.
Sorrio com isso. Não era a intenção de ele falar isso, mas ele falou. E com certeza deve ser verdadeiro.

— Não se preocupe loiro. - ri e cheguei mais perto dele, passando minhas mãos em torno de seu corpo num abraço. - Eu também gosto muito de você.
Austin da um sorriso de lado e me abraça de volta.

— Vamos descer? - pergunto e ele assente.
Pego minha camiseta, e visto-a de volta. E coloco cardigã também, caso Dez e Trish chegassem logo.
Descemos as escadas de mãos dadas e sentamos novamente no sofá.

— Ally. - ele chama a minha atenção. - Quer ir ao baile comigo? - ele pergunta despreocupado, como se perguntasse se eu estou com fome.

— Claro. - respondo do mesmo modo. - Vai ser legal.
E o silêncio volta.

Nós dois.

De mãos dadas. E o silêncio da casa. Ás dezenove horas da noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Chegamos a meta de:
— 4.400 visualizações
— 20 favoritamentos
— 130 reviews
— 100 pessoinhas acompanhando

Amo vocês ♥

Ah! E eu fiz aniversário dia 8 :p

14 aninhos ;3