Beichte escrita por seethehalo


Capítulo 9
IX


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo!!
Poxa.
Eu tô amando essa fic, sério. Pena que está acabando. Mas vai fazer o quê.
Espero que vocês gostem do "quase fim". Hehehe



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     - Bill Kaulitz... O que significa isso?

     - Isso o quê, mãe?

     - O que está escrito nesse papel. É a sua letra. Quero saber do que se trata. Bill, conhecendo você do jeito que eu conheço, nem perguntaria, mas isso aqui tá um pouco exagerado. Você fez mesmo o que descreveu nessa folha?

     - Eu... é, eu fiz.

     Fiquei com medo da cara que ela fez. Isso me impulsionou a sair correndo pra cozinha. Ela foi atrás.

     - Volta aqui, Bill! Você vai me explicar isso direitinho!

     - Eu te explico! Mas não vou parar não!

     - Já que é assim que você quer... Pra começar, que história é essa de escrever “foda-se” no cálice da comunhão??

     Ficamos brincando de Tom e Jerry enquanto ela fazia as perguntas e eu respondia. Então a campainha tocou – com certeza Georg e Gustav, que tinham vindo para o ensaio. Continuei correndo, o Tom atenderia a porta. Que nada: eu fugindo da mamis e a campainha tocando.

     - TOOOM, ATENDE ESSA PORTAA!

     - Não dá, tô todo enrolado com esses fios! – ele respondeu da garagem.

     - Eu tenho que fazer tudo aqui! – corri pra porta, abri e disse que entrassem pela garagem, só berrar que o Tom abria o portão. Sem querer, bati a porta na cara dos dois e continuei pulando por cima de tudo. Subi pro quarto, fechei a porta e tentei descer pro quintal pela janela; mas parece que ela adivinhou o que eu ia fazer, e quando eu já tinha trepado no cano, ela apareceu no jardim.

     - Ai, fodeu! ÔH TOM, ME AJUDA AQUI!!

     Saíram Tom, Gustav e Georg pela porta de trás da garagem, a fim de ver o motivo do desespero.

     - Bill, você é louco?! Agora pula! – Tom reclamou enquanto os outros riam-se da minha situação.

     - Pular? Bebeu? Se eu pular, ou eu, ou você, ou nós dois morremos!

     - Ninguém mandou você se pendurar aí! Agora ou você pula ou desce pelo cano! Literalmente! Hahaha!...

     - Palhaço!

     Tentei descer pelo cano; mamãe já não estava brava, pois aflita. Quando estava a um metro e meio do chão, Tom me mandou pular de novo – razão não faltava, porque tinha uma roseira enorme no chão.

     - Eu não vou pular daqui! Tá muito longe!

     - Quer pular em cima de mim, é? – ele falou em tom de deboche, mas achei a ideia boa.

     - Pode ser! – me soltei do cano e caí em cima dos três, já que Gustav e Georg estavam atrás dele. – Obrigado por... ai... Amortecerem a queda...

     - Você vai ficar me devendo essa. Ah, vai! – Tom reclamou.

     Durante o ensaio, apresentei minha (ilustre) composição oficialmente (juntamente com uma explicação decente à minha mãe, que estava junto), e pra variar, adoraram.

     - Por que não tocam essa música nova amanhã?

     - Tô ouvindo direito, mãe?

     - Tá sim, Bill. A ideia é muito ruim?

     - Pelo contrário. Mas se todos toparem tentar aprender a tocar em tão pouco tempo...

     - De mim ‘cê já sabe, mano. Eu topo. – Tom confirmou.

     - Pra mim tá suave. – concordou Georg.

     - Eu também. – Gustav apoiou.

     - Tá vendo? Agora ensaiem sua música que eu tenho outra coisa pra fazer. Ah, Bill... tô muito orgulhosa de você. Você também, Tom. Um porque compõe uma música falando da pior coisa que já fez na vida... E outro porque nem liga que o irmão cante-a para que o mundo ouça. – mamãe nos abraçou – Amo vocês.

     Ela foi cuidar dos seus afazeres e nos deixou ensaiando. Foram umas duas horas até conseguirmos por a melodia que eu tinha imaginado no papel. Evidentemente não ficou igual ao que eu imaginei, com a ajuda do Tom, ficou melhor. Mais duas horas pra conseguir sincronizar tudo, e já eram 18h e alguma coisa quando pela primeira vez conseguimos tocar direito. Ou quase: esqueci um pedaço do refrão no fim da música e não conseguimos terminar certo. Choveu “Êêee Bill!” dos três quando eu errei a letra, mas depois rimos os quatro juntos e a mamis apareceu.

     - Toquem isso aí direito ou vocês não jantam. – ela brincou.

     - Se é o que você quer, mãe, é o que terá. – eu disse.

     Eles começaram a tocar, eu cantei a letra (sem errar, dessa vez), e ela simplesmente quase babou.

     - Trabalharam a tarde inteira... nisso? – ela perguntou, incrédula.

     - Você acha que ficou muito ruim? – Tom fez careta.

     - É... É perfeita! Eu mal consigo crer que só precisaram de algumas horas pra fazer um arranjo tão bom. E olha que eu não entendo nada de música, vocês têm que tocar isso pro Gordon quando ele chegar. E quanto ao jantar... Vocês merecem McDonald’s. Por minha conta, claro.

     Festa geral na garagem. Pra falar bem a verdade, eu nem tinha achado tão bom assim, apenas bom o suficiente por uma tarde – mas teríamos todo o dia seguinte pra fazer os ajustes necessários.

     Bom, fomos ao McDonald’s, “jantamos”, e quando chegamos em casa meu padrasto já estava lá. Mamãe nos fez tocar pra ele àquela hora (pobres dos vizinhos! Haha, que se danem). A reação?

     - Simone, eu acho que não devia ter incentivado esses garotos a tocar.

     - Por quê?! – Tom perguntou, espantado.

     - Vocês estão melhores do que eu! Parabéns! Vocês vão arrebentar amanhã no restaurante!

     No ensaio do dia seguinte, tocamos alguns covers, montamos uma listinha geral com o que apresentaríamos à noite, arrumamos a música nova.

     - Hey – Tom lembrou -, colocaram essa música na lista? Cadê, deixa eu anotar. Qual o nome mesmo Bill?

     Só rindo pra não chorar. Minha música, tão ilustre, tão idolatrada, desde que foi composta, ainda não tinha nome!

     - Hein, Bill? Qual é o nome dessa música? – Georg atiçou.

     - Er... Acreditariam vocês se eu dissesse que não pus nome ainda? – confessei com a melhor cara de tacho que saiu. – Eu vou dar uma relidinha e já dou um nome pra ela, ok?

     Que comédia. Li, reli, li, reli, reli, li; e em vez de pensar em nome comecei a brisar no papel:

     - Nossa, essa letra ainda tá escrita na mesmíssima folha que eu usei lá no hospital... Incrível! Não passei a limpo nenhuma vez... Explica-se por que não tem nome até agora.

     - Ôh Bill, vai por nome na música ou ficar brisando aí? – Gustav perguntou.

     - Vou por nome – respondi. Li outra vez e dei a sentença – Beichte. Esse é o nome.

     - Ótimo, então Beichte – Tom anotou o nome – será a última que vamos tocar.

     Algumas horas depois, já no restaurante; estávamos os quatro, mais minha mãe e Gordon, atrás do palco, prontos para entrar e tocar.


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Notas finais do capítulo

Quinta tem o último!!
Eu não quero que a fic acabe!!
Até quinta, quando eu postarei o último capítulo.
O que me consola é que também na quinta chega o meu Humanoid. *-*