Beichte escrita por seethehalo


Capítulo 8
VIII


Notas iniciais do capítulo

A fic tá acabando!! *chora*
De longe a melhor que eu escrevi.
Mas vai fazer o quê, é a vida, faz parte.
Enjoy.



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     - Tem como cancelar o ensaio hoje? Apareceu um compromisso de última hora e eu vou ter que faltar.

     - Ah, tudo bem, eu não ia montar a bateria mesmo...

     - Besta!

     - Você também não, por favor, ‘cê não tem noção do que foram meus três últimos dias.

     - Ih... pêsames. Pelo tom da sua voz coisa voa não deve ser.

     - Não mesmo. Mas olha, amanhã a gente vai ter que passar a tarde toda e virar o sábado ensaiando. Sábado a gente toca no Scheffer, lembra?

     - Lembro. Mas virar o sábado, de jeito nenhum, senão chega a hora da apresentação e a gente tá caindo de sono!

     - É, tem razão, temos que dormir bem...

     - Dormir bem, hein, Bill; não dormir muito. Hahaha! Tá, parei.

     - Tá bom, já entendi. Viu, então fala com o Georg pra vocês dormirem aqui de sexta pra sábado.

     - Ó, pensou, hein!

     - Tá me chamando de burro?!

     - Foi mal, não foi isso que eu quis dizer.

     - Ah, tá.

     - Então tá, Bill, até sexta.

     - Até. Tchau.

     - Tchau.

     Que beleza! Outro ensaio cancelado. Quero ver que bosta que vamos tocar no sábado.

     Voltei pro quarto e finalmente dormi. Acordei com o barulho do carro da mamãe, chegando do serviço.

     “Oba, hora da janta”, pensei. Fui atrás do Tom a fim de mostrar-lhe a minha música, ele ainda não tinha lido. Bati no quarto do dito-cujo e o encontrei jogando Guitar Hero. Por que será?

     - Hey, Tom. Tá aqui o papel com a letra da música que eu escrevi. Leia se quiser.

     Para minha surpresa, ele parou o jogo na hora pra ler. E leu. Quando terminou, olhou pra mim com cara séria; achei que fosse me mandar engolir, mas foi exatamente o contrário:

     - Até brincando com uma situação dessa você faz algo brilhante. Eu te amo. Claro que a gente grava.

     - Valeu, Tom. É a minha forma de pedir desculpas pelo que eu fiz contigo.

     - Tá desculpado, mano. Não consigo ficar com raiva de você.

     Nos abraçamos no corredor. Mamãe ia para a cozinha, nos viu no caminho e nos cumprimentou:

     - Boa noite, amores! Como foi o dia?

     - Legal! – Tom respondeu.

     - Uma merda. – eu disse.

     - Posso saber por que razão, Bill?

     - Nem queira, mãe.

     - Brigaram de novo? Mas se estavam abraçados aí...

     - Não é nada; é que acabamos de resolver definitivamente uma briga do passado.

     - É! – meu irmão concordou.

     - Que bom... Mas vem cá, não era pra vocês estarem ensaiando? Onde estão Georg e Gustav? Como querem que esse negócio de banda vá pra frente se não fazem nada? Esqueceram que vão tocar no sábado lá no Scheffer?

     - Calma, mãe. Gustav teve um imprevisto e tivemos que desmarcar o ensaio; mas fica fria, vamos ensaiar amanhã a tarde toda e no sábado também. Aliás, eles vão passar a noite de sexta pra sábado aqui. Tá ok? – esclareci.

     - Dormindo, né?

     - Claro!

     - Ah, tá, porque eu é que não ia querer ver os quatro tocando com olheiras, bocejos e caras de sono.

     Nós rimos.

     - Tudo bem, mãe.

     - Estaremos lindos, dispostos e afinados pra tocar.

     Eu ri do comentário do Tom. Ele tava bonzinho demais nesses três últimos dias. Eu hein.

     - Vamos jantar, filhotes.

     Como nunca tem nada pra fazer depois da janta, fui dormir. Ia ter que acordar cedo na sexta, mesmo. E em meio a esses pensamentos, cometi um grande erro: deixei minha folha com a letra da música no quarto do Tom.

     No dia seguinte, pra completar, aula de educação física. Não estava com o menor saco pra fazer exercício, odeio isso, então não fiz a menor cerimônia em discutir com a professora. Aquela mala. Fabiane, se acha a rainha da cocada. Briguei e gritei mesmo, ainda bem que é sexta e a última aula, pelo menos não ia ter que ficar ouvindo merda de ninguém.

     Depois do quebra-pau com ela, o Tom me ajudou a pular a grade da quadra (ele sempre foi melhor do que eu nisso), pegamos nossas coisas, pulamos o muro da escola e ficamos no Mc tomando sorvete até dar a hora de irmos pra casa.

     Minha mãe não trabalha de sexta, então não me espantei ao vê-la em casa. Depois do almoço, fui sozinho montar a bateria, enquanto Tom ligava pro Georg e pro Gustav virem ensaiar.

     - Pronto, Bill, eles estão vindo. E a mãe quer falar contigo. Agora. Acho que ela tá brava.

     - Por quê? Bom, vou lá. Termina de checar o som aí.

     Descobri o motivo da braveza quando reconheci... A minha folha na mão dela.

     “Ferrou”, pensei, “não era pra ela descobrir desse jeito!”

     - Bill Kaulitz... O que significa isso?


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Notas finais do capítulo

O Billete vai se ferrar!! Tô só vendo!! x)
Ah, sim: Fabiane é o nome da minha professora de Educação Física mala do ano passado. Odeio ela. Nem sei o que tá fazendo na minha fic. xp